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Unidade II
LEGISLAÇÃO ADUANEIRA
Profa. Valdice Pólvora
Valoração aduaneira
 O decreto n. 92.930, de 16/07/86, que promulgou o acordo 
sobre a implementação do artigo VII do Acordo Geral sobre 
Tarifas Aduaneiras e Comércio (Código de Valoração 
Aduaneira) – GATT, define a base de cálculo do Imposto 
de Importação, estabelecendo seis métodos para identificar 
o valor aduaneiro. 
Princípios do acordo de valoração aduaneira – AVA
PRINCÍPIOS
NEUTRALIDADE
EQUIDADE
PRECISÃO
NÃO 
DISTINÇÃO
UNIFORMIDADE
SIMPLICIDADE
PUBLICIDADE
VALOR DA 
TRANSAÇÃO
Valor da transação
 O primeiro e principal princípio é o do ato de transação. 
É a definição do conceito positivo de valor. A mercadoria será 
tributada pelo que ela custou e não por um preço médio, nem 
normal ou mínimo. 
Princípio da Uniformidade
 Os critérios aplicados na valoração das mercadorias não 
podem ser diferentes nem discriminatórios em relação aos 
importadores, aos locais ou ao tempo da importação.
 Exemplo: o mesmo critério aplicado pelo governo do 
país A no mês passado deve ser aplicado neste mês numa 
importação no país B, já que os dois países são signatários 
do acordo. 
 Os valores podem mudar, mas não os critérios de apuração. 
Princípio da Precisão
 O AVA prevê métodos objetivos para apuração do preço. 
Por esse motivo, nunca se poderá chegar a dois ou mais 
valores para a mesma importação. O valor é único, 
apurável precisamente. 
 Pela aplicação de critérios racionais, objetivos, impede-se 
a subjetividade e a discricionariedade das autoridades 
aduaneiras. 
Princípio da Equidade
 Na definição do Direito, tratar uma situação com equidade é 
tratar com justiça no seu sentido mais nobre. Não se busca 
beneficiar A, B ou C. 
 O valor justo e correto deve ser aplicado, independentemente 
dos seus efeitos.
Princípio da Neutralidade
 Por este princípio, fica acordado que o AVA somente será 
aplicado para fins aduaneiros. Não sobrevêm outros efeitos 
tais como efeitos comerciais. 
 Exemplo: os procedimentos de valoração não devem 
ser utilizados para combater o dumping.
Princípio da Simplicidade
 Como a valoração aduaneira deve ser realizada não somente 
pelos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil, mas 
principalmente pelos importadores, os métodos devem ser 
simples, de fácil entendimento e assimilação. 
 É o importador que informa, na Declaração de Importação (DI), 
o valor aduaneiro e o método utilizado, cabendo à Receita 
Federal apenas atestar a correção destes.
Princípio da Publicidade ou 
Harmonia com as Práticas Comerciais
 A aduana não pode influenciar as negociações comerciais. 
Estas devem transcorrer de forma livre, desde que licitamente, 
para, em seguida, serem analisadas pela aduana para 
se extrair o valor aduaneiro. 
Princípio da Não Distinção entre Fontes de Suprimento
 Na valoração aduaneira não pode haver discriminação 
com relação aos países exportadores.
 Exemplo: se um produto é importado do país A por US$20,00, 
e do país B por US$15,00, pelo AVA fica acordado que o 
critério de apuração é precipuamente o valor de transação e, 
se o valor de US$ 15,00 é o efetivamente pago ou a pagar pelo 
produto do país B, ele deve ser aceito sem discriminação.
Motivos para instituir os direitos aduaneiros
 Obtenção de novas fontes de receitas para o governo;
 Equilíbrio do balanço de pagamentos internacionais; e
 Proteção às indústrias nacionais incipientes.
Tarifas aduaneiras
ESPECÍFICA AD VALOREM
COMPOSTA, MISTA 
OU COMBINADA
Tarifa específica
A tarifa específica é determinada pelas características físicas 
do produto, pelas suas quantidades, peso, medidas, etc., não 
se levando em conta o valor declarado da mercadoria. 
 Exemplo: o produto A pagará um direito de R$20,00 por quilo, 
mesmo que o valor da mercadoria sofra variações. 
Tarifa ad valorem
É determinada pelo valor declarado das mercadorias 
importadas, em geral sob a forma de percentagem desse valor. 
