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Michael Dias Corrêa Mestre em Contabilidade pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Bacharel em Ciências Contábeis pela UFPR. Ex-militar de carreira da Aeronáutica, na área educacional. É professor da Universidade Positi- vo (UP) e do Instituto Brasileiro de Pós-Gradua- ção e Extensão (IBPEX), nos cursos de graduação e de pós-graduação na área de Negócios Em- presariais. Gestor do Centro de Estudos em Con- troladoria e Governança Corporativa (Cecon) da UP. Possui diversos estudos científicos publica- dos em congressos e periódicos científicos na- cionais e internacionais. Professor de cursinhos preparatórios para concursos públicos na cidade de Curitiba. Empresário do setor educacional, possui atuações na área de Controladoria da Esso Brasileira de Petróleo e na área de compras da Cia. Vale do Rio Doce. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br Reorganização societária – aspectos introdutórios da incorporação Graças à globalização dos mercados, as sociedades comerciais, com fins lucrativos ou não, necessitaram se adaptar a essa realidade para que pudes- sem competir nesse novo mercado mais concorrido, tendo a necessidade, em muitos casos, de reorganização. Reorganizações societárias são procedimentos eventuais por meio dos quais, por diversas razões, sociedades são transformadas, fundidas, incorpo- ram ou são incorporadas, dividem-se ou simplesmente vendem ou encerram atividades operacionais ou divisões de produtos. Sendo assim, o processo de reorganização societária envolve a transformação, a concentração e a des- concentração de empresas. As principais razões que levam as sociedades a se reorganizar são: a busca de competitividade no mercado em face da conjuntura socio- � econômica; o planejamento fiscal, objetivando minimizar a carga tributária; � afastar divergência entre acionistas; � descentralização ou concentração administrativa. � Formas de concentração A Lei das Sociedades Anônimas (Lei 6.404/76), no seu artigo 223, esta- belece três formas de concentração societária com personalidade jurídica própria: a incorporação, a fusão e a cisão: Art. 223. A incorporação, fusão ou cisão podem ser operadas entre sociedades de tipos iguais ou diferentes e deverão ser deliberadas na forma prevista para a alteração dos respectivos estatutos ou contratos sociais. §1.º Nas operações em que houver criação de sociedade serão observadas as normas reguladoras da constituição das sociedades do seu tipo. 91 Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br 92 Reorganização societária – aspectos introdutórios da incorporação 9393 §2.º Os sócios ou acionistas das sociedades incorporadas, fundidas ou cindidas receberão, diretamente da companhia emissora, as ações que lhes couberem. §3.º Se a incorporação, fusão ou cisão envolverem companhia aberta, as sociedades que a sucederem serão também abertas, devendo obter o respectivo registro e, se for o caso, promover a admissão de negociação das novas ações no mercado secundário, no prazo máximo de cento e vinte dias, contados da data da assembleia-geral que aprovou a operação, observando as normas pertinentes baixadas pela Comissão de Valores Mobiliários. §4.º O descumprimento do previsto no parágrafo anterior dará ao acionista direito de retirar-se da companhia, mediante reembolso do valor das suas ações (art. 45), nos trinta dias seguintes ao término do prazo nele referido, observado o disposto nos §§1.º e 4.º do art. 137. Pela leitura do trecho legal, esse processo de reorganização pode envol- ver sociedades diversas, mas deve observar as formas de alteração dos atos constitutivos de cada tipo societário, ou seja, a deliberação deve ocorrer con- forme disposto em contrato social ou estatuto. Assim, para o caso de um estatuto estabelecer que possa ser alterado so- mente com a aprovação por unanimidade dos integrantes do quadro social, será dessa forma que o processo de reorganização deverá ser conduzido. Se o resultado for uma sociedade nova, ela deverá ser constituída conforme os preceitos legais para o tipo societário adotado. O parágrafo 3.º possui importância adicional. Nota-se que na reorganiza- ção societária envolvendo Sociedade Anônima de capital aberto (com ações negociadas em bolsa de valores), a sociedade resultante também será aberta e deverá providenciar a obtenção do respectivo registro em até 120 dias. Caso não obtenha esse registro ou não observe o prazo para a obtenção, será facultado o direito ao acionista de se retirar da companhia. Transformação Depois de ser constituída uma sociedade sob algum tipo societário, ela pode mudar de tipo, passando, por exemplo, de Sociedade Limitada para Sociedade Anônima e vice-versa. Não é o caso de concentração1 de socieda- des, já que é alterada apenas a forma jurídica. A Lei Societária, no artigo 220, define a transformação caracterizando que ela é a operação pela qual a sociedade passa, independentemente de disso- lução e liquidação, de um tipo para outro. Sendo assim, o que caracteriza o processo de transformação é a passagem de um tipo societário para outro. 