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Michael Dias Corrêa Mestre em Contabilidade pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Bacharel em Ciências Contábeis pela UFPR. Ex-militar de carreira da Aeronáutica, na área educacional. É professor da Universidade Positi- vo (UP) e do Instituto Brasileiro de Pós-Gradua- ção e Extensão (IBPEX), nos cursos de graduação e de pós-graduação na área de Negócios Em- presariais. Gestor do Centro de Estudos em Con- troladoria e Governança Corporativa (Cecon) da UP. Possui diversos estudos científicos publica- dos em congressos e periódicos científicos na- cionais e internacionais. Professor de cursinhos preparatórios para concursos públicos na cidade de Curitiba. Empresário do setor educacional, possui atuações na área de Controladoria da Esso Brasileira de Petróleo e na área de compras da Cia. Vale do Rio Doce. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br Consolidação de demonstrações contábeis – tratamento contábil e legal Tratamento contábil e legal das participações minoritárias Neste tópico serão abordados os principais pontos da temática contábil, os quais devem ser abordados nas participações minoritárias nos processos de consolidação de demonstrações contábeis. Fundamento Em muitas situações, o controle acionário que uma empresa exerce sobre a outra não representa uma subordinação total ou absoluta, ou seja, a em- presa controladora não possui, direta ou indiretamente, 100% das ações da controlada necessariamente. Geralmente, o controle é relativo, e efetivado com um percentual menor de participação acionária. Dessa forma, o restan- te das ações ou quotas da controlada pertence a outras pessoas jurídicas ou físicas, denominadas empresas minoritárias. Em poucas situações, a empresa controladora não é a acionista majoritá- ria, mas mesmo assim assume o controle acionário. Assim, os demais acionis- tas, denominados minoritários, serão chamados de acionistas não controla- dores. De maneira resumida, temos os seguintes tipos: Acionistas minoritários Grupo de acionistas com pequena parcela do capital votante. Acionistas majoritários Acionistas ou grupo de acionistas com grande parcela do capital votante. Acionistas controladores Acionistas ou grupo de acionistas que possuem mais de 50% do capital votante ou que controle as decisões. Acionista não controlador Acionistas ou grupo de acionistas que possuem parcela pequena ou insig- nificante do capital votante da empresa e, individualmente ou em grupo, não dá direito a controle decisorial. 175 Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br 176 Consolidação de demonstrações contábeis – tratamento contábil e legal 177177 Para evidenciar a parcela do capital desses minoritários (ou majoritários não controladores), na consolidação do balanço, deve-se destacar do patri- mônio líquido consolidado os valores a eles pertencentes. Sendo assim, no patrimônio líquido consolidado, deve aparecer apenas a parte que realmen- te pertence aos acionistas da empresa controladora. Inicialmente, a participação dos acionistas minoritários e dos acionistas não controladores deve ser classificada em grupo isolado no Balanço Patri- monial consolidado, imediatamente antes do Patrimônio Líquido, pelo fato de caracterizar, na demonstração consolidada, uma obrigação dos controla- dores para com essas pessoas ou empresas. Na situação de não haver essa separação, o patrimônio consolidado so- freria distorção com valor maior, representado por essa parcela pertencente a esses acionistas minoritários. Tratamento legal e apresentação no Balanço Patrimonial A legislação societária (Lei 6.404/76) trata do assunto no título “Normas sobre Consolidação”. O §1.º do artigo 250 estabelece as seguintes disposições legais: Art. 250. [...] §1.º A participação dos acionistas não controladores no patrimônio líquido e no lucro do exercício será destacada, respectivamente, no balanço patrimonial e na demonstração do resultado do exercício. De acordo com o que já foi citado anteriormente, esse destaque deve ser feito de forma separada e antes do patrimônio líquido, após os Resul- tados Diferidos, por meio da criação de uma conta específica no balanço consolidado. BALANÇO PATRIMONIAL PASSIVO Passivo Circulante Passivo Não Circulante Passivo Exigível em Longo Prazo Resultados Diferidos PARTICIPAÇÃO MINORITÁRIA EM CONTROLADA CONSOLIDADA PATRIMÔNIO LÍQUIDO TOTAL DO PASSIVO Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br 177 Consolidação de demonstrações contábeis – tratamento contábil e legal 177 Apuração do valor da participação minoritária De maneira prática, quantitativamente, é muito mais comum serem en- contradas participações minoritárias, tanto de pessoas físicas quanto de pessoas jurídicas. Dessa forma, serão vistas estas participações no Balanço Patrimonial Consolidado e na Demonstração do Resultado Consolidada. No Balanço Consolidado Já citado anteriormente, a