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A Arte na Pré-História

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A arte na Pré-História 
Consideramos como arte pré-histórica todas as manifestações que se desenvolveram 
antes do surgimento das primeiras civilizações e portanto antes da escrita. No entanto 
isso pressupõe uma grande variedade de produção, por povos diferentes, em locais 
diferentes, mas com algumas características comuns. 
 
A primeira característica é o pragmatismo, ou seja, a arte produzida possuía uma 
utilidade, material, cotidiana ou mágico-religiosa: ferramentas, armas ou figuras que 
envolvem situações específicas, como a caça. Cabe lembrar que as cenas de caça 
representadas em cavernas não descreviam uma situação vivida pelo grupo, mas possuía 
um caráter mágico, preparando o grupo para essa tarefa que lhes garantiria a 
sobrevivência. 
 
As manifestações artísticas mais antigas foram encontradas 
na Europa, em especial na Espanha, sul da França e sul da 
Itália e datam de aproximadamente de 25000a.C., portanto 
no período paleolítico. Na França encontramos o maior número de obras pré históricas e 
até hoje em bom estado de conservação, como as cavernas de Altamira, Lascaux e 
Castilho 
 
Arquitetura 
 
 
 
Os grupos pré-históricos eram nômades e se deslocavam de acordo 
com a necessidade de obter alimentos. Durante o período neolítico 
essa situação sofreu mudanças, desenvolveram-se as primeiras formas de agricultura e 
consequentemente o grupo humano passou a se fixar por mais tempo em uma mesma 
região, mas ainda utilizavam-se de abrigos naturais ou fabricados 
 
com fibras vegetais ao mesmo tempo em que passaram a construir monumentos de 
pedras colossais, que serviam de câmaras mortuárias ou de templos. Raras as 
construções que serviam de habitação. 
 
Essa pedras pesavam mais de três toneladas, fato que requeria o trabalho de muitos 
homens e o conhecimento da alavanca. 
 
 
 
Esses monumentos de pedras foram denominados "megalíticos" e 
podem ser classificados de: dólmens, galerias cobertas que 
possibilitavam o acesso a uma tumba; menires, que são grandes pedras cravadas no 
chão de forma vertical; e os cromlech, que são menires e dólmens organizados em 
círculo, sendo o mais famoso o de Stonehenge, na Inglaterra. 
 
 
 
Também encontramos importantes monumentos megalíticos na Ilha 
de Malta e Carnac na França, todos eles com funções ritualisticas. 
 
Escultura 
 
A escultura foi responsável pela elaboração tanto de objetos religiosos 
quanto de utensílios domésticos, onde encontramos a temática 
predominante em toda a arte do período, animais e figuras humanas, 
principalmente figuras femininas, conhecidas como Vênus, 
caracterizadas pelos grandes seios e ancas largas, são associadas ao culto 
da fertilidade; 
 
Entre as mais famosas estão a Vênus de Lespugne, encontrada na 
França, e a Vênus de Willendorf, encontrada na Áustria foram criadas 
principalmente em pedras calcárias, utilizando-se ferramentas de pedra 
pontiaguda. 
 
Durante o período neolítico europeu (5000aC - 3000dC) os grupos 
humanos já dominavam o fogo e passou a produção de peças de 
cerâmica, normalmente vasos, decorados com motivos geométricos em sua superfície; 
somente na idade do bronze a produção da cerâmica alcançou grande desenvolvimento, 
devido a utilização na armazenagem de água e alimentos 
 
Pintura 
 
As principais manifestações da pintura pré-histórica são encontradas 
no interior de cavernas, em paredes de pedra e a princípio retratavam 
cenas envolvendo principalmente animais, homens e mulheres e caçadas, existindo 
ainda a pintura de símbolos, com significado ainda desconhecido. Essa fase inicial é 
marcada pela utilização predominantemente do preto e do vermelho e é considerada 
portanto como naturalista. 
 
No período neolítico a pintura é utilizada como elemento decorativo e retratando as 
cenas do cotidiano. A qualidade das obras é superior, mostrando um maior grau de 
abstração e a utilização de outros instrumentos que não as mãos, como espátulas. 
 
Por volta de 2000aC as características da pintura a apresentavam um nível próximo à de 
formas escritas, preservando porém seu caráter mágico ou religiosos, celebrando a 
fecundidade ou os objetos de adoração (totens). 
 
 
 
 
 
 
 
História da Arte 
A Arte da Caligrafia Árabe 
Por Mônica Muniz 
 
A caligrafia é a mais sublime das artes islâmicas e a expressão mais típica do espírito 
muçulmano. "O teu Senhor -- revela o Alcorão - ... ensinou com o cálamo, ensinou ao 
homem o que ele não conhecia." Como Deus, por intermédio do anjo Gabriel, falou em 
árabe e as Suas palavras foram escritas em árabe, a língua e a escrita são consideradas 
tesouro inestimável por todos os muçulmanos. Só entendendo-as os homens poderiam 
esperar compreender o pensamento de Deus. Os muçulmanos não podiam ter uma 
missão mais importante que a de conservar e transmitir tesouro tão valioso. E o fizeram 
com toda a perfeição de que foram capazes. 
 