1 Quando ocorre a verda- deira extinção da pessoa jurídica de ao menos uma das sociedades en- volvidas no processo de reorganização. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br 93 Reorganização societária – aspectos introdutórios da incorporação 93 A regra contida no parágrafo único do artigo 220 estabelece que as regras a serem obedecidas na transformação são as que regem a constituição e o re- gistro do tipo societário a ser adotado pela sociedade. Se a sociedade passar de Sociedade por Quotas de Responsabilidade Limitada para Sociedade Anônima, todo o procedimento deverá ser o estabelecido na Lei 6.404/76, além das Instruções pertinentes ao assunto emitidas pela Comissão de Valo- res Mobiliários (CVM), no caso da sociedade nova ser de capital aberto. Inicialmente, essa operação pode até parecer simples. No entanto, a Lei So- cietária impõe algumas restrições quanto à sua efetivação, já que estabelece o consentimento compulsório de todos os sócios ou acionistas. Ainda estabe- lece a aprovação pelos sócios ou acionistas quando houver expressa disposi- ção nos atos constitutivos no sentido de possibilitar a transformação. De outra forma, caso seja omisso no contrato social ou no estatuto essa previsão de transformação, é assegurado ao sócio ou acionista antigo o direito de retirar-se da sociedade com o devido reembolso das ações ou quotas respectivas a ele. A Lei Societária procurou dar garantias aos sócios e acionistas, mas também o fez aos credores quando estipulou, por meio do artigo 222, que a transformação jamais prejudicará o direito destes (dos credores), devendo o tipo resultante oferecer as mesmas garantias do tipo anterior à satisfação integral dos créditos. Sendo assim, se uma sociedade que antes da trans- formação conferia responsabilidade ilimitada aos sócios e se essa sociedade adotou, por transformação, tipo societário que restrinja a responsabilidade dos sócios ou acionistas, estes continuarão a responder pelas obrigações as- sumidas pela sociedade previamente à transformação, de maneira ilimitada em caso de dissolução ou insolvência da sociedade de tipo diferente. Com o intuito de evitar que pessoas com intenções duvidosas se utilizem do processo de transformação envolvendo ou responsabilizando terceiros em futuro processo de falência, o estatuto legal, de acordo com o parágrafo único do artigo 222 da Lei Societária, também impôs um limite, estabele- cendo que se os credores do tipo anterior pedirem a falência da sociedade, responderão pelo processo os sócios anteriores ao tipo resultante, ou seja,os que eram sócios ao tempo em que surgiram as obrigações: Conceito e forma Art. 220. A transformação é a operação pela qual a sociedade passa, independentemente de dissolução e liquidação, de um tipo para outro. Parágrafo único. A transformação obedecerá aos preceitos que regulam a constituição e o registro do tipo a ser adotado pela sociedade. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br 94 Reorganização societária – aspectos introdutórios da incorporação 9595 Deliberação Art. 221. A transformação exige o consentimento unânime dos sócios ou acionistas, salvo se prevista no estatuto ou no contrato social, caso em que o sócio dissidente terá o direito de retirar-se da sociedade. Parágrafo único. Os sócios podem renunciar, no contrato social, ao direito de retirada no caso de transformação em companhia. Direito dos Credores Art. 222. A transformação não prejudicará, em caso algum, os direitos dos credores, que continuarão, até o pagamento integral dos seus créditos, com as mesmas garantias que o tipo anterior de sociedade lhes oferecia. Parágrafo único. A falência da sociedade transformada somente produzirá efeitos em relação aos sócios que, no tipo anterior, a eles estariam sujeitos, se o pedirem os titulares de créditos anteriores à transformação, e somente a estes beneficiará. Aspectos legais na incorporação, cisão e fusão A legislação societária regulamenta os processos de incorporação, fusão ou cisão por meio dos artigos 223 e 234. Muito embora o texto legal para as operações envolvendo reorganização societária seja o das sociedades por ações, esses procedimentos não são vedados a outros tipos de empresas, podendo se beneficiar do processo de reorganização qualquer empreendi- mento empresarial, independentemente do tipo societário adotado. As operações de concentração e desconcentração de pessoas jurídicas são igualmente importantes, tanto para as sociedades por ações quanto para as sociedades constituídas por quotas de responsabilidade limitada ou, ainda, outra forma jurídica adotada. De maneira simplificada, pode-se diferenciar incorporação, fusão e cisão pelas seguintes características: a incorporação é a operação pela qual uma ou mais