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13 - Investimentos permanentes - Equivalência patrimonial

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Michael Dias Corrêa
Mestre em Contabilidade pela Universidade 
Federal do Paraná (UFPR). Bacharel em Ciências 
Contábeis pela UFPR.
Ex-militar de carreira da Aeronáutica, na área 
educacional. É professor da Universidade Positi-
vo (UP) e do Instituto Brasileiro de Pós-Gradua-
ção e Extensão (IBPEX), nos cursos de graduação 
e de pós-graduação na área de Negócios Em-
presariais. Gestor do Centro de Estudos em Con-
troladoria e Governança Corporativa (Cecon) da 
UP. Possui diversos estudos científicos publica-
dos em congressos e periódicos científicos na-
cionais e internacionais. Professor de cursinhos 
preparatórios para concursos públicos na cidade 
de Curitiba. Empresário do setor educacional, 
possui atuações na área de Controladoria da 
Esso Brasileira de Petróleo e na área de compras 
da Cia. Vale do Rio Doce.
Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br
Investimentos permanentes – 
Equivalência Patrimonial
Método da Equivalência Patrimonial
Equivalência Patrimonial significa que a sociedade investidora avaliará 
sua participação societária na sociedade investida, utilizando como medida 
de referência o valor percentual de sua participação no capital social daque-
la sociedade. Esse percentual será aplicado sobre o Patrimônio Líquido da 
investida, resultando no valor do investimento da Sociedade Investidora.
Com esse método sendo utilizado, os resultados das controladas e coliga-
das serão reconhecidos no exercício em que forem gerados. Também serão 
reconhecidos pela investidora quaisquer outros efeitos no Patrimônio Líqui-
do da investida como, por exemplo, o aumento ou redução de Reservas de 
Capital, as quais não transitam por resultado enquanto reservas.
O fundamento do Método da Equivalência Patrimonial (MEP) consiste em 
se considerar que o Patrimônio Líquido contábil representa o capital próprio 
das entidades. Sendo assim, quando uma empresa detém participação no 
capital social de outra, ela terá direito à participação no Patrimônio Líquido 
dessa outra sociedade na mesma proporção de sua participação no capital 
social. Por exemplo, se a empresa ABC participa com 20% do capital social da 
empresa XYZ, a ABC terá direito de participar, também, de 20% no Patrimô-
nio Líquido da empresa XYZ. Em outras palavras, 20% do Patrimônio Líquido 
da empresa XYZ pertencem à empresa ABC.
Pode-se conceituar o MEP como o método em que os investimentos da 
investidora são avaliados com base no percentual de participação no capital 
social da investida aplicado sobre o Patrimônio Líquido dessa mesma inves-
tida, abrangendo quaisquer variações patrimoniais na investida a partir do 
momento de sua geração, sendo essas variações positivas ou negativas ou 
havendo ou não distribuição de lucros ou dividendos.
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Investimentos permanentes – Equivalência Patrimonial
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Definições fundamentais
O MEP possui algumas definições que servem de suporte, como socieda-
de controladora, sociedade coligada normal e por equiparação, relevância 
etc. Esses conceitos são suportados pela Lei 6.404/76 (Lei das Sociedades 
Anônimas) e pela Instrução CVM 247/96, acompanhada de nota explicativa 
da Comissão de Valores Mobiliários.
Controlada e controladora
Esses dois conceitos encontram fundamentação teórica no §2.º do artigo 
243 da legislação societária (Lei 6.404/76):
Art. 243. O relatório anual da administração deve relacionar os investimentos da companhia 
em sociedades coligadas e controladas e mencionar as modificações ocorridas durante o 
exercício.
[...]
§2.º Considera-se controlada a sociedade na qual a controladora, diretamente ou 
através de outras controladas, é titular de direitos de sócio que lhe assegurem, de modo 
permanente, preponderância nas deliberações sociais e o poder de eleger a maioria dos 
administradores.
Fazendo a correta interpretação, deduz-se que sociedade controladora é 
a que possui a titularidade de mais da metade (ou mais de 50%) das quotas 
ou ações com direito a voto de outra sociedade que será consequentemente 
controlada. O controle não necessita ser direto, podendo ser por intermédio 
de outra controlada. A esse artifício se dá o nome de controle indireto.
A título de ilustração, imaginemos que a companhia ABC participe com 
mais de 50% do capital votante da companhia XYZ. Existe, ainda, uma ter-
ceira empresa, denominada MDC, a qual mais de 50% do capital votante 
pertence à companhia XYZ. Pode-se deduzir que a companhia ABC é con-
troladora direta da companhia XYZ e a companhia XYZ é controladora direta 
da MDC, ambas de maneira direta. No entanto, a companhia ABC controla, 
de forma indireta, a companhia MDC. Essa situação ocorre pois a companhia 
ABC dita as regras de forma direta para a companhia XYZ e acaba exercendo, 
também, controle sobre a companhia MDC.
Para possuírem essa possibilidade de avaliação, esse investimento no Ca-
pital Social deve ser permanente. De maneira distinta, tal investimento seria 
classificado no Ativo Circulante ou Realizável a Longo Prazo.
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Investimentos permanentes – Equivalência Patrimonial
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Mais um ponto a ser salientado é ligado à preponderância nas deliberações 
sociais. A regra geral é que possui preponderância o investidor com a maioria 
do capital votante. Só que nos mercados de capitais não é incomum encontrar 
parcelas menores que a maioria definindo os rumos de empresas. Isso ocorre 
quando as ações das empresas estão pulverizadas no mercado de forma que, 
nas assembleias gerais de acionistas, parte dos acionistas minoritários não 
participe e as ações futuras sejam decididas pela maioria presente.
