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Alta concentração de resíduos de aminoácidos hidrofóbicos tanto no interior quanto na superfície da proteína Proteínas fibrosas: função estrutural Colágeno Fornecem resistência e flexibilidade às estruturas São insolúveis em água Chifres, cabelo, unhas: - queratina Várias proteínas são empacotadas: complexos supramoleculares Unidade estrutural fundamental: simples repetições da estrutura secundária Formadas por cadeias polipeptídicas arranjadas em longas fitas ou folhas Proteínas fibrosas: -queratina Corte transversal de fio de cabelo: α-queratina Células Filamentos intermediários Protofilamento Protofibrila 2 cadeias espiraladas α-hélice -hélice da queratina -hélice à direita Espiral supertorcida Supertorção à esquerda Supertorção entre duas α-hélices Amplifica a resistência da estrutura (Corda) A superfície de contato entre as 2 -hélice é composta por resíduos hidrofóbicos (ricas em Ala, Val, Leu, Ile, Met e Phe) fortemente empacotados entre si. Protofilamento As α-queratinas foram desenvolvidas para força. Encontradas somente em mamíferos, essas proteínas constituem praticamente todo o peso seco dos cabelos pelos, unhas, garras, penas, chifres, cascos e grande parte da camada mais externa da pele. Filamento intermediário Protofibrila A 4 protofibrilas Proteínas fibrosas: α-queratina (estruturas supramoleculares) Redução Enrola- mento Oxidação A permanente e o alisamento no cabelo são processos bioquímicos A resistência das proteínas fibrosas é aumentada pela formação de ligações covalentes (pontes dissulfeto) entre as cadeias polipeptídicas enoveladas e entre as cadeias na estrutura supramolecular Formação de estruturas supramoleculares α-queratina: pontes dissulfeto estabilizam a estrutura quaternária Calor (rompe ligações de H) ReduçãoAlisa- mento Oxidação ALISAMENTO PERMANENTE Protofibrila • Em alguns tecidos apresenta-se como um gel disperso que serve para cimentar estruturas (como na matriz extracelular ou no humor vítreo). • Em outros tecidos, aparece como fibras paralelas que dão grande força, como nos tendões. • Na córnea, o colágeno aparece de forma a trasmitir luz com o mínimo de dispersão. • Nos ossos está arranjado em fibras colocadas em um ângulo umas com as outras de forma a resistir a tração mecânica em qualquer direção Colágeno é a proteína mais abundante no corpo humano. Proteínas fibrosas: colágeno Da mesma forma que as a-queratinas, o colágeno evloluiu no sentido de fornecer resistência mecânica. É encontrada em tecidos conjuntivos como tendões, cartilagens, pele, na matriz orgânica dos ossos,córnea dentes e gengivas. Os vertebrados têm cerca de 46 cadeias polipetídicas geneticamente diferentes, montadas em pelo menos 30 variedades de colágeno encontradas em tecidos diferentes de um mesmo indivíduo. Um dos colágenos mais comuns, o do tipo 1, é o predominante em gengivas e dentes. Colágeno é a proteína mais abundante no corpo humano. A hélice do colágeno é uma estrutura secundária singular, diferente da α-hélice. O seu giro é para a esquerda e possui 3 resíduos de aminoácidos por volta (hélice α do colágeno). Cadeias α do colágeno 3 cadeias α se associam (~1000 resíduos de aa cada), num giro para a direita no sentido contrário ao da hélice do colágeno, formando uma estrutura superenovelada (estrutura supramolecular também denominada tropocolágeno). Proteínas fibrosas: colágeno A estrutura secundária do colágeno é uma hélice (cadeia α), mas voltada para mão esquerda e com apenas 3 resíduos de aminoácidos por volta (a e b). A estrutura terciária e quaternária do colágeno é o entrelaçamento de 3 cadeias α (superespiramento no sentido da mão direita) (c) Cadeia α Glicina – X – Y, onde X = prolina Y = 4-hidroxiprolina É formada pela unidade tripeptídica repetitiva: Composição do colágeno: Gly (35%), Ala (11%), Pro e HO-Pro (21%) Suportam a estrutura do colágeno (alta força de tensão) a b c Proteínas fibrosas: colágeno A glicina é pequena suficiente para ser encontrada nas junções apertadas