sociedades são absorvidas por outra, a qual lhes sucede em todos os direitos e obrigações; já na fusão, duas ou mais sociedades formam uma sociedade nova, que lhes sucederá em todos os direitos e obrigações e, por fim, na cisão, a companhia transfere parcelas do seu patrimônio para uma ou mais sociedades, constituídas para esse fim ou previamente existentes. Protocolo Segundo a Lei 6.404/76, as condições de incorporação, fusão ou cisão constarão de protocolo firmado pelos órgãos da administração ou dos sócios das empresas interessadas no processo. Esse protocolo é nada mais que uma proposta ou contrato firmado pelos órgãos da administração ou pelos sócios Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br 95 Reorganização societária – aspectos introdutórios da incorporação 95 das empresas que integrarão o processo de incorporação, fusão ou cisão, de- vendo ser, posteriormente, objeto de deliberação pelos acionistas ou sócios dessas mesmas sociedades. O protocolo ou proposta de incorporação, fusão e cisão deve apresentar os elementos constantes no artigo 224 da Lei 6.404/76: Art. 224. As condições da incorporação, fusão ou cisão com incorporação em sociedade existente constarão de protocolo firmado pelos órgãos de administração ou sócios das sociedades interessadas, que incluirá: I - o número, espécie e classe das ações que serão atribuídas em substituição dos direitos de sócios que se extinguirão e os critérios utilizados para determinar as relações de substituição; II - os elementos ativos e passivos que formarão cada parcela do patrimônio, no caso de cisão; III - os critérios de avaliação do patrimônio líquido, a data a que será referida a avaliação, e o tratamento das variações patrimoniais posteriores; IV - a solução a ser adotada quanto às ações ou quotas do capital de uma das sociedades possuídas por outra; V - o valor do capital das sociedades a serem criadas ou do aumento ou redução do capital das sociedades que forem parte na operação; VI - o projeto ou projetos de estatuto, ou de alterações estatutárias, que deverão ser aprovados para efetivar a operação; VII - todas as demais condições a que estiver sujeita a operação. Parágrafo único. Os valores sujeitos a determinação serão indicados por estimativa. O artigo 226 da legislação societária exige laudo pericial para avaliação dos ativos das sociedades envolvidas no processo de reorganização. A so- ciedade que tiver patrimônio absorvido por outra deverá levantar balanço específico para esse fim, no qual os bens e direitos serão avaliados pelo valor contábil ou de mercado, seguindo os preceitos do artigo 8.º da mesma lei, na mesma data e seguindo os mesmos critérios de avaliação para todas as empresas envolvidas no processo. Com isso, a maneira de apurar o valor do patrimônio tomado no processo de incorporação, fusão ou cisão é opcional: contábil ou mercado. Essa ava- liação especial não deve ser confundida com a avaliação dos ativos, a qual possui um objetivo final de elaboração do Balanço Patrimonial e a regra é o custo de aquisição ou o valor de mercado, o que for menor. Também não se deve confundir essa avaliação com o processo de reavaliação de ativos, o qual possui objetivo de ajustar os elementos patrimoniais mais próximos do valor de mercado ou de reposição. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br 96 Reorganização societária – aspectos introdutórios da incorporação 9797 Justificativa A justificativa é a exposição de motivos e finalidades da incorporação, fusão ou cisão, as quais devem ser submetidas à deliberação da assembleia geral. Também é evidenciado o interesse das sociedades. Todos esses aspectos estão previstos nos incisos I a IV do artigo 225 da legislação societária, especificados abaixo: Art. 225. As operações de incorporação, fusão e cisão serão submetidas à deliberação da assembleia geral das companhias interessadas mediante justificação, na qual serão expostos: I - os motivos ou fins da operação, e o interesse da companhia na sua realização; II - as ações que os acionistas preferenciais receberão e as razões para a modificação dos seus direitos, se prevista; III - a composição, após a operação, segundo espécies e classes das ações, do capital das companhias que deverão emitir ações em substituição às que se deverão extinguir; IV - o valor de reembolso das ações a que terão direito os acionistas dissidentes. Formação do capital O artigo 226 da legislação societária veda a participação em processo de reorganização de sociedades, quando ocorre a existência de passivo a des- coberto. Os patrimônios ou os patrimônios líquidos a serem vertidos, para a formação do capital social da companhia sucessora devem ser, no mínimo, iguais ao capital social a realizar. Cabe aos peritos a incumbência de certifica- rem a satisfação dessa condição quando realizarem a referida avaliação. Quando a sociedade incorporadora for titular de parcela das ações ou quotas da sociedade incorporada, o valor representativo dessa participação poderá ser extinto ou substituído por ações em tesouraria, já que estará ad- quirindo ações de sua própria emissão. Art. 226. As operações de incorporação, fusão e cisão somente poderão ser efetivadas nas condições aprovadas se os peritos nomeados determinarem que o valor do patrimônio ou patrimônios líquidos a serem vertidos para a formação de capital social é, ao menos, igual ao montante do capital a realizar. §1.