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Resumo elaborado por Jefferson N Silva – Professor Gustavo Britta Scandelari Jeffe.n.silva@gmail.com 1 Resumo PENAL 3 1. Ciências criminais Grande grupo de disciplinas do direito penal, divididas em dois subgrupos: 1.1 Sociopolíticas; Política criminal; bitiológia; penológia; criminologia; psiquiatria forense entre outros. 1.2 Dogmáticas Direito Penal e Direito processual penal. Direito penal se divide em quatro partes: Direito penal I = Teoria da Lei penal Direito Penal II = Teoria do Crime Parte Geral Direito Penal III = Teoria da Pena Direito Penal IV = Crimes em espécie Parte especial Teoria da pena é designada à dosimetria, podemos chamar penal três de teoria geral da pena, pois aborda mais do que dosimetria; essa teoria também é conhecida como teoria da reação penal, teoria das consequências jurídicas do delito, teoria dos efeitos penais, teoria da sanção penal entre outros. - Pena é a consequência natural imposta pelo Estado quando alguém pratica alguma infração penal; quando o agente comete um fato típico, antijurídico e culpável. Toda forma de prisão que ocorre durante a investigação ou o processo não é pena e sim prisão processual; Nem toda a pena é prisão; existem as penas de multas e alternativas. Pena de multa não se confunde com fiança; é um instituto processual, quando a pessoa é presa processualmente, denominada de afiançável, ele pode pagar certa quantia para o Estado para que responda em liberdade, porém este dinheiro não é do Estado e sim do acusado, pois Resumo elaborado por Jefferson N Silva – Professor Gustavo Britta Scandelari Jeffe.n.silva@gmail.com 2 se no final do processo ser provado sua inocência o Estado devolve o dinheiro para a pessoa. História da Pena Antiguidade; A história da pena se confunde com a história da humanidade, iniciada no ano 4 mil antes de cristo e terminada no ano 476 d. c. com a queda do império romano ocidental. Naquela época os registros indicam dois tipos de punições preponderantes, as penas de perda da paz e vinganças de sangue; sendo as primeiras normalmente aplicadas a membros da própria tribo, uma pena menos grave, é do consenso acadêmico que naquela época uma pessoa não sobreviveria fora de sua tribo, não sabendo onde achar abrigo ou comida ou desempenhar as tarefas necessárias a vida, e a perda da paz era a segregação forçada deste sujeito da convivência da sua tribo e de qualquer outra, sendo esta pessoa abandonada em um lugar que não conhecia e condenada a viver sozinha em via de regra esta pessoa morreria; já a segunda de sangue era destinada as pessoas de outras tribos, esta pena consistia na morte e, quando não, em mutilações e outros tipos de danos corporais, as vinganças de sangue não seguiam nenhum tipo de lógica, padrão ou algum tipo de código se um membro de alguma tribo praticasse alguma ofensa a outra tribo ele poderia sofrer alguma ofensa como vingança de sangue ou alguém de sua família poderia receber está vingança, isto se tornou comum e por muito tempo teve ataques que dizimava famílias inteiras como vingança, es que em alguma média da antiguidade localizaram registros que indicavam uma preocupação com a dizimação de tribos e famílias ou linhagens inteiras e ao mesmo tempo aumento de penas menos graves como banimento e expulsão, compreendeu-se que as penas violentas produziam conflitos sem fundamentos entre as tribos. Foi nesta época que se convencionou chamar de época da vingança limitada que se identificou um texto favorável para a criação da primeira consolidação de leis escritas da humanidade, o código de Hamurabi, que se estima ter vigorado entre os anos 2250 a. c. a 1700 a. c. Resumo elaborado por Jefferson N Silva – Professor Gustavo Britta Scandelari Jeffe.n.silva@gmail.com 3 Hamurabi era o nome do sexto rei da primeira dinastia da babilônia, e foi durante seu reinado que se formulou o código de Hamurabi que contem, ou continha, 282 artigos. Foi neste código que se teve a lei de talião (IUS TALIONIS ou LEX TALIONIS – (TALIS = Tal ou Idêntico) no código de Hamurabi era um principio, um critério, sentido, primeira vez que se localizou o “Principio da proporcionalidade” = deduzido do raciocínio empregado em quase todos os dispositivos de feição penal do código da Hamurabi. (olho por olho, dente por dente). Em seu espirito ainda havia antiguidade, por isso as penas principais eram as mais cruéis. Mesmo com o código de Hamurabi o mundo das penas era preocupante, pois não havia instabilidade, pois não havia todas as penas possíveis, não possua princípios como Legalidade ou qualquer outro. 1000 a.c. a 146 d. c. GRÉCIA ANTIGA; Foi aqui que surgiu a figura da prisão, e está prisão não era uma pena e sim uma forma de preservação da integridade física do acusado para que depois ele recebesse a pena; sendo ainda penas de mutilações e morte, tendo a prisão apenas um caráter de deposito de gente, uma antessala para o castigo, porém é aqui que podemos a começar a falar de finalidade da pena, antes apenas com o sentido de EXPIAÇÃO, significando: purificar, reparar, mas aqui está expiação era por meio da dar, na melhor das hipóteses, pois na maioria das vezes era apenas através da extinção física do condenado, ou seja, a morte. Foi também na Grécia antiga que surge a figura da prisão civil, mas isso no final dela, naquela época o credor tinha o direito conhecido e reforçado pelo Estado de poder usar seu devedor como escravo por tempo que achasse que seria o bastante para pagar a divida. ROMA ANTIGA – 700 a. c. Praticamente tudo que temos de direito privado derivou do direito romano; Resumo elaborado por Jefferson N Silva – Professor Gustavo Britta Scandelari Jeffe.n.silva@gmail.com 4 - Os romanos foram os gigantes do direito civil, mas pigmeus do direito penal, pois tudo que inovaram no direito civil eles deixaram de fazer no direito penal, deixando praticamente do mesmo jeito que estava na Grécia, ou seja, podemos estudar o direito romano praticamente igual o da Grécia, com a única diferença de que foi na Roma que se teve o indicio de um desenvolvimento de uma estrutura penitenciária, inicio de uma preocupação com estabelecimentos próprios destinados a serem ocupados por acusados ou condenados por crimes. Sendo na utilizados como conventos abandonados ou qualquer casa velha, ou seja, estruturas que não foram pensadas para ser penitenciarias, por fim perseverou a diferença de pena e castigo até a queda do império romano com a invasão dos bárbaros e a queda do império romano. Idade média; 473 d. c. a - Tomada de Constantinopla, a prisão aqui ainda era vista como um módulo de pura detenção para que o sujeito recebesse uma pena, durante a idade media, no entanto, é que se inicia um processo muito tímido de transformação em pena, foi o aperfeiçoamento com a preocupação, que aparecia na Roma antiga, se antigamente, usava-se os lugares abandonados, na idade média houve um institucionalização da necessidade de criação de estruturas penitenciarias, estruturas projetas para serem prisões – prisões de Estado -. Torre de Londres podendo ser a primeira prisão de Estado, a outra foi a Bastilha na França. Porém não ofereciam condições dignas para quem lá se acomodassem, a maioria desses lugares eram nos subterrâneos, calabouços, estes lugares eram regidos por representantes do poder eclesiásticos, clérigos comandavam estas instituições – Nilo batista = Servidor da igreja tinha por obrigação de dizer de Vá em Paz, quando adentrassem nesses calabouços, ditos como formulaspara quem iria entrar naqueles calabouços, ou seja, entrariam, mas não sairiam -. Está primeira característica importante da idade media nos permitem a fazer um contraponto na evolução da pena: Até o inicio da idade média a pena tinha a caraterística da vingança, e esta não era controlada por ninguém, a vingança era de quem quisesse, sendo Resumo elaborado por Jefferson N Silva – Professor Gustavo Britta Scandelari Jeffe.n.silva@gmail.com 5 aplicada como quisessem, como a vingança de sangue, o contra ponto é que aqui, na média idade media, com a criação de estabelecimentos como a prisão do Estado, estabelecimento criados para serem prisões, e as penas partindo exclusivamente dos poderes constituído temos o contraponto de pena particular e pena oficial, isso que representa a preocupação de institucionalizar = o poder o controle na aplicação da pena. Segunda característica importante: (séc. XIII). A influencia eclesiástica no controle politico, naquela época, não só dos bens matérias, mas também nas convicções das massas, estava na mão da igreja, como o direito canônico, os padres poderiam ser chamados de carcereiros, nada mais normal que deste movimento surgisse a inquisição, autoridade máxima, o estabelecimento do que viria ser crime, estabelecimento do que viria ser as penitencias de cada crime e também na investigação, julgamento e na execução destas penitencias . - Unificaram de modo absolutamente estreito as noções, de um lado pecado, crime, e de outro penitencia e pena. - Primeira entidade que se preocupou em sistematizar os procedimentos penais, como apurações, processos e condenações. - Pena mais comum = Pena de morte - Finalidade da pena = Não havia nenhuma