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Plano de Aula: GESTÃO DE ORGANIZAÇÕES JORNALÍSTICAS - REPORTAGEM, ENTREVISTA E APURAÇÃO JORNALÍSTICA SEMINÁRIOS INTEGRADOS EM JORNALISMO - CCA0650 Título GESTÃO DE ORGANIZAÇÕES JORNALÍSTICAS - REPORTAGEM, ENTREVISTA E APURAÇÃO JORNALÍSTICA Número de Aulas por Semana Número de Semana de Aula 10 Tema Unidade 5 - Principais tópicos de disciplinas técnicas PLANEJAMENTO VISUAL EM JORNALISMO, FOTOJORNALISMO, EDIÇÃO EM JORNALISMO Objetivos Situar a prática profissional no contexto contemporâneo das empresas jornalísticas Reforçar o perfil multimídia e multitarefa do jornalista do século XXI Destacar aspectos da cobertura jornalística para os diversos meios, com ênfase em técnicas de reportagem, de entrevista e de apuração Estrutura do Conteúdo Com relação à gestão de organizações jornalísticas deve-se destacar que cada vez mais as empresas de comunicação se estruturam de modo a produzir diversos veículos com equipes de reportagem multitarefa. Tanto a notícia como a reportagem devem ser planejadas desde a pauta como cobertura jornalística que poderá gerar produtos informacionais a serem veiculados em diferentes mídias (impressa, rádio, TV e internet) e para públicos diversos (jornalismo de referência, jornalismo popular, imprensa feminina, jornalismo especializado, etc). Nesse sentido, deve-se perceber que as equipes de produção noticiosa oscilam entre a especialização (no caso dos repórteres de veículos especializados) e o profissional multitarefa (veículos de informação geral). Destaca-se ainda que com o advento e popularização das novas tecnologias, surgem jornalistas cada vez mais autônomos e independentes da estrutura da empresa jornalística bem como ?cidadãos repórteres?, que ao produzirem conteúdo informativo, geralmente de forma colaborativa, disputam espaço noticioso nos veículos jornalísticos em qualquer uma das mídias. Nesse contexto, pode-se destacar a experiência do OhmyNews, criado em 2000, com o franco objetivo de defender pontos de vista liberais na Coréia do Sul, sob a defesa já mencionada de que ?todo cidadão é um repórter? (Brambilla, 2006, p. 100). Outras experiências nesse sentido se seguiram, muitas delas no Brasil e, por vezes, vinculadas aos grandes conglomerados de comunicação. A maior parte dos autores, especialmente os jornalistas de formação, advogam que a informação jornalística deve ser mediada por profissionais, Brambilla pontua que o Ohmynews assim como o que considera jornalismo colaborativo é ?jornalismo fundamentado, com profissionais editando e selecionando o conteúdo produzido por cidadãos repórteres do mundo inteiro?, disponível em http://anabrambilla.com/blog/2010/02/28/ohmynews-completa-10-anos/ Sendo assim, cabe destacar a importância das técnicas de reportagem, entrevista e apuração jornalística, situando a importância da seleção das fontes (e sua classificação entre oficiais e oficiosas). O respeito à ética profissional no sentido de preservação das fontes e da informação em off. E, ainda a relevância de buscar fontes que tragam diversos aspectos de um mesmo fato jornalístico no sentido de construir um relato baseado em fatos reais e, preferencialmente, com o maior senso de objetividade possível. Percebe-se que, até hoje, as regras básicas da atividade profissional exigem no texto noticioso a obediência ao lead americano e impõem uma narrativa ancorada no texto verbal, pretensamente imparcial e objetivo. Contudo cada meio possui as suas especificidades quanto ao Planejamento de cobertura jornalística. Nesse aspecto deve-se destacar as diferenças de planejamento de cobertura para cada um dos meios, destacando-se aqueles que se baseiam na imagem (televisão), na linguagem oral e no imediatismo (rádio), nas constantes atualizações (internet) e no aprofundamento e nas análises contextuais (mídia impressa) Aplicação Prática Teórica Sugestões de questões a serem trabalhadas em aula (Simulado 2012) Questão 1 Embora não haja consenso, a especialização no jornalismo é discutida por autores, a exemplo de Mário Erbolato (1981), como sendo menos uma questão de conteúdos ou de público, e mais uma questão ligada a uma nova metodologia do trabalho jornalístico, fundadora de novos produtos (no sentido de notícias e textos). Nesse sentido, estamos diante da relação que o jornalismo especializado mantém com o jornalismo segmentado. Isto porque: I - A especialização é definida pela segmentação do veículo jornalístico. II - A especialização é definida pela política editorial e a segmentação ao público. III- A especialização é definida pela profundidade da cobertura. A partir das assertivas acima, assinale a alternativa CORRETA: A As alternativas I e II são CORRETAS e a III é FALSA. B As alternativas I e III são CORRETAS e a II é FALSA. C As alternativas II e III são CORRETAS e a I é FALSA. D A alternativa II é CORRETA e a I e III são FALSAS. E A alternativa III é CORRETA e a I e II são FALSAS. Questão 2 Na pesquisa jornalística, o repórter dispõe dos sites de busca na internet, da citação de autores e seus livros, da apuração do que foi dito em matérias anteriores de jornais e revistas e até de temática de filmes. No entanto, tem havido um uso indiscriminado dos textos da internet, indicados por pesquisas em sites de busca. Esses textos, na maioria, não têm o formato nem a qualidade de um texto jornalístico. É CORRETO afirmar que: A Nas diversas modalidades da pesquisa jornalística é imprescindível verificar a exatidão das informações. B As informações contidas no texto de pesquisa reproduzem, na integralidade, as fontes consultadas. C As pesquisas realizadas nos livros são mais confiáveis do que as realizadas em jornais e revistas. D As fontes apuradas na internet são confiáveis e precisam ser referenciadas. E Os sites de busca constituem