Aqui cabe um comentário importante: a Lei das Sociedades Anônimas, em 
seu artigo 15, §2.º, define que as ações sem direito a voto não poderão exceder a 
50% do total das ações de uma companhia. Sendo assim, a lei prevê a possibilida-
de de o capital votante estar representado por apenas 50% do capital total.
Art. 15. As ações, conforme a natureza dos direitos ou vantagens que confiram a seus 
titulares, são ordinárias, preferenciais, ou de fruição.
§1.º As ações ordinárias da companhia fechada e as ações preferenciais da companhia 
aberta e fechada poderão ser de uma ou mais classes.
§2.º O número de ações preferenciais sem direito a voto, ou sujeitas a restrição no exercício 
desse direito, não pode ultrapassar 50% (cinquenta por cento) do total das ações emitidas.
Com essa situação ocorrendo na prática, 25% do capital total mais uma 
ação pode representar a maioria do capital votante, isto é, a obtenção per-
manente de 25,01% do capital total pode representar a preponderância nas 
deliberações sociais e o poder de eleger a maioria dos administradores, no 
caso de a companhia ter 50% do seu capital representado por ações sem 
direito a voto e que a companhia investidora possua 25,01% das ações ordi-
nárias, ou seja, as ações representativas do capital votante.
No §3.º do artigo 243 da Lei das Sociedades Anônimas, é observada a exi-
gência da interveniência da CVM, aqui relacionada às informações a serem 
obrigatoriamente divulgadas pelas companhias abertas:
Art. 243. O relatório anual da administração deve relacionar os investimentos da compa-
nhia em sociedades coligadas e controladas e mencionar as modificações ocorridas du-
rante o exercício.
[...]
§3.º A companhia aberta divulgará as informações adicionais, sobre coligadas e 
controladas, que forem exigidas pela Comissão de Valores Mobiliários.
Ainda existe outra forma de controle, o que é chamado de controle comum. 
Muito utilizada por grandes grupos e que a participação individual não garan-
te preponderância nas deliberações.Por interesses comuns, algumas pessoas 
ou empresas investidoras selam acordos para formar um grupo que, no con-
junto, representa a maioria do capital votante.
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Investimentos permanentes – Equivalência Patrimonial
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A seguir um exemplo para ilustrar as situações vistas na teoria: a empresa Líqui-
da e Certa S.A. possui o seu capital social de R$45.000.000,00 formado por 20 000 
000 ações preferenciais e 25 000 000 ações ordinárias. O seu estatuto prevê que 
somente as ações ordinárias têm direito a voto nas deliberações principais. Assim 
sendo, o detentor (ou detentores) de 12 500 001 ações (mais de 50% do capital vo-
tante) terá assegurado a preponderância nas deliberações da companhia. No en-
tanto, nenhum acionista individualmente possui essa quantidade de ações. A em-
presa Meio Quebrada S.A. possui 12 450 000 (49,8% do capital votante), o que não 
lhe assegura a preponderância absoluta nas deliberações da Líquida e Certa. Existe 
ainda a empresa Quebradona Ltda. que investiu apenas R$75.000,00, adquirindo 
75 000 ações ordinárias (0,3% do capital votante) da empresa Líquida e Certa S.A. 
As duas investidoras chegaram a um acordo para tomarem as decisões futuras 
em conjunto, já que por possuírem 50,1% do capital votante da Líquida e Certa, 
elas são controladoras da empresa investida.
Coligada
A Lei das Sociedades Anônimas define coligada de acordo com o seu §1.º 
do artigo 243, o qual dispõe:
Art. 243. O relatório anual da administração deve relacionar os investimentos da companhia 
em sociedades coligadas e controladas e mencionar as modificações ocorridas durante o 
exercício.
§1.o São coligadas as sociedades nas quais a investidora tenha influência significativa.
Assim, a única condição para que se considere uma sociedade coligada 
de outra é que o investimento tenha relevância significativa. Não existe pre-
visão legal para participação indireta ou tipo de ações (ordinárias ou prefe-
renciais), havendo ainda a possibilidade de coligação entre sociedade anôni-
ma e limitada e vice-versa. A seguir, segue ilustrado um exemplo.
Imagine que a Cia. Investemais tenha participação no capital social em 
diversas empresas, como segue:
12% do capital, sem direito a voto, da Cia. Pêssego; �
5% do capital com direito a voto e 8% do capital sem direito a voto da �
Cia. Limão;
5% do capital com direito a voto e 4% do capital sem direito a voto da �
Cia. Maçã; 
2% do capital com direito a voto e 5% do capital não votante da Cia. �
Laranja.
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Investimentos permanentes – Equivalência Patrimonial
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Considerando somente as participações listadas acima da Cia. Investe-
mais, pode-se deduzir que:
a Cia. Pêssego e a Cia. Limão são suas coligadas; �
a Cia. Maçã e a Cia. Laranja não são coligadas da Cia. Investemais. �
Equiparada à coligada
Na Instrução CVM 247/96, as alíneas “a” e “b” do artigo 2.º orientam sobre 
os conceitos de sociedades equiparadas às coligadas, podendo essa equipa-
ração ser direta ou indireta. Aqui, não interessa o percentual de participação 
na investida. Sendo enfatizado, apenas, o percentual do capital votante.