participação minoritária representa a parcela do capital de empresas controladas consolidadas que pertence a acionistas ou sócios minoritários, com terceiros fora do grupo. Dessa forma, o valor dessa participação é constituído, antes de qualquer outro valor, pelo capital que esses acionistas minoritários integralizaram, conforme o exemplo a seguir: Capital da Controlada B R$ % Detido pela Controlada A 270.000,00 90% Detido por sócios minoritários 30.000,00 10% Total 300.000,00 100% No entanto, é sabido que o patrimônio líquido da controlada não é cons- tituído, necessariamente, apenas pela conta representativa do capital, pois na maioria das empresas, ele está representado, também, pelas reservas e valores de ajustes. Mas, naturalmente, se os sócios minoritários participam com um percentual no capital social, eles têm o direito de participar também, na mesma proporção das ações possuídas, sobre todo o valor do patrimônio líquido. Sendo assim, o valor da participação minoritária em controladas que deve constar no demonstrativo consolidado é constituído pela soma das partici- pações desses sócios minoritários no patrimônio líquido das controladas em que participam. Exemplo: Suponha que a empresa controlada “B” possua o seu capital social divi- dido em 500 000 ações com valor nominal de R$1,00 cada uma e que seu Patrimônio Líquido seja constituído conforme os dados a seguir: Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br 178 Consolidação de demonstrações contábeis – tratamento contábil e legal 179179 Patrimônio Líquido R$ Capital Social 500.000,00 Reserva de Capital 220.000,00 Reserva de Lucros 280.000,00 Patrimônio Líquido Total 1.000.000,00 Tomando como base, hipoteticamente, que 20% das 500 000 ações não pertencem à Controladora (que está realizando a consolidação), logo deve ser aplicado o mesmo percentual sobre as demais contas do patrimônio lí- quido, pois esse valor pertence ou é de direito dos minoritários ou não con- troladores. De maneira ilustrada, pode ser evidenciado abaixo: Patrimônio Líquido da Controlada B Contas Valor Total Minoritário (20%) Controlada A (80%) Capital Social R$500.000,00 R$100.000,00 R$400.000,00 Reserva de Capital R$220.000,00 R$44.000,00 R$176.000,00 Reserva de Lucros R$280.000,00 R$56.000,00 R$224.000,00 Total R$1.000.000,00 R$200.000,00 R$800.000,00 No exemplo acima, o valor apurado que pertence aos acionistas minoritá- rios totaliza R$200.000,00. Esse é o valor que deve ser colocado em separado no balanço patrimonial consolidado. O lançamento, para fins dessa separa- ção no processo de consolidação, será: Discriminação Débito Crédito Capitalsocial R$100.000,00 Reservas de capital R$44.000,00 Reservas de lucro R$56.000,00 A participação minoritária em Controladas Consolidadas R$200.000,00 Nunca é excessivo enfatizar que o montante de R$200.000,00 deverá constar no Balanço Patrimonial Consolidado, separado do Patrimônio Líqui- do. Deve constar logo acima deste, mas abaixo do subgrupo Resultados Di- feridos (componente do Passivo Não Circulante). Na Demonstração do Resultado do Exercício Na estrutura da Demonstração Consolidada do Resultado do Exercício, o valor a ser destacado é a parcela do lucro das controladas consolidadas referente à participação minoritária. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br 179 Consolidação de demonstrações contábeis – tratamento contábil e legal 179 Tendo como referência o mesmo percentual do exemplo anterior (20%) e que a empresa controlada tenha obtido um resultado de R$300.000,00, o valor a ser destacado na consolidação referente à participação minoritária é de R$60.000,00 (20% de R$300.000,00). No exemplo de forma de apresentação a seguir, supõe-se que o lucro da controladora tenha sido de R$500.000,00 e o da Controlada B, de R$300.000,00, perfazendo um lucro total de R$800.000,00. Dessa forma, pode-se apresentar esse destaque na demonstração conso- lidada do resultado do exercício da seguinte maneira: Controladora A e sua Controlada B Demonstração consolidada do resultado do exercício Receita Bruta Lucro Bruto Despesas Operacionais ... Lucro Líquido Total R$800.000,00 (–) Participações Minoritários nos Resultados Consolidados R$(60.000,00) Lucro Líquido Consolidado R$740.000,00 Não pode ser desconsiderado o fato de que a eliminação dos valores per- tencentes aos acionistas minoritários e aos não controladores deve ser reali- zada mesmo quando existirem lucros não realizados no patrimônio líquido das controladas, o que afetará o resultado da controladora, mas não poderá afetar a participação minoritária (ou não controladores). Sendo assim, esses acionistas minoritários têm direito de participar no re- sultado das controladas de que são sócios, ainda que haja lucro decorrente de operações com a controladora, pois esse lucro será eliminado para apurar o valor que pertencer ao grupo econômico, mas não para apurar a participação dos minoritários ou não controladores. Aliás, esse é um dos principais objeti- vos da consolidação e apuração da participação dos acionistas minoritários. Tratamento de impostos no processo de consolidação Os impostos merecem atenção especial no processo de consolidação, exatamente por influenciarem em potenciais passivos (obrigações) em que o grupo poderia incorrer, mas que, de forma geral, devem ser vistos de ma- neira independente. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br 180 Consolidação de demonstrações contábeis – tratamento contábil e legal 181181 Imposto de renda na transação com ativos Retomando conceitos anteriormente assimilados, dos itens a serem elimi- nados nas demonstrações consolidadas, tomam-se os lucros não realizados provenientes de transações entre as empresas de um mesmo grupo econô- mico. Muitos desses lucros, quando foram contabilizados individualmente e eliminados na consolidação, são resultados tributáveis nas sociedades em que foram lançados. Dessa forma, para que não haja um lucro eliminado e uma despesa com o imposto de renda presente, deve ser considerado: se esse lucro for eliminado agora para ser incluído posteriormente � como lucro na consolidação, deve ser excluído o imposto incidente sobre esse lucro para incluí-lo quando aquele lucro for apresentado na consolidação; se, contudo, o lucro for eliminado na consolidação e nunca mais apa- � recer, não haverá ajuste a fazer, pois, nesse caso, a despesa com a inci- dência de imposto é, de fato, uma despesa contábil e também o será para a consolidação ou o ajuste, o qual se concretizará na forma de acréscimo ao custo do bem. Exemplo: Na situação em que uma controlada vende estoques para a sua contro- ladora, considerando que nessa operação ela obteve lucro e foi tributada e, ainda, que uma parcela desses estoques não foi vendida pelo adquiren- te (a controladora), a parcela do lucro não realizado deve ser eliminada na consolidação. No exemplo em voga, devem ser efetuados os ajustes relativos ao im- posto devido, de forma proporcional ao valor do lucro não realizado. Sendo assim, os ajustes a serem realizados serão: a) No Balanço Patrimonial Consolidado: Deve ser creditada a conta de lucros ou prejuízos acumulados, pois desta forma será eliminada a despesa relativa ao imposto de renda. Já no ativo circulante deverá ocorrer o lançamento de um débito na conta antecipação de imposto (imposto de renda a compensar), haja vista que quando da reali- zação do lucro, esse imposto será devido pela controladora. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br 181 Consolidação de demonstrações contábeis – tratamento contábil e legal 181 b) Na Demonstração Consolidada do Resultado do Exercício: Nesta demonstração, o ajuste deverá ser no valor da parcela referente à provisão para imposto de renda. Tendo como referência os seguintes valores hipotéticos: lucro bruto obtido pela vendedora, ainda existente nos estoques da � compradora – R$200.000,00; IR em que a vendedora incorreu na parte relativa a esse lucro – 15% de � R$200.000,00 = R$30.000,00. Os ajustes necessários serão: a) No Balanço Consolidado: Débito no Ativo Circulante – R$30.000,00 (Imposto de Renda a compen- sar) e um lançamento a crédito na conta denominada Lucros Acumulados – R$30.000,00 (lucros acumulados). b) Na Demonstração Consolidada do Resultado: Nessa demonstração, o lançamento só é feito na parte relativa à despesa do imposto, como se fosse uma partida contábil simples, já que o ajuste no Ativo Circulante foi realizado no lançamento anterior, especificado na letra “a”. Esses lançamentos realizam o acerto geral, em ambas as empresas consi- deradas no exemplo e na demonstração consolidada, pois, com a venda do estoque intercompanhias, estava sendo incrementado o lucro não pelo seu montante de R$200.000,00, mas pelo valor líquido de R$170.000,00, já que o imposto de renda se encarregou de reduzir aquela importância. ICMS e IPI Sabe-se que o Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Merca- dorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermu- nicipal e de Comunicação (ICMS) e o Imposto sobre Produtos Industrializa- dos (IPI), na hipótese de serem recuperáveis, não devem compor parcela do custo de aquisição dos estoques da compradora. Também não podem fazer parte da receita líquida da empresa vendedora. Contudo, alguns ajustes são necessários nessas situações. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br 182 Consolidação de demonstrações contábeis – tratamento contábil e legal 183183 Exemplo: Imagine que uma controladora venda por R$20.000,00 (valor que contém o ICMS de 15%) e mais o IPI equivalente a R$4.000,00, estoques que lhe cus- taram (líquidos do ICMS e do IPI) R$12.000,00. Assim, ela apresentará a se- guinte estrutura de resultado: Faturamento bruto ............................... R$24.000,00 (–) IPI ........................................................... R$(4.000,00) Receita bruta .......................................... R$20.000,00 (–) ICMS ..................................................... R$(3.000,00) Receita líquida ....................................... R$17.000,00 (–) CPV ........................................................ R$(12.000,00) Lucro bruto ..............................................R$5.000,00 Deve ser ressaltado que os valores tanto do IPI como do ICMS terão sido debitados e creditados às contas próprias respectivas. Sendo assim, se esse estoque permanecer no balanço da controlada ad- quirente, teremos: a) No Balanço Consolidado: Haverá a necessidade normal da eliminação do lucro não realizado de R$5.000,00, mas nenhum ajuste em termos de IPI e ICMS será feito. Eventuais saldos a recolher ou a compensar desses impostos são obrigações ou direi- tos também válidos no demonstrativo consolidado. b) Na Demonstração Consolidada do Resultado: Haverá necessidade da eliminação do Custo dos Produtos Vendidos, bem como da Receita Líquida, do ICMS, da Receita Bruta, do IPI e do Faturamento Bruto relativos a tal transação. Dessa forma, os únicos ajustes se darão na demonstração consolidada do resultado da forma costumeira, apenas com mais detalhes: Débito Crédito Faturamento Bruto R$24.000,00 a IPI R$4.000,00 a ICMS R$3.000,00 a CPV R$12.000,00 a estoques (lucros não realizados) R$5.000,00 Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br 183 Consolidação de demonstrações contábeis – tratamento contábil e legal 183 Em se ajustando os valores referentes ao Faturamento Bruto, ao IPI, ao ICMS e ao CPV, estarão automaticamente ajustados à Receita Bruta, à Receita Líquida e ao Lucro Bruto. Na hipótese de esses impostos não serem recuperáveis pela empresa compradora, já estarão por ela acrescidos ao custo dos estoques adquiridos e o ajuste é exatamente o visto anteriormente. Porém, no caso de os impostos serem recuperáveis, a empresa compra- dora terá estocado R$17.000,00 (R$24.000,00 – IPI – ICMS) e, se não foram recuperáveis para ela, terá ativado o total de R$24.000,00. Para essa última hipótese, quando se eliminar o lucro não realizado de R$5.000,00, o estoque consolidado cairá de R$24.000,00 para R$19.000,00, correspondente aos originais R$12.000,00 mais R$7.000,00 de impostos (IPI + ICMS) que, nesse caso, não são recuperáveis. A majoração desse valor está correta, visto que esse procedimento de adição para o ICMS e o IPI é exatamente o indicado para a correta mensura- ção do custo de aquisição de estoques, tanto para as demonstrações indivi- duais quanto para as demonstrações consolidadas. Tratamento dos itens não realizados em operações intercompanhias Os itens não realizados, tais como ganhos em atividades principais ou em vendas eventuais de bens permanentes, também merecem destaque espe- cial durante o processo de consolidação de demonstrações contábeis, tendo tratamento diferenciado nas operações intercompanhias. Lucro nos Estoques Quando se trata de empresas componentes de um mesmo grupo, devem ser tratados de forma distinta os ganhos que estiverem registrados em suas estruturas de estoques, conforme detalhado na sequência. Situações de ocorrência Nas vendas realizadas a preço de custo, não há lucro nem prejuízo nos estoques que não foram realizados. Dessa forma, na consolidação serão eli- Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br 184 Consolidação de demonstrações contábeis – tratamento contábil e legal 185185 minados os custos das mercadorias ou dos produtos vendidos, bem como as receitas oriundas das vendas ocorridas. No entanto, quando as vendas são realizadas a preços de mercado, in- cluindo os lucros ou os prejuízos, são duas situações distintas que podem acontecer no momento da consolidação: quando a empresa compradora já revendeu as mercadorias para um � terceiro, não restando qualquer saldo daquelas mercadorias em esto- que na data da realização da consolidação; quando a empresa adquirente das mercadorias as mantém no todo ou � em parte em seu estoque, na data-base da consolidação. No primeiro caso, não há a existência de estoques. Portanto, não haverá também lucros nos estoques decorrentes das operações entre as socieda- des. Dessa forma, as únicas operações de eliminação a serem realizadas são a eliminação das vendas contra os custos das vendas. Na segunda hipótese, quando ainda existe saldo em estoques de merca- dorias compradas de empresa que compõe o grupo, na data de consolida- ção, haverá lucros não realizados nos estoques. Esses lucros nos estoques devem ser eliminados, pois não representam lucros efetivamente realizados de operações com terceiros. Fundamento Com a efetiva eliminação dos lucros não realizados da consolidação das demonstrações contábeis, os ativos poderão ser avaliados de acordo com os princípios de contabilidade e em conformidade com os critérios de avaliação de ativos previstos na legislação societária. Conforme disposto no artigo 183 da legislação societária, os estoques devem ser avaliados pelo custo de aquisição ou pelo valor de mercado, quando este for inferior. No caso de demonstrações consolidadas, deve-se tomar como custo aquele valor considerado para o conjunto, como se fosse uma única empresa e não um grupo de empresas. Dessa forma, os estoques adquiridos por uma empresa do grupo que se encontrem em outra, devem ser avaliados pelo valor pago pelo grupo a ter- ceiros não integrantes do grupo. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br 185 Consolidação de demonstrações contábeis – tratamento contábil e legal 185 Lucros nos bens permanentes Embora não pertencentes à razão de ser das empresas, as atividades de compra e venda envolvendo bens permanentes podem ocorrer e, con- sequentemente, trazer resultados positivos ou negativos para as empresas que os efetuam. Para esses casos, tratamento contábil diferenciado também deve ser dado. Introdução Em momentos anteriores, os lucros não realizados foram tomados como referência. No entanto, apenas os lucros não realizados nos estoques foram considerados até o momento. Porém, existe a possibilidade de ocorrência de lucros ou prejuízos não realizados em outras contas de ativos decorrentes de transações entre as empresas do mesmo grupo econômico que não as contas de estoques. Esta possibilidade decorre de previsão legal, que também aponta a necessidade de eliminação dos lucros ou prejuízos na estrutura de bens permanentes das empresas. De acordo com a prerrogativa legal, tais lucros, quando não realizados, também devem ser eliminados durante o processo de consolidação das de- monstrações financeiras. Como a lei menciona os lucros na estrutura de bens permanentes, ela está se referindo à possibilidade de ganhos nas transações com investimentos permanentes, imobilizados e intangíveis. Com relação à possibilidade de haver vendas de ativo intangível, é impor- tante ser destacada a pouca ocorrência, na prática, dessa operação entre as empresas. Assim sendo, serão tratados apenas os casos que se referirem a transações com investimentos e com bens imobilizados. Lucro ou prejuízo em investimentos As empresas de um grupo econômico podem possuir participações acio- nárias em outras empresas não pertencentes ao mesmo grupo, por não serem relevantes. Essas participações e mesmo aquelas de empresas do grupo podem ser transacionadas com outras empresas também pertencentes ao conglomera- do. Nessa transação, a empresa vendedora pode obter algum ganho (ganho Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br 186 Consolidação de demonstrações contábeis – tratamento contábil e legal 187187 considerado como não operacional) ou incorrer em prejuízo (perda tam- bém considerada como não operacional). Se o resultado da transação for positivo, ou seja, lucro, ele deverá ser eliminado na consolidação, pois não houve, com terceiros, nenhuma realização. No processo de eliminação desse ganho, devemser analisadas minucio- samente todas as transações, haja vista que serão distintas as formas de de- terminação da eliminação. Com o objetivo de deixar o estudo mais próximo da prática, um caso hi- potético será analisado a seguir: Determinada empresa “A” possui o controle acionário de outra empresa, a companhia “B”. Além desse controle acionário em “B”, ela possui participa- ção acionária na coligada “C”, com 40% do capital social dessa coligada. O restante do capital social da coligada “C” (60%) pertence a outros acionistas, os quais não fazem parte desse grupo econômico. A controladora “A” vende essa participação acionária que possui em “C” para a controlada “B”. Suponha que a venda dessa participação acionária tenha ocorrido por R$20.000,00 e que a controladora obteve um ganho de R$2.000,00 nessa transação. Verifica-se que houve uma transação com lucro entre companhias do mes- mo grupo e que esse lucro se encontra no ativo de outra empresa do mesmo grupo econômico. A primeira análise deve recair na determinação de que método de avalia- ção de investimentos está sendo adotado pelas empresas envolvidas. Se o método adotado for o da equivalência patrimonial nas empresas en- volvidas na transação, a adquirente, controlada “B”, deverá registrar a aquisi- ção da participação acionária do seguinte modo: Débito Crédito Investimento na coligada C Valor da equivalência patrimonial R$18.000,00 Ágio R$2.000,00 a Banco c/ movimento R$20.000,00 Mudando o foco para a empresa controlada “A”, esta deve realizar a baixa do investimento na coligada “C”. Para tanto, deverá realizar o seguinte lança- mento contábil: Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br 187 Consolidação de demonstrações contábeis – tratamento contábil e legal 187 Débito Crédito Banco c/ movimento R$20.000,00 a Investimento na coligada “C” R$18.000,00 a Receita não operacional R$2.000,00 No entanto, os registros, assim como os fatos contábeis não finalizam na tabela anterior. É notado que houve um ganho quando da venda que