Por isso, usaram a caligrafia como expressão religiosa e, no decorrer do tempo, a escrita 
tornou-se uma arte muito respeitada. Segundo o sábio muçulmano Yasin Hamid Safadi, 
"No Islam, a supremacia da palavra está refletida na aplicação universal da caligrafia. " 
 
A escrita arábica é um ramo das escritas semitas, onde só as consoantes estão 
representadas. Ela é derivada da escrita nabatéia que, por sua vez, vem da aramaica. Os 
nabateus eram árabes semi-nômades que viviam numa área que se estendia desde o 
Sinai e norte da Arábia, até ao sul da Síria e seus domínios incluíam as cidades de Hijr, 
Petra e Busra. Embora o império tenha acabado em 105 d.C, a língua e a escrita tiveram 
profundo impacto no desenvolvimento do alfabeto arábico. 
 
A partir de de 650 d.C, foram consignadas, por escrito, as primeiras versões completas 
do Alcorão, numa forma denominada jazm, o alfabeto arábico mais antigo de que se tem 
referência. Acredita-se que era uma forma mais avançada do alfabeto nabateu. As letras 
rígidas, angulares e bem proporcionadas do alfabeto jazm iriam influenciar mais tarde o 
famoso alfabeto kufi, a escrita cúfica que se desenvolveu na cidade de Kufi, no Iraque. 
A escrita cúfica, de traço vigoroso e angular, durante séculos foi o meio mais popular de 
registro do Alcorão sagrado. Simultaneamente, desenvolveram-se outras escritas 
cursivas com fins burocráticos e privados, e, em meados do século X, já estavam 
fixadas as seis escritas clássicas da caligrafia islâmica: Thuluth, Naskh, Muhaqqah, 
Raihani, Tawqi e Riqa. 
 
 
Instrumentos usados na caligrafia. 
 
Os instrumentos típicos do ofício de calígrafo incluiam penas de junco e pincéis, 
tesouras, uma faca para cortar as penas, um tinteiro e um apontador. A pena de junco 
era a preferida pelos calígrafos muçulmanos. Esta pena, chamada de cálamo, ainda é um 
instrumento importantíssimo para o verdadeiro calígrafo. Os juncos mais procurados 
eram oriundos das terras costeiras do Golfo Pérsico. Os cálamos eram objetos valiosos e 
foram comercializados por todo o mundo islâmico. Um escriba versátil precisava de 
diferentes cálamos, a fim de alcançar os diferentes graus de delicadeza. Modelar um 
junco exigia do escriba habilidades excepcionais. Além disso, ele tinha que ter um 
conhecimento meticuloso de como identificar a melhor vareta que fosse adequada para 
uma boa pena, de como aparar as pontas e de como cortar as varetas exatamente no 
centro, a fim de que o corte tivesse metades iguais. Uma boa pena, o cálamo, era 
cuidadosamente guardada e, algumas vezes, passava de uma geração a outra. Outras 
vezes, ela era enterrada com o calígrafo quando ele morria. 
 
As tintas empregadas eram de muitas cores, sendo as maisusadas o preto e o marrom 
porque a intensidade e consistência podiam variar bastante. A tinha feita pelos persas, 
hindus e turcos conservavam o frescor por mais tempo. A preparação da tinha levava 
muitos dias e envolvia complicados processos químicos. Por causa de seu poder de 
preservação do conhecimento e da possibilidade de levá-lo a todos os recantos do 
mundo, a tinta era comparada com a água e o calígrafo a uma pena nas mãos de Deus. 
 
 
 
A escrita Naskh 
 
 
 
Foi uma das primeiras a evoluir. Ganhou popularidade depois de ser redesenhada pelo famoso 
calígrafo Ibn Muqlah, no século X. O seu sistema abrangente de proporção deu à escrita naskh 
um estilo bem característico. Mais tarde, ela foi reformulada por Ibn al-Bawaab e outros, que a 
transformaram numa escrita digna do Alcorão - muitos exemplares do Alcorão foram escritos 
em naskh, mais do que qualquer outro tipo de escrita. Tendo em vista que é relativamente 
fácil de ler e de escrever, a escrita naskh teve grande aceitação por parte da população em 
geral. 
 