Conforme o artigo 15 da Lei Societária, que limita o percentual máximo 
de ações preferenciais em 50% e supondo que uma empresa tenha o seu 
capital social constituído com este percentual de ações preferenciais, uma 
sociedade que participa com apenas 5% do capital votante será considerada 
coligada por equiparação de forma direta.
Com relação à participação indireta, também existe a coligação por equi-
paração, conforme o exemplo a seguir:
A empresa ABC detém 25% do capital do capital da empresa XYZ, sem 
controlá-la. XYZ é coligada de ABC. A Empresa XYZ participa do capital vo-
tante da empresa MDC com 40%, sem controlá-la. Deve ser enfatizado que 
o capital de MDC é composto de ações ordinárias e preferenciais. Assim, a 
participação de XYZ em MDC pode representar apenas 20% do capital total. 
Mesmo assim, MDC é coligada de XYZ. A participação indireta de ABC no 
capital votante de MDC é de 10% (25% de 40% ou 0,25 x 0,4 = 0,10, ou seja, 
10%), logo MDC é coligada de ABC por equiparação indireta.
Encerrando esse ponto, segue o artigo 2.o da Instrução CVM 247/96:
Art. 2.o Consideram-se coligadas as sociedades quando uma participa com 10% (dez por 
cento) ou mais do capital social da outra, sem controlá-la.
Parágrafo único. Equiparam-se às coligadas, para os fins desta Instrução:
a) as sociedades quando uma participa indiretamente com 10% (dez por cento) ou mais 
do capital votante da outra, sem controlá-la;
b) as sociedades quando uma participa diretamente com 10% (dez por cento) ou mais 
do capital votante da outra, sem controlá-la, independentemente do percentual da 
participação no capital total.
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Investimento relevante
O conceito de investimento relevante diz respeito, unicamente, à socieda-
de investidora. O artigo 247 da Lei Societária define investimento relevante:
Art. 247. As notas explicativas dos investimentos a que se refere o art. 248 desta Lei devem 
conter informações precisas sobre as sociedades coligadas e controladas e suas relações 
com a companhia, indicando: (Redação dada pela Lei 11.941, de 2009)
[...]
Parágrafo único. Considera-se relevante o investimento:
a) em cada sociedade coligada ou controlada, se o valor contábil é igual ou superior a 10% 
(dez por cento) do valor do patrimônio líquido da companhia; 
b) no conjunto das sociedades coligadas e controladas, se o valor contábil é igual ou 
superior a 15% (quinze por cento) do valor do patrimônio líquido da companhia.
Sendo assim, um investimento é considerado relevante quando representa, 
no mínimo e isoladamente, 10% do Patrimônio Líquido da investidora e que seja 
em sociedade coligada, ou, se no conjunto das sociedades coligadas e contro-
ladas, o valor contábil do investimento for equivalente a, no mínimo, 15% do 
Patrimônio Líquido da investidora.
A CVM, com fundamento na competência que lhe foi delegada pela Lei So-
cietária, pronunciou-se, por meio da Instrução CVM 247/96, do seguinte modo:
Art. 4.º Considera-se relevante o investimento:
I - Quando o valor contábil do investimento em cada coligada for igual ou superior a 10% 
(dez por cento) do patrimônio líquido da investidora; ou
II - Quando o valor contábil dos investimentos em controladas e coligadas, considerados 
em seu conjunto, for igual ou superior a 15% (quinze por cento) do patrimônio líquido da 
investidora.
§1.o O valor contábil do investimento em coligada e controlada abrange o custo de 
aquisição mais a equivalência patrimonial e o ágio não amortizado, deduzido do deságio 
não amortizado e da provisão para perdas.
Por meio do inciso I deste ato normativo, a análise a ser efetuada para se 
determinar a relevância de um investimento de forma isolada deve considerar, 
exclusivamente, os investimentos em sociedades coligadas. Assim, não se faz a 
análise da relevância dos investimentos em controladas, de forma isolada, pois 
entende aquela autarquia que os investimentos em sociedades controladas são 
sempre relevantes.
Já na análise da relevância dos investimentos, tomados em conjunto, 
devem ser considerados também os investimentos que a sociedade investi-
dora possua em controladas. Assim, na análise conjunta somamos todos os in-
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vestimentos em coligadas, coligadaspor equiparação e controladas. Se o valor 
contábil alcançar 15% ou mais do Patrimônio Líquido da investidora, os inves-
timentos em sociedades coligadas e equiparadas a coligadas serão, também, 
relevantes, visto que os investimentos em controladas são sempre relevantes.
Exemplo 1
A investidora Investemais S.A., cujo Patrimônio Líquido (PL) é de 
R$50.000,00, possui as seguintes participações societárias em suas coligadas:
Investida Valor do investimento
Pêssego R$5.250,00
Maçã R$2.500,00
Laranja R$2.000,00
Total R$9.750,00
Na análise dos investimentos pela relevância, tem-se:
Isoladamente
O investimento de R$5.250,00, na investida Pêssego, é relevante porque 
representa 10,5% do PL da investidora.
O investimento de R$2.500,00, na investida Maçã, não é relevante, pois 
representa 5% do Patrimônio Líquido da sociedade Investemais.
O investimento de R$2.000,00, na investida Laranja não é relevante, visto 
que representa apenas 4% do PL da investidora.