º As ações ouquotas do capital da sociedade a ser incorporada que forem de propriedade da companhia incorporadora poderão, conforme dispuser o protocolo de incorporação, ser extintas, ou substituídas por ações em tesouraria da incorporadora, até o limite dos lucros acumulados e reservas, exceto a legal. §2.º O disposto no §1.º aplicar-se-á aos casos de fusão, quando uma das sociedades fundidas for proprietária de ações ou quotas de outra, e de cisão com incorporação, quando a companhia que incorporar parcela do patrimônio da cindida for proprietária de ações ou quotas do capital desta. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br 97 Reorganização societária – aspectos introdutórios da incorporação 97 Direito de retirada no processo de reorganização O direito de retirada de acionista da companhia está previsto no artigo 137 da legislação societária. A fusão e a incorporação de sociedades são citadas nesse dispositivo. Para o acionista divergente, o direito de retirada começa a fluir a partir da publicação da ata da assembleia que tiver aprovado o pro- tocolo. No entanto, o pagamento só será efetivado quando a operação for concretizada. A deliberação sobre a fusão da companhia ou sua incorporação em outra está sujeita à aprovação de acionistas que representem, no mínimo, metade das ações com direito a voto. O estatuto pode estabelecer quantidade maior para o caso de a empresa não ter ações negociadas em bolsa de valores ou em mercado de balcão. O acionista que não estiver em conformidade com o procedimento terá o direito de se retirar da companhia, mediante reembolso do valor das ações. Esse reembolso deve ser reclamado à companhia no prazo de 30 (trinta) dias contados da publicação da ata da assembleia geral. Art. 230. Nos casos de incorporação ou fusão, o prazo para exercício do direito de retirada, previsto no art. 137, inciso II, será contado a partir da publicação da ata que aprovar o protocolo ou justificação, mas o pagamento do preço de reembolso somente será devido se a operação vier a efetivar-se. (Redação dada pela Lei 9.457, de 1997) O artigo 45 da mesma lei, ao tratar do reembolso, determina que: Reembolso Art. 45. O reembolso é a operação pela qual, nos casos previstos em lei, a companhia paga aos acionistas dissidentes de deliberação da assembleia geral o valor de suas ações. §1.º O estatuto pode estabelecer normas para a determinação do valor de reembolso, que, entretanto, somente poderá ser inferior ao valor de patrimônio líquido constante do último balanço aprovado pela assembleia geral, observado o disposto no §2.º, se estipulado com base no valor econômico da companhia, a ser apurado em avaliação (§§3.º e 4.º). §2.º Se a deliberação da assembleia geral ocorrer mais de 60 (sessenta) dias depois da data do último balanço aprovado, será facultado ao acionista dissidente pedir, juntamente com o reembolso, levantamento de balanço especial em data que atenda àquele prazo. Nesse caso, a companhia pagará imediatamente 80% (oitenta por cento) do valor de reembolso calculado com base no último balanço e, levantado o balanço especial, pagará o saldo no prazo de 120 (cento e vinte) dias a contar da data da deliberação da assembleia geral. §3.º Se o estatuto determinar a avaliação da ação para efeito de reembolso, o valor será o determinado por três peritos ou empresa especializada, mediante laudo que satisfaça os requisitos do §1.º do art. 8.º e com a responsabilidade prevista no §6.º do mesmo artigo. §4.º Os peritos ou empresa especializada serão indicados em lista sêxtupla ou tríplice, respectivamente, pelo Conselho de Administração ou, se não houver, pela diretoria, e Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br 98 Reorganização societária – aspectos introdutórios da incorporação 9999 escolhidos pela assembleia geral em deliberação tomada por maioria absoluta de votos, não se computando os votos em branco, cabendo a cada ação, independentemente de sua espécie ou classe, o direito a um voto. §5.º O valor de reembolso poderá ser pago à conta de lucros ou reservas, exceto a legal, e nesse caso as ações reembolsadas ficarão em tesouraria. §6.º Se, no prazo de cento e vinte dias, a contar da publicação da ata da assembleia, não forem substituídos os acionistas cujas ações tenham sido reembolsadas à conta do capital social, este considerar-se-á reduzido no montante correspondente, cumprindo aos órgãos da administração convocar a assembleia geral, dentro de cinco dias, para tomar conhecimento daquela redução. §7.