A escrita naskh é normalmente feita com traços pequenos horizontais e as curvas são cheias e 
profundas, os traços retos e verticais e as palavras geralmente bem espaçadas. Atualmente, a 
naskh é considerada a escrita máxima para quase todos os muçulmanos e árabes em todo o 
mundo. 
Em nome de Deus, o Clemente, o Misericordioso - em escrita naskh 
 
 
 
 
A escrita kufi 
 
 
 
A escrita kufi (cúfica) foi a escrita sagrada dominante nos primórdios do Islam. Ela foi criada 
nas cidades de Basra e Kufa, no Iraque, na segunda década da era islâmica (século VIII). Tinha 
medidas proporcionais específicas, juntamente com uma angulosidade e linhas quadradas bem 
pronunciadas. Essa escrita exerceu um profundo efeito em toda a caligrafia islâmica. Em 
contraste com as linhas verticais, a escrita kufi tem linhas horizontais que são prolongadas. É 
uma escrita consideravelmente mais larga do que alta. Ela foi escolhida para ser usada em 
superfícies oblongas. Com sua construção geométrica, a escrita kufi podia ser adaptada em 
qualquer espaço e material, desde os pequenos quadrados de seda até os monumentos 
arquitetônicos. 
 
Como a escrita kufi não se sujeitava a regras rígidas, os calígrafos a empregaram sem qualquer 
esquema de concepção ou execução para as suas formas ornamentais. A escrita assumiu 
diversas formas, ora com um fundo floral, com desenhos geométricos, ou formas geométricas 
interligadas, inclusive círculos, quadrados e triângulos - formando palavras, etc. Essas versões 
foram aplicadas a superfícies de objetos arquitetônicos, incluindo superfície de estuque, 
madeira,metal, vidro, mármore, têxteis, etc. 
 
 
 
 
A escrita thuluth 
 
 
 
Foi a primeira escrita formulada no século VII, durante o califado omíada, mas só se 
desenvolveu completamente no final do século IX. Embora muito raramente tenha sido usada 
para escrever o Alcorão, a escrita thuluth gozou de enorme popularidade como uma escrita 
ornamental e foi muito usada para as inscrições caligráficas, títulos, cabeçalhos, etc. É ainda a 
mais importante de todas as escritas ornamentais. 
 
Ela se caracteriza pelas letras curvas, apresentando pequenos traços, como farpas, na parte de 
cima das letras. As letras são ligadas e algumas vezes entrecortadas, produzindo, assim, uma 
fluência cursiva de grandes e complexas proporções. A escrita thuluth é conhecida por seus 
traços elaborados e por sua incrível plasticidade. 
 
Surata Al-Fatiha, em escrita Thuluth 
 
 
 
A escrita riq´ah 
 
 
 
A escrita riqa, também chamada de ruq´ah, evoluiu das escritas naskh e thuluth. Ainda que 
tenha uma afinidade maior com a escrita thuluth, a escrita riqâ??ah tomou uma direção 
diferente, ficando mais simplificada. As formas geométricas das letras são semelhantes às da 
thuluth, porém menores e com mais curvas. Ela é arredondada e estruturada de uma forma 
mais densa, com pequenos traços horizontais. 
 
A escrita riq´ah foi uma das favoritas dos calígrafos otomanos e sofreu muitas modificações 
nas mãos do shaikh Hamdullah al-Amasi. Mais tarde, ela foi revista por outros calígrafos até 
transformar-se na escrita mais popular e a mais amplamente usada. Hoje, a escrita riqâ??ah é 
a preferida para a caligrafia no mundo árabe. 
 
Hadice em escrita riqâ??ah 
 
 
As escritas cursivas também foram rapidamente utilizadas para a transcrição do Alcorão, 
trazendo novas possibilidades de efeitos decorativos. E surgiram, assim, as outras quatro 
escritas importantes: Tumar, Ghubar, Taliq e Nastaliq, que, embora não fossem populares 
entre os árabes, foram durante quase quatro séculos a escrita favorita dos muçulmanos do Irã, 
Turquia e Índia. 
 
 
A escrita taliq 
 
Escrita Taliq 
 
 
Acredita-se que foi uma escrita desenvolvida pelos persas, de uma antiga e pouco conhecida 
escrita árabe, chamada firamuz. A escrita taliq, também chamada de farsi, é uma escrita 
cursiva modesta, aparentemente em uso desde o início do século IX. Atualmente, ela goza de 
aceitação entre os árabes e é o estilo caligráfico entre os muçulmanos persas, hindus e turcos. 
 
 
A escrita nastaliq 
 
O calígrafo persa Mir Ali Sultan al-Tabrizi desenvolveu uma variedade mais leve e elegante de 
estilo que ficou conhecida como nastaliq. No entanto, os calígrafos persas e turcos 
continuaram a usar o taliq como escrita para as ocasiões especiais. Nastaliq é uma palavra 
composta que deriva de naskh e de taliq. A nastaliq foi muito usada nas antologias, épicos, 
miniaturas e outros trabalhos literários, mas não para o Alcorão. 
 
Os exemplos de caligrafia como motivo ornamental encontram-se por todo o lado: nas pedras 
dos túmulos e nos têxteis, nas ânforas, nas armas, nos azulejos e na decoração dos edifícios. 
 