No conjunto
O investimento efetuado na sociedade Pêssego continua sendo relevan-
te, pois a análise do conjunto dos investimentos não lhe tira aquela condição 
adquirida quando analisado isoladamente.
Deve ser notado que o somatório dos investimentos, ou valor contábil 
dos investimentos, é de R$9.750,00. Logo, o investimento nas sociedades 
Maçã e Laranja passam a ser relevante, pois o somatório dos investimentos 
em coligadas e controladas ultrapassa 15% do PL da sociedade investidora.
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Investimentos permanentes – Equivalência Patrimonial
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Exemplo 2
A Cia. Investesempre, cujo Patrimônio Líquido é de R$160.000,00, possui 
as seguintes participações societárias:
R$16.200,00 na coligada Cia. Azul; �
R$7.000,00 na controlada Cia. Amarela. �
Em se analisando os investimentos, pode-se concluir que os dois investi-
mentos da Cia. Investesempre são relevantes, pois os investimentos em so-
ciedades controladas são sempre relevantes e o investimento de R$16.200,00 
na Cia. Azul, isoladamente, é relevante, pois R$16.200,00 é superior a 10% do 
seu Patrimônio Líquido.
Deve ser notado que o investimento na Cia. Amarela é inferior a 10% do 
PL da Cia. Investesempre. No entanto, por ser uma sociedade controlada, o 
investimento na Cia. Amarela deve ser avaliado pelo MEP, conforme o artigo 
248 da Lei 6.404/76 e corroborado pelos artigos 1.º e 5.º da Instrução CVM 
247/96. Sendo assim, quando se trata de controlada, não há razão de se de-
terminar a relevância do investimento, a não ser para verificar a relevância 
em conjunto.
Investimento influente
A definição de influência de investimento se caracteriza como último 
aspecto para determinar se um investimento em coligada deve ou não ser 
avaliado pelo MEP. O artigo 248 da Lei 6.404/76 e o artigo 5.º da Instrução 
CVM 247/96 ligam a avaliação dos investimentos em coligadas pelo MEP à 
influência na administração.
A seguir, alguns exemplos de influência da sociedade investidora na so-
ciedade investida:
participação nas suas deliberações sociais, inclusive com a existência �
de administradores comuns;
poder de eleger ou destituir um ou mais de seus administradores; �
volume relevante de transações, inclusive com o fornecimento de as- �
sistência técnica ou informações técnicas essenciais para as atividades 
da investidora;
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Investimentos permanentes – Equivalência Patrimonial
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significativa dependência tecnológica e/ou econômico-financeira; �
recebimento permanente de informações contábeis detalhadas, bem �
como de planos de investimento; ou
uso comum de recursos materiais, tecnológicos ou humanos � .
Pode ser considerado influente, também, com a leitura do artigo 248 da 
Lei das Sociedades Anônimas e do artigo 5.º do ato normativo expedido pela 
CVM, a situação em que o investimento representa, no mínimo, 20% do capi-
tal social da sociedade investida. Considerando esses referenciais legais, há, 
no mínimo, duas impropriedades:
Qual seria a influência que poderia exercer uma empresa que detém, �
por exemplo, 30% das ações de outra se essas ações eram todas pre-
ferenciais?
 Essa disposição foi incluída no artigo 248 da lei e também no artigo 5.º 
do ato normativo da CVM em função do que estava disposto no §4.º do 
artigo 141 da Lei 6.404/76, que apresentou a seguinte redação:
§4.º Terão direito de eleger e destituir um membro e seu suplente do conselho de 
administração, em votação em separado na assembleia geral, excluído o acionista 
controlador, a maioria dos titulares, respectivamente:
I - de ações de emissão de companhia aberta com direito a voto, que representem, 
pelo menos, 15% (quinze por cento) do total das ações com direito a voto; e
II - de ações preferenciais sem direito a voto ou com voto restrito de emissão de 
companhia aberta, que representem, no mínimo, 10% (dez por cento) do capital 
social, que não houverem exercido o direito previsto no estatuto, em conformidade 
com o art. 18.
 Neste caso, os acionistas detentores de 15%, no mínimo, do capital com 
direito a voto ou 10%, no mínimo, de ações preferenciais, poderiam ele-
ger um dos membros do conselho de administração, o que acaba por 
caracterizar o exercício de influência.
O segundo problema está no §4.º do � artigo 141 da Lei 6.404/76, o qual 
teve sua redação modificada pela Lei 10.303, de 31de outubro de 2001. 
Este é o novo texto legal:
§4.º Terão direito de eleger e destituir um membro e seu suplente do conselho de 
administração, em votação em separado na assembleia geral, excluído o acionista 
controlador, a maioria dos titulares, respectivamente:
I - de ações de emissão de companhia aberta com direito a voto, que representem, 
pelo menos, 15% (quinze por cento) do total das ações com direito a voto; e
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II - de ações preferenciais sem direito a voto ou com voto restrito de emissão de 
companhia aberta, que representem, no mínimo, 10% (dez por cento) do capital 
social, que não houverem exercido o direito previsto no estatuto, em conformidade 
com o art. 18.
§5.º Verificando-se que nem os titulares de ações com direito a voto e nem os 
titulares de ações preferenciais sem direito a voto ou com voto restrito perfizeram, 
respectivamente, o quorum exigido nos incisos I e II do §4.º, ser-lhes-á facultado 
agregar suas ações para elegerem em conjunto um membro e seu suplente para o 
conselho de administração, observando-se, nessa hipótese, o quorum exigido pelo 
inciso II do §4º.
