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EL NIÑO! LA NIÑA! Índice de Oscilação Sul (IOS) UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS CENTRO DE DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO ENGENHARIA HÍDRICA CLIMATOLOGIA - Prof. Siclério Ahlert • El Niño/La Niña –Célula de Walker –Temperatura da Superfície do Mar (TSM) – Índice de Oscilação Sul (IOS) • El Niño/La Niña no Brasil • El Niño/La Niña no Rio Grande do Sul: Consequências para a Vegetação O planeta TERRA 71 % da superfície é coberta por água O que são El niño ? La Niña? • Marinheiros identificaram uma corrente de águas quentes no setor leste do Oceano Pacífico. • Essa corrente ocorria perto do Natal, razão que levou-os a indicarem a corrente ao menino (El Niño) Jesus. (religiosidade naval). • La niña: Corrente de águas frias (oposto), logo.... surgiu “A menina” ou La Niña. El Niño: Quente ou frio ? La Niña: Frio ou quente? EL NIÑO O MENINO LA NIÑA A MENINA Célula de Circulação de Walker • A circulação de Walker é uma circulação confinada na zona tropical comparável a circulação meridional da célula de Hadley; • Apresenta três ramos ascendentes em áreas quase permanentes: INDONÉSIA, AMÉRICA DO SUL E SUL DO CONTINENTE AFRICANO (VERÃO); • A circulação de Walker tem aspecto importante para o hemisfério Sul, estando diretamente conectado com as variações inter-anuais no tempo; Célula de Circulação de Walker Circulação de Walker • High Phase (Fase Positiva) corresponde ao La Niña • Low Phase (Fase Negativa) corresponde ao El Niño; Temperatura Superficial do Mar (TSM) • Este índice representa a diferença entre a pressão ao nível do mar entre o Pacifico Central (Taiti) e o Pacifico do Oeste (Darwin/Austrália). • Relação com as mudanças na circulação atmosférica nos níveis baixos da atmosfera, conseqüência do aquecimento/resfriamento das águas superficiais na região. • IOS negativa: El Niño • IOS positiva: La Niña Índice de Oscilação Sul (IOS) Índice de Oscilação Sul (IOS) Setores de monitoramento da TSM no Pacífico Entre 5º N e 5º S mais a costa peruana Darwin Taiti IOS = Taiti (Polinésia Francesa) e Darwin (Austrália) Como é calculado o IOS ? • Pdiff = (Pressão média do mês em Tahiti) - (Pressão média do mês em Darwin); • Pdiffav = Média climática da Pdiff para o mês em questão; • SD(Pdiff) = Desvio-Padrão climático da Pdiff para o mês em questão • *** Para séries longas, podem ser usados dados anuais em vez de mensais IOS = 10 X (Pdiff - Pdiffav) SD (Pdiff) Algumas observações: • La Niña/El Niño Componente Oceânica • IOS Componente Atmosférica • IOS Negativo TSM Positiva (El Niño) • IOS Positivo TSM Negativa (La Niña) • BJERKNES (1960) Concebeu a conexão entre o oceano e a atmosfera no Pacífico. (Dois aspectos de um mesmo fenômeno) Situação “Normal” Estrutura térmica e barométrica da pressão no oceano El Nino La Niña O El Niño no mundo O La Niña no mundo Anos de ocorrência de eventos El Niño: 1877 - 1878 1888 - 1889 1896 - 1897 1899 1902 - 1903 1905 - 1906 1911 - 1912 1913 - 1914 1918 - 1919 1923 1925 - 1926 1932 1939 - 1941 1946 - 1947 1951 1953 1957 - 1959 1963 1965 - 1966 1968 - 1970 1972 - 1973 1976 - 1977 1977 - 1978 1979 - 1980 1982 - 1983 1986 - 1988 1990 - 1993 1994 - 1995 1997 - 1998 2002 - 2003 2004 - 2005 2006 - 2007 2009 - 2010 - Fontes de Informações Rasmusson e Carpenter 1983, Monthly Weather Review, Ropelewski