FONTE: 
"As origens da Caligrafia Arábica" - Khalid Mubireek 
 
 
 
 
 
A arte na Grécia Antiga 
As manifestações artísticas no mundo grego alcançaram notável desenvolvimento, 
refletindo as tradições e as principais transformações que ocorreram nessa sociedade ao 
longo da antigüidade. 
 
A arte grega è antropocentrica, preocupada com o realismo, procurou exaltar a beleza 
humana, destacando a perfeição de suas formas, è ainda racionalista, refletindo em suas 
manifestações as observações concretas dos elementos que envolvem o homem. 
 
A arte Pré Helênica 
 
A arte cretense chegou até nós a partir das ruínas do Palácio de Cnossos, e demonstra a 
influência das civilizações do Oriente Próximo, como a grandiosidade do próprio 
palácio, assim como as características da pintura, principalmente as figuras humanas, 
normalmente caracterizadas pela cabeça em perfil e os olhos de frente; o corpo de frente 
e as pernas de perfil. 
 
 
 
 
A arte micênica caracterizou-se principalmente pelo 
desenvolvimento da arquitetura, tendo como modelo o 
megaron micênico (sala central do palácio de Micenas) e pelo 
desenvolvimento do artesanato em cerâmica, onde encontramos figuras decorativas, 
retratando cenas do cotidiano. Apesar da forte influência cretense, a arte micênica 
tendeu a desenvolver elementos peculiares, iniciando uma distanciação das influências 
orientais. 
 
Homens e deuses na arte grega 
 
Para compreendermos melhor as manifestações artísticas dos gregos é 
necessário retomar a importância da religião e de sua manifestação na 
vida humana. 
 
 
A MITOLOGIA significa o estudo dos mitos, ou seja , o estudo da 
história dos deuses. Isso quer dizer que, para os gregos, cada deus 
nasceu em um certo momento e desenvolveu sua vida com características próprias. 
Mais, osgregos deram representavam os deuses com a forma humana e principalmente 
acreditavam que possuíam virtudes e defeitos. 
 
A religião grega dava grande valor aos deuses ao mesmo tempo em que dava grande 
valor aos homens. Por isso sua cultura é considerada antropocêntrica, individualista e 
racional; é ainda hedonista, possibilitando ao homem a realização de obras de que 
reflitam seus sentimentos internos, produzindo por prazer, sem ser utilitarista, como 
vimos na cultura antiga oriental, pragmática. 
 
 
A arquitetura grega 
 
A principal manifestação da arquitetura foram os templos gregos. 
 
O fato de serem politeístas e de acreditarem na semelhança entre 
deuses e homens, criou uma expressão religiosa singular no Mundo 
Grego, sendo que os templos dos mais variados deuses se espalharam por todas as 
cidades gregas. 
 
Os templos eram construídos normalmente sobre uma plataforma de um metro de altura 
chamada estereóbato. 
 
Os edifícios públicos também têm importância arquitetônica e refletem as 
transformações [políticas vividas pelas principais cidades gregas, como Atenas. 
 
A utilização de colunas de pedra é uma das características marcantes da arquitetura 
grega, sendo responsável pelo aspecto monumental das construções. 
 
A princípio as colunas obedeceram a dois estilos: o Dórico, mais simples e "mais 
pesado" , e o Jônico, considerado "mais suave". No século V surgiu o estilo Coríntio, 
considerado mais ornamentado, refinado. Foi neste século V , também conhecido como 
século de ouro ou ainda século de Péricles, que a arquitetura conheceu seu maior 
desenvolvimento, tendo como grande exemplo o Partenon de Atenas, do arquiteto 
Ictino. 
 
A escultura grega 
 
Entre os séculos XI e IX a.C. a escultura produziu 
pequenas obras, representando figuras humanas, em 
argila ou marfim. Durante o período arcaico a pedra 
tornou-se o material mais utilizado, comum nas simples 
estátuas de rapazes ( Kouros) e de moças (Korés) e 
ainda refletiam a influência externa. 
 
O apogeu da escultura ocorreu no período clássico, durante o século V , 
quando as obras ganharam maior realismo, procurando refletir a 
perfeição das formas e a beleza humana, e posteriormente ganharam dinamismo, como 
se percebe no Discóbolo de Miron. 
 
 
 
 
 
 
A arte no Egito Antigo na Mesopotâmia 
 
 
Ao longo do rio Nilo e principalmente na região norte -- o Delta - ; e na 
região sul dos rios Eufrates e Tigre, desenvolveram-se as primeiras 
civilizações. No Egito desenvolveu-se um povo com uma cultura bastante 
peculiar, pois na maior parte de sua história manteve pouco contato com 
outras civilizações. Na mesopotâmia desenvolveram diversas civilizações e portanto 
podemos encontrar uma manifestação cultural um pouco mais diversificada. 
 
No entanto não espere encontrar grandes diferenças, pois a cultura dos povos da 
Antigüidade Oriental foi caracterizada pelo pragmatismo. 
 