das 3 cadeias α entrelaçadas Hélices entrelaçadas Glicina Colágeno Estrias transversaisInícios das moléculas de colágeno Fibrilas: conjuntos de estruturas supramoleculares formados por triplas hélices de colágeno que se associam de diferentes maneiras (graus de resistência variável) Hélice tríplice de colágeno Cadeia polipept Norleucina Hidroxi- lisina Cadeia polipept Ligações cruzadas covalentes entre aminoácidos aumentam a resistência e geram aminoácidos incomuns: Desidro-hidroxilisinonorleucina As fibrilas de colágeno são estruturas supramoleculares que consistem de moléculas de tripla hélice de colágeno (tropocolágeno), associadas de diversas maneiras, a fim de fornecer diferentes graus de força tensional. As cadeias das moléculas do colágeno e as moléculas de colágeno das fibrilas são unidas por tipos não habituais de ligações covalentes cruzadas, envolvendo resíduos de Lys, HyLys ou His. -CH-CH2-CH2-CH2-CH=N-CH2-CH-CH2-CH OH -CH-CH2-CH2-CH2-CH=N-CH2-CH-CH2-CH OH O aumento na rigidez e a inelasticidade do tecido conjuntivo, à medida que as pessoas envelhecem, resulta de um acúmulo de ligações covalentes cruzadas nas fibrilas de colágeno. CH-CH2-CH2-CH2-CH=N-CH2-CH-CH2-CH OH Desidrohidroxilisinonorleucina NH C=O hidroxilisina resíduo lisina menos o grupo amino A quantidade de ligações cruzadas em um tecido aumenta com a idade. O caráter cada vez mais rígido e quebradiço do tecido conectivo envelhecido resulta do acúmulo de ligações covalentes tranversais nas fibrilas do colágeno. Proteínas fibrosas: colágeno Defeitos genéticos na síntese do colágeno: Mamíferos → 30 tipos diferentes de colágeno → diferentes funções • Osteogênese imperfeita (crianças) e Síndrome de Ehlers-Danlos (juntas frouxas) Cys Ser Gly Substituição Verônica Almeida conquistou a 1ª medalha feminina na natação nos Jogos Paraolímpicos de Pequim. Contorcionistas ou Proteínas fibrosas: colágeno Escorbuto: deficiência de vitamina C (ácido ascórbico) O ácido ascórbico é um cofator utilizado para reduzir a enzima prolil-4-hidroxilase, que catalisa a formação da 4-hidroxiprolina na estrutura do pró-colágeno. O escorbuto é caracterizado por degeneração geral do tecido conjuntivo (fragilidade capilar, perda de dentes, degeneração dos ossos, dores nas articulações). O escorbuto resulta do colágeno frágil (colágeno sem hidroxiprolina é menos estável). 7ª. Cruzada (1254-1284) Luís IX Proteínas fibrosas: Fibroína da seda Fibroína das fiandeiras da aranha Grupo R da Ala Grupo R da Gly A fibroína é produzida por insetos e aranhas Conformação β rica em resíduos glicina e alanina, que permitem empacotamento íntimo das folhas β e arranjo intercalado dos grupos R AlaGly A estrutura é estabilizada pelas pontes de hidrogênio entre as ligações peptídicas e interações de Van der Waals Conformação β altamente estendida, com estrutura flexível porque não é estabilizada por ligações covalentes, mas apenas por interações fracas. Estrutura tridimensional de proteínas: Funções Músculo Feixe de fibras musculares Miofibrilas Miofibrila Núcleos Capilares Retíc ulo s arcop lasm ático Sarcômero Fibra muscular Subunidades de actina G Miosina Actina F Tecido muscular de vertebrado visualizado ao microscópio eletrônico Fibras Musculares = células longas, finas e multinucleadasMiofilamentos organizam-se em estrias longitudinais e transversais. Contração rápida e voluntária Sarcômero: Unidade funcional da contração muscular. Constituído por filamentos finos (actina, troponina e tropomiosina) e grossos (miosina) Sarcômero Eletromicrografia das miofibrilas Músculo relaxado Músculo contraído Contração MuscularFilamento fino Filamento grosso Relaxado Contraído Disco Z Banda I Banda IBanda A Disco Z Disco ZLinha M O arranjo dos feixes intercalados permite que os filamentos grossos e finos deslizem uns sobre os outros causando um encurtamento progressivo de cada sarcômero Disco Z A) Filamentos de actina e miosina em repouso B) Durante a contração (a zona H não é mais visível, a faixa I se encurta e a faixa A mantém suas dimensões. A