finalidade de pena a longo prazo, sendo então apenas o encarceramento da pessoa, pois a finalidade ocorria depois. Modernidade; 1473. Até o marco do iluminismo, revolução francesa em 1789. Marco importante está no contexto das guerras religiosas, essas guerras geravam muitos dispêndios, mortes. O Estado investia de mais, quando o Estado cuida demais de um lado esquece-se de outro e quando havia essas guerras aconteceu a miséria, um número imenso de pessoas sem assistência do Estado, o que produzia um aumento da criminalidade em terra. Resumo elaborado por Jefferson N Silva – Professor Gustavo Britta Scandelari Jeffe.n.silva@gmail.com 6 Chegou um momento que o Estado não tinha mais poder de fiscalizar ou conter os crimes. Um grupo de padres, Séc. XVII, da Inglaterra, formularam a ideia de instituições de correção. Por meio do trabalho a pessoa poderia de uma só vez se reformar aperfeiçoando a si própria e aliviar a sua pobreza, pois estas instituições conferiam abrigo e alimentação. Praticamente um século depois surge a obra “dos delitos e das penas” – Beccaria- 1764. Principio da Secularização: Ou principio da Laicização, uma separação, inicialmente politica, mas depois fundamental entre o poder estatal e o poder eclesiástico. - Não punir alguém pelo que ele é, e sim pelo que ele fez. (ideia mais importante). Séc. XVIII – Brasil colônia – Primeira codificação criminal do nosso país 1830, código criminal do império, prevendo penas de morte, banimento, açoites e outras coisas legais deste tipo hahaha. Contemporaneidade no Brasil; B) Código penal 32 a 99. - Código penal promulgado em 1940, pensado na década de 30. - Houve em 1984, duas importantíssimas leis, 1. Lei 7209/81, reforma geral do código penal, 2. Lei 7210/84, lei de execução penal (LEP), após um outro marco importante foi o movimento de Lei e ordem, diz que este movimento foi copiado de Nova York, para que com base nele fundamentar a lei dos crimes hediondos Lei 8072/90. Depois a Lei 9714/98 que reformou o sistema de penas alternativas. - Direito penal, especificamente a teoria da pena, está em crise, relativamente a finalidade da pena. (trecho de Foucault foi lido nesta parte). Resumo elaborado por Jefferson N Silva – Professor Gustavo Britta Scandelari Jeffe.n.silva@gmail.com 7 Teoria Absoluta. Preocupação exclusiva com o passado: Pois procura justificar a existência da pena com base, somente no que aconteceu, e em nenhum momento diz qual o tipo de proveito que a pena pode trazer para a sociedade ou para quem a cumpre. Pressuposto metafisico; Partem da concepção de justiça enquanto igualdade, ou seja, ao mal do crime o mal da pena, tendo origem na ideia do talião. Não se pune para que algo ocorra, mas sim porque o crime foi cometido. É muito criticada por não ter fundamento racional, por não buscar um fim de pacificação social ou redução da violência, assemelhando-se com a vingança. A grande vantagem dessa concepção é trazer limite relacionado ao fato para a punição, pois a sanção quer compensar o mal causado, não pode ir além dele, o que é motivo de elogio por parte dos doutrinadores. A ideia de justiça enquanto equilíbrio é aceta pelo contexto cultural ocidental, o que ratifica a aceitação da presente teoria também no ideário popular.1 PUNITUR QUIER PECCATUM EST Surge em meados do séc. 16 e 17 junto com os contratualistas, Locke, Hobbes e Rousseau. A pena servia como garantia do bem comum, propriedade, vida e outras coisas. A retribuição era tida como: retribuição do mal pelo mal (teoria retributiva ou retribucionista). O raciocínio de retribuição é compatível com a máxima punir porque pecou: Houve o pecado / crime, e isso é por si só a calça para ser punido, deve-se retribuir o mal com outro mal. Essa teoria foi criada com base em dois filósofos: 1 JUNQUEIRA, Gustavo Octaviano Diniz. Elementos do direito: Direito penal, 7° ed. São Paulo. Premier máxima, 2008. Pg. 131. Resumo elaborado por Jefferson N Silva – Professor Gustavo Britta Scandelari Jeffe.n.silva@gmail.com 8 Emanuel Kant e Heggel; Imperativo categórico: “Ordem natural auto suficiente inquestionável, é algo que sempre existiu e sempre vai existir”, para Kant algumas lei eram imperativos categóricos, todas as leis de caráter penal era para ele imperativos categóricos. Kant ao dizer que a lei era uma ordem natural e inquestionável, ou sejam que a lei penal era um imperativo categórico, afirmava que o fundamento da lei penal era de ordem moral, pois era algo que existia antes da própria civilização, ou seja, aquilo que é errado sempre foi errado e sempre será, e é com base nisso que o crime deve ser punido. Esta teoria de kant é conhecida como Teoria da retribuição ética. “Quando a justiça é desconhecida, os homens não têm razão de ser sobre a terra”. A teoria da retribuição lógico – jurídica, assim é conhecida a teoria de Heggel, ele não se socorria de preceitos morais, o raciocínio dele era mais cartesiano, mais lógico, sistemático: Em toda sociedade justa prevalece a vontade geral, e nesta, a vontade geral corresponde a afirmação do direito, e por tanto essa é uma vontade racional; no entanto, nesta sociedade ideal, que é a sociedade justa, pode existir uma vontade “particular” que seja contraria ao direito, um crime, esta vontade particular na medida que é contrária ao direito ela é irracional, e tem como consequência uma pena. A pena para Heggel vem como uma solução para esta equação, ou seja, só surge quando alguém nega o direito. A pena vem como uma afirmação do direito, pois ela nega o que (quem) nega o direito. Atualmente a noção moderna da teoria absoluta foi defendida por “Josep Bettiol”, tentou explicaresta teoria de uma forma que essa teoria pudesse ser aproveitada hoje. Atualmente a retribuição do mal pelo mal causado, como uma pena, deveria ser chamada de compensação de culpabilidade, não se podendo mais falar em pecado e exigindo-se do Estado uma proporção entre essa pena e o grau de culpabilidade do agente. Resumo elaborado por Jefferson N Silva – Professor Gustavo Britta Scandelari Jeffe.n.silva@gmail.com 9 Teoria Relativa PUNITUR UT NE PECCETUR “Punir para que não peque” ... dava0se à pena um fim exclusivamente prático, em especial o de prevenção. O crime não seria causa da pena, mas a ocasião para ser aplicada. Feurebach, pai do direito moderno e precursor do positivismo, entendia que a finalidade do Estado é a convivência humana de acordo com o direito. Sendo o crime a violação do Direito, o estado deve impedi-lo por meio de coação psíquica (intimidação) ou física (agressão). A pena é intimidação para todos, ao ser cominada abstratamente, e para o criminoso, ao ser imposta no caso concreto. Jeremias Bentham dizia que a pena é um mal tanto para o individuo, que a ela é submetido, quanto para a sociedade, que se vê privaa de um elemento que lhe pertence, mas que se justifica pela utilidade. O fim da pena é a prevenção particular, ao impedir que o delinquente pratique novos crime, intimando-o e corrigindo-o.2 Na teoria Absoluta, a teoria é do passado, PUNIR PORQUE PECOU, aqui a teoria se preocupa com o futuro, PUNIR PARA QUE. Finalidade relativa ao Estado, quando você pune alguém você quer que as outras pessoas tomem como exemplo e não cometam crime. O Contexto é do iluminismo garantias públicas, direitos do cidadão e vários tipos de liberdades já eram defendidas por toda a população; dentro deste contexto, teve grande influência o principio da Secularização; Visou cancelar o pressuposto metafisico, afastando este moralismo da punição, do mal pelo mal, inseriu-se na finalidade da pena a PREVENÇÃO, por isso que o nome mais popular da teoria relativa é teoria preventiva da pena. Filósofos: Feuerbach e Fran Von Liszt Feuerbach: Coação psicológica: Previnir mais eficazmente os outros crimes, elaborando uma pena que para que aquele que pretendesse praticar aquele crime, um prejuízo maior do que o beneficio que ele teria com a prática do crime; a pena deveria ser de um tipo tal que incutiste no raciocínio da pessoa a “conclusão de que não vale a pena”. Visa atuar em toda a coletividade, esta mensagem que ele queria distribuir tinha como destinatário: toda a cidade. Von Liszt: Teoria da Classificação do sujeito criminoso: Toda a pessoa representava, para Liszt, um perigoso social, sendo este perigo graduável, em 2 MIRABETE, Julio Fabbrini; FABBRINI, renato N. Manual de Direito Penal; Parte Geral Arts. 1° ao 120 do CP. 24 ed. Atlas, 2007. Pg.245. Resumo elaborado por Jefferson N Silva – Professor Gustavo Britta Scandelari Jeffe.n.silva@gmail.com 10 via de regra o perigo era irrelevante, mas aqueles que apresentavam um perigo relevante: Poderia ver os criminosos que eram corrigíveis e intimidável, e esses deveriam ser ressocializados pela pena, e de outro lado os incorrigíveis e não intimidáveis e todos eles deveriam ser neutralizados, sendo esta neutralização pelo tempo de duração da pena = prisão. Teoria relativa procurava ser útil e é por isso que ela ficou conhecida como teoria utilitarista a pena na teoria relativa, não visava ser um fim em si mesma como na teoria absoluta que se aplicava quando se realizava o crime e não se falava mais nisso, aqui ela procurava ser um instrumento de proveito