º Se sobrevier a falência da sociedade, os acionistas dissidentes, credores pelo reembolso de suas ações, serão classificados como quirografários em quadro separado, e os rateios que lhes couberem serão imputados no pagamento dos créditos constituídos anteriormente à data da publicação da ata da assembleia. As quantias assim atribuídas aos créditos mais antigos não se deduzirão dos créditos dos ex-acionistas, que subsistirão integralmente para serem satisfeitos pelos bens da massa, depois de pagos os primeiros. §8.º Se, quando ocorrer a falência, já se houver efetuado, à conta do capital social, o reembolso dos ex-acionistas, estes não tiverem sido substituídos, e a massa não bastar para o pagamento dos créditos mais antigos, caberá ação revocatória para restituição do reembolso pago com redução do capital social, até a concorrência do que remanescer dessa parte do passivo. A restituição será havida, na mesma proporção, de todos os acionistas cujas ações tenham sido reembolsadas. Direito dos credores na incorporação e fusão Os credores anteriores que forem prejudicados pelo processo de incor- poração e fusão têm direito de reivindicar a anulação judicial da operação. O prazo para o exercício desse direito finaliza 60 (sessenta) dias após a publica- ção dos atos da confirmação da operação. Para o caso de falência da sociedade incorporadora, os credores anteriores poderão pedir a separação dos patrimônios para que os seus créditos sejam honrados pelo patrimônio da sociedade devedora original, ou seja, pela de- vedora de antes do processo de reorganização. No entanto, essa opção é apenas aplicada no caso de ocorrer a falência da sociedade incorporadora dentro dos mesmos 60 (sessenta) dias da incorporação. Art. 232. Até 60 (sessenta) dias depois de publicados os atos relativos à incorporação ou à fusão, o credor anterior por ela prejudicado poderá pleitear judicialmente a anulação da operação; findo o prazo, decairá do direito o credor que não o tiver exercido. §1.º A consignação da importância em pagamento prejudicará a anulação pleiteada. §2.º Sendo ilíquida a dívida, a sociedade poderá garantir-lhe a execução, suspendendo-se o processo de anulação. §3.º Ocorrendo, no prazo deste artigo, a falência da sociedade incorporadora ou da sociedade nova, qualquer credor anterior terá o direito de pedir a separação dos patrimônios, para o fim de serem os créditos pagos pelos bens das respectivas massas. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br 99 Reorganização societária – aspectos introdutórios da incorporação 99 Direito dos credores na cisão As obrigações da sociedade cindida, anteriores à cisão, serão sempre suportadas de forma solidária pelas sociedades resultantes do processo de cisão. Assim, quando houver versão total do patrimônio da cindida, as suces- soras responderão em condições iguais. Já quando a versão do patrimônio não for total, as sucessoras responderão com a cindida de forma solidária, já que ambas continuam com atividades operacionais. No entanto, o ato de cisão parcial pode diminuir a obrigação dos suces- sores, estabelecendo que estes respondam somente pelas obrigaçõesque lhes forem transferidas, afastando a solidariedade com as demais sociedades envolvidas no processo. Nesta situação, porém, os credores anteriores à cisão podem se opor à operação, desde que o façam dentro de 90 (noventa) dias da publicação dos atos, conforme preconiza a legislação societária. Art. 233. Na cisão com extinção da companhia cindida, as sociedades que absorverem parcelas do seu patrimônio responderão solidariamente pelas obrigações da companhia extinta. A companhia cindida que subsistir e as que absorverem parcelas do seu patrimônio responderão solidariamente pelas obrigações da primeira anteriores à cisão. Parágrafo único. O ato de cisão parcial poderá estipular que as sociedades que absorverem parcelas do patrimônio da companhia cindida serão responsáveis apenas pelas obrigações que lhes forem transferidas, sem solidariedade entre si ou com a companhia cindida, mas, nesse caso, qualquer credor anterior poderá se opor à estipulação, em relação ao seu crédito, desde que notifique a sociedade no prazo de 90 (noventa) dias a contar da data da publicação dos atos da cisão. Averbação da sucessão Quando já realizada a reorganização, sendo esta por meio de incorpora- ção, de fusão ou de cisão, a administração da sociedade sucessora deverá providenciar o registro na Junta Comercial respectiva e nos demais órgãos competentes. A certidão fornecida pelo registro de comércio é considerada documento hábil para a averbação, junto aos demais registros competentes, de bens, direitos e obrigações do novo patrimônio. Art. 234. A certidão, passada pelo registro do comércio, da incorporação, fusão ou cisão, é documento hábil para a averbação, nos registros públicos competentes, da sucessão, decorrente da operação, em bens, direitos e obrigações. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br 100 Reorganização societária – aspectos introdutórios da incorporação 101101 O processo de incorporação Conceito Até este ponto, apenas foram vistos os aspectos mais comuns do proces- so de reorganização de uma entidade. A partir de agora, cada forma de reor- ganização societária será vista de maneira mais detalhada, sendo iniciado o estudo pelo processo de incorporação. A incorporação é a operação pela qual uma ou mais sociedades são absor- vidas por outra que lhes sucede em todos os direitos e obrigações. Na incorpo- ração, a empresa sucedida é totalmente extinta, dando lugar à outra, a qual é chamada de sucessora e que mantém todos os direitos e obrigações anteriores. Importante é se destacar que o processo de incorporação é realizado entre as sociedades e não entre os titulares dos direitos de acionista ou quo- tista. Cabe a eles, apenas, deliberar como parte integrante do corpo social. O aumento do Capital Social é, naturalmente, verificado na sociedade in- corporadora, absorvendo o valor da sociedade incorporada. O que acontece, de fato, é uma operação de subscrição de capital de sociedade para socie- dade, sendo a sociedade incorporada a subscritora (a cedente do capital) e a incorporadora quem recebeu a subscrição. Os administradores da sociedade a ser incorporada deverão obter auto- rização para subscrever o aumento de capital da incorporadora por meio de assembleia geral. Dessa forma, quem fará a subscrição serão os administra- dores da sociedade a ser incorporada em nome da própria sociedade e não os acionistas ou sócios. É importante ser enfatizado que a escrituração de todos os fatos envol- vendo a incorporação deve ser transcrita no livro diário da sociedade incor- poradora, que, por fim, sucede a incorporada (ou as incorporadas) em todos os direitos e obrigações constantes previamente no patrimônio. A legislação societária faz menção a esse ponto nos §§1.º e 2.º do artigo 227: Art. 227. A incorporação é a operação pela qual uma ou mais sociedades são absorvidas por outra, que lhes sucede em todos os direitos e obrigações. §1.º A assembleia geral da companhia incorporadora, se aprovar o protocolo da operação, deverá autorizar o aumento de capital a ser subscrito e realizado pela incorporada mediante versão do seu patrimônio líquido, e nomear os peritos que o avaliarão. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br 101 Reorganização societária – aspectos introdutórios da incorporação 101 §2.º A sociedade que houver de ser incorporada, se aprovar o protocolo da operação, autorizará seus administradores a praticarem os atos necessários à incorporação, inclusive a subscrição do aumento de capital da incorporadora. §3.º Aprovados pela assembleia geral da incorporadora o laudo de avaliação e a incorporação, extingue-se a incorporada, competindo à primeira promover o arquivamento e a publicação dos atos da incorporação. Aspectos contábeis e legais praticados no Brasil A incorporação é o processo em que uma sociedade previamente exis- tente, chamada de incorporadora, absorve o patrimônio de outras socieda- des, sucedendo-lhes tanto nos direitos quanto nas obrigações. Assim, como exemplificado na sequência, a empresa Peixes S.A. absorve o patrimônio das sociedades Sagitário Ltda. e Gêmeos S.A. As duas últimas deixarão de existir, sendo a sociedade Peixes S.A. a única a responder, dentro da normalidade, pelos direitos e obrigações. Gêmeos S.A. Sagitário Ltda. Patrimônios Peixes S.A. Para o caso de não haver participação acionária ou no Capital Social entre as sociedades-objeto da incorporação e quando esta se opera pelos valo- res contábeis dos patrimônios, o procedimento contábil é bastante simples: os ativos e passivos das sociedades incorporadas (Sagitário Ltda. e Gêmeos S.A.) são transferidos para o patrimônio da incorporadora Peixes S.A. Incorporação de sociedades sob controle comum Para ilustrar essa situação, analise o exemplo a seguir, o qual é ilustra- do com valores hipotéticos. A empresa Valente S.A., no final do exercício de 2009, incorporou a empresa Desarrojada Ltda. O capital de Valente S.A. e o capital de Desarrojada Ltda. são possuídos pelas mesmas pessoas físicas. Dessa forma, pode-se dizer que existe um controle comum e os respectivos patrimônios são demonstrados conforme segue: Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br 102 Reorganização societária – aspectos introdutórios da incorporação 103103 Valente S.A. Desarrojada Ltda. ATIVO Circulante R$28.800,00 R$8.000,00 Não Circulante R$99.200,00 R$25.600,00 R$128.000,00 R$33.600,00 PASSIVO Circulante R$12.800,00 R$6.400,00 Não Circulante R$8.000,00 R$4.800,00 Patrimônio Líquido R$107.200,00 R$22.400,00 R$128.000,00 R$33.600,00 Para que possam ser efetuados os registros contábeis, nesse caso, basta que seja feita a transferência dos ativos e dos passivos de Desarrojada Ltda. para Valente S.A. Com esses