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Plano de Aula: JORNALISMO IMPRESSO, TELEJORNALISMO, RADIOJORNALISMO E CIBERJORNALISMO SEMINÁRIOS INTEGRADOS EM JORNALISMO - CCA0650 Título JORNALISMO IMPRESSO, TELEJORNALISMO, RADIOJORNALISMO E CIBERJORNALISMO Número de Aulas por Semana Número de Semana de Aula 11 Tema PLANEJAMENTO VISUAL EM JORNALISMO, FOTOJORNALISMO, EDIÇÃO EM JORNALISMO Objetivos Estabelecer pontos de contato e diferenças entre as modalidades de jornalismo de acordo com o meio de veiculação: mídia impressa, rádio, televisão e internet Caracterizar historicamente o apogeu de cada um dos meios e as principais transformações sofridas com o advento de cada uma das novas mídia. Discutir a linguagem de cada um dos meios, com ênfase no texto jornalístico. Estrutura do Conteúdo Estrutura de conteúdos Em relação ao Jornalismo impresso, deve-se destacar as suas características diferenciadas de acordo com o formato e o público alvo da publicação. O uso do lead e da estrutura de pirâmide invertida na construção do texto noticioso, especialmente a partir dos anos 50 no jornalismo brasileiro, mantém atual. A professora Patrícia d´Abreu em seu blog Estudos de Jornalismo relembra que: "Inverter a pirâmide" significa começar a contar a história indo direto a que conseqüências algo levou. Para isso, precisamos agrupar as informações mais diretas e objetivas relativas aos elementos o que, quem, como quando, onde e porque. E isto deve ser feito logo no primeiro parágrafo do texto, que é chamado de LIDE, disponível em http://estudosdejornalismo.blogspot.com.br/2008/05/pirmide-invertida-e-o- lide.html A professora cita a compilação de Luis Henrique, Marques, sobre o dizem os autores Mário Erbolato, Muniz Sodré, Maria Helena Ferrari e Alexandre Castro. Para Mário Erbolato, citado por D´Abreu, a organização dos elementos narrativos pode originar os seguintes tipos de lide: lide simples- refere-se apenas a um fato principal; lide composto- abre a notícia anunciando vários fatos importantes; lide integral- relaciona todas as informações objetivas sobre o fato; lide suspense ou dramático- provoca emoção em quem lê; lide relâmpago- anuncia o fato de forma extremamente resumida; lide citação- anuncia o fato através do discurso direto; lide contraste- relata um fato através de situações antagônicas; lide documentário- historiciza o fato; lide pessoal- anuncia o fato interpelando o leitor. Sobre o Telejornalismo, o Manual da Universidade Metodista situa vários termos exclusivos do meio televisão e indica o seus usos, como reproduzido abaixo. È importante retomar o vocabulário específico, bem como fazer as relações entre o texto e a imagem. Pois, como bem pontua a autora Vera Iris Paternostro (PATERNOSTRO, Vera Iris. O texto na TV. São Paulo: Campus, 2007.), referência para estudos de televisão, a edição em TV deve partir da imagem e o texto jamais deve descrevê-la. ?Sonoras: No hard news nunca deixe a sonora muito longa. Dê ritmo a matéria editando uma frase de efeito com poucos segundos. Use o recurso do Insert: se o entrevistado detalhar alguma cena e a equipe tiver as imagens cubra parte da sonora com estas imagens. Split: é a técnica de prolongar a imagem que vem do off por um ou dois segundos em cima da sonora. Efeitos de transição: recurso edição em matérias especiais. No hard news prefira corte seco. Evite repetir a sonora de um mesmo entrevistado na mesma matéria. Use sempre que possível o sobe som. Ele revela o clima em que a matéria foi feita.BG: som ambiente que deve estar presente em todos os formatos da notícia.Trilha sonora: Opte por músicas instrumentais. Quando são cantadas, a voz compete com a informação.Música: Sonorize as matérias, mas não abuse. Este recurso é um efeito surpresa e valoriza a matéria.Escaladas: São as manchetes obrigatórias na abertura de todo o telejornal. Use frases curtas, prefira palavras concretas e verbos de ação. Quando possível intercale com um sobe som, um teaser ou sonoras. A escalada exibe o que o telejornal tem de mais importante.Lauda: ser feita seguindo todos os critérios. O texto deve ser sempre em caixa alta e entrelinhamento 1,5. É necessário usar barras (/) para indicar parágrafo. No alto da lauda há um cabeçalho. Lá estão informações como retranca, nome do editor, tempo da matéria e a data que o editor fechou a edição.?, disponível em http://jornal.metodista.br/tele/manual/manual.htm No que diz respeito ao Radiojornalismo, deve-se ter como foco os estudos da oralidade e as técnicas de construção de um texto para ser lido. Daí a importância de frases curtas, voz ativa e em ordem direta. O uso das sonoras também deve ser destacado, pois acrescentam ainda mais veracidade à notícia de rádio. Nesse campo autores como Luiz Ferrareto (FERRARETTO, Luiz A. Rádio ? O Veículo, a História e a técnica. Porto Alegre: Sagra Luzzatto, 2001.1ª ed.,) que nos fornece ainda um o histórico do rádio no Brasil e Heródoto Barbeito (BARBEIRO, Heródoto e LIMA, Paulo Rodolfo de. Radiojornalismo: produção, ética e Internet. Rio de Janeiro: Campus, 2001) são referência. Quanto ao Ciberjornalismo (jornalismo online, jornalismo digital, webjornalismo), referências é Marcos Palácios, Elias Machado, Luciana MIELNICZUK e Gerson Martins. O último pontua que ?o jornalismo na web, o ciberjornalismo possui como características a multimidialidade ou convergência, interatividade, hipertextualidade, customização de conteúdo ou