§6.º Somente poderão exercer o direito previsto no §4.º os acionistas que 
comprovarem a titularidade ininterrupta da participação acionária ali exigida 
durante o período de 3 (três) meses, no mínimo, imediatamente anterior à 
realização da assembleia geral.
§7.º Sempre que, cumulativamente, a eleição do conselho de administração se der 
pelo sistema do voto múltiplo e os titulares de ações ordinárias ou preferenciais 
exercerem a prerrogativa de eleger conselheiro, será assegurado a acionista 
ou grupo de acionistas vinculados por acordo de votos que detenham mais do 
que 50% (cinquenta por cento) das ações com direito de voto o direito de eleger 
conselheiros em número igual ao dos eleitos pelos demais acionistas, mais um, 
independentemente do número de conselheiros que, segundo o estatuto, 
componha o órgão.
§8.º A companhia deverá manter registro com a identificação dos acionistas que 
exercerem a prerrogativa a que se refere o §4.º.
O exercício da influência, considerado parâmetros percentuais, foi sensi-
velmente modificado e, no entanto,o artigo 248 permaneceu sem qualquer 
alteração. Se uma empresa detém participação no capital votante de outra 
que alcance 20%, ela terá efetivamente o direito de designar um elemento 
do conselho de administração. No entanto, com as alterações introduzidas 
no artigo 141, esse direito será exercido com participação de apenas 15% 
no capital votante. Permanece, de qualquer forma, imprópria a redação do 
artigo 248, que continuou sem fazer referência ao capital votante.
Obrigatoriedade de avaliação pelo 
Método da Equivalência Patrimonial
O artigo 248, caput, da legislação societária estabelece que os investimen-
tos relevantes em sociedades coligadas em que a administração tenha influ-
ência ou de que participe com 20% ou mais do Capital Social, e em socieda-
des controladas serão avaliados pelo método da equivalência patrimonial.
O artigo 5.º da Instrução CVM 247, de 27 de março de 1996, regulamentando 
as disposições da legislação societária, estabelece que devam ser avaliados pelo 
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Investimentos permanentes – Equivalência Patrimonial
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método da equivalência patrimonial os investimentos em cada controlada e 
os investimentos relevantes em cada coligada ou equiparada a coligada. A 
investidora deve exercer influência na administração ou possuir, no mínimo, 
20% do capital social da sociedade coligada.
Sendo assim, de acordo com o estabelecido na Instrução CVM 247/96, 
todos os investimentos em controladas devem ser avaliados pelo Método da 
Equivalência Patrimonial.
Nos investimentos em coligadas e equiparadas a coligadas, deve ser veri-
ficado se o investimento é ou não relevante. Sendo relevante o investimen-
to, o próximo passo é verificar se a participação no capital da coligada ou 
equiparada é superior a 20%. Sendo a participação superior a 20%, então o 
investimento é avaliado pelo Método de Equivalência Patrimonial. No caso 
de o investimento relevante ser inferior a 20% do capital social da coligada 
ou equiparada, deve-se verificar se a investidora exerce influência na admi-
nistração da sociedade investida, pois os investimentos dessa natureza so-
mente deverão ser avaliados pelo MEP quando existir essa influência.
De acordo com os §§4.º a 8.º do artigo 141 da legislação societária, todos 
os investimentos que representam 15% ou mais do capital votante da socie-
dade investida devem ser avaliados pelo MEP, pois quando possuem essa ca-
racterística, haverá o exercício da influência administrativa, já que nesse caso 
é assegurado o direito de eleger um membro do conselho de administração, 
assim como o respectivo suplente.
Dessa forma, os investimentos em coligadas e equiparadas somente serão 
avaliados pelo MEP quando forem relevantes. Além de relevantes, devem ser 
superiores a 15% do capital social da investida ou, caso não atinjam esse per-
centual, a investidora deve exercer influência na coligada ou equiparada.
As empresas que se enquadram nas condições analisadas devem avaliar 
pelo MEP os seus investimentos em controladas e os investimentos relevan-
tes, quando influentes, em coligadas. Essa avaliação, pelo MEP, há de ser rea-
lizada tanto pela legislação comercial quanto pela fiscal.
Aspectos legais
A fundamentação legal e a obrigatoriedade da adoção desse método de ava-
liação de investimentos estão no artigo 248 da Lei 6.404/76, que estabelece:
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Investimentos permanentes – Equivalência Patrimonial
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Art. 248. No balanço patrimonial da companhia, os investimentos em coligadas ou em 
controladas e em outras sociedades que façam parte de um mesmo grupo ou estejam 
sob controle comum serão avaliados pelo método da equivalência patrimonial, de acordo 
com as seguintes normas:
I - o valor do patrimônio líquido da coligada ou da controlada será determinado com 
base em balanço patrimonial ou balancete de verificação levantado, com observância 
das normas desta Lei, na mesma data, ou até 60 (sessenta) dias, no máximo, antes da 
data do balanço da companhia; no valor de patrimônio líquido não serão computados 
os resultados não realizados decorrentes de negócios com a companhia, ou com outras 
sociedades coligadas à companhia, ou por ela controladas;
II - o valor do investimento será determinado mediante a aplicação, sobre o valor de 
patrimônio líquido referido no número anterior, da porcentagem de participação no 
capital da coligada ou controlada;
III - a diferença entre o valor do investimento, de acordo com o número II, e o custo de 
aquisição corrigido monetariamente; somente será registrada como resultado do exercício:
a) se decorrer de lucro ou prejuízo apurado na coligada ou controlada;
b) se corresponder, comprovadamente, a ganhos ou perdas efetivos;
c) no caso de companhia aberta, com observância das normas expedidas pela Comissão 
de Valores Mobiliários.