social. Finalidade de Prevenção Geral = Feuerbach Coletiva Finalidade de Prevenção Especifica = Liszt Individual Todas as penas aqui, nesta teoria, tem finalidade Geral e Especifica. Prevenção Geral Positiva: (integradora ou ampla), Visava produzir na sociedade os seguintes resultados: Reforço de confiança no Estado, Lembrança de respeito a lei e aprendizagem da consequência que advém de um ato proibido. Visa afirmar determinadas situações na sociedade; Visa enfatizar algo que já existe. Prevenção Geral Negativa: Visa à intimidação da sociedade pela exemplaridade da punição; Prevenção Especial Positiva (integradora ou ampla); Destinada ao sujeito, e visa a sua ressocialização, a sua reeducação, em linhas gerais visa à correção do réu. Prevenção Especial Negativa: Visava à neutralização pelo tempo da pena, evitava com que o criminoso, que não tem correção, de praticar um crime contra a sociedade, pelo menos no tempo que estará preso. Criticas feita, pelos filósofos partidários absolutistas. Resumo elaborado por Jefferson N Silva – Professor Gustavo Britta Scandelari Jeffe.n.silva@gmail.com 11 Kant: Na época de Kant já se falavam nessas prevenções e kant pode critica- las: E, disse que a pena nunca pode se preocupar com o virá depois dela, mas somente com o que houve antes, porque se você emprestar a pena qualquer utilidade que seja para o futuro você estará utilizando a pessoa que é destinatária daquela pena como um mero instrumento para a consecução de fins públicos: Utilizar a pena para prevenir outros crimes é diminuir a dignidade da pessoa que recebe esta pena. Pois a obrigação de conter a criminalidade é só do Estado, logo não pode sacrificar a integridade física da pessoa para conter, por medo na sociedade. Ou seja, para Kant dar a pena um finalidade significa o próprio direito de designar a própria pena. Heggel: Falava mais da Prevenção geral negativa da pena: Você aplicar uma pena a uma pessoa visando a intimidação da sociedade constitui “uma ameaça ao homem tal qual se ameaça um cachorro com o bastão e um homem não pode ser tratado como um cachorro”. Se a finalidade da pena é a intimidação então, em tese, não a limites a gravidade desta pena. - pode legitimar as penas desproporcionais. Critica feita por Felipe DERAIOLE A finalidade de intimidação por si só é manifestamente ineficaz, porque se produzisse um mínimo efeito se quer cada vez que fosse aplicada reduziria a criminalidade e isso não ocorre. Outras criticas: À função de ressocialização da pena: 1. Durkheim; para Durkeim a sociedade possui o que ele chamava de fato “criminogeno” significa que o crime em si é uma característica indissociável da sociedade: Sempre existiu e sempre vai existir: Por que ressocializar se é a própria sociedade que produz o criminoso? 2. Criminologia crítica – Juarez Cirino dos Santos; A finalidade da pena seria apenas a manutenção do poder na classe hegemônica que em sociedade capitalista é aquela detentora dos meios de produção que obtém lucro na teoria da “mais valia”, ou seja, manter os ricos = ricos e os pobres = pobres. Resumo elaborado por Jefferson N Silva – Professor Gustavo Britta Scandelari Jeffe.n.silva@gmail.com 12 3. Muñhoz Condi: usa a Teoria da autonomia da vontade; Se a nossa sociedade tem como um dos valores preponderantes o livro arbítrio pode o individuo ser forçado a rever os seus valores? E se o sujeito não quiser se ressocializar? De acordo com Muñhoz a ressocialização deveria ser um direito e não uma obrigação daquele que está cumprindo uma pena. 4. Zaffaroni: Crítica a idealização da ressocialização, pois tem dois pressupostos; primeiro que temos um convívio excelente, que a sociedade vive perfeitamente e quando o sujeito sai deste convivo deve voltar, e segundo que o presidio tem um ensino para que o sujeito aprenda algo e se ressocialize. Não existe um modelo de conduta social paraser seguido, e os nossos presídios, nosso sistema presidiário ocidental, não ensina a pessoa seguir um padrão de vida na sociedade, na pratica ensina a pessoa a viver naquele presidio, para ele na verdade a pena dessocializa. ........(perdi algo, eu presto atenção aqui e pego o novo tópico). Porque a teoria absoluta é absoluta e relativa relativa: Absoluta: Punir pq pecou: pense que aqui tem uma formula matemática, que a pena é resposta pelo crime. Se tem pena é porque teve crime, houve crime há pena. sem preocupação com o futuro relação absoluta de pergunta e resposta Na teoria na relativa: Punir para que não peque, notasse a existência de um desejo, na essência da teoria, este desejo de realização através da pena; a pena nesta teoria é um instrumento e não o fim como na teoria absoluta, um meio para a consecução de um dever Estatal. Logo a pena aqui, não é, se não em relação a algo, sendo meio ela será sempre um modo de obtenção de outra coisa, a pena na teoria relativa, é relativa ao seu objeto que é a sociedade, quando falamos de prevenção geral, e o individuo quando falamos de prevenção especial. Resumo elaborado por Jefferson N Silva – Professor Gustavo Britta Scandelari Jeffe.n.silva@gmail.com 13 Teoria Mista / Unitária / Unificadora ou Eclética. Na busca de somar as vantagens das teorias anteriores, surge corrente mista que adota preceitos de ambas. Prevalece, então, que a pena tem função prioritariamente preventiva, mas sempre dentro do limite da culpabilidade (limite do mal causado, de inspiração retributivista).3 Trata-se da teoria, atualmente, adotada pelo nosso ordenamento jurídico. Tem base legal, expressa, principalmente no artigo 59 do código penal. Reprovação e prevenção Essência da teoria mista. MARC ANCEL; Formulou nos anos que se seguiram ao fim da segunda guerra mundial uma teoria chamada: Teoria da nova defesa social. Para acabar com o conflito entre as politicas criminais, ele propôs a multidisciplinariedade. Começou a repudiar todas teorias que diziam que a pena tem apenas uma finalidade; as finalidades da pena deveriam se complementar e não se rejeitar, só que como todo fundamento absolutista era contrario a ideia da teoria relativa, ele teve que reformular um pouco a ideia de retribuição, passando a se chamar NEO RETRIBUIÇÃO. A “Neo retribuição” para poder dialogar com a ideia de reprovação precisou absorver o conceito de proporcionalidade, permitindo assim que a retribuição se tornassem, não um mal para um mal, como era, mas que evoluísse disso para “responsabilidade” pelo fato praticado e nada mais. Este componente da proporcionalidade e da retribuição pelo fato, permitiu não somente a ideia de retribuição e reprovação, mas funcionou também como um limite a ideia clássica da prevenção. (a crítica era feita a teoria relativa: já que o fim era prevenção, qualquer pena era permitido, cruéis ou pior já que era só para prevenir), essa teoria veio para excluir qualquer teoria que quisesse realizar penas para prevenção com penas severas. A última contribuição da neo retribuição com prevenção foi o cancelamento do pressuposto metafisico (divino e soberano, crime pecado), ao divulgar o fundamento que a pena só deveria ter como fundamento o fato praticado e não a convicção moral, por traz do fato praticado, a teoria mista afastou por completo o pressuposto metafisico, o moralismo subjacente, o noção de que todo o pecado deveria corresponder o castigo. Característica peculiar, que não se ver nas suas antecessoras: Finalidade de proteção da sociedade por meio da tutela de bens jurídicos. Com a reforma geral do nosso código penal “Lei 7209/84” a teoria mista passou a ser adotada, antes disto as penas eram eminente retributivas e a finalidade de prevenção cabia às medidas de segurança. (artigo 1º de execução penal). 3.1 Conceito de pena: (René Dotti) Sansão imposta pelo Estado e consistente na perda de bens do autor da conduta como retribuição imposta pelo Estado. 3 JUNQUEIRA. pg.133. Resumo elaborado por Jefferson N Silva – Professor Gustavo Britta Scandelari Jeffe.n.silva@gmail.com 14 (Regis Prado) Consequências jurídicas do delito são reações jurídicas aplicáveis a práticas de um injusto punível. (João Mestiele) A pena é a perda, diminuição ou restrição de bem jurídico, imposta pelo Estado ao autor de um ilícito penal para a garantia da ordem social. (Soler) A pena é uma sansão aflitiva imposta pelo Estado, através da ação penal, ao autor de uma infração (penal), como retribuição de seu ato ilícito, consistente na diminuição de um bem jurídico e cujo fim de evitar novos delitos.4 A pena deve ser sempre o resultado de um devido processo legal, não há pena sem processo. 