 Exemplo: o produto A pagará um direito de 2% do seu valor; 
assim, se o valor da importação for de R$10.000,00, o valor 
dos direitos será de R$200,00; se o valor das mercadorias 
elevar-se para R$20.000,00, o valor dos direitos será elevado 
para R$400,00.
Composta, mista ou combinada
 A tarifa composta, mista ou combinada vem a ser uma 
combinação de tarifas específicas e ad valorem.
Exemplo: vamos supor que o produto A pagará um direito na 
base de R$3,00 por quilo e mais 2% ad valorem; se importarmos 
100 kg do produto A pelo preço total de R$70.000,00, o valor dos 
direitos será calculado da seguinte maneira:
 Tarifa específica (R$3,00 por kg)...................R$ 300,00
 Tarifa ad valorem (2%)....................................R$ 1.400,00 
 Total dos direitos.............................................R$ 1.700,00
Métodos de valoração
Conforme determina o Acordo de Valoração Aduaneira (AVA), 
existem seis métodos para valoração, sendo:
 Primeiro método: valor da transação da mercadoria 
importada (artigo 1º do Acordo).
 Segundo método: valor da transação de mercadoria 
importada idêntica à mercadoria objeto do despacho 
(artigo 2º do Acordo).
 Terceiro método: valor de transação de mercadoria 
importada similar à mercadoria objeto do despacho 
(artigo 3º do Acordo). 
Métodos de valoração
 Quarto método: valor deduzido ou de revenda de mercadoria 
importada (artigo 5º do Acordo).
 Quinto método: valor computado (soma dos custos de 
fabricação, lucros e demais despesas) de mercadoria 
importada (artigo 6º do Acordo).
 Sexto método: valor baseado em critérios razoáveis, 
condizentes com os princípios e disposições gerais 
do AVA e com o Artigo VII do GATT (artigo 7º do Acordo). 
 Veja os exemplos constantes no livro-texto.
Interatividade
O AVA prevê métodos objetivos para apuração do preço. Por 
este motivo, nunca se poderá chegar a dois ou mais valores 
para a mesma importação. Trata-se do princípio da:
a) Neutralidade.
b) Transação.
c) Precisão.
d) Simplicidade.
e) Equidade.
Tributos incidentes no Comércio Exterior
Os principais tributos incidentes no comercio exterior são:
 Imposto de importação (II)
 Imposto de exportação (IE)
 IPI vinculado às importações
 ICMS vinculado às importações
 PIS vinculado às importações
 COFINS vinculado ás importações
 AFRMM – Adicional de Frete para a Renovação 
da Marinha Mercante
Tributos incidentes no Comércio Exterior
 Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (CIDE) –
para as importações de combustíveis
 ISS nas importações de serviços.
 Taxas de utilização do SISCOMEX 
(Lei 9.716/98 e alterações).
 Entre outros que podem ser direta ou indiretamente 
relacionados com o comércio exterior, como no caso 
do IOF incidente sobre operações de câmbio.
Funções do Imposto de Importação (II)
Funções do 
imposto de 
importação
Financeira
Promocional
Seletora
Protetora
Funções do Imposto de Importação (II)
1) Financeira: obtenção de recursos para o Estado.
2) Promocional: encarecimento das importações, de modo 
a incentivar o investimento na produção interna dessas 
mercadorias. 
Funções do Imposto de Importação (II)
3) Seletora: desestímulo à importação de certos produtos, 
tais como supérfluos, por meio de tarifas mais elevadas, 
objetivando poupar divisas. 
4) Protetora: encarecimento dos produtos importados com 
similar nacional, de modo a proteger até o limite necessário 
a indústria nativa incipiente, sem desestimular a melhoria 
da produtividade.
Conceitos importantes
CONCEITO O QUE É?
PRODUTO NACIONALÉ aquele fabricado no Brasil (produção integral ou 
transformação substancial), de acordo com as regras de origem; 
se o produto for nacional, o fabricante poderá nele carimbar 
Made in Brazil, o que será determinante pra o tratamento 
tributário nacional.
PRODUTO ESTRANGEIRO
É aquele fabricado ou substancialmente alterado no exterior 
que, em razão disso, receberá tratamento específico em termos 
tributários. 
PRODUTO 
NACIONALIZADO
É aquele de procedência estrangeira, importado a título 
definitivo, vale dizer, que venha a integrar a economia nacional, 
serão posteriormente devolvidos ao exterior, assim, não 
integrarão a economia nacional de forma definitiva. 