O Pragmatismo 
 
Consideramos uma cultura como pragmática quando o comportamento , a produção 
intelectual ou artística de um povo é determinada por sua utilidade. Os homens dessas 
civilizações possuíam uma mentalidade voltada exclusivamente voltada para a 
praticidade e, do ponto de vista artístico, realizaram obras que pudessem ter utilidade. 
 
Essa utilidade não é necessariamente material, pode ser ideológica, política ou religiosa. 
 
Por exemplo: Os arquitetos que projetaram os 
grandes palácios e templos não pretendiam a 
fama, ou mostrar que eram mais engenhosos que 
outros. A dimensão do palácio, a altura de uma 
porta, possuía uma finalidade: mostrar àqueles 
que se aproximavam a grandiosidade do poder, 
ou seja, perto de um palácio ou templo o homem 
sente-se pequeno. 
 
Mesmo a produção de objetos de luxo -- braceletes, colares, ou vestimentas com tecidos 
finos -- serviam para a distinção social e ao mesmo tempo utilizavam-se de referências 
religiosas ou militares, ou seja, possuíam uma utilidade ideológica. 
 
Escultura 
 
A grandiosidade foi a característica marcante na arquitetura de egípcios e 
mesopotâmicos, refletindo a força do Estado Teocrático. As principais obras foram 
Palácios e Templos, que representavam o poder da elite dessas duas regiões: a nobreza e 
os sacerdotes. No Egito destaca-se ainda a construção de túmulos, uma vez que os 
egípcios acreditavam na vida após a morte, e por isso os faraós e os membros da elite 
eram enterrados em grandes túmulos, levando consigo vários objetos e inclusive 
serviçais para a nova vida. 
 
Nesse contexto é que encontramos as pirâmides, construções 
monumentais que atraem e fascinam qualquer indivíduo até hoje, 
inclusive pelo misticismo que as envolvem. Para a maioria das 
pessoas falar em Egito é pensar em pirâmides. 
 
 
 
Qual seria sua reação se um amigo lhe dissesse: 
 
Passei uma semana de férias no Egito, mas não fui conhecer as pirâmides. 
 
Parece algo impossível ! 
 
Apesar dessa fascinação é bom lembrar-mos que as pirâmides serviram de túmulos para 
alguns faraós. Poucos. A construção de pirâmides no Egito foi uma exceção em sua 
longa história. Como os faraós eram enterrados com grande riqueza, as pirâmides 
passaram a ser alvo de ladrões, fazendo com que fosse abandonada a idéia de novas 
construções. 
 
A partir de então, foram construídos os hipogeus, túmulos subterrâneos, cobertos pela 
terra. As grandes obras foram construídas com pedras, o que em parte explica sua longa 
duração. 
 
Na Mesopotâmia destaca-se a construção de Zigurates, grandiosos templos, na forma de 
sacadas e com escadarias nas laterais. Nos zigurates ou ao seu redor desenvolvia-se a 
atividade comercial. 
 
Poucas obras da arquitetura mesopotâmica sobreviveram ao tempo, ou por que na sua 
maioria eram construídas com tijolos de barro, ou devido as inúmeras guerras vividas 
pela região. As principais obras sobreviventes são de origem Persa. 
 
A escultura 
 
A escultura egipcia pretendeu obter a eternização do homem. A estatuária 
desenvolveu um processo de representação que pudesse preservar a imagem 
do Faraó ou de nobres importantes após a morte. Essa tendência ao realismo 
na forma em parte se deve a crença na vida após a morte. As obras mais 
importantes conhecidas são os bustos da rainha Nefertite, considerada uma 
das mulheres mais belas da história universal. Porém não foi sua beleza que 
inspirou os artístas da época, mas sua realeza. 
 
As principais estátuas da região da mesopotâmia representam homens em pé, e são 
chamadas de "oradores", onde destacam-se a face e principalmente os olhos. No 
entanto, os relevos foram a principal expressão artística da região, não só pelas 
carcterísticas artísticas, mas para a compreensão da história e da religiosidade dos 
povos. 
 
A escultura 
 
A ourivesaria egípcia utilizou-se principalmente do ouro, prata e pedras. 
Os materiais produzidos eram utilizados por elementos da corte e 
possuíam a função de talismãs. Os templos e túmulos também eram 
decorados com pedras preciosas e objetos de ouro com inscrições. 
 
Na mesopotâmia a ourivesaria era uma das atividades artísticas mais importantes e 
apesar das guerras e dos constantes saques que ocorreram na região, tesouros de alguns 
reis foram preservados. 
 
Estatuetas de cobre, colares e braceletes, assim como utensílios 
trabalhados em ouro e prata com incrustações de pedras eram muito 
comuns, e com estilos variados dada a diversidade de povos que 
ocupou a região. As obras persas refletem ainda certa influência da cultura grega, dado 
o naturalismo que possuem. 
 