4. Princípios. Principio da Legalidade: CF ART. 5° XXXIX e Art. 1º CP. Diferente da Estudada no primeiro período porque la é teoria da Lei e aqui é da pena. XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal; Art. 1º - Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal. Principio absoluto que não admite exceções; Nada se pode fazer sem que haja previsão legal, exclusivamente se for para prejudicar o réu. Mesmas variantes. Principio da culpabilidade: CP 29 e 26 CAPUT e paragrafo único. Art. 29 - Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade. § 1º - Se a participação for de menor importância, a pena pode ser diminuída de um sexto a um terço. § 2º - Se algum dos concorrentes quis participar de crime menos grave, ser- lhe-á aplicada a pena deste; essa pena será aumentada até metade, na hipótese de ter sido previsível o resultado mais grave. Art. 26 - É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. Redução de pena 4 SOLER, Sebastian. Derecho penal argentino. Buenos Aires: Tipografía Editora Argentina, 1970. v. 2. p. 342. Resumo elaborado por Jefferson N Silva – Professor Gustavo Britta Scandelari Jeffe.n.silva@gmail.com 15 Parágrafo único - A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, em virtude de perturbação de saúde mental ou por desenvolvimento mental incompleto ou retardado não era inteiramente capaz de entender o caráter ilícicito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. Menores de dezoito anos Circunstâncias incomunicáveis Vedação da responsabilidade objetiva em direito penal (responder com o seu patrimônio); exemplo, seu funcionário fazer algo, crime, em função da empresa, o dono da empresa, a pessoa jurídica, responde pelos danos pagando indenização e todas as sanções cabíveis, isso é responsabilidade objetiva, responde com seus patrimônios por um ato praticado por um terceiro. Já no direito penal, toda e qualquer responsabilização tem que ser subjetiva, ou seja, a responsabilidade da pessoa que praticou o ato (aqui o dono não responderia pelos crimes praticados por seus funcionários e sim quem o praticou, na medida de sua culpabilidade). Principio da personalidade ou pessoalidade das penas CF art. 5º XLV XLV - nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido; Tratasse deuma evolução no que diz respeito de que no fato da antiguidade na época das vinganças, primeiramente de sangues e depois oficiais, era possível que a família do criminoso viesse a pagar pelo crime que ele cometeu, eram penas de confisco, castigo físico, ou seja, era possível terceiros sofrerem pelo crime de outrem. Hoje não. “Nenhuma pena passará da pessoa do condenado”. Não se deve confundir com a multa imposta em sanções, quando se tem uma pena de multa, não importa quem pagará, o Estado quer receber e não importa de quem. Proporcionalidade e individualização das penas CF art. °5 XLVI e CP 59. XLVI - a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as seguintes: a) privação ou restrição da liberdade; b) perda de bens; c) multa; d) prestação social alternativa; e) suspensão ou interdição de direitos; Resumo elaborado por Jefferson N Silva – Professor Gustavo Britta Scandelari Jeffe.n.silva@gmail.com 16 CP: Art. 59 - O juiz, atendendo à culpabilidade, aos antecedentes, à conduta social, à personalidade do agente, aos motivos, às circunstâncias e consequências do crime, bem como ao comportamento da vítima, estabelecerá, conforme seja necessário e suficiente para reprovação e prevenção do crime: I - as penas aplicáveis dentre as cominadas; II - a quantidade de pena aplicável, dentro dos limites previstos; III - o regime inicial de cumprimento da pena privativa de liberdade; IV - a substituição da pena privativa da liberdade aplicada, por outra espécie de pena, se cabível. Critérios especiais da pena de multa Aparece lá na lei de talião. Após revolução francesa. “A lei só deve cominar penas conforme sejam, estritamente, necessárias e proporcionais ao delito”. O principio da proporcionalidade influencia não só no da individualização das penas, mas em outros como na proibição de determinadas penas, determinando a cominação de penas mais graves como se vê por, por exemplo, no artigo 5° da constituição Federal em seus incisos XLII, XLIII e XLIV, e pena mais leve como se vê na CF no artigo 98, I. XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei; XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura , o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem; XLIV - constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático; Art. 98. A União, no Distrito Federal e nos Territórios, e os Estados criarão: I - juizados especiais, providos por juízes togados, ou togados e leigos, competentes para a conciliação, o julgamento e a execução de causas cíveis de menor complexidade e infrações penais de menor potencial ofensivo, mediante os procedimentos oral e sumariíssimo, permitidos, nas hipóteses previstas em lei, a transação e o julgamento de recursos por turmas de juízes de primeiro grau; Essência do principio da proporcional ida: Regis Prado: “Um sistema penal somente estará justificado quando a soma das violências, que ele puder prevenir, for maior do que a soma das violências representadas pelas penas que ele puder cominar”. Resumo elaborado por Jefferson N Silva – Professor Gustavo Britta Scandelari Jeffe.n.silva@gmail.com 17 PREVINIR MAIS DO QUE REMEDIAR. Dentro do principio da proporcionalidade veremos outros quatros, pois são todos indissociáveis uns dos outros, isso não significa que um seja mais importante que outro. Principio da Razoabilidade É dito que a ideia de razoabilidade foi produzida na jurisprudência na suprema corte Norte Americana em um determinado caso no qual um determinada pena era proporcional para um determinado crime, mas ainda sim não era razoável; era um caso onde o autor cometeu um crime grave, contra a vida, e que, no entanto, ele tinha um valor social, ou socialmente reconhecido por traz deste ato, a vítima tinha estuprado a filha do autor do crime. A razoabilidade busca evitar excessos sempre que desnecessários. Principio da insignificância DE MINIMA NON CURAT PRAETOR – O juiz não se ocupado do mínimo / irrelevante (para fins criminais). Se todo crime pressupõe uma conduta que viole a lei não é verdade que toda a lei violada por uma conduta corresponde a um crime ainda que esta conduta esteja tipificada no código penal. Para Roxin, existe determinados fatos, atos, que embora se amoldem a noção formal de crime, conduta que se subsumiu ao crime, não produz na sociedade algo que é necessário para que o Estado se sinta no dever de repreender esta pessoa. Welzel, elaborou um pouco mais está ideia ao desenvolver a teoria da adequação social. Ilicitude representa a defesa de representados valores sociais, será ilícito aquilo que a sociedade não quer que ocorra, tudo que é ilícito sofre rejeição social. Para Welzel, pode se imaginar exemplos de condutas típicas que sejam adequadas socialmente; por exemplo, alguém roubar uma caneta, é ilícito, mas não sofre confronto social, ninguém acha que a pessoa precisa ir presa por isso. “Uma determinada conduta, ainda que típica, quando for insignificante penalmente perde a tipicidade”. – com base da teoria da adequação social. Precedente de Insignificante: HC 108125/2012 Crimes de bagatela = crimes de insignificância. Principio da intervenção mínima Se compreendermos a pena como uma forma de intervenção do Estado na esfera e garantias do particular, e certamente a forma mais grave de intervenção do poder publico na vida do particular, temos que pressupor uma forma de controle desta intervenção, sendo assim, há critérios para classificar os casos que merecem e não merecem está intervenção. Resumo elaborado por Jefferson N Silva – Professor Gustavo Britta Scandelari Jeffe.n.silva@gmail.com 18 Normalmente pode-se dizer que esses atos, essas condutas, que não inspiram a intervenção penal, são atos ou conduta sem dignidade penal; o principio da intervenção mínima chama a atenção para todos os outros princípios, tanto para o direito penal quanto para a teoria da pena. Para garantir os direitos do individuo é preciso um sistema complexo de garantias que é representado por todos os princípios, esse sistema de garantias tem por finalidade dispensar a intervenção penal quando ela não for necessária e é função do principio da intervenção mínima, dentro deste sistema de função de garantias, realizar esta tarefa, é dentro do estudo deste principio que se formula a conhecida noção de que a pena é a “ultima ratio” do ordenamento jurídico ou o direito penal é a “ultima razão (opção)” do ordenamento jurídico. Principio da individualização A ideia de individualização das penas, é talvez a mais importante dentro da teoria da pena. Existência de limite mínimo e máximo de cada pena no código penal (cominação de pena); Toda pena é a medida da responsabilidade do autor do fato; Influencia na escolha do regime pelo qual o condenado vai cumprir; Principio da motivação das decisões, cuja base constitucional é o artigo 93, IX; Art. 93. Lei complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal, disporá sobre o Estatuto da Magistratura, observados os seguintes princípios: IX todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus advogados, ou somente a estes, em casos nos quais a preservação do direitoà intimidade do interessado no sigilo não prejudique o interesse público à informação; Respeitar a individualidade de cada individuo. Resumo elaborado por Jefferson N Silva – Professor Gustavo Britta Scandelari Jeffe.n.silva@gmail.com 19 Principio da Humanidade art. 1º, III e 5°, XLVIII, XLIX e L. Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: (...) III - a dignidade da pessoa humana; Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo- se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: (...) XLVIII - a pena será cumprida em estabelecimentos distintos, de acordo com a natureza do delito, a idade e o sexo do apenado; XLIX - é assegurado aos presos o respeito à integridade física e moral; L - às presidiárias serão asseguradas condições para que possam permanecer com seus filhos durante o período de amamentação; Inspiração iluminista, dizem ter sido originado da obra de Beccaria, a partir de um raciocínio, que ele desenvolveu, que diz: não é pelo rigor das penas que se combatem os crimes, mas sim pela certeza da punição. Proibição de algumas penas especificas: Pena de morte, tortura etc... Em via de regra, com esse critério, é impedir a degradação de qualquer pessoa que venha ser condenada. Zafarroni: Define o principio como: A inconstitucionalidade de qualquer consequência jurídica inapagável do delito. Fere o principio= RDD: Regime disciplinar diferenciado, este instituto juridico penal foi criado pena lei 10792/2003 e dentre outras coisas permite, ao juiz, determinar o isonamento de determinada pessoa, que esteja cumprindo ou a cumprir pena, em regime integralmente fechado por um período de no mínimo 360 (trezentos e sessenta) dias sem direito a visitas ou saídas, prorrogável por mais 360 dias. 5. Penas proibidas 5°, XLVII, a...e. XLVII - não haverá penas: a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX; b) de caráter perpétuo; c) de trabalhos forçados; d) de banimento; e) cruéis; Principal fundamento é o principio da humanidade; A) Pena capital / Pena de morte: Resumo elaborado por Jefferson N Silva – Professor Gustavo Britta Scandelari Jeffe.n.silva@gmail.com 20 Não é absoluta, já que em caso de guerra declarada usa-se o código penal militar, e lá tem pena de morte artigo 84, XIX CF. (também o decreto lei 1001/69); Artigos 365 e seguintes CPM: Pena de morte apenas por fuzilamento; sendo autorizada, apenas, após uma consulta, prévia, ao presidente da república, e ele tem 7 dias para se manifestar, autorizar ou não, e em caso de silêncio se considera uma autorização. Covardia, rendição, espionagem entre outros são casos de pena de morte. B) Pena de caráter perpetuo: Em Roma era conhecida como “ERGÁSTUO”, não se permite, pois é um resquício da teoria absoluta da pena, é como se fosse uma pena de morte, é outra forma de eliminar a pessoa ao invés de recuperá-la. Pena máxima de 30 anos “art. 75 CP”, mas não há limite de aplicação da pena o limite é apenas de tempo de cumprimento, por isso tem gente condenado a 200 anos de cadeia . C) Penas de trabalhos Forçados: Na idade média era comum a pena de deportação com trabalhos forçados, a pessoa era mandada para longe para fazer trabalhos em condições insalubre e desumanas ate morrer, estes trabalhos eram geralmente realizados em minas, e, o que ficou mais conhecido, em galés. No Brasil todo o condenado de privação de liberdade tem por obrigação TRABALHAR, que é uma forma de ressocialização, podendo ate a receber um salário, podendo designar este salário para sua família, logo este tipo de trabalho não se confunde por trabalho forçado, já que este é um trabalho digno que pode proporcionar proveitos para o condenado e sua família, visto este trabalho como algo enobrece o condenado. D) Pena de banimento: Existiam de duas gravidades, sendo a amis grave, a de exilio absoluto, chamado de deportação, que significava a expulsão definitiva do condenado da sociedade, e além disto, também o cancelamento de sua cidadania e de todos os seus direitos se tornando um apátrida. E, as de gravidade relativas existiam 2 e eram exílios locais: 1: Degredo = Proibição de residir em determinada região por um tempo determinado. 2: Desterro = A pessoa era condenado a abandonar o lugar de sua residência e nunca mais ter qualquer contrato com a região em que praticou o crime ou com a vitima, se houver, e, também por tempo determinado. E) Penas cruéis Pena cruel não é a pena doce, mas sim a racional. Critérios de aplicação da pena: 1. Espécies da pena: Privativas de liberdade (Prisão): Principal critica feitas a muitos anos ao sistema penal ocidental contemporâneo; o direito penal e a teoria da pena e tudo no penal está em crise , e serio a pena de prisão, pois naquilo que ela prejudica o condenado Resumo elaborado por Jefferson N Silva – Professor Gustavo Britta Scandelari Jeffe.n.silva@gmail.com 21 ela não lhe recompensa em termos de ressocialização e tão pouco realiza a prevenção de outros crimes a literatura em geral formula essas criticas, porem devemos mencionar dois setores específicos da literatura que fazem as mais contundentes criticas as penas privativas de liberdade como um todo: a) (minoritário/isolado) Abolicionista: Prega a pura e simples extinção da pena de prisão, sustentando que o direito penal é completamente ineficaz, da forma que se aplica, e além disso danoso a sociedade, poderíamos então cancelar a pena de prisão como meio de reação ao ilícito penal e talvez passar a utilizar um outro ramo do poder público para conter a criminalidade. b) Reducionista ou minimalista (crescente): Divulgando não a ideia de cancelamento ou d exclusão da pena de prisão, por entender que isso seria uma utopia, mas sim a restrição da pena privativa de liberdade apenas aos casos de absoluta necessidade. Desta corrente surge a expressão = “Direito penal mínimo”; conhecida como a teoria “garantista” mais realista que se conhece. Nelson Ungria declarou que o direito penal é um soldado de reserva, ou seja, que não atua na frente da batalha. As penas privativas de liberdade podem ser substituídas, em determinadas hipóteses legais, por penas restritivas de direitos e/ou multa. Também compreende 3 subespécies: Reclusão, detenção e prisão simples. As três são diferenciadas pela gravidade de cada uma delas, nesta ordem, existe uma hierarquia de decrescente gravidade. Distinções Regime de execução de pena: Reclusão: Compatível com os três regimes (fechado, semi-aberto e aberto), isso significa que aplicada a pena privativa de liberdade na espécie de reclusão o cumprimento da pena poderá ser iniciado em qualquer modalidade. Detenção: Nunca se inicia no regime fechado. Procedimento processual: O crime ao qual é cominada pena de reclusão será processado de acordo com o procedimento comum ordinário, dentre outras coisas, o réu pode arrolar ate oito testemunhas. já o crime que tenha cominada de detenção o respectivo processo seguirá o procedimento sumário, dentre outras coisas, o réu poderá arrolar até cinco testemunhas. Prisão simples: Terceira subespécie existente em nosso código exclusivamente para contravenção penal, não é crime, mas é um ilícito de natureza criminal. DC. 3688/1941 infrações de menor potencial ofensivo, ou seja, nenhuma delas tem pena máxima cominada maior que dois anos. Ela será cumpridade acordo com três critérios: a) Sem rigor penitenciário; b) Em estabelecimento especial; c) Em regime semiaberto ou aberto. Resumo elaborado por Jefferson N Silva – Professor Gustavo Britta Scandelari Jeffe.n.silva@gmail.com 22 Poder público nunca criou esses estabelecimentos especiais e nunca descreveu o que seria uma pena, a ser cumprida, sem rigor penitenciário, de modo que a pena de prisão simples nunca foi aplicada em nosso país, considerada assim, mesmo estando vigente, é considerada letra morta; as contravenções penais são punidas com penas restritivas de direitos. Regimes de cumprimento Sempre que falamos em regime de execução estamos sempre falando de penas privativas de liberdade. artigo 33, paragrafo 1°, a fechado, b regime semiaberto e c regime aberto. Art. 33 - A pena de reclusão deve ser cumprida em regime fechado, semi- aberto ou aberto. A de detenção em regime semi-aberto ou aberto, salvo necessidade de transferência a regime fechado. § 1º - Considera-se: a) regime fechado a execução da pena em estabelecimento de segurança máxima ou média; b) regime semi-aberto a execução da pena em colônia agrícola, industrial ou estabelecimento similar; c) regime aberto a execução da pena em casa de albergado ou estabelecimento adequado. § 2º - As Penas privativas de liberdade deverão ser executadas em forma progressiva, segundo o mérito do condenado, observados os seguintes critérios e ressalvadas as hipóteses de transferência a regime mais rigoroso: a) o condenado a pena superior a oito anos deverá começar a cumpri-la em regime fechado; b) o condenado não reincidente, cuja pena seja superior a quatro anos e não exceda a oito, poderá, desde o princípio, cumpri-la em regime semi- aberto; c) o condenado não reincidente, cuja pena seja igual ou inferior a quatro anos, poderá, desde o início, cumpri-la em regime aberto. § 3º - A determinação do regime inicial de cumprimento da pena far-se-á com observância dos critérios previstos no art. 59 deste código. Perda de bens Como efeito da condenação criminal: Não é uma pena; a perda de bens com efeito da condenação criminal está disciplinada no artigo 91 do código penal, II, a e b. Art. 91 - São efeitos da condenação: (...) II - a perda em favor da União, ressalvado o direito do lesado ou de terceiro de boa fé: a) dos instrumentos do crime, desde que consistam em coisas cujo fabrico, alienação, uso, porte ou detenção constitua fato ilícito; b) do produto