PRODUTO 
DESNACIONALIZADO
É aquele nacional ou nacionalizado que foi exportado em caráter 
definitivo no intuito de deixar a economia nacional. Da mesma 
forma, produtos submetidos ao regime de exportação 
temporária serão devolvidos ao Brasil e não são considerados 
desnacionalizados.
Fonte: Adaptado de Caparroz (2016 pag. 721)
Incidência e não incidência do II
 O Imposto de Importação incide sobre mercadoria estrangeira 
e tem como fato gerador sua entrada no território nacional.
 Considera-se estrangeira, para efeito de incidência do imposto 
(artigo 93 do Decreto-lei n. 37/66):
a) a mercadoria desnacionalizada que vier a ser importada;
b) a mercadoria nacional ou nacionalizada:
 b.1 – reimportada, quando descumpridas as condições 
do regime de exportação temporária;
 b.2 – que, após o processo de beneficiamento ou 
transformação realizados no exterior, resultar em 
espécie diversa daquela prevista no processo de 
exportação temporária.
Fator gerador do II
 Caparroz (2016) apresenta três critérios para entender essa 
questão, são eles: material, espacial e temporal. 
O que aconteceu?
(critério material)
Onde aconteceu?
(critério espacial)
Quando aconteceu?
(critério temporal)
Fonte: Caparroz (2016 pag.735)
Critério material
 O critério material do imposto de importação manifesta-se 
pelo verbo importar, ou seja, importar é a conduta que tem 
por objetivo fazer ingressar no território aduaneiro bens de 
procedência estrangeira com impacto econômico. 
 O imposto de importação incide sobre mercadorias 
estrangeiras, assim entendidas as produzidas no exterior 
e também as nacionais ou nacionalizadas anteriormente 
exportadas a título definitivo.
Critério espacial
 O critério espacial caracteriza-se por representar o alcance 
geográfico da incidência e, normalmente, está relacionado 
com a noção de competência.
 O preenchimento do critério espacial da hipótese de 
incidência do imposto de importação dar-se-á quando a 
mercadoria estrangeira efetivamente ingressar no território 
aduaneiro brasileiro, compreendido este a partir dos seus 
elementos delimitadores.
Critério espacial
PORÇÃO 
TERRESTRE
O MAR 
TERRITORIAL
CRITÉRIO 
ESPACIAL
Critério temporal
 Para que uma operação de importação se inicie, é necessário 
o contato entre o importador brasileiro e o exportador 
no exterior. 
Critério temporal
 Nesse processo de negociação serão definidas as 
condições de compra e venda, sendo necessário 
o perfeito conhecimento dos Incoterms, os quais definirão 
as responsabilidades tributárias da operação e também 
a base de cálculo do imposto de importação.
Interatividade
O Imposto de Importação tem as seguintes funções:
I. Financeira.
II. Promocional.
III. Seletora.
IV. Protetora.
Está correto o que se afirma em: 
a) I e III apenas.
b) II apenas.
c) II e III apenas.
d) I e IV apenas.
e) I, II, III e IV.
Pagamento do imposto
 O pagamento do imposto, via de regra, é a data do registro 
da declaração de importação, embora o Ministro de Estado da 
Fazenda possa fixar, em casos especiais, outros momentos 
para o pagamento do imposto. 
Contribuinte
Art. 104. É contribuinte do imposto:
I – o importador, assim considerada qualquer pessoa que 
promova a entrada de mercadoria estrangeira no território 
nacional;
II – o destinatário de remessa postal internacional, indicado 
pelo respectivo remetente; e
III – o adquirente de mercadoria entrepostada.
Responsáveis
Art. 105. É responsável pelo imposto:
I – o transportador, quando transportar mercadoria procedente 
do exterior ou sob controle aduaneiro, inclusive em percurso 
interno;
II – o depositário, assim considerada qualquer pessoa 
incumbida da custódia de mercadoria sob controle 
aduaneiro; ou
III – qualquer outra pessoa que a lei assim designar.
