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Capítulo 1 – O pós-guerra (1945-1955) Giselle Cardoso Pinheiro Ítala de Lima Universidade Federal do Amazonas Faculdade de Estudos Sociais Sumário Contexto Histórico Antecedentes – O Estado Novo (e seu fim) O Governo Dutra O Governo Vargas O Interregno de Café Filho Conclusão Introdução Contexto Histórico ANTECEDENTES: O QUE FOI O ESTADO NOVO No campo político: Golpe de Estado em 10.11.37 com apoio da população e dos militares; Fechou o Congresso Nacional e impôs uma Constituição (Polaca) com características antidemocráticas; regime de caráter populista; Censura geral aos meios de comunicação; Controle dos Sindicatos No campo econômico: Criou uma nova moeda – o Cruzeiro; Modernizou a industrial; realizou investimentos em infraestrutura; criou a CSN – CVRD; No campo social Criou a CLT; carteira do trabalho, salário mínimo, descanso semanal remunerado, jornada de trabalho de oito horas e regulamentação do trabalho feminino de menores de idade; Introdução Contexto Histórico O FIM DO ESTADO NOVO: Final da 2ª Guerra Mundial (1945) e a derrota das nações fascistas; A opinião pública começou a contestar o regime ditatorial varguista; Intelectuais, artistas, profissionais liberais e grande parcela do povo queriam a volta da democracia ao país; A pressão para a renúncia de Vargas aumentava a cada dia; No dia 29 de outubro de 1945, um movimento militar, liderado por generais, depôs do poder Getúlio Vargas. Introdução Contexto Histórico O Governo Dutra (1946-1951) Dutra acreditava numa rápida reorganização da economia mundial, de acordo com os princípios liberais de Bretton Woods. Inflação identificada como o maior problema a ser enfrentado. Mudanças na política econômica: fim do mercado livre de câmbio Adoção do sistema de contingenciamento às importações; Passagem de uma política econômica contracionista e tipicamente ortodoxa para outra com maior flexibilidade nas metas fiscais e monetárias. Crises no balanço de pagamentos levaram a troca do liberalismo pela participação do Estado, com um modelo de desenvolvimento industrial. O Governo Dutra (1946 – 1950) Política Econômica Externa A taxa de câmbio foi mantida em Cr$18-19 por dólar. instituiu controles cambiais e de importações(1947). Sistema de contingenciamento a importações, baseado em licenças prévias*. Permaneceu até a liberalização no Governo Vargas (1951) e, na legislação, até a Instrução 70 da Sumoc, em outubro de 1953. O Governo Dutra (1946 – 1950) Como resultado da combinação de controles sobre as importações e expansão real do crédito ao setor manufatureiro, entre 1946 e 1950 a produção real da indústria de transformação aumentou em pouco mais de 42% (%a.a.), mas ainda assim, as importações representavam 40% da oferta doméstica no setor de Material Elétrico, 51% no de Material de Transporte e 18% na Metalurgia. Entretanto, esses três setores juntos correspondiam a menos de 10% do valor industrial adicionado no início da década de 1950. Plano Salte*. O Governo Dutra (1946 – 1950) Política Econômica Interna Inflação identificada como maior problema a ser enfrentado, como consequência do excesso de demanda agregada. A sua eliminação se daria através de uma política monetária contracionista e de política fiscal austera. No mesmo ano, o Banco do Brasil apresentou crescimento real de 4%. Ano Inflação 1945 11% 1946 22% 1947 2,7% 1948 8,0% 1949 12,3% 1950 12,4% Ano Cresc. PIB 1948 9,7% 1949 7,7% 1950 6,8% 8 O Governo Dutra (1946 – 1950) A reversão na política econômica no fim do Governo Dutra tem basicamente três motivações: Proximidade das eleições presidenciais; Aumento da demanda do setor industrial; Desvalorização de outras moedas. O Governo Vargas (1951 – 1954) Projeto de Governo Estabilização da Economia (fase Campos Sales). Empreendimentos e realizações (fase Rodrigues Alves). Criação do BNDE e PETROBRÁS. O Governo Vargas (1951 – 1954) Colapso cambial de 1951-1952 Taxa de câmbio fixa e sobrevalorizada regime de concessão de licenças para importar frouxo. essa orientação liberalizante acarretou queda de 20% na receita das exportações em 1952. governo limitou a concessão de licenças de importação, porém, estas tinham entre 6 e 12 meses de vida útil, e o nível das importações efetivas permaneceu bastante elevado gerando um déficit na balança comercial. O Governo Vargas (1951 – 1954) Osvaldo Aranha tentou estabilizar a economia privilegiando o ajuste cambial. Os problemas eram: situação cambial e o financiamento do déficit público sem emissão de moeda e expansão de crédito. Instrução 70 da Sumoc, 1953: Principais mudanças com a Instrução 70 da Sumoc: Monopólio cambial do Banco do Brasil. Extinção do controle quantitativo das importações e a instituição de leilões de câmbio. Sistema de bonificações sobre a taxa oficial de exportações. O Governo Vargas (1951 – 1954) Três tipos de cobertura cambial: Taxa oficial sem sobretaxa. Taxa oficial com sobretaxa fixa. Taxa oficial com sobretaxa variável. Essas taxas múltiplas de câmbio permitiram: Realização de amplas desvalorizações cambiais Manutenção de uma política de importação seletiva. Proteção a produção industrial doméstica. O Governo Vargas (1951 – 1954) Dificuldades de realizar uma política fiscal austera. Crescimento da indústria. Aumento no PIB e aumento na inflação. Novas dificuldades: salários e café. Em 1954 Getúlio Vargas anunciou o aumento de 100%. Queda nas exportações do café, pelo boicote dos consumidores dos EUA. Morte de Vargas e posse de Café Filho. O Interregno de Café Filho (1954 – 1955) Enfrentar grave situação cambial. Gudin desejava remover os obstáculos à livre entrada de capital estrangeiro. Instrução 113 da Sumoc. CACEX (Carteira de Comércio Exterior) autorizado a emitir licenças de importação para equipamentos e bens de produção. O Interregno de Café Filho (1954 – 1955) José Maria Whitaker. Criticava o regime de taxas múltiplas de câmbio. Abandonou a política de contenção de crédito e permaneceu no plano da retórica. Unificou as taxas de câmbio. Aprovação do FMI (Fundo Monetário Internacional) do projeto de reformulação do sistema cambial brasileiro. Café Filho encaminhou o projeto para o Congresso Nacional. Proposta foi rejeitada. Mário Câmara. Balanços e Conclusões Principal legado do período pós-guerra foi o reforço da industrialização baseada na substituição de importações e na continuidade de um nacionalismo de cunho pragmático. Balanços e Conclusões Balanços e Conclusões
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