registros finalizados, ocorrerá o aumento con- comitante do Capital Social em Valente S.A. de R$22.400,00 (Ativo – Passivo = Patrimônio Líquido) equivalente ao ingresso líquido de recursos, por meio da transferência dos bens, dos direitos e das obrigações na realização de ca- pital, o que é feito mediante os lançamentos contábeis que seguem: Transferência de ativos e de passivos para a sociedade Valente S.A., decorrentes da incorporação: D C Conta de Incorporação R$33.600,00 a Ativo Circulante R$8.000,00 a Ativo Não Circulante R$25.600,00 Passivo Circulante R$6.400,00 Passivo Não Circulante R$4.800,00 a Conta de Incorporação R$11.200,00 Pode ser verificado que uma conta transitória de incorporação é criada, onde são registradas as contrapartidas dos saldos das contas ativas e passi- vas, transferidas à sociedade Valente S.A., com a baixa simultânea de ativos e passivos da empresa DesarrojadaLtda. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br 103 Reorganização societária – aspectos introdutórios da incorporação 103 Baixa das contas do Patrimônio Líquido D C Patrimônio Líquido R$22.400,00 a Conta de Incorporação R$22.400,00 Com esses registros consolidados, o patrimônio da sociedade Desarroja- da Ltda. fica zerado, inclusive a conta de incorporação, pois todos os saldos foram transferidos para ela, tanto no débito quanto no crédito. Por esse último lançamento contábil fica cancelado o capital de Desarro- jada Ltda., pois representa a contrapartida ao aumento do capital social da empresa Valente S.A. transferido pela empresa Desarrojada Ltda. Também é o valor relativo ao recebimento pelos acionistas da Desarrojada Ltda. de ações da Valente S.A. O reconhecimento da transferência do patrimônio da extinta empresa Desarrojada Ltda. para a empresa Valente S.A. será feito pelos lançamentos abaixo registrados: Recebimento dos ativos e dos passivos da Desarrojada Ltda. D C Ativo Circulante R$8.000,00 Ativo Não Circulante R$25.600,00 a Conta de Incorporação R$33.600,00 Conta de Incorporação R$11.200,00 Passivo Circulante R$6.400,00 Passivo Não Circulante R$4.800,00 Aumento de capital ocorrido na incorporação a favor dos acionistas da Valente S.A. D C Conta de Incorporação R$22.400,00 a Capital Social R$22.400,00 Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br 104 Reorganização societária – aspectos introdutórios da incorporação 105105 A estrutura patrimonial em Valente S.A., após o recebimento de todos os ativos e passivos, passa a ser a seguinte: Ativo Passivo Ativo Circulante R$36.800,00 Passivo Circulante R$19.200,00 Ativo Não Circulante R$124.800,00 Passivo Não Circulante R$12.800,00 Patrimônio Líquido R$129.600,00 R$161.600,00 R$161.600,00 Concluindo, nos casos de incorporação, quando o patrimônio das em- presas envolvidas no processo está sob controle comum, não é o caso de se discutir sobre a avaliação contábil desses patrimônios, já que os saldos contábeis anteriores ao processo de reorganização se mantêm, pois não está havendo uma operação de compra ou venda de empresas. O que há, de fato, é a incorporação de empresas que possuíam proprie- tários comuns, permanecendo os valores contábeis dos bens, dos direitos e das obrigações que já existiam antes desse processo de reorganização. Assim, admite-se que o laudo de avaliação tenha como base os saldos contábeis de ambas as empresas, conforme deve estar determinado no pro- tocolo da incorporação. No entanto, o processo de reorganização, mesmo no exemplo exposto, poderia ter sido realizado com base em laudo confeccio- nado nos termos do artigo 8.º da legislação societária. Ampliando seus conhecimentos Incorporação às avessas: lícita ou ilícita? (CARVALHO, 2010) A incorporação às avessas faz parte de um conjunto de procedimentos voltados para reorganização societária e planejamento tributário onde uma empresa lucrativa é incorporada por empresa deficitária. Uma série de vanta- gens e benefícios podem ser obtidos por meio desse tipo de procedimento, entre eles a possibilidade de abatimento de prejuízos fiscais da empresa de- ficitária do lucro tributável da empresa saudável por meio do cálculo do IRPJ Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br 105 Reorganização societária – aspectos introdutórios da incorporação 105 e da CSLL. Muitas vezes, referido procedimento também se justifica por mera reorganização societária, com o escopo de otimizar o controle acionário das empresas ou mesmo seu desempenho comercial. Em 25/08/2009, o Superior Tribunal de Justiça julgou o processo n.o 2007/0092656-4 (Resp. 946.707) que repercutiu de forma negativa por todos os meios de comunicação, pois foi decretado o fim da incorporação às avessas pela mídia, deixando os empresários em estado de alerta. Pois bem. A primeira impressão que temos é que foi realizada uma análise prematura sobre um tema de tamanha complexidade, pois o julgado do STJ em questão não ataca o mérito do tema incorporação às avessas. Na