personalização, memória e instantaneidade ou atualização contínua?, disponível em http://www.fnpj.org.br/soac/ocs/viewpaper.php?id=251&cf=12., artigo em que Martins apresenta as características do ciberjornalismo de primeira, segunda e terceira gerações Os pesquisadores acima citados estão constantemente atualizando suas pesquisas e possuem uma série de artigos disponíveis na internet. Aplicação Prática Teórica NESTE ITEM ALGUMAS QUESTÕES TEM IMAGENS, FAVOR ACESSAR O ANEXO. Questão 1 (Simulado 2012) Dentre os gêneros informativos, o jornalismo impresso lança mão da chamada NOTA, que pode ser "informativa", "comentário" ou "comentário relatado". Sendo assim, com base na charge abaixo e a partir da sua interpretação, construa uma NOTA COMENTÁRIO. A resposta deve seguir as características de uma nota (texto curto, direto, objetivo) e, por ser uma nota comentário, pode contar uma "leve" opinião/comentário do jornalista, considerando o tema da charge, no caso, os problemas de engarrafamento no trânsito. Questão 2 Sobre as características da televisão, enquanto meio noticioso, observe as seguintes afirmativas e assinale a opção CORRETA. I. Concisão e objetividade são necessárias aos textos para TV, onde é importante que a palavra complemente a imagem, enriquecendo a informação visual. II. Ao editar uma matéria televisiva, o off é o momento em o texto noticioso é coberto pelas imagens do vt, sem que o repórter apareça no vídeo. III. Nos telejornais deve- se evitar o uso de notas simples e cobertas, apresentando apenas matérias editadas com abertura, passagem e encerramento. IV. O texto noticioso para TV deve descrever o acontecimento retratado nas imagens editadas, mantendo na cabeça da matéria a estrutura do lide literário usado no jornalismo impresso. A Se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas. B Se apenas as afirmativas I, II e III estiverem corretas; C Se apenas as afirmativas I, III e IV estiverem corretas; D Se apenas as afirmativas II, III e IV estiverem corretas; E Se apenas as afirmativas III e IV estiverem corretas. Questão 3 Sobre o processo que vem sendo chamado como wikificação do jornalismo, aponte a alternativa CORRETA: A A presença de blogueiros como colaboradores nas redaçõesde veículos impressos e digitais. B A participação do internauta nas reuniões de pauta dos veículos online. C A participação de internautas como editores voluntários nos veículos online. D A adoção de projetos colaborativos de investigação jornalística no modelo Wikileaks. E A participação de qualquer pessoa com acesso à internet na construção e publicação de um texto online. Questões do concurso Trensurb 2009 1. O interesse pelas mudanças políticas e econômicas nas décadas de 80 e 90 reforçou o papel informativo da radiodifusão sonora no Brasil, fazendo com que surgisse o(a) a. webradio; b. Hora do Brasil; c. Era de Ouro do Rádio; d. Jornal Nacional; e. formato all news. 2. A televisão brasileira foi inaugurada oficialmente em 1950 graças ao pioneirismo de Assis Chateaubriand. Nos primeiros tempos, já existiam os telejornais, mas o televisor era considerado um luxo ao qual apenas as classes mais favorecidas economicamente tinham acesso. O professor Sérgio Mattos denomina essa fase, que ocorreu entre 1950 e 1964 como a. dominante; b. analógica; c. protecionista; d. elitista; e. telejornalística. 3. O texto jornalístico apresenta algumas características específicas de acordo com o meio em que a notícia será veiculada. Nesse contexto, avalie as afirmativas a seguir I. Na mídia impressa, há vários tipos de lead, mas o lead clássico é aquele que apresenta os elementos quem/oque, fez o que, quando, onde, como, por que/para que ? a partir da notação mais importante, excluindo o verbo. II. Para veiculação em rádio, o texto noticioso deve priorizar as frases longas e expressões abstratas para descrever em detalhes uma cena, de modo a prender a atenção do ouvinte que carece de recursos visuais de apoio. III. Na televisão, o texto deve manter o tom coloquial, priorizar a voz passiva e se apoiar na imagem apenas quando houver a necessidade de identificar e descrever o que está sendo visto pelo telespectador. IV. Para veiculação em sites jornalísticos, a estrutura do texto noticioso deve ser linear, apresentando os fatos cronologicamente, de modo a obrigar a recepção dos conteúdos em ordem pré-determinada. Agora assinale: a. se apenas as afirmativa I, estiver correta; b. se apenas as afirmativas II estiver correta; c. se apenas as afirmativas III estiver correta; d. se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas; e. se apenas as afirmativas III e IV estiverem corretas. 4. Com o advento das novas tecnologias, exige-se cada vez mais do profissional em jornalismo, por isso hoje ele deve ser a. um profissional multimídia e multitarefa, capaz de desempenhar várias funções em diversos meios de comunicação; b. ágil e empreendedor, capaz de produzir reportagens baseadas unicamente no empacotamento de notícias já veiculadas pelos jornais; c. um especialista em determinada editoria, visto que as coberturas de interesse mais geral são feitas pelos internautas; d. um articulista, visto que não há mais espaço para a neutralidade no noticiário das novas mídias; e. um profissional com formação em marketing para que possa simultaneamente assumir as funções de repórter e assessor de imprensa em um veículo de comunicação.
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