 
 
 
História da ArteA Arte Renascentista 
INTRODUÇÃO 
 
Na medida em que o Renascimento resgata a cultura clássica, greco-romana, as 
construções foram influenciadas por características antigas, adaptadas à nova realidade 
moderna, ou seja, a construção de igrejas cristãs adotando-se os padrões clássicos e a 
construção de palácios e mosteiros seguindo as mesmas bases. 
 
 
ARQUITETURA 
 
Os arquitetos renascentistas perceberam que a origem de construção clássica estava na 
geometria euclidiana, que usava como base de suas obras o quadrado, aplicando-se a 
perspectiva, com o intuito de se obter uma construção harmônica. Apesar de racional e 
antropocêntrica, a arte renascentista continuou cristã, porém as novas igrejas adotaram 
um novo estilo, caracterizado pela funcionalidade e portanto pela racionalidade, 
representada pelo plano centralizado, ou a cruz grega. Os palácios também foram 
construídos de forma plana tendo como base o quadrado, um corpo sólido e 
normalmente com um pátio central, quadrangular, que tem a função de fazer chegar a 
luz às janelas internas 
 
"Hospital Tavera" Alonso de Covarrubias -- Toledo, Espanha 
 
 
"Praça do castelo de Vigiano" Bramante -- Lombardia, Itália 
 
 
ESCULTURA 
 
Pode-se dizer que a escultura é a forma de expressão artística que melhor representa o 
renascimento, no sentido humanista. Utilizando-se da perspectiva e da proporção geométrica, 
destacam-se as figuras humanas, que até então estavam relegadas a segundo plano, acopladas 
às paredes ou capitéis. No renascimento a escultura ganha independência e a obra, colocada 
acima de uma base, pode ser apreciada de todos os ângulos. 
Dois elementos se destacam: a expressão corporal que garante o equilíbrio, revelando uma 
figura humana de músculos levemente torneados e de proporções perfeitas; e as expressões 
das figuras, refletindo seus sentimentos. Mesmo contrariando a moral cristã da época, o nu 
volta a ser utilizado refletindo o naturalismo. 
Encontramos várias obras retratando elementos mitológicos, como o Baco, de Michelangelo, 
assim como o busto ou as tumbas de mecenas, reis e papas. 
 
"Busto de Lourenço de Médicis" Michelangelo 
 
 
"Estátua Eqüestre" Donatello -- Piazza do Santo, Pádua 
 
 
 
PINTURA 
 
Duas grandes novidades marcam a pintura renascentista: a utilização da perspectiva, através 
da qual os artistas conseguem reproduzir em suas obras, espaços reais sobre uma superfície 
plana, dando a noção de profundidade e de volume, ajudados pelo jogo de cores que 
permitem destacar na obra os elementos mais importantes e obscurecer os elementos 
secundários, a variação de cores frias e quentes e o manejo da luz permitem criar distâncias e 
volumes que parecem ser copiados da realidade; e a utilização da tinta à óleo, que possibilitará 
a pintura sobre tela com uma qualidade maior, dando maior ênfase à realidade e maior 
durabilidade às obras. 
 
"Adão de Albrecht Dürer, Museu do Prado -- Madri 
 
 
MONALISA "Monalisa" de Leonardo da Vinci, Museu do Louvre - Paris 
 
 
Em um período de ascensão da burguesia e de valorização do homem no sentido 
individualista, surgem os retratos ou mesmo cenas de família, fato que não elimina a produção 
de caráter religioso, particularmente na Itália. Nos Países Baixos destacou-se a reprodução do 
natural de rostos, paisagens, fauna e flora, com um cuidado e uma exatidão assombrosos, o 
que acabou resultando naquilo a que se deu o nome de Janela para a Realidade. 
 
As obras abaixo são de Antonio Allegri (Corregio) e refletem bem o espírito do renascimento, 
caracterizadas por elementos que remontam ao passado clássico, elementos religiosos e por 
grande sensualidade, destacando a perfeição das formas e a beleza do corpo, junto a presença 
de anjos. 
 
"Danae" Galeria Borghese 
 
 
"Júpiter e Io" Kunsthistoriches Museum -- Viena 
 
 
"Nossa Senhora da Cesta" national Gallery -- Londres 
 
 
"Noli me Tangere" Museu do Prado -- Madri 
 
 
 
 
 
História da Arte 
Arte Bizantina 
A arte Bizantina teve seu centro de difusão a partir da cidade de Constantinopla, capital 
do Império Romano do Oriente, e desenvolveu-se a princípio incorporando 
características provenientes de regiões orientais, como a Ásia Menor e a Síria. 
 
A aceitação do cristianismo a partir do reinado de Constantino e sua oficilização por 
Teodósio procuraram fazer com que a religião tivesse um importante papel como 
difusor didático da fé ao mesmo tempo que serviria para demonstrar a grandeza do 
Imperador que mantinha seu caráter sagrado e governava em nome de Deus. 
 