verdade, trata de caso específico, onde foi reconhecida a simulação/fraude daquela operação. Ressalte-se, que o procedimento de incorporação às avessas é lícito, re- conhecido pelos órgãos de registro de comércio e Conselho Administrativo de Recursos Fiscais, sendo que o julgado do STJ apenas condena e visa coibir operações fraudulentas com o intuito de burlar o fisco. Nesse sentido, conclui-se que as incorporações às avessas decorrentes de re- organizações societárias e planejamentos tributários realizados em consonân- cia com a legislação em vigor são viáveis e podem trazer inúmeras vantagens para as partes envolvidas, devendo os fatores que justificam a sua implantação serem analisados com a devida cautela, individualizando-se caso a caso. Atividades de aplicação 1. O que são reorganizações societárias? 2. Quais são as principais razões que levam uma empresa a se reorganizar? 3. Com relação à estrutura patrimonial, qual é o único caso em que é vedada a participação das sociedades no processo de reorganização? 4. O que acontece com o acionista que resolver se retirar da empresa que resolveu se reorganizar por meio de fusão ou incorporação? 5. Como pode ser conceituado o processo de incorporação de socieda- des empresariais? Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br 106 Reorganização societária – aspectos introdutórios da incorporação 107107 Referências ALMEIDA, Marcelo Cavalcanti. Contabilidade Avançada. São Paulo: Atlas, 1997. BRASIL. Lei 6.404/76. Dispõe sobre as Sociedades por Ações. Disponível em: <www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L6404consol.htm>. Acesso em: 19 out 2010. ______. Resolução CFC 750/93. Dispõe sobre os Princípios de Contabilidade. Dis- ponível em: <www.cfc.org.br/sisweb/sre/docs/res_750.doc>. Acesso em: 19 out. 2010. ______. Resolução CFC 774/94. Aprova o Apêndice à Resolução sobre os Princí- pios Fundamentais de Contabilidade. Disponível em: <www.portaldecontabilida- de.com.br/legislacao/resolucaocfc774.htm>. Acesso em: 19 out. 2010. ______. Lei 11.638/2007. Altera e revoga dispositivos da Lei 6.404/76 e da Lei 6.385/76 e estende às sociedades de grande porte disposições relativas à elabo- ração e divulgação de demonstrações financeiras. Disponível em: <www.planalto. gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/lei/l11638.htm>. Acesso em: 11 jan. 2011. ______. Lei 11.941/2009. Altera a legislação tributária federal relativa ao parcela- mento ordinário de débitos tributários; concede remissão nos casos em que espe- cifica; institui regime tributário de transição. Disponível em: <www.planalto.gov. br/ccivil_03/_ato2007-2010/2009/lei/l11941.htm>. Acesso em: 11 jan. 2011. CARVALHO, João Paulo de Souza. Incorporação às avessas: lícita ou ilícita? Publi- cado em: 12 jul. 2010. Disponível em: <www.financialweb.com.br/noticias/index. asp?cod=69883>. Acesso em: 19 out. 2010. IUDÍCIBUS, Sérgio de. Teoria da Contabilidade. 10. ed. São Paulo: Atlas, 2010. MARTINS, Eliseu; GELBCKE, Ernesto Rubens; IUDÍCIBUS, Sérgio de. Manual de Contabilidade Societária: aplicável a todas as sociedades de acordo com as Normas Internacionais e do CPC. São Paulo: Atlas, 2010. PEREZ JUNIOR, José Hernandez; OLIVEIRA, Luis Martins de. Contabilidade Avan- çada. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2001. VELTER, Francisco; MISSAGIA, Luiz Roberto. Manual de Contabilidade. Rio de Ja- neiro: Impetus, 2003. (Série Provas e Concursos). Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br 107 Reorganizaçãosocietária – aspectos introdutórios da incorporação 107 Gabarito 1. Reorganizações societárias são procedimentos eventuais por meio dos quais, por diversas razões, sociedades são transformadas, fundidas, in- corporam ou são incorporadas, dividem-se ou simplesmente vendem ou encerram atividades operacionais ou divisões de produtos. 2. As principais razões que levam as sociedades a se reorganizar são a busca de competitividade no mercado em face da conjuntura socioe- conômica, o planejamento fiscal objetivando minimizar a carga tribu- tária, afastar divergência entre acionistas, a descentralização adminis- trativa ou a concentração administrativa. 3. Quando existe a ocorrência de passivo a descoberto. 4. Tem todo o direito de se retirar da sociedade a partir do momento em que for publicada a ata da assembleia que aprovou o protocolo de reorganização. O pagamento das ações só será feito após o processo finalizado e o pedido deve ser feito em até 30 dias a partir da publica- ção da ata de assembleia geral. 5. A incorporação é a operação pela qual uma ou mais sociedades são absorvidas por outra que lhes sucede em todos os direitos e obriga- ções. Na incorporação, a empresa sucedida é totalmente extinta, dan- do lugar a outra, a qual é chamada de sucessora e que mantém todos os direitos e obrigações anteriores. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br
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