do crime ou de qualquer bem ou valor que constitua proveito auferido pelo agente com a prática do fato criminoso. Resumo elaborado por Jefferson N Silva – Professor Gustavo Britta Scandelari Jeffe.n.silva@gmail.com 23 Perde para a união: Os produtos do crime e instrumentos do crime. Proveitos, como fruto do crime. Objetos usados para o crime Art. 43 - As penas restritivas de direitos são: I - prestação de serviços a comunidade; II - interdição temporária de direitos; III - limitação de fim de semana. Art. 44. As penas restritivas de direitos são autônomas e substituem as privativas de liberdade, quando: I – aplicada pena privativa de liberdade não superior a quatro anos e o crime não for cometido com violência ou grave ameaça à pessoa ou, qualquer que seja a pena aplicada, se o crime for culposo; II – o réu não for reincidente em crime doloso; III – a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade do condenado, bem como os motivos e as circunstâncias indicarem que essa substituição seja suficiente. § 1o (VETADO) § 2o Na condenação igual ou inferior a um ano, a substituição pode ser feita por multa ou por uma pena restritiva de direitos; se superior a um ano, a pena privativa de liberdade pode ser substituída por uma pena restritiva de direitos e multa ou por duas restritivas de direitos. § 3o Se o condenado for reincidente, o juiz poderá aplicar a substituição, desde que, em face de condenação anterior, a medida seja socialmente recomendável e a reincidência não se tenha operado em virtude da prática do mesmo crime. § 4o A pena restritiva de direitos converte-se em privativa de liberdade quando ocorrer o descumprimento injustificado da restrição imposta. No cálculo da pena privativa de liberdade a executar será deduzido o tempo cumprido da pena restritiva de direitos, respeitado o saldo mínimo de trinta dias de detenção ou reclusão. § 5o Sobrevindo condenação a pena privativa de liberdade, por outro crime, o juiz da execução penal decidirá sobre a conversão, podendo deixar de aplicá-la se for possível ao condenado cumprir a pena substitutiva anterior. Art. 45. Na aplicação da substituição prevista no artigo anterior, proceder-se-á na forma deste e dos arts. 46, 47 e 48. (...) § 3o A perda de bens e valores pertencentes aos condenados dar-se-á, ressalvada a legislação especial, em favor do Fundo Penitenciário Nacional, e seu valor terá como teto – o que for maior – o montante do prejuízo causado ou do provento obtido pelo agente ou por terceiro, em consequência da prática do crime. Prestação de serviços à comunidade ou a entidades públicas Art. 46. A prestação de serviços à comunidade ou a entidades públicas é aplicável às condenações superiores a seis meses de privação da liberdade. Resumo elaborado por Jefferson N Silva – Professor Gustavo Britta Scandelari Jeffe.n.silva@gmail.com 24 § 1o A prestação de serviços à comunidade ou a entidades públicas consiste na atribuição de tarefas gratuitas ao condenado. § 2o A prestação de serviço à comunidade dar-se-á em entidades assistenciais, hospitais, escolas, orfanatos e outros estabelecimentos congêneres, em programas comunitários ou estatais. § 3o As tarefas a que se refere o § 1o serão atribuídas conforme as aptidões do condenado, devendo ser cumpridas à razão de uma hora de tarefa por dia de condenação, fixadas de modo a não prejudicar a jornada normal de trabalho. § 4o Se a pena substituída for superior a um ano, é facultado ao condenado cumprir a pena substitutiva em menor tempo (art. 55), nunca inferior à metade da pena privativa de liberdade fixada. Interdição temporária de direitos Art. 47 - As penas de interdição temporária de direitos são: I - proibição do exercício de cargo, função ou atividade pública, bem como de mandato eletivo; II - proibição do exercício de profissão, atividade ou ofício que dependam de habilitação especial, de licença ou autorização do poder público; III - suspensão de autorização ou de habilitação para dirigir veículo. IV – proibição de freqüentar determinados lugares Limitação de fim de semana Art. 48 - A limitação de fim de semana consiste na obrigação de permanecer, aos sábados e domingos, por 5 (cinco) horas diárias, em casa de albergado ou outro estabelecimento adequado. Parágrafo único - Durante a permanência poderão ser ministrados ao condenado cursos e palestras ou atribuídas atividades educativas. Como pena: É uma pena restritiva de direitos, prevista no código penal nos artigos 43, II e 45 §3°, se o efeito da condenação procura recair sobre bens que tenha tido alguma relação com o crime a pena restritiva de direitos de perda de bens e valores não tem nenhuma vinculação com o fato criminoso praticado, na pratica a pena de perda de bens é um confisco do patrimônio do condenado. Por exemplo; crime contra a honra, crime de injúria, neste caso o juiz da uma pena restritiva de direitos e dentro desta escolhe a perda restritiva de direitos, e determina que o réu pague um valor, que ele acha que seja compatível, e o réu deve pagar este ao fundo de penitenciaria nacional. Salientasse que não se punesó com dinheiro pode ser bens; esta pena está em desuso também, na pratica o juiz busca o entendimento entre as partes, fazendo com que o réu pague para o autor mesmo. Restritivas de direitos; Código penal artigos 43 a 48. Jose Antônio B. Boschi: Estas penas se fundamentam na ideia de que autores de fatos típicos .... Genéricas: Significa que são aplicáveis para qualquer tipo de crime, independentemente de sua natureza ou gravidade desde que atendidos Resumo elaborado por Jefferson N Silva – Professor Gustavo Britta Scandelari Jeffe.n.silva@gmail.com 25 requisitos legais específicos, ou seja, não são cominadas ao lado de cada tipo penal. Autônoma: Significa que elas não se aplicam cumulativamente com penas privativas de liberdade. Substitutiva: Significa que são aplicadas em substituição a uma pena privativa de liberdade. Espécies de penas restritivas de direitos, INCISOS DO ARTIGO 43. De multa; CP 49 a 51. SEÇÃO III DA PENA DE MULTA Multa Art. 49 - A pena de multa consiste no pagamento ao fundo penitenciário da quantia fixada na sentença e calculada em dias-multa. Será, no mínimo, de 10 (dez) e, no máximo, de 360 (trezentos e sessenta) dias- multa. § 1º - O valor do dia-multa será fixado pelo juiz não podendo ser inferior a um trigésimo do maior salário mínimo mensal vigente ao tempo do fato, nem superior a 5 (cinco) vezes esse salário. § 2º - O valor da multa será atualizado, quando da execução, pelos índices de correção monetária. Pagamento da multa Art. 50 - A multa deve ser paga dentro de 10 (dez) dias depois de transitada em julgado a sentença. A requerimento do condenado e conforme as circunstâncias, o juiz pode permitir que o pagamento se realize em parcelas mensais. § 1º - A cobrança da multa pode efetuar-se mediante desconto no vencimento ou salário do condenado quando: a) aplicada isoladamente; b) aplicada cumulativamente com pena restritiva de direitos; c) concedida a suspensão condicional da pena. § 2º - O desconto não deve incidir sobre os recursos indispensáveis ao sustento do condenado e de sua família. Conversão da Multa e revogação Modo de conversão. Art. 51 - Transitada em julgado a sentença condenatória, a multa será considerada dívida de valor, aplicando-se-lhes as normas da legislação relativa à dívida ativa da Fazenda Pública, inclusive no que concerne às causas interruptivas e suspensivas da prescrição. § 1º - e § 2º -(Revogado pela Lei nº 9.268, de 1º.4.1996) Multa consiste no pagamento ao fundo penitenciário calculados em dias multas. Podem ser cominadas, isoladas ou cumulativamente (PENA + MULTA ou PENA ou MULTA: sendo o juiz estabelecendo o limite e o mínimo da pena multa). Resumo elaborado por Jefferson N Silva – Professor Gustavo Britta Scandelari Jeffe.n.silva@gmail.com 26 - Aplicado com um sistema próprio DIASMULTA. - Se leva em conta a condição financeira do réu. (49 CAPUT e §1° CP). - mínimo de um 1/30 do maior salário mínimo vigente na época dos fatos até 5x o valor deste salário mínimo. - 0 a 360 (dias). - Multiplica o valor da multa estabelecida pelo número de dias (paragrafo 1° artigo 60) permite ainda, que o valor máximo não for o suficiente para reprovar o réu o juiz poderá triplicar este valor, e se mesmo assim não for suficiente da para fazer mais 10 vezes kk 4. Cominação da pena Dinamismo: 1) Cominação: - Legislativo Regis Prado = É a fixação abstrata da sansão penal e de seus respectivos marcos. Cominação legal da pena. Pena abstrata. A cominação tem referência legal no artigo 53 CP Principio: Individualização da pena 5° XLVI CF. Cominação pode ocorrer de 3 formas: Isolada: Exemplo é o artigo 121 do CP. Cominação de um único tipo de pena. Cumulativa: Exemplo é o artigo 155 do CP. Tem a pena cominada, reclusão e multa, uma + uma. Alternativa: 147 CP. Uma pena OU outra. Essa é a primeira etapa do dinamismo. 2) Aplicação: - Judiciário Aplicará a pena em atenção ao artigo 59 do CP, CAPUT, I, II, III e IV. Determinação Legal da pena ou da medida de segurança. Principio da individualização, mas aqui a individualização é da pena em relação ao fato concreto praticado por um autor especifico. Pena aplicada. 