a socie- dade controladora “A” fez para a controlada “B” e que esse resultado está no ativo da controlada “B” e foi computado no resultado de “A”. No processo de consolidação das demonstrações contábeis, esse valor precisa ser eliminado, pois não representa, para o grupo, um ganho efetivo, haja vista que não houve a transferência (realização) do resultado para terceiros. Considerando esse fato, o ganho será eliminado por meio do seguinte lançamento contábil: Débito Crédito Receita não operacional R$2.000,00 a Ágio R$2.000,00 Nos exercícios sociais seguintes, quando da realização do ágio, que deve possuir a devida fundamentação econômica, a eliminação no momento da consolidação seria efetuada mediante um lançamento a débito de conta de Lucros ou Prejuízos Acumulados e a crédito da conta de ágio. Lucro ou prejuízo em bens imobilizados As companhias participantes de um grupo econômico podem transacio- nar entre si com elementos que serão incorporados ao conjunto de bens imo- bilizados. Dessas transações, também podem ser gerados ganhos ou perdas. Os ganhos ou perdas ocorrem quando essas transações são realizadas por valores diferentes dos valores contábeis da vendedora. Quando ocorre tal situação, a companhia adquirente deve manter controle extracontábil para acompanhar a evolução patrimonial desses bens, visto que, em sua maioria, os bens imobilizados estão sujeitos ao processo de depreciação, o que carac- teriza a realização dos lucros. No entanto, a parcela do lucro não realizada em cada ano deve ser eliminada quando do processo de consolidação contábil. É importante ser enfatizado que a respectiva depreciação dos bens pode ser lançada em despesa do exercício ou incorporada ao custo de produção, quando integrar o valor dos estoques de produtos acabados. Dessa forma, Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br 188 Consolidação de demonstrações contábeis – tratamento contábil e legal 189189 percebe-se que se encara uma situação com uma solução complexa para se eliminar o lucro obtido na alienação de bens imobilizados intercompanhias. Por essa razão, existe a necessidade de se analisar a relevância desse lucro no contexto global do grupo econômico, pois se ele for irrelevante, não há que se efetuar todo esse controle para eliminação no processo de consolida- ção das demonstrações. Agora, para a situação de ocorrência de um resulta- do relevante, a eliminação deverá ser efetuada. Deve ser enfatizado, ainda, que na maioria dos casos, as empresas transa- cionam valores dos bens imobilizados pelo valor contábil, situação em que não ocorrerá nem ganho nem prejuízo. Ágio Tanto o ágio quanto o deságio devem possuir fundamentação econômi- ca no momento da sua constituição e, por isso, devem ser controlados de forma distinta conforme cada fundamentação que lhes deu origem. No procedimento de consolidação, quando as empresas avaliam seus in- vestimentos pelo Método de Equivalência Patrimonial, não haverá maiores problemas, pois a segmentação do ágio e do deságio já foi feita no balanço individual de cada empresa participante da consolidação. Assim sendo, no processo de consolidação das demonstrações, o investi- mento será eliminado somente pelo valor da equivalência patrimonial. Esse valor será baixado com um lançamento a débito em conta do patrimônio líquido da controlada e outro lançamento a crédito no valor do investimen- to na controladora, seguindo o mesmo mecanismo aprendido no ágio e no deságio. O valor do ágio ou do deságio, no balanço patrimonial consolidado, será registrado com seu saldo na controladora. Naturalmente, o ágio será regis- trado no Ativo Não Circulante, no subgrupo Investimentos ou Imobilizado, a depender da sua origem. Já no caso de deságio, pode receber a mesma clas- sificação adotada para o ágio, mas de natureza contábil credora. Destaca-se ainda que, se o deságio não tiver fundamentação econômica, deverá estar classificado no Passivo, em conta específica de Resultados Diferidos. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br 189 Consolidação de demonstrações contábeis – tratamento contábil e legal 189 Ampliando seus conhecimentos Consolidação de informações contábeis (SÁ, 2007) A empresa é uma célula social com personalidade jurídica e uma vida própria. Consagrou-se em doutrina científica há quase dois séculos que o patrimô- nio de tais empreendimentos seria a matéria do conhecimento científico em Contabilidade. Tal forma de entender evoluiu ao longo dos anos e consagrou-se dando corpo científico à referida, oferecendo um conjunto de doutrinas produzidas por eminentes intelectuais. Ocorre, todavia, que como uma empresa pode controlar outra, passando a existir um conjunto de unidades com proprietários comuns, raciocínios com- plexos foram sendo gerados em razão do exame de tal questão. Como uma só empresa, uma ou conjunto de pessoas pode ter o domínio sobre outras tantas empresas, o conceito de “grupo empresarial” tornou-se