Responsáveis solidários
Art. 106. É responsável solidário:
I – o adquirente ou cessionário de mercadoria beneficiada 
com isenção ou redução do imposto;
II – o representante, no país, do transportador estrangeiro;
III – o adquirente de mercadoria de procedência estrangeira, 
no caso de importação realizada por sua conta e ordem, por 
intermédio de pessoa jurídica importadora;
IV – o encomendante predeterminado, que adquire mercadoria 
de procedência estrangeira de pessoa jurídica importadora;
Responsáveis solidários
V – o expedidor, o operador de transporte multimodal ou 
qualquer subcontratado para a realização do transporte 
multimodal;
VI – o beneficiário de regime aduaneiro suspensivo destinado 
à industrialização para exportação, no caso de admissão de 
mercadoria no regime por outro beneficiário, mediante sua 
anuência, com vistas à execução de etapa da cadeia 
industrial do produto a ser exportado; e
VII – qualquer outra pessoa que a lei assim designar.
Classificação dos benefícios fiscais
Os benefícios fiscais podem ser:
subjetivos
objetivos
Classificação dos benefícios fiscais
 A isenção ou redução subjetiva é reconhecida em função 
do sujeito, não interessando o tipo de mercadoria. Por este 
motivo, no Regulamento Aduaneiro (RA), é tratada como 
“isenção ou redução vinculada à qualidade do importador”.
 A isenção ou redução objetiva é reconhecida em função 
da mercadoria, do objeto, não interessando quem esteja 
importando. Por este motivo, no RA é tratada como 
“isenção ou redução vinculada à destinação dos bens”.
Demonstração do cálculo do II
 Um importador brasileiro está realizando a importação 
de aparelhos de alarme para proteção contra roubo ou 
incêndio, cuja posição 85.31.10.99.00 da TEC, a alíquota 
de II corresponde a 14%. Calcule o II, considerando os dados 
a seguir:
 Observe que o montante do II será de R$164.150,00. 
a) 0 Valor fiscal aduaneiro (a base do fato gerador 
inclui frete e seguro), no total de (valor CIF) 
 US$350.000,00 
 b) Taxa de conversão US$/R$: 3,35 
c) Contravalor em Moeda Nacional (a x b) R$1.172.500,00 
d) Valor do Imposto (14% sobre item c) R$ 164.150,00 
e) Total desembolsado (até o momento na importação R$1.336.650,00 
 
Distorções na base de cálculo do II
SITUAÇÃO RISCO PROVIDÊNCIA
Superfaturamento
(valor declarado pelo 
contribuinte é superior 
à realidade do 
mercado)
Possibilidade de 
remessa disfarçada de 
lucros ao exterior
Submeter as 
transações entre 
partes relacionadas ao 
controle de preços de 
transferência.
Valor adequado
(contribuinte apresenta 
valores compatíveis 
com o mercado e a 
transação)
Nenhum, sob o ponto 
de vista tributário, sem 
prejuízo de outras 
verificações, de 
natureza aduaneira.
Aceitar o valor, desde 
que devidamente 
comprovado.
Subfaturamento
(valor declarado pelo 
contribuinte é inferior 
ao valor de mercado)
Possibilidade de 
sonegação do imposto 
de importação e 
demais tributos 
incidentes.
Submeter as 
transaçõesaos 
procedimentos de 
valoração aduaneira.
Fonte: Caparroz (2016 pag. 527)
Adicional ao Frete para a Renovação 
da Marinha Mercante (AFRMM)
 O AFRMM será calculado sobre a remuneração do transporte 
aquaviário, ou seja, sobre o valor do frete.
As alíquotas aplicáveis são:
ALÍQUOTA DEFINIÇÃO
25% na navegação 
de longo curso
Navegação de longo curso é aquela realizada entre
portos brasileiros e portos estrangeiros, sejam
marítimos, fluviais ou lacustres.
10% na navegação 
de cabotagem
Cabotagem é aquela realizada entre portos brasileiros
utilizando exclusivamente a via marítima ou a via
marítima e as interiores.
40% na navegação fluvial 
e lacustre
Navegação fluvial e lacustre é aquela realizada entre
portos brasileiros utilizando exclusivamente as vias
interiores quando do transporte de granéis líquidos nas
regiões Norte e Nordeste.
Adicional ao Frete para a Renovação 
da Marinha Mercante (AFRMM)
 O fato gerador é o início efetivo da operação de 
descarregamento da embarcação em porto brasileiro.
 O contribuinte do AFRMM é o consignatário constante 
do conhecimento de embarque e o proprietário da carga 
transportada é solidariamente responsável pelo pagamento.
 O AFRMM é pago via sistema mercante.
Imposto de Exportação – IE
 O imposto de exportação incide sobre mercadoria nacional 
ou nacionalizada destinada ao exterior.