o roteiro principal da pesquisa jornalística. Questão 3 O assassinato do jornalista investigativo Tim Lopes, por traficantes, desencadeou: A Uma onda de reportagens investigativas provocadas por denúncias de criminosos de facções rivais à de seus algozes. B Um movimento frenético nas redações pelo trabalho de apuração de matérias cuja investigação incorra em riscos. C O aumento da produção de reportagens cujo processo de apuração seja concluído apenas meses depois de seu início. D O início das discussões sobre os limites da investigação jornalísticas e os custos-benefícios da ambição dos repórteres. E A generalização do uso de recursos tecnológicos como microfones e câmeras escondidas na apuração dos fatos. Questão 4 Considere as afirmações abaixo: I - É importante que os jornalistas tenham suas próprias fontes, mas jamais deve se submeter a elas. II- Para conseguir informações exclusivas e de interesse público, o jornalista pode oferecer vantagens para a fonte. III - O jornalista deve respeitar o direito à privacidade da fonte, veiculando apenas fatos que ocorram em lugar aberto. IV - Caso a fonte se negue a dar entrevista, o jornalista não poderá fazer sua matéria. V - O jornalista não deve colocar em risco a integridade da fonte. VI - É dever do jornalista denunciar quaisquer formas de corrupção independente da posição social da fonte. Assinale a opção que indica as afirmações INCORRETAS: A I, II e III. B II, III e IV C II e III. D I, V e VI. E I e V. Questão 5 A morte de um ex-presidente da república é uma oportunidade importante para uma emissora de rádio mostrar sua presença e força na cobertura do fato. Normalmente, o corpo é velado em um local público e, depois, segue para o cemitério ou cremação. Tudo é acompanhadode perto por autoridades, políticos, empresários e a população. Apresente uma proposta de cobertura incluindo reportagens especiais. O comunicador, do estúdio, vai comandar toda a equipe de repórteres e produtores da emissora (em um evento desse porte, é preciso mobilizar todas as equipes). Caberá aos produtores, convocar convidados para o programa especial: cientistas políticos e autoridades que vão analisar a importância do político para a cidade natal e para o País. Se o ex-presidente era carismático e tinha alcance popular, seria muito interessante abrir para a participação dos ouvintes via telefone. Do estúdio, o comunicador irá ancorar toda a equipe de repórteres - parte deles preparou material especial com a trajetória histórica da autoridade, os principais feitos da carreira política, enquanto os outros jornalistas estarão nas ruas trazendo todas as novidades e notícias sobre o velório do ex-presidente. Os principais visitantes serão ouvidos, assim como a população. Também a programação com o trajeto do corpo, enterro ou cremação precisa ser informada a cada momento. É importante intercalar as atrações: hora estúdio, hora ruas para que o programa fique dinâmico e atrativo de se escutar. " Questão 6 A Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016 serão realizados no Brasil. Considere que você foi incumbido da elaboração de um caderno especial, da editoria de esportes, de um tabloide. O tema do caderno será: ""As chances de nossos atletas e equipes em 2014 e 2016"". Formule as pautas e planeje a cobertura a ser feita, considerando que: A) O caderno terá 12 páginas. B) O público-alvo é a classe C. " O estudante deverá apresentar a caracterização de uma proposta de caderno impresso considerando argumentação coerente, lógica, pertinência da percepção de pauta, do recorte editorial ao tema proposto, além de tamanho, formato e público alvo indicados no enunciado. " Questões da Trensurb 2009 1. No sentido de classificar as reportagens, Muniz Sodré e Maria Helena Ferrari (1986) propõem três modelos fundamentais assim definidos: 1. ?trata-se do relato objetivo dos acontecimentos, que obedece na redação à forma da pirâmide invertida? 2. ?é o relato mais ou menos movimentado, que começa sempre pelo fato mais atraente, para ir descendo aos poucos na exposição dos detalhes. O importante (...) é o desenrolar dos acontecimentos de maneira enunciante, próxima do leitor, que fica envolvido com a visualização das cenas como num filme.? 3. ?é o relato documentado, que apresenta os elementos de maneira objetiva, acompanhados de citações que complementam e esclarecem o assunto tratado?. Essas definições correspondem respectivamente a: a. Reportagem documental, reportagem-conto e reportagem de ação; b. Reportagem de ação, reportagem-crônica e reportagem de fatos; c. Reportagem de fatos, reportagem de ação e reportagem documental; d. Reportagem de ação, reportagem de fatos e livro-reportagem; e. Livro-reportagem, reportagem de ação e reportagem de fatos. 2. Para Cremilda Medina (2005), numa classificação sintética da entrevista na comunicação coletiva, distinguir-se-iam dois grupos: as entrevistas que buscam espetacularizar o ser humano e as que esboçam a intenção de compreendê-lo. Como subgêneros do segundo grupo, encontramos a entrevista a. humanizada, na qual o repórter incita o entrevistado contar situações que o caracterizem como uma personalidade singular, excêntrica e exótica; b. investigativa, na qual a função do entrevistador é polemizar e confrontar a opinião de diversos entrevistados sobre um mesmo assunto; c. em profundidade, na qual a postura maniqueísta do repórter força o(s) entrevistado(s) a prestar declarações que facilitem o trabalho da justiça; d. intelectualizada, na qual um filósofo, sociólogo, cientista ou economista analisa de modo irônico comportamentos típicos do público menos letrado; e. enquete, na qual o tema é fundamental e busca-se de modo aleatório mais de uma fonte para depor em relação ao assunto em pauta.
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