e Halpert 1987, Monthly Weather Review. Cold episode sources Ropelewski e Halpert 1989, Journal of Climate. Climate Diagnostics Bulletin. A intensidade dos ventos é baseada no padrão e magnitude das anomalias da TSM do Pacífico Tropical. Forte Moderada Fraco Anos de ocorrência de eventos La Niña: 1886 1903 - 1904 1906 - 1908 1909 - 1910 1916 - 1918 1924 - 1925 1928 - 1929 1938 - 1939 1949 - 1951 1954 - 1956 1964 - 1965 1970 - 1971 1973 - 1976 1983 - 1984 1984 - 1985 1988 - 1989 1995 - 1996 1998 - 2001 2007 - 2008 - Fontes de Informações Rasmusson e Carpenter 1983, Monthly Weather Review, Ropelewski e Halpert 1987, Monthly Weather Review. Cold episode sources Ropelewski e Halpert 1989, Journal of Climate. Climate Diagnostics Bulletin. A intensidade dos ventos é baseada no padrão e magnitude das anomalias da TSM do Pacífico Tropical. Legenda: Forte Moderada Fraco Brasil Conseqüências para o Brasil no El Niño • A Região Sul do Brasil é afetada por aumento de precipitação, particularmente durante a primavera no primeiro ano e posteriormente o fim do outono e início do inverno no segundo ano; • O norte e o leste da Amazônia e o Nordeste do Brasil são afetados pela diminuição da precipitação, principalmente no último ano, entre fevereiro e maio, quando se tem a estação chuvosa do semi-árido; • O Sudeste do Brasil apresenta temperaturas mais altas, tornando o inverno mais ameno. Conseqüências para o Brasil no La Niña • Passagens rápidas de frentes frias sobre a Região Sul, com tendência de diminuição da precipitação nos meses de setembro a fevereiro, principalmente no Rio Grande do Sul, além do centro-nordeste da Argentina e Uruguai; • Temperaturas próximas da média climatológica ou ligeiramente abaixo da média sobre a Região Sudeste, durante o inverno; • Chegada das frentes frias até a Região Nordeste, principalmente no litoral da Bahia, Sergipe e Alagoas; • Tendência às chuvas abundantes no norte e leste da Amazônia; • Possibilidade de chuvas acima da média sobre a região semi-árida do Nordeste do Brasil. Essas chuvas só ocorrem, se simultaneamente ao La Niña, as condições atmosféricas e oceânicas sobre o Oceano Atlântico mostrarem-se favoráveis (águas quentes); Os efeitos variam significativamente em conseqüências e principalmente na intensidade dos fenômenos de um episódio para o outro. Variabilidade do EL NIÑO E LA NIÑA Impactos dos eventos sobre a Vegetação do Rio Grande do Sul • Desvio da quantidade de precipitação em relação a normal (mm); • NDVI (Normalized Difference Vegetation Index) Anomalias de precipitação durante o La Nina NDVI La Nina Anomalias de precipitação durante o El Nino NDVI El Nino Precipitação X Vegetação El Niño La Niña La Niña Referências Bibliográficas • Berlato, M; Fontana, D. 2003. El Niño e La Niña Impactos no Clima, na vegetação e na agricultura do Rio Grande do Sul Aplicações de previsões climáticas na Agricultura; Edit, UFRGS, Porto Alegre, 110 pág. • ESRI, 2000. Digital Database (CD-Rom) • Hobbs, J.E.; Lindesay, J.A. Bridgman, H. A. Climates of the Southern Continents Present, Past and Future. John Wiley & Sons, Chichester and others, 297 pág. • Silva, J.F. 2000. El Nino o fenômeno climático do século. Edit. Thesaurus, Brasília, 139 pág. • http://www.cptec.inpe.br • http://www.inmet.gov.br • http://www.bom.gov.au
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