 O fato gerador do IE será a saída da mercadoria 
do território aduaneiro.
 A base de cálculo será o preço normal que a mercadoria 
ou sua similar alcançaria, ao tempo da exportação, em uma 
venda em condições de livre-concorrência no mercado 
internacional, observadas as normas expedidas pela 
Câmara de Comércio Exterior (CAMEX).
Base de cálculo e alíquota 
 Segundo Caparroz (2016), o preço normal, nesse contexto, 
deve ser entendido como o preço à vista do produto na 
condição FOB (free on board). Isso significa que, para fins 
do imposto, os custos relativos a fretes, seguros e 
financiamentos das mercadorias não são considerados.
 A alíquota básica do imposto de exportação é de 30%, mas 
cabe à CAMEX, para atender aos objetivos da política cambial 
e do comércio exterior, reduzir ou aumentar a alíquota do 
imposto, observado o limite máximo de 150%.
Pagamento do imposto
 Nas hipóteses em que houver incidência e a alíquota 
for superior a zero, o exportador deverá apresentar 
o comprovante de pagamento juntamente com os 
documentos que instruem o despacho de exportação.
 Os artigos 216 e 217 do RA tratam do pagamento do imposto 
e do contribuinte do imposto, respectivamente. 
Isenções do IE
PRODUTOS SITUAÇÃO
Café
As exportações de café, importante produto para balança comercial 
brasileira, são isentas. (Art. 218 - RA)
Açúcar, álcool, mel 
rico e mel residual
Poderão ter isenção total ou parcial para a exportação dos 
excedentes de produção das usinas, desde que comprovada a 
participação no mercado interno (a cana-de-açúcar e seus derivados 
são estratégicos para o Brasil em razão da nossa política energética, 
a exemplo do que ocorre com os combustíveis). 
(Arts. 210 a 223 - RA)
Bens integrantes 
de bagagem
São isentos, tanto na modalidade bagagem acompanhada como na 
desacompanhada até o limite de US$2.000 (exceto os objetos de uso 
pessoal que saem e retornam com os passageiros). 
(Arts. 224 e 225 - RA)
Comércio 
transfronteiriço
São isentos, como no caso de produtos adquiridos no Brasil e 
levados ao Paraguai para consumo por residentes na fronteira. 
(Art. 227 - RA)
Fonte: Adaptado de Caparroz (2016 pag. 784)
Interatividade
O AFRMM é um adicional ao frete cobrado pelas empresas 
brasileiras e estrangeiras de navegação que operam em porto 
brasileiro, de acordo com o conhecimento de embarque e o 
manifesto de carga, pelo transporte de carga de qualquer 
natureza. A base de cálculo na navegação de longo curso, 
corresponde a: 
a) 10%
b) 15%
c) 25%
d) 30%
e) 40%
Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI)
 Conceituação: considera-se industrializado o produto que 
tenha sido submetido a qualquer operação que lhe modifique 
a natureza ou finalidade, ou o aperfeiçoe para consumo. 
Fato gerador: 
1) o desembaraço aduaneiro, quando de procedência 
estrangeira; e 
2) a saída do produto do estabelecimento industrial 
ou equiparado a industrial. 
Base de cálculo, alíquota e isenções do IPI
 A base de cálculo do IPI é o valor aduaneiro que foi apurado 
como base de cálculo do imposto de importação, acrescido 
deste e dos encargos cambiais efetivamente pagos pelo 
importador ou de exigíveis.
 A alíquota do IPI será aquela fixada na Tabela de Incidência 
do Imposto sobre Produtos Industrializados (TIPI).
 As isenções do IPI, “salvo expressa disposição de lei”, 
referem-se ao produto e não ao contribuinte ou ao adquirente. 
Portanto, as isenções são, em regra, objetivas. 
Exemplo de cálculo do IPI
CALCULO DO IPI
Valor aduaneiro R$ 6.600,00
Valor do II R$ 660,00
Encargos cambiais R$ 0,00
Base de cálculo do IPI R$ 7.260,00
IPI com alíquota de 5% 
(conforme TIPI) R$ 363,00
Imposto sobre Circulação de Mercadorias 
e Serviços (ICMS)
 O ICMS é um imposto estadual, de abrangência nacional. 
 Fato gerador: operações relativas à circulação de 
mercadorias e prestações de serviços de transporte 
interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda 
que as operações e as prestações se iniciem no exterior. 