CONTRAÇÃO MUSCULAR Subunidades de actina G Actina F As cadeias se enrolam em dupla hélice A a Constituída por monômeros globosos (actina G – 357 resíduos) que se polimerizam (actina F) formando o filamento fino. Actina As hélices de actina se associam com as proteínas tropomiosina e troponina: A A Tropomiosina: proteína em forma de fibra, que se enovela ao filamento de actina Troponina: possui 3 subunidades denominadas TnI (liga-se à actina), TnC (liga-se ao Ca2+) e TnT (liga-se à tropomiosina). A subunidade TnC é um sítio de ligação a íons cálcio. Quando o músculo recebe um sinal neuronal para iniciar a contração, o Ca2+ é liberado do retículo sarcoplasmático e liga-se à troponina C. Isto causa uma mudança conformacional na troponina C, que altera as posições da TnT e tropomiosina, liberando assim o sítio de ligação com a miosina e permitindo a contração muscular. No músculo relaxado, estas duas proteínas estão arranjadas ao redor dos filamentos de actina, bloqueando assim os locais de ligação para a miosina. tropomiosina actina Complexo da troponina Sítio de ligação com a miosina Sítio de ligação com a miosina Miosina A miosina consiste em um segmento semelhante a uma haste com duas cabeças globulares. Muitas moléculas de miosina associam-se entre si para formar o filamento grosso, onde as cabeças de miosina formam saliências. As cabeças da miosina contêm uma região que se combina de maneira reversível com a actina. ‘CABEÇAS’ MOVEM-SE O ATP (adenosina trifosfato) é hidrolisado a ADP + Pi (adenosina difosfato + fosfato inorgânico). A miosina tem atividade não apenas de ligação como também de catálise (ATPase) A ligação do ATP libera a miosina da actina Alteração conformacional com ADP e Pi ligado Miosina liga-se à actina causando liberação de Pi Liberação de Pi desencadeia um “movimento de força”Os filamentos de actina e miosina se movem um em relação ao outro. ADP é liberado. A contração muscular envolve a realização de trabalho mecânico e, portanto, consumo de energia (ATP) Miosina Actina F Contração Muscular A a A Contração Muscular (ATP é hidrolisado) Contração Muscular Contração Muscular Filamento fino Filamento grosso Relaxado Contraído Disco Z O arranjo dos feixes intercalados permite que os filamentos grossos e finos deslizem uns sobre os outros causando um encurtamento progressivo de cada sarcômero Disco Z RESUMO DA CONTRAÇÃO MUSCULAR 1) Chegada do estímulo pelo neurônio motor no nível da placa motora; 2) Liberação de acetilcolina e consequente despolarização da membrana; 3) Liberação de íons cálcio do retículo sarcoplasmático; 4) Ligação dos íons cálcio à subunidade TnC da troponina, modificando sua forma, deslocando a tropomiosina e expondo as áreas receptoras da actina, que se liga às cabeças globulares da miosina. Segue-se a contração: 5) Ligação das cabeças de miosina à actina; 6) A ligação do ATP (adenosina trifosfato) na cabeça da miosina libera a cabeça da miosina da actina; 7) O ATP é hidrolisado em ADP (adenosina difosfato) + Pi (fosfato inorgânico) causando uma mudança conformacional para um estado de “alta energia” que move a cabeça de miosina e muda sua orientação em relação ao filamento fino; 7) Saída do Pi provoca dobramento das cabeças de miosina (“movimento de força”), o que faz com que os filamentos finos sejam empurrados em direção ao centro do sarcômero – contração muscular; 8) A cabeça da miosina retorna ao estado de repouso original. O ADP é então liberado para completar o ciclo. 1 – Qual a diferença de proteínas fibrosas e globulares? Quais suas funções? Dê exemplos explicando suas estruturas. 2 – Explique as bases moleculares do modelo de deslizamento do filamento na contração muscular. Exercícios Slide 60 Slide 61 Slide 62 Slide 63 Slide 64 Slide 65 Slide 66 Slide 67 Slide 68 Slide 69 Slide 70 Slide 71 Slide 72 Slide 73 Slide 74 Slide 75 Slide 76 Slide 77 Slide 78 Slide 79 Slide 80 Slide 81 Miosina Slide 83 Slide 84 Slide 85 Slide 86 Slide 87 Slide 88 Slide 89 Slide 90
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