 
 
A tentativa de preservar o caráter universal do Império fez com que o cristianismo no 
oriente destacasse aspectos de outras religiões, isso explica o desenvolvimento de 
rituais, cânticos e basílicas. 
 
O apogeu da cultura bizantina ocorreu durante o reinado de Justiniano ( 526-565 d.C. ), 
considerada como a Idade de Ouro do império. 
 
Justiniano 
 
 
Arquitetura 
 
O grande destaque da arquitetura foi a construção de Igrejas, facilmente compreendido dado 
o caráter teocrático do Império Bizantino. A necessidade de construir Igrejas espaçosas e 
monumentais, determinou a utilização de cúpulas sustentadas por colunas, onde haviam os 
capitéis, trabalhados e decorados com revestimento de ouro, destacando-se a influência 
grega. 
 
A Igreja de Santa Sofia é o mais grandioso exemplo dessa arquitetura, onde trabalharam mais 
de dez mil homens durante quase seis anos. Por fora o templo era muito simples, porém 
internamente apresentava grande suntuosidade, utilizando-se de mosaicos com formas 
geométricas, de cenas do Evangelho. 
 
Igreja de Santa Sofia 
 
 
Igreja de Santa Sofia 
 
 
 
Na cidade italiana de Ravena, conquistada pelos bizantinos, desenvolveu-se um estilo 
sincrético, fundindo elementos latinos e orientais, onde se destacam as Igrejas de Santo 
Apolinário e São Vital, destacando-se esta última onde existe uma cúpula central sustentadas 
por colunas e os mosaicos como elementos decorativos. 
 
São Vital 
 
 
Pintura e Escultura 
 
A pintura bizantina não teve grande desenvolvimento, pois assim como a escultura sofreram 
forte obstáculo devido ao movimento iconoclasta . Encontramos três elementos distintos: os 
ícones, pinturas em painéis portáteis, com a imagem da Virgem Maria, de cristo ou de santos; 
as miniaturas, pinturas usadas nas ilustrações dos livros, portanto vinculadas com a temática 
da obra; e os afrescos, técnica de pintura mural onde a tinta era aplicada no revestimento das 
paredes, ainda úmidos, garantindo sua fixação. 
 
Destaca-se na escultura o trabalho com o marfim, principalmente os dípticos, obra em baixo 
relevo, formada por dois pequenos painéis que se fecham, ou trípticos, obras semelhantes às 
anteriores, porém com uma parte central e duas partes laterais que se fecham. 
 
"Teodora" 
 
 
Mosaicos 
 
O Mosaico foi uma forma de expressão artística importante no Império Bizantino, 
principalmente durante seu apogeu, no reinado de justiniano, consistindo na formação de uma 
figura com pequenos pedaços de pedras colocadas sobre o cimento fresco de uma parede. A 
arte do mosaico serviu para retratar o Imperador ou a imperatriz, destacando-se ainda a figura 
dos profetas. 
 
 
 
História da Arte 
Arte Islâmica 
INTRODUÇÃO 
 
O Islamismo é a religião formulada por Maomé e que propagou-se a partir da Arábia 
desde o século VII. Apesar de considerada uma religião sincrética, formada a partir de 
elementos cristãos e judaícos, na verdade temos uma religião original, que procurouresponder aos anceios dos povos daquela região, incorporando principalmete elementos 
da cultura dos povos beduínos e algumas característica de outras religiões. Na arte, 
percebemos tanto as influências dos povos pré islâmicos, como também de uma nova 
cultura, forjada com a construção de importantes dinastias, poderosas e vinculadas 
diretamente ao elemento religioso. 
Os produção artesanal de tapetes é uma característica anterior a religião, enquanto a 
construção de grandes templos - Mesquitas - é posterior as conquistas justificadas pela 
fé. 
 
TAPETES 
 
 
 
Tapete Persa 
 
 
Os tapetes e tecidos desde sempre tiveram um papel muito importante na cultura e na religião 
islâmicas. Para começar, como povo nômade, esses eram os únicos materiais utilizados para 
decorar o interior das tendas. À medida que foram se tornando sedentários, as sedas, 
brocados e tapetes passaram a decorar palácios e castelos, além de cumprir uma função 
fundamental nas mesquitas, já que o muçulmano, ao rezar, não deve ficar em contato com a 
terra. 
Diferentemente da tecedura dos tecidos, a do tapete constitui uma unidade em si mesma. Os 
fabricados antes do século XVI chamam-se arcaicos e possuem uma trama de 80 000 nós por 
metro quadrado. Os mais valiosos são de origem persa e têm 40 000 nós por decímetro 
quadrado. As oficinasmais importantes foram as de Shiraz, Tabriz e lsfahan, no Oriente, e 
Palermo, no Ocidente. Entre os desenhos mais dássicos estão os de utensílios, de motivos 
florais, de caça, com animais e plantas, e os geométricos, de decoração. 
 