§1.º Para efeito de determinar a relevância do investimento, nos casos deste artigo, serão 
computados como parte do custo de aquisição os saldos de créditos da companhia contra 
as coligadas e controladas.
§2.º A sociedade coligada, sempre que solicitada pela companhia, deverá elaborar e 
fornecer o balanço ou balancete de verificação previsto no número I.
É possível se concluir que, com a leitura da alínea “c” do inciso III, a CVM é a 
entidade apta a expedir normas adicionais sobre a equivalência patrimonial. 
No caput do texto legal não é aplicável outra interpretação, a não ser aquela 
que a CVM estabelecer.
No exercício da competência recebida por delegação legal, a CVM emitiu 
a Instrução CVM 247, de 27 de março de 1996, estabelecendo que:
Art. 1.º O investimento permanente de companhia aberta em coligadas, suas equiparadas 
e em controladas, localizadas no país e no exterior, deve ser avaliado pelo método da 
equivalência patrimonial, observadas as disposições desta Instrução.
Parágrafo único. Equivalência patrimonial corresponde ao valor do investimento 
determinado mediante a aplicação da percentagem de participação no capital social 
sobre o patrimônio líquido de cada coligada, sua equiparada e controlada.
[...]
Art. 5.º Deverão ser avaliados pelo método da equivalência patrimonial:
I - O investimento em cada controlada; e
II - O investimento relevante em cada coligada e/ou em sua equiparada, quando a 
investidora tenha influência na administração ou quando a porcentagem de participação, 
direta ou indireta da investidora, representar 20% (vinte por cento) ou mais do capital 
social da coligada.
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Investimentos permanentes – Equivalência Patrimonial
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Parágrafo único. Serão considerados exemplos de evidências de influência na 
administração da coligada:
a) participação nas suas deliberações sociais, inclusive com a existência de administradores 
comuns;
b) poder de eleger ou destituir um ou mais de seus administradores;
c) volume relevante de transações, inclusive com o fornecimento de assistência técnica ou 
informações técnicas essenciais para as atividades da investidora;
d) significativa dependência tecnológica e/ou econômico-financeira;
e) recebimento permanente de informações contábeis detalhadas, bem como de planos 
de investimento; ou
f ) uso comum de recursos materiais, tecnológicos ou humanos.
A interpretação do artigo 1.º indica que o MEP é aplicado tanto aos inves-
timentos nacionais quanto aos investimentos em países estrangeiros. No en-
tanto, uma observação é necessária, pois segundo a CVM os investimentos 
permanentes das companhias abertas são passíveis de serem avaliados pelo 
MEP, o que está perfeitamente de acordo com o texto da lei, já que em seu 
texto está explícitoque ela “dispõe sobre as sociedades por ações”.
Com relação ao aspecto fiscal, o artigo 384 do Decreto 3.000/99 reproduz 
o texto da lei comercial e estabelece o seguinte:
Art. 384. Serão avaliados pelo valor de patrimônio líquido os investimentos relevantes da 
pessoa jurídica (Lei 6.404, de 1976, art. 248, e Decreto-Lei 1.598, de 1977, art. 67, inciso 
XI):
I - em sociedades controladas; e
II - em sociedades coligadas sobre cuja administração tenha influência, ou de que participe 
com vinte por cento ou mais do capital social.
§1.º São coligadas as sociedades quando uma participa, com dez por cento ou mais, do 
capital da outra, sem controlá-la (Lei 6.404, de 1976, art. 243, §1.º).
§2.º Considera-se controlada a sociedade na qual a controladora, diretamente ou 
através de outras controladas, é titular de direitos de sócio que lhe assegurem, de modo 
permanente, preponderância nas deliberações sociais e o poder de eleger a maioria dos 
administradores (Lei 6.404, de 1976, art. 243, §2.º).
§3.º Considera-se relevante o investimento (Lei 6.404, de 1976, art. 247, parágrafo único):
I - em cada sociedade coligada ou controlada, se o valor contábil é igual ou superior a dez 
por cento do valor do patrimônio líquido da pessoa jurídica investidora;
II - no conjunto das sociedades coligadas e controladas, se o valor contábil é igual 
ou superior a quinze por cento do valor do patrimônio líquido da pessoa jurídica 
investidora.
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Investimentos permanentes – Equivalência Patrimonial
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Ampliando seus conhecimentos
Contabilidade – Equivalência Patrimonial: 
o que mudou!
(HOOG, 2010. Adaptado.)
Ainda que sutil, a mudança no artigo 248 da Lei 6.404/76, de “capital social” 
para “capital votante”, pode trazer, em alguns casos, significativa alteração no 
valor dos investimentos.