uma decorrência natural no mercado financeiro. Daí para a conformação jurídica (tratada, inclusive na lei brasileira das so- ciedades por ações) foi um inevitável passo. A investigação sobre o comportamento desses conjuntos foi algo que acabou por ser perquesitivo. Nada disso, todavia, alterou a realidade de que as informações sobre a evo- lução patrimonial, suas variações ou transformações, são produzidas em “cada célula social” de forma autônoma. Isso equivale a dizer que realmente em cada unidade existe a ocorrência específica de fenômenos, estes que sendo o objeto de estudos científicos só realmente podem assim sê-lo em função de“cada patrimônio”. Há uma inequívoca autonomia de comportamentos em cada célula e que bem difere de um conjunto de empreendimentos. Assim, por exemplo, em mesmo grupo uma empresa pode ser lucrativa, outra deficitária, uma possuir boa liquidez, outra estar insolvente, uma correr Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br 190 Consolidação de demonstrações contábeis – tratamento contábil e legal 191191 alto risco e outra não ter problemas ligados a incertezas, uma estar super di- mensionada e outra em definhamento. Tal fato, por lógica permite concluir que embora os proprietários sejam comuns, os comportamentos patrimoniais são heterogêneos. Ou seja, como não é possível somar parcelas de naturezas heterogêne- as (não se pode totalizar laranjas com automóveis), só se poderia obter, por “ficção” um total de “coisas” se uma soma se pretendesse, alienando a essên- cia, adotando o indefinido, sem possibilidade de afirmação concreta sobre o comportamento de cada coisa. A Contabilidade não tem por objeto de estudo algo “abstrato”, nem “incer- to”, mas, sim algo deveras “concreto” que é a riqueza da célula social. A metodologia de uma ciência depende de seu objeto, portanto, fatos de- finidos e concretos assim devem ser tratados. Logo, deixa de ser contábil o que se apura como “objeto de propriedade” (raciocínio jurídico) ou “objeto de comando” (raciocínio administrativo) de pessoas, fatos que pertencem ao estudo de outras disciplinas. Portanto, somar balanços e demonstrações de várias empresas é totalizar heterogeneidades de comportamentos patrimoniais. Isso não significa que não se possa deixar de realizar uma agregação, mas, ela será sempre uma “suposição de realidade”, um recurso similar ao “estatísti- co”, sem servir de base para estudos nitidamente contábeis. Dizer que a Consolidação de demonstrações de diversas empresas é um princípio contábil é atentar contra a lógica e lesar a doutrina científica. Supor que exista uma “unidade econômica de grupo” é outra concepção fantasiosa que se pode tolerar administrativa e até legalmente, mas, contabil- mente não tem sentido e nem encontra sustentação lógica. Um grupo formado por banco, seguradora, agência de turismo, imobiliá- ria, concessionária de veículo, pode possuir como proprietários e gestores as mesmas pessoas, mas terá sempre estruturas e dinâmicas diferentes em seus patrimônios e a soma destes será uma “abstração” que conduzirá a cenários falaciosos para efeito de análise. Isso o que não só racionalmente se conclui, mas, especialmente na prática dos empreendimentos se verifica. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br 191 Consolidação de demonstrações contábeis – tratamento contábil e legal 191 Pode interessar ao mercado de capitais saber o que determinados empre- sários estão fazendo em seus negócios em geral, mas, isso não autoriza defor- mar o conhecimento contábil distorcendo-lhe o objeto de estudos científicos e muito menos aceitar tal peça de “presunção” como sendo contábil. Seria como somar os índices de “colesterol” de várias pessoas para saber como um grupo de indivíduos vai de saúde. Os exames não deixariam de servir a médicos, mas, a “consolidação” nada significaria para eles nem teria sentido do ponto de vista biológico. O fato de haver uma participação múltipla maior dos mesmos indivíduos em vários patrimônios não autoriza a entender que a soma ou agregação das rique- zas possa representar algo homogêneo quanto ao comportamento da riqueza. Além do mais, ou se aceita o principio da “entidade” (que a pessoa do sócio não se confunde com a da empresa) ou se anula o mesmo para admitir uma “ficção patrimonial”, violentando, inclusive, a todos os preceitos lógicos que até hoje alicerçaram a Contabilidade. Entendo, entretanto, que por se tratar de matéria que exige conhecimento técnico em procedimentos contábeis, por manipular dados ligados a tal natu- reza, a matéria das “Consolidações”, como “suposições de riquezas” devam ser tratadas por contadores. Tal fato, todavia, não deve implicar consideração como matéria contábil. Não é o fato de utilizar conhecimentos alheios que os incorpora a um ramo de conhecimento. Assim, por exemplo, as legislações fiscais e civis representam matérias do dia a dia dos contabilistas que as usam e nem por isso podem ser considera- das como contábeis. O fato de um médico lidar com computador para proceder a uma endosco- pia, não significa que a eletrônica seja matéria biológica. Nem tudo o que instrumenta uma profissão é genuinamente objeto de estudos da ciência professada. Essa a razão, segundo entendo, pela qual a “Consolidação” de demonstra- ções contábeis é apenas um instrumento que pode subsidiar entendimentos sobre o comportamento de conjuntos tomados como “abstração”, mas, não matéria que possa alicerçar um “Principio Contábil” ou ser considerada como objeto de estudo científico em Contabilidade. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br 192 Consolidação de demonstrações contábeis – tratamento contábil e legal 193193 Atividades de aplicação 1. Onde deve figurar a participação dos acionistas não controladores na estrutura do Balanço Patrimonial? 2. Quando se fala de operações intercompanhias, como é a mecânica de funcionamento do lucro nos estoques? 3. Seguindo os critérios legais, o que deve ser feito com a parcela de lucros não realizados nos bens permanentes no momento da consolidação? 4. Como são efetuados os registros do ágio e deságio, quando existirem, nas demonstrações consolidadas? 5. Com relação ao ICMS e ao IPI, como devem ser tratados esses valores nas operações de consolidação? Referências ALMEIDA, Marcelo Cavalcanti. Contabilidade Avançada. São Paulo: Atlas, 1997. BRASIL. Lei 6.404/76. Dispõe sobre as Sociedades por Ações. Disponível em: <www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L6404consol.htm>. Acesso em: 19 nov. 2010. ______. Resolução CFC 750/93. Dispõe sobre os Princípios de Contabilidade. Dis- ponível em: <www.cfc.org.br/sisweb/sre/docs/res_750.doc>. Acesso em: 19 out. 2010. ______. Resolução CFC 774/94. Aprova o Apêndice à Resolução sobre os Princí- pios Fundamentais de Contabilidade. Disponível em: <www.portaldecontabilida- de.com.br/legislacao/resolucaocfc774.htm>. Acesso em: 19 out. 2010. ______. Lei 11.638/2007. Altera e revoga dispositivos da Lei 6.404/76 e da Lei 6.385/76 e estende às sociedades de grande porte disposições relativas à elabo- ração e divulgação de demonstrações financeiras. Disponível em: <www.planalto. gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/lei/l11638.htm>. Acesso em: 11 jan. 2011. ______. Lei 11.941/2009. Altera a legislação tributária federal relativa ao parcela- mento ordinário de débitos tributários; concede remissão nos casos em que espe- cifica; institui regime tributário de transição. Disponível em: <www.planalto.gov. br/ccivil_03/_ato2007-2010/2009/lei/l11941.htm>. Acesso em: 11 jan. 2011. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br 193 Consolidação de demonstrações contábeis – tratamento contábil e legal 193 IUDÍCIBUS, Sérgio de. Teoria da Contabilidade. 10. ed. São Paulo: Atlas, 2010. MARTINS, Eliseu; GELBCKE, Ernesto Rubens; IUDÍCIBUS, Sérgio de. Manual de Contabilidade Societária: aplicável a todas as sociedades de acordo com as Normas Internacionais e do CPC. São Paulo: Atlas, 2010. PEREZ JUNIOR, José Hernandez; OLIVEIRA, Luis Martins de. Contabilidade Avan- çada. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2001. SÁ, Antonio Lopes de. Consolidação de informações contábeis. Revista Jus Vigilantibus. Publicado em: 8 set. 2007. Disponível em: <http://jusvi.com/ artigos/28194>.Acesso em: 1 dez. 2010. VELTER, Francisco; MISSAGIA, Luiz Roberto. Manual de Contabilidade. Rio de Ja- neiro: Impetus, 2003. (Série Provas e Concursos). Gabarito 1. Deve ser destacada, quando for o caso, no Balanço Patrimonial Conso- lidado e na Demonstração Consolidada do Resultado do Exercício. 2. Nas vendas realizadas a preço de custo, não há lucro nem prejuízo nos estoques que não foram realizados. Dessa forma, na consolidação serão eliminados os custos das mercadorias ou dos produtos vendi- dos, bem como as receitas oriundas das vendas ocorridas. No entanto, quando as vendas são realizadas a preços de mercado, incluindo os lucros ou os prejuízos, são duas situações distintas que podem acon- tecer no momento da consolidação. A primeira delas é quando a em- presa compradora já revendeu as mercadorias para um terceiro, não restando qualquer saldo daquelas mercadorias em estoque na data da realização da consolidação, e a segunda é quando a empresa ad- quirente das mercadorias as mantém no todo ou em parte em seu es- toque, na data-base da consolidação. 3. Devem ser eliminados durante o processo de consolidação das de- monstrações contábeis. 4. O valor do ágio ou do deságio, no balanço patrimonial consolidado, será registrado com seu saldo na controladora. 5. Estes impostos, na hipótese de serem recuperáveis, não devem compor parcela do custo de aquisição dos estoques da compradora. Também não podem fazer parte da receita líquida da empresa vendedora. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br
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