Imposto sobre Circulação de Mercadorias 
e Serviços (ICMS)
 O ICMS incide também sobre a entrada de mercadoria 
importada do exterior, ainda que se trate de bem destinado 
a consumo ou a ativo fixo do estabelecimento, assim como 
sobre o serviço prestado no exterior. 
 O ICMS tem percentuais diferentes nos estados brasileiros, 
portanto, é importante conhecer os regulamentos estaduais 
quando for efetuar os cálculos desse imposto. 
Base de cálculo do ICMS
A base de cálculo do ICMS nas importações corresponde 
à soma das seguintes parcelas:
a) o valor aduaneiro da mercadoria, incluindo seguro 
e frete internacionais;
b) o imposto de importação;
c) o imposto sobre produtos industrializados (IPI);
d) o imposto sobre operações de câmbio (IOF);
e) quaisquer outros impostos, taxas, contribuições 
e despesas aduaneiras; 
f) os juros e demais importâncias pagas, bem como 
os descontos concedidos sob condição; e
g) o próprio ICMS.
Outros tributos incidentes na importação
 Por meio da lei 10.865/2004, foram criadas a “Contribuição 
para os Programas de Integração Social e de Formação do 
Patrimônio do Servidor Público incidente na Importação de 
Produtos Estrangeiros ou Serviços (PIS/PASEP-Importação)” 
e a “Contribuição Social para o Financiamento da Seguridade 
Social devida pelo Importador de Bens Estrangeiros ou 
Serviços do Exterior (COFINS-Importação)”.
 As duas contribuições vieram se juntar ao que já se 
cobrava nas importações: imposto de importação, IPI, ICMS 
e Adicional ao Frete para Renovação da Marinha Mercante 
(AFRMM).
Taxas de armazenagem e de capatazia 
 Portuárias – as demais despesas incidentes na importação 
de mercadorias são as de capatazia e armazenagem. 
 Capatazia – refere-se aos gastos com a movimentação 
de mercadorias pelo pessoal da administração do porto.
Taxas de armazenagem e de capatazia 
A armazenagem refere-se aos custos incidentes na mercadoria 
depositada nos armazéns, pátios, depósitos etc., de propriedade 
dos administradores dos portos, podendo ser:
 armazenagem interna;
 armazenagem externa;
 em armazéns gerais; e
 armazém especial.
Taxas de armazenagem e de capatazia Aeroportuárias – na movimentação de cargas em 
dependência dos aeroportos, temos as despesas de capatazia 
nos Terminais de Carga Aérea (TECA) e as de armazenagem.
 Fato gerador: entrada de mercadoria estrangeira 
no território aduaneiro.
Taxas de armazenagem e de capatazia 
 Base de cálculo: o valor aduaneiro apurado segundo 
as normas do Artigo VII do Acordo Geral sobre Tarifas 
e Comércio (GATT), 1994.
 Alíquota: fixada na TEC (Tarifa Externa Comum) ou específica 
do Regime de Tributação Simplificada (60%) e do Regime de 
Bagagem (50%).
Medidas de defesa comercial
 Direito antidumping: é um montante em dinheiro exigido 
com o fim de neutralizar os efeitos danosos das importações 
objeto de dumping.
 Direito compensatório: é o direito especial exigido 
para contrabalançar subsídios concedidos direta ou 
indiretamente à fabricação, produção ou exportação 
da mercadoria importada.
Medidas de defesa comercial
 Medidas de salvaguardas: consistem na elevação do 
imposto de importação nos casos em que a importação de 
determinado produto aumente de modo a causar ou ameaçar 
causar prejuízo grave à indústria doméstica de bens similares 
ou diretamente concorrentes.
Medidas de defesa comercial
 Compete à Câmara de Comércio Exterior (CAMEX) fixar 
direitos antidumping, direitos compensatórios e medidas de 
salvaguarda, provisórios ou definitivos, a serem cobrados 
pela Secretaria da Receita Federal, independentemente de 
quaisquer obrigações de natureza tributária relativas 
à importação dos produtos afetados.
Interatividade
Leia com atenção o enunciado e assinale a que imposto esse 
fato gerador corresponde. 
“Operações relativas à circulação de mercadorias e prestações 
de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de 
comunicação, ainda que as operações e as prestações se 
iniciem no exterior”. 
a) II
b) ICMS
c) IPI
d) ISS
e) AFRMM
ATÉ A PRÓXIMA!

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