No entanto, antes de adentrar no tema, considero muito importante afas-
tar o equívoco de que a nova lei trouxe ou gerou a entrada da contabilidade 
brasileira nas práticas internacionais, pois, em minha liberdade de cátedra, as-
seguro que estamos mais para um retrocesso do que em direção às Normas 
Internacionais de Contabilidade (NIC). E isso é muito fácil de se concluir. Como 
exemplo, cito o fato que a nova Lei 11.638/2007 revogou a reavaliação, en-
quanto estas estão contidas nas normas internacionais, como exemplo, temos 
a NIC 16 (trata dos Ativos Fixos Tangíveis). Logo, está presente e visível o re-
trocesso na história da contabilidade da república. Outro exemplo é a ordem 
de apresentação das contas no balanço. Na NIC 01, que trata da apresentação 
de Demonstrações Financeiras, temos a ordem crescente. E no artigo 178 da 
Lei 6.404/76, temos a ordem decrescente de grau de liquidez dos elementos 
nelas registrados. Esta posição é sem embargos a algumas melhorias, como, 
por exemplo, entre minguadas melhoras, cito a criação do intangível e do fluxo 
de caixa e algumas terminologias, como o instrumento financeiro derivativo.
Tem-se neste comentário o critério conhecido como “equivalência patri-
monial”, que é um método de avaliação de investimento específico para as 
sociedades anônimas. Logo não se aplica às limitadas, cuja regra é o custo de 
aquisição, conforme artigo 1.187 do Código Civil; exceto às limitadas conside-
radas de grande porte, mesmo que tal fato não esteja pacificado entre os dou-
trinadores. E ainda, este critério é para as sociedades anônimas que tenham 
investimentos relevantes ou influência societária.
O seu cálculo baseia-se no valor do patrimônio líquido das sociedades coli-
gadas ou controladas. O valor do investimento é determinado na data do ba-
lanço, mediante a aplicação sobre o valor do patrimônio líquido da coligada 
ou controlada, da porcentagem de participação no seu capital. Nos termos do 
artigo 248 da Lei 6.404/76.
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Investimentos permanentes – Equivalência Patrimonial
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Em decorrência do critério da equivalência patrimonial, o balanço patri-
monial da companhia deve demonstrar a avaliação dos investimentos em 
controladas ou coligadas, de forma que inclua os investimentos em outras 
sociedades que façam parte de um mesmo grupo econômico ou estejam sob 
controle ou influência. Exceto os investimentos a valor de custo de aquisição.
Para fins de registro da equivalência patrimonial, além dos aspectos de 
como converter as demonstrações contábeis de entidades no exterior para a 
moeda de apresentação das demonstrações contábeis no Brasil, recomendo 
ver o Pronunciamento Técnico CPC 02 do Comitê de Pronunciamentos Con-
tábeis e as Normas Internacionais de Contabilidade – IAS 21 (IASB). Devem 
ser observados, também, os termos da Lei 6.404/76 constante do inciso III do 
artigo 183; inciso I, §1.º, artigo 197; parágrafo único do artigo 247 e letra “b” 
incisos II, inciso I do artigo 256.
A principal alteração, Lei 11.638/07, para o cálculo da equivalência patrimo-
nial é de que a participação é de 20% sobre o capital “votante”, e na lei velha 
era de que participe com 20% (vinte por cento) ou mais do capital “social”.
Para uma melhor compreensão da distinção entre capital “votante” e capi-
tal “social”, segue o sentido e alcance das definições das categorias contábeis: 
controlada; sócio controlador (ou acionista); sócio majoritário; sócio minoritá-
rio e da influência significativa.
Controlada � (artigo 1.098 do CC/2002) – o seu significado consta do pró-
prio artigo do Código, como segue: “É controlada a sociedade de cujo 
capital outra sociedade possua a maioria dos votos nas deliberações dos 
quotistas ou da assembleia geral e o poder de eleger a maioria dos ad-
ministradores”. Portanto, o controlador nas sociedades anônimas não é 
necessariamente o majoritário; na sociedade limitada é a mesma coisa. 
Entretanto, na sociedade anônima, um acionista pode ser detentor de 
50% das ações PN, sem direito a voto, e mais 24% das ações ON, que dá 
direito a voto. Esse acionista terá 74% do capital e é majoritário, mas não 
é o controlador. Nesse exemplo extremo, o controlador será a pessoa (ou 
pessoas) que detêm os 26% das ações ON. São três as categorias dife-
rentes de exercer o poder de controle político da sociedade: a) sócio (ou 
acionista) controlador; b) sócio majoritário; c) sócio minoritário.
Sócio controlador (ou acionista) � – aquele que possui, individualmente, 
a maioria dos votos.
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Sócio majoritário � – por sócio majoritário nas sociedades do tipo limita-
da, entende-se aquele que tem, isoladamente, o controle da sociedade 
pela maioria dos votos. Essa opinião resulta da analogia com o disposto 
no artigo 116 da Lei 6.404/76, que trata do acionista controlador e das 
disposições do Código Civil. A sua retirada por justa causa está regulada 
no artigo 1.030 do CC/2002. Portanto, é aquele que possui a maioria do 
capital social.
Sócio minoritário � – por sócio minoritário entende-se aquele que não 
tem, isoladamente, o controle das decisões. Esta opinião resulta da ana-
logia com o disposto no artigo 116 da Lei 6.404/76, que trata do acio-
nista controlador e das disposições do Código Civil. A sua retirada por 
justa causa, nos casos de sociedade empresária do tipo limitada, está 
regulada no artigo 1.085 do CC/2002.
Influência significativa � – (§1.º do artigo 243, da Lei 6.404/76) Conside-
ra-se como influência significativa o poder político ou econômico nas 
decisões das sociedades investidas; presume-se a sua existência por 
uma participação direta ou indireta, igual ou superior a 20% do capital 
votante. Logo, é o poderde controlar, diretamente ou através de outras 
controladas. Pertence esse poder ao titular de direitos de sócio ou acio-
nista, que lhe assegurem, de modo permanente, preponderância nas 
deliberações sociais e o poder de eleger a maioria dos administradores.