3) Execução: - Judiciário auxiliado pelo poder Executivo Está faze é regida pela LEP 7210/84 O executivo participa, por exemplo, por meio da participação de agentes penitenciários, diretores de estabelecimentos prisionais, assistentes sociais, médicos forenses etc. Relevância: Função que cumpre a cominação em nosso sistema. 1 Parâmetro de pre-determinação do “QUANTUM” da pena. Indiretamente isso consta no regime da pena. 2 função Separar as penas privativas de liberdades e as multas das restritivas de direito. Resumo elaborado por Jefferson N Silva – Professor Gustavo Britta Scandelari Jeffe.n.silva@gmail.com 27 Porque as restritivas de direitos são as únicas que independem de cominação. art. 54 CP. (organização). 3 Função de identificar a gravidade de cada crime, separando os crimes de contravenções penais. 5. Classificação das contravenções penais segundo a pena comina 1. Infrações penais de menor potencial ofensivo (9099/95, art. 61): Crimes e contravenções penais cuja pena máximo seja 1 ano (isso era antes mais mudou com a lei 10259/01) Aumentou o limite de 1 a 2 anos ou multa (alternativa); mas ai vêm a lei 11313/06 e muda a bagaça de novo, estabelecendo uma diferença na forma de cominação, ou seja, o limite continuou sendo de pena máxima de até 2 anos, mas cumulada ou não com multa. Medidas despenalizadora Ou seja, antes era alternativa e agora é cumulativa ou não. Exemplos: Todas as contravenções penais, ameaça, todos os crimes contra a hora, uso de drogas etc. 2. Infrações de médio potencial ofensivo (L. 9099/95, art. 89) Prevê um beneficio que se chama suspensão condicional do processo. Pena mínima cominada não seja maior que um ano, são crimes de médio potencial ofensivo. Exemplos: Homicídio culposo, furto simples, estelionato, apropriação indébita etc. Sursis processual. 3. Infrações penais graves: Feita por exclusão: Será crime grave todo aquele que não for infração de menor, médio potencial ofensivo ou crime hediondo. Esses crimes são processados, comumente, no procedimento comum ordinário, CPP 394, § 1°, I. Exemplos: Homicídio doloso, roubo, extorsão, sonegação fiscal, corrupção etc. 4. Crimes Hediondos (l. 8072/90). Penas mais altas, mais graves. Artigos 1° e 2° = os definem e os equiparados. Restrições: insuscetíveis de anistia, graça, induto e fiança. art. 5° XLIII CF. Regra diferenciada para progressão de regime: Ao invés de cumprir 1/6 para isso, deverá cumprir 2/5 se for primário, caso seja reincidente deverá cumprir 3/5. Resumo elaborado por Jefferson N Silva – Professor Gustavo Britta Scandelari Jeffe.n.silva@gmail.com 28 (na redação original da lei o regime seria integralmente fechado e não tinham direito a liberdade provisória, mas a lei 1144/09 cancelou essas coisas). 7. Dosimetria da pena Visão Panorâmica do SISTEMA TRIFÁSICO Art. 59 - O juiz, atendendo à culpabilidade, aos antecedentes, à conduta social, à personalidade do agente, aos motivos, às circunstâncias e consequências do crime, bem como ao comportamento da vítima, estabelecerá, conforme seja necessário e suficiente para reprovação e prevenção do crime: I - as penas aplicáveis dentre as cominadas; II - a quantidade de pena aplicável, dentro dos limites previstos; III - o regime inicial de cumprimento da pena privativa de liberdade; IV - a substituição da pena privativada liberdade aplicada, por outra espécie de pena, se cabível. Cálculo da pena Art. 68 - A pena-base será fixada atendendo-se ao critério do art. 59 deste Código; em seguida serão consideradas as circunstâncias atenuantes e agravantes; por último, as causas de diminuição e de aumento. 8. Sentença Penal Condenatório Aqui que se veja a dosimetria: Na sentença condenatória deve ter um tópico para a dosimetria. Requisitos: Relatório (CPP 381, I e II): Resumo dos fatos e dos atos processuais. Fundamentação ou motivação (art. 93, IX e CPP 381, III e IV): Nesse momento que o juiz realiza a subsunção dos fatos a norma, escolhe as teses mais convincentes e expõe com clareza as razões do seu convencimento. Parte dispositiva ou dispositivo da sentença (CPP 381, V): Aqui que o juiz indica os tipos penais que incidiu o autor e incluída na parte dispositiva da sentença está a dosimetria da pena, com referência legais básicas no artigo 59 e 68 CP. Na dosimetria da pena que o juiz estabelece o QUANTUM da pena, dispõe sobre concurso de crimes, regimes de execução, penas restritivas ou sursis. Resumo elaborado por Jefferson N Silva – Professor Gustavo Britta Scandelari Jeffe.n.silva@gmail.com 29 Autentificava (38, VI CP): Requisito meramente formal que obriga o juiz a declarar ao final da sentença o lugar, o dia, mês, ano que a sentença foi proferida e sua identificação com sua assinatura. 9. Alguns princípios atinentes à dosimetria das penas a) Legalidade: Aplicar apenas o que está previsto em lei. b) Motivação: Toda decisão deve ser motivada, ou seja, clara, explicada com todos os detalhes e razões que levou o juiz proferir tal sentença. c) Individualização da pena (CF, ART. 5° XlVI) Tem que explicar onde, quando, a conduta do réu se adequou aos requisitos da pena. 10. Critério trifásico (CP, art. 68) São três fases, e cada uma das fases estão previstas em cada uma das “frases” do artigo 68. A) Opção legislativa: 1. A pena base será fixada de acordo com os critérios do artigo 59 CAPUT do CP, está é a primeira fase da dosimetria. 2. Em seguida serão consideradas as agravantes e atenuantes, que localiza a pena provisória, está é a segunda fase da dosimetria. 3. Por último, as causas de diminuição e de aumento, está é a terceira e última fase da dosimetria, que localiza a pena definitiva. Nem sempre foi assim. Antes era bifásico sendo que na primeira fase o juiz aplicava simultaneamente as circunstâncias judiciais e as agravantes e atenuantes e na segunda fase, que era a ultima, aplicava as causas de aumento e diminuição e estabeleciam o regime inicial de cumprimento da pena. Por quase 40 anos foi assim ate que no final da dec. de 70 até o inicio de 80, Nelson Hungria, que tinha sido ministro, tinha formulado o método diferente que segundo ele a pena seria aplicada com maior clareza = método trifásico. Logo: A primeira fase: Analise das circunstâncias judicias = analise do artigo 59 CAPUT CP, o juiz parte do mínimo legal e localiza a pena base. E, na segunda fase partirá da pena base, localizada no final da primeira fase, analisando as circunstâncias agravantes e atenuantes, previstas nos artigos 61 a 66 CP. Depois de analisar todas elas, o juiz irá localizar a pena provisória, logo se não tiver agravante ou atenuante, a pena provisória será igual a base. Resumo elaborado por Jefferson N Silva – Professor Gustavo Britta Scandelari Jeffe.n.silva@gmail.com 30 A terceira fase se inicia da pena provisória, e, nesta fase, o juiz analisa as fases de especial aumento, ou majoram-te, da pena e as causas de especial diminuição, ou minoram-te, da pena para localizar a pena definitiva. Dosimetria consiste em entender os critérios de diminuição ou aumento da pena em cada uma dessas fases. Os incisos do artigo 59 diz mais do que a dosimetria. I – Diz que o juiz deve escolher o tipo de pena, quando são alternativas, entre aquelas de prisão ou multa, pois não pode aplicar as duas. II – Aqui já é a dosimetria, referencia ao artigo 68. III- aqui já acabou a dosimetria, e então o juiz deve estabelecer o regime especial de cumprimento da pena. IV- A lei faculta ao juiz substituir a pena privativa de liberdade por uma pena restritiva de direitos. B) Pena Base: Primeira fase da dosimetria, referencia legal 59 CAPUT CP, Previstas as circunstâncias judicias, sendo o número de 8, e o juiz deve analisar todas. C) Pena provisória: Segunda fase da dosimetria, 61 a 66 CP. Somente, após analisar todas consequências de agravantes e atenuantes, naquele caso concreto, que o juiz deverá dizer a pena provisória. Localizados na parte geral do código penal. D) Pena Definitiva: Analise de majoram-te ou minoram-te da pena, sendo previstas na parte geral do código penal artigos primeiros até o 120 e na parte especial também, - genérica quando consta na parte geral e especifica quando constar na parte especial - e também em leis especiais, ou seja, leis fora do código penal. Antes era assim: Sistema absoluta determinação: Código criminal de 1830: Extremo legalismo, o juiz simplesmente declarava a lei, que dizia exatamente a pena de cada crime, cada crime tinha uma pena já fixada na lei, e o juiz dizia, você cometeu este crime e a pena é está. Sistema absoluta indeterminação: Porque o juiz, Estado, podia praticamente inventar a pena de cada crime, tinha pena de morte, açoite, penas cruéis, mas não havia em lugar nenhum escrito qual pena era pra qual crime. Era o arbítrio desvinculado do juiz. Sistema da relativa determinação (vige hoje): Em que a lei concede ao juiz espaços, limitados, dentro dos quais ele pode agir discricionariamente, ou seja, respeitando os limites dados pela lei. Resumo elaborado por Jefferson N Silva – Professor Gustavo Britta Scandelari Jeffe.n.silva@gmail.com 31 C) Discricionariedade X Arbitrariedade: Discricionário: Autonomia, que respeita a constituição e a lei. Arbitrariedade: Sinônimo de arbítrio = abuso, desrespeito, excesso, ou