 
 
Tapete da Índia 
 
 
ARQUITETURA 
 
As mesquitas (locais de oração) foram construídas entre os séculos Vl e Vlll, seguindo o modelo 
da casa de Maomé em Medina: uma planta quadrangular, com um pátio voltado para o sul e 
duas galerias com teto de palha e colunas de tronco de palmeira. A área de oração era 
coberta, enquanto no pátio estavam as fontes para as abluções. A casa de Maomé era local de 
reuniões para oração, centro político, hospital e refúgio para os mais pobres.Essas funções 
foram herdadas por mesquitas e alguns edifícios públicos. 
 
 
 
Mesquita Azul 
 
 
No entanto, a arquitetura sagrada não manteve a simplicidade e a rusticidade dos materiais da 
casa do profeta, sendo exemplo disso as obras dos primeiros califas: Basora e Kufa, no lraque, 
a Cúpula da Roca, em Jerusalém, e a Grande Mesquita de Damasco. Contudo, persistiu a 
preocupação com a preservação de certas formas geométricas, como o quadrado e o cubo. O 
geômetra era tão importante quanto o arquiteto. Na realidade, era ele quem realmente 
projetava o edifício, enquanto o segundo controlava sua realização. 
A cúpula de pendentes, que permite cobrir o quadrado com um círculo, foi um dos sistemas 
mais utilizados na construção de mesquitas, embora não tenha existido um modelo comum. As 
numerosas variações locais mantiveram a distribuiçào dos ambientes, mas nem sempre 
conservaram sua forma. As mesquitas transferiram depois parte de suas funções aos edifícios 
públicos: por exemplo, as escolas de teologia, semelhantes àquelas na forma. Aconstrução de 
palácios, castelos e demais edifícios públicos merece um capítulo à parte. 
 
 
 
Taj Mahal 
 
 
As residências dos emires constituíram uma arquitetura de segunda classe em relação às 
mesquitas. Seus palácios eram planejados num estilo semelhante, pensados como um 
microcosmo e constituíam o hábitatprivativo do governante. Exemplo disso é o Alhambra, em 
Granada. De plantaquadrangular e cercado de muralhas sólidas, o palácio tinha aspecto 
defortaleza, embora se comunicasse com a mesquita por meio de pátios e jardins. O aposento 
mais importante era o diwan ou sala do trono. 
Outra das construções mais originais e representativas do lslã foi o minarete, uma espécie de 
torre cilíndrica ou octogonal situada no exterior da mesquita a uma altura significativa, para 
que a voz do almuadem ou muezim pudesse chegar até todos os fiéis, convidando-os à oração. 
AGiralda, em Sevilha, era o antigo minarete da cidade. 
Outras construçõesrepresentativas foram os mausoléus ou monumentos funerários, 
semelhantes às mesqúitas na forma e deslinados a santos emártires. 
 
 
Pátio dos Leões 
 
 
PINTURA E GRÁFICA 
 
As obras de pintura islâmica são representadas por afrescos e miniaturas. Das primeiras, muito 
poucas chegaram até nossos dias em bom estado de conservação. Elas eram geralmente 
usadas para decorar paredes de palácios ou de edifícios públicos e representavam oenas de 
caça e da vida cotidiana da corte. Seu estilo era semelharte ao da pintura helênica, embora, 
segundo o lugar, sofresse uma grande influência indiana, bizantina e indusive chinesa. 
 
 
 
Ascensão de Maomé 
 
 
A miniatura não foi usada, como no cristianismo, para ilustrar livros religiosos, mas sim nas 
publicações de divulgação cienfifica, para tornmr mais daro o texto, e nas literárias, para 
acompanhar a narração. O estilo era um tanto estático, esquematizado, muito parecido com o 
das miniaturas bizartinas, com fundo dourado e ausência de perspectiva. O Corão era 
decorado com figuras geométricas muito precisas, a fim de marcar a organização do texto, por 
exemplo, separando um capítulode outro. 
Estreitamente ligada à pintura, encontra-se a arte dos mosaicistas. Ela foi herdada de Bizâncio 
e da Pérsia antiga, tornando-se lufma das disciplinas mais importantes na decoração de 
mesquitas e palácios, junto com a cerâmica. No iníçio, as representações eram completamente 
figurativas, semelhantes às antigas, mas paulatinamente foram se abstraindo, até 
setransformarem em folhas e flores misturadas com letras desenhadasartisticamente, o que é 
conhecido como arabesco. 
 
 
 
Detalhe corão 
 
 
Assim, complexos desenhos multicoloridos, calculados com base na simbologia numérica 
islâmica, cobriam as paredes intemas e externas dos edifícios, combinando com a decoração 
de gesso das cúpulas. Caligrafias de incrível preciosidade e formas geométricas multiplicadas 
até o infinito criaram supertcies de verdadeiro horror ao espaço vazio. A mesma 
funçãodesempenhava a cerâmica, mais utiiizada a partir do século Xll e que atingiu o 
esplendor na Espanha, onde foram criadas peças de uso cotidiano. 
 
 
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