Estamos diante de um novo modelo de contabilidade, com mudanças 
gerais e pontuais, pois os institutos novos para a prática das demonstrações 
contábeis brasileiras, Lei 11.638/2007, em vigor para 2008, visam basicamente 
criar um indício de estrutura jurídico-contábil necessária a um processo de 
aproximação das normas internacionais de contabilidade, quiçá um dia vamos 
alcançar. Fato esse imprescindível à evolução das demonstrações financeiras.
Atividades de aplicação
1. Qual a definição básica do Método de Equivalência Patrimonial?
2. Entre todas as características do Método de Equivalência Patrimonial, 
qual delas é a principal para se caracterizar a relação de controladas e 
controladoras?
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3. O que é o controle indireto?
4. O que caracteriza uma empresa equiparada a coligada?
5. Explique, com poucas palavras, como um investimento pode ser con-
siderado não relevante individualmente ou em conjunto, mas ainda 
assim ser classificado pelo Método de Equivalência Patrimonial.
Referências
BRASIL. Lei 6.404/76. Dispõe sobre as Sociedades por Ações. Disponível em: 
<www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L6404consol.htm>. Acesso em: 27 set. 
2010.
______. Resolução CFC 750/93. Dispõe sobre os Princípios Fundamentais de 
Contabilidade. Disponível em: <www.portaldecontabilidade.com.br/nbc/res750.
htm>. Acesso em: 28 set. 2010.
______. Resolução CFC 774/94. Aprova o Apêndice à Resolução sobre os Princí-
pios Fundamentais de Contabilidade. Disponível em: <www.portaldecontabilida-
de.com.br/legislacao/resolucaocfc774.htm>. Acesso em: 28 set. 2010.
_____. Comissão de Valores Mobiliários. Instrução CVM 247/96. Dispõe sobre 
a avaliação de investimentos em sociedades coligadas e controladas e sobre os 
procedimentos para elaboração e divulgação das demonstrações contábeis con-
solidadas, para o pleno atendimento aos Princípios Fundamentais de Contabili-
dade, altera e consolida as Instruções CVM 1/78, 15/80, 30/84, e o artigo 2.º da 
Instrução CVM 170/92, e dá outras providências. Disponível em: <www.cvm.gov.
br/asp/cvmwww/atos/exiato.asp?Tipo=I&File=/inst/inst247.htm>. Acesso em: 27 
set. 2010.
______. Lei 11.638/2007. Altera e revoga dispositivos da Lei 6.404/76, e da Lei 
6.385/76, e estende às sociedades de grande porte disposições relativas à elabo-
ração e divulgação de demonstrações financeiras. Disponível em: <www.planalto.
gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/lei/l11638.htm>. Acesso em: 11 jan. 2011.
______. Lei 11.941/2009. Altera a legislação tributária federal relativa ao parcela-
mento ordinário de débitos tributários; concede remissão nos casos em que espe-
cifica; institui regime tributário de transição. Disponível em: <www.planalto.gov.
br/ccivil_03/_ato2007-2010/2009/lei/l11941.htm>. Acesso em: 11 jan. 2011.
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Investimentos permanentes – Equivalência Patrimonial
HOOG, Wilson Alberto Zappa. Contabilidade – Equivalência Patrimonial: o que 
mudou! Publicado em: 27 set. 2010. Disponível em: <www.netlegis.com.br/inde-
xRC.jsp?arquivo=/detalhesDestaques.jsp&cod=19050>. Acesso em: 27 set. 2010.
IUDÍCIBUS, Sérgio de. Teoria da Contabilidade. 10. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
MARTINS, Eliseu; GELBCKE, Ernesto Rubens; IUDÍCIBUS, Sérgio de. Manual de 
Contabilidade Societária: aplicável a todas as sociedades de acordo com as 
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PEREZ JUNIOR, José Hernandez; OLIVEIRA, Luis Martins de. Contabilidade Avan-
çada. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2001.
VELTER, Francisco; MISSAGIA, Luiz Roberto. Manual de Contabilidade. Rio de Ja-
neiro: Impetus, 2003. (Série Provas e Concursos).
Gabarito
1. Equivalência Patrimonial significa que a sociedade investidora avaliará 
sua participação societária, na sociedade investida, utilizando como 
medida de referência o valor percentual de sua participação no capital 
social daquela sociedade. Esse percentual será aplicado sobre o Patri-
mônio Líquido da investida, resultando no valor do investimento da 
Sociedade Investidora.
2. Sociedade controladora é a que possui a titularidade de mais da meta-
de (ou mais de 50%) das quotas ou ações com direito a voto de outra 
sociedade, que será consequentemente controlada. O controle não 
necessita ser direto, podendo ser por intermédio de outra controlada. 
A esse artifício se dá o nome de controle indireto.
3. É quando uma empresa controla uma empresa que, como controla-
da da primeira, é controladora de uma terceira. Nesse caso, a primeira 
empresa é controladora indireta da terceira.
4. Quando ela, mesmo sem cumprir os requisitos de uma coligada, con-
segue cumprir esses requisitos apenas com ações ordinárias, ou seja, 
ações com direito a voto.
5. Quando esses investimentos são efetuados em empresas controladas, 
ou seja, quando as investidoras são controladoras.
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