seja, autonomia do juiz que excedeu o limite legal. Agora fudeu, começa a dosimetria: 1. Primeira fase: pena-base – 59, II. a) Circunstâncias judiciais: Características inerentes ao fato praticado, compreendendo desde a pessoa do seu autor passando pelo modo de execução e alcançando até a pessoa da vitima. Réu Execução Fato punível. Diferente de circunstâncias legais: Outro nome pelo qual se conhece agravantes e atenuantes, e a grande diferença entre o vocábulo de legais e circunstâncias na primeira e segunda fase e exatamente a diferença de discricionariedade e arbitrariedade, já que na primeira fase o juiz que vera o tempo de pena e o significados das palavras, verificar se as circunstâncias judicias existem ou não naquele caso concreto, ou seja, aqui na primeira fase da dosimetria é onde o juiz tem a maior liberdade em toda dosimetria, e já na segunda fase, agravantes e atenuantes, estás sim estão previstas na lei e com a quantidade de pena prevista também para cada uma dela, sendo limitada e o juiz não pode fugir disto, nem inventar, ou seja, as circunstâncias legais. As Circunstâncias judicias são dividas em Subjetivas e objetivos: Subjetiva: Pessoalidade, pessoa do réu. Objetiva: Ao fato que ele praticou. (consequências do crime, circunstâncias do crime). B) Princípios relativos a pena-base: Individualização da pena: 5° XLVI CF: XLVI - a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as seguintes: a) privação ou restrição da liberdade; b) perda de bens; c) multa; d) prestação social alternativa; e) suspensão ou interdição de direitos; Motivação: Exigênciada explicitude, da clareza e da precisão. Proibição “ME - BIS IN IDEM -”: Valorar o mesmo fato duas ou mais vezes. Resumo elaborado por Jefferson N Silva – Professor Gustavo Britta Scandelari Jeffe.n.silva@gmail.com 32 2. Circunstâncias judicias Todas estão previstas no ariticog59 CAPUT, totalizando 8. Aníbal bruno: “As circunstâncias judiciais vêm de fora da figura típica como alguma coisa que se acrescenta ao crime já configurado para impor-lhe a marca de maior ou menor culpabilidade”. Fixação da pena Art. 59 - O juiz, atendendo à culpabilidade1, aos antecedentes2, à conduta social3, à personalidade do agente4, aos motivos5, às circunstâncias6 e consequências do crime7, bem como ao comportamento da vítima8, estabelecerá, conforme seja necessário e suficiente para reprovação e prevenção do crime: I - as penas aplicáveis dentre as cominadas; II - a quantidade de pena aplicável, dentro dos limites previstos; III - o regime inicial de cumprimento da pena privativa de liberdade; IV - a substituição da pena privativa da liberdade aplicada, por outra espécie de pena, se cabível. HC 227302 STJ São circunstâncias: A) Culpabilidade: A culpabilidade é a medida da pena, artigo 29 CP, ou seja, de acordo com a culpa da pessoa a pena será definida. Logo, entenda-se grau culpabilidade, de acordo com a maior ou menor reprovação do delito a pena será maior ou menor. Alguns compreendem como objeto de exame e intensidade do dolo e a gravidade da culpa, como a premeditação do crime doloso e a culpa grave. Juarez cirino dos Santos faz uma critica, dizendo que a palavra CULPABILIDADE no artigo 29 está errada, porquê culpabilidade é algo que constitui o crime, e se não estiver presente não constitui o crime, isso seria redundância, pois não precisa dizer duas vezes a mesma coisa, ou o juiz avaliar novamente o que já existe para medir a pena. Paganela Bosqui, é da corrente contraria, não vê problema nenhum, e diz: A culpabilidade no artigo 29 é a mesma do conceito analítico do crime, e não há nisso nenhuma redundância, porquê em primeiro lugar o juiz constata que o crime existiu – típico, antijurídico e culpável - e em segundo lugar o juiz deve avaliar a gravidade da conduta quando aplica a pena, e se nos lembrarmos do elemento mais aceito da culpabilidade, aquele que equivale a reprovabilidade se pode concordar que a culpabilidade do 59 CP como circunstâncias judiciais é um simples critério dosador da intensidade da reprovabilidade do crime, ou seja, culpabilidade primeiro como elemento do crime = condição de existência, segundo = como critério da dosimetria = critério da intensidade da reprovabilidade. Inovação da doutrina: A “COCULPABILIDADE”. Seria um Estado mais paternalista. Resumo elaborado por Jefferson N Silva – Professor Gustavo Britta Scandelari Jeffe.n.silva@gmail.com 33 “Ao lado do homem culpado por seu fato, existe uma co-culpabilidade da sociedade, ou seja, há uma parte da culpabilidade com a qual a sociedade deve arcar em razão das possibilidades sonegados ... se a sociedade a sociedade não oferece a todos a mesma possibilidades, que assuma a parcela de responsabilidade que lhe incumbe pelas possibilidades que negou ao infrator em comparação com as que proporcionou a outros. O infrator apenas será culpável em razão das possibilidades sociais que se lhe ofereceram” (Zaffaroni) Essa teoria não tem como ser aplicada, pelo menos não aqui no Brasil, pois seria difícil aplica-la com a medida de justiça correta, pois como averiguar na realidade que uma pessoa teve menos chances que outra?... B) Antecedentes: São do autor do fato. Para que o juiz na pena base possa aumentar a pena, ou seja, afasta-la um pouco do mínimo legal, o fato visto como antecedente deverá sempre ter sido praticado antes do crime que está em julgamento e, não obstante, esse fato anterior deve ter motivado uma condenação criminal com transito em julgado. Respeito ao principio de presunção de inocência = 5° LVII CF; Súmula 444 STJ; Artigo 64, I. O réu só pode ser considerado reincidente por 5 anos, após o trânsito em julgado. “Entendemos que, em virtude do principio constitucional da presunção de inocência, somente as condenações em anteriores com trânsito em julgado, que não sirvam para forjar a reincidência, é que poderão ser considerados em prejuízo do sentenciado.” (Rogério Greco). “O louco” do PAGATALA diz que o juiz pode pegar fato de qualquer tempo da vida do réu. Há grande controvérsia acerca do alcance da expressão, antecedente, sendo majoritário no STF que mesmo inquéritos arquivados ou decisões absolutórias configuram maus antecedentes. Na doutrina atual, bem como no entender majoritário do STJ em homenagem ao principio da presunção de inocência, prevalece que apenas decisões absolutórias configuram maus antecedentes. Curioso notar que, partindo dessa premissa, como a reincidência é circunstância legal agravante, apenas as decisões condenatórias com o trânsito em julgado que não gerem reincidência caracterizarão maus antecedentes. Diferença em antecedente e reincidência: Importante, para não cometer o “BIS IN IDEM” – O ponto de partida, para analisar esta bagaça, é o artigo 63 do código penal, que é o conceito de reincidência (que só se avalia na segunda fase da dosimetria). Art. 63 CP; Verifica-se a reincidência quando o agente comete novo crime, depois de transitar em julgado a sentença que, no País ou no estrangeiro, o tenha condenado por crime anterior. Resumo elaborado por Jefferson N Silva – Professor Gustavo Britta Scandelari Jeffe.n.silva@gmail.com 34 Isto exposto; se nota que a diferença, para distinguir o que é antecedente ou reincidência, é o momento do crime, se o autor cometer a o delito antes do transito em julgado da primeira condenação será antecedente, agora se cometeu após o transito em julgado será reincidente, mas importante observar que tanto a recendência quanto o antecedente exige o transito em julgado. Equívoco muito comum aumentar a pena em virtude de maus antecedentes e, depois, em virtude da reincidência. Trata-se de “BIS IN IDEM” sempre afastado pelos tribunais. C) Conduta social O juiz deverá avaliar se o réu é uma pessoa responsável, se tem um trabalho fixo, tem uma vida regrada, é um bom pai, vizinho etc... Provado por testemunhas abonatórias / testemunhas de caráter. É a forma como o sujeito se relaciona em sua comunidade. As informações são normalmente trazidas pelos moradores próximos ou pelos colegas de trabalho. É como se fosse uma avaliação dos antecedentes. D) Personalidade Perfil Psicológico. As variantes que compõem a personalidade podem ser fundamentais para avaliar a reprovabilidade, pois as condições de se dirigir de acordo com a norma podem variar com a importante repercussão da pena. “É inadmissível a existência da circunstância judicial da personalidade do réu porquê o emprego de elementos essencialmente morais desprovidos de significado sem averiguabilidade probatória e consequentemente isentos de possibilidade de refutação empírica”. (Saulo de Carvalho) “A reprovabilidade deve ser do agente, mas pelo que ele fez e não pelo que ele é ou pensa”. (PAGANELA BOSQUI) Pode se confundir com conduta social e/ou antecedentes. Meio preponderante de prova é a testemunhal. E) Motivos do Crime Quando não encontram correspondência nas circunstâncias legais, influenciam como circunstância judicial. “Dependendo do motivo, a conduta será mais ou menos reprovável e indicará qual quantidade de pena que deve receber o réu”. (Gilberto Ferreira) Importante circunstância judicial que é constantemente confundida
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