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Seminário Uso e Aplicação do Mármore

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SEMINÁRIO:
Uso e Aplicação de Mármores
Disciplina: Caracterização Tecnológica de Rochas Ornamentais
Professora: M.Sc. Evanizis Dias Frizzera Castilho
Autores:
 Letícia Valdo
Lucas Batista Partelli
Pedro Porto Pizetta
Rochas Ornamentais
Comercialmente podem ser divididas em:
 Granitos
Mármores
Fonte: Marbrasa – Cachoeiro de Itapemirim - ES
 
Fonte: Casa do Granito
 
INTRODUÇÃO
Mármores englobam as rochas carbonatadas, incluindo calcários, dolomitos e seus correspondentes metamórficos;
Fonte: mineraisdonossolar.spaceblog.com.br
 
Fonte: solucoesemsuperficie.com.br
 
Fonte: rositoluce.com.br
Fonte: rositoluce.com.br
 
INTRODUÇÃO
Os mármores, propriamente ditos, resultam das modificações ocorridas em calcários e dolomitos e relacionadas à variações nas condições de pressão e temperatura, do ambiente geológico de origem metamorfismo.
 
O padrão cromático do mármore é definido por minerais acessórios e ou impurezas, pois os constituintes principais (calcita e dolomita) são normalmente brancos. 
CALCÁRIO
MÁRMORE
A dureza (resistência ao risco) é sensivelmente menor nos mármores do que nos granitos, pois a calcita e a dolomita apresentam dureza entre 3 e 4 na escala mohs.
INTRODUÇÃO
Os mármores reagem ao ataque do ácido clorídrico ou muriático, efervescendo tanto mais intensamente quanto maior o seu teor em calcita. 
INTRODUÇÃO
Os travertinos, a exemplo dos calcários, são rochas carbonatadas, geralmente de origem sedimentar, essencialmente cálcicas que podem apresentar-se pouco ou não metamorfizadas e são definidos pela sua coloração, geralmente bege-amarelada. 
No Brasil os travertinos são definidos como mármores.
Chapa de Travertino
Travertino em revestimento interno - Pisos
História do mármore
Os primeiros registros de utilização do mármore como elemento estético e ornamental datam, entretanto, do terceiro milênio a.C., na região da Mesopotâmia e no Egito;
A escolha do mármore é devido a sua coloração ser similar a pele, e assim criar as imagens dos Faraós e Deuses.
Pirâmides do Egito
Esfinge
História do mármore
As construções gregas com a utilização do Mármore começaram por volta do ano VI a.C., eles utilizavam esse material pois, perdiam muitos templos em incêndios já que suas construções eram feitas com madeiras até então;
Por volta do século V a.C. a arquitetura começou a ser usada para expressar a adoração aos deuses.
Mais de TRINTA MIL TONELADAS DE MÁRMORE foi dedicado a Deusa Atenas e a Parthenon
Pahternon - Grécia
Estátua Vênus de Milo
História do mármore
Deve-se aos romanos a sua aplicação em construções privadas, como símbolo de status e riqueza de seu proprietário, eles tinham um grande apreço por esses materiais e utilizavam principalmente em banhos públicos.
Banhos Públicos - Roma
História do mármore
Pode-se dizer que foi na Idade Média que o Mármore passou a ser mais utilizado, onde destacou-se as construções de grandes catedrais, de edifícios públicos e dos palácios da nobreza nas mais importantes cidades italianas e assim proporcionou um grande impulso ao uso do mármore como material nobre, tanto na arquitetura quanto na arte.
Basílica de São Pedro - Vaticano
MÁRMORE NO BRASIL
No Brasil, o uso desses materiais foram introduzidos pelos portugueses, ainda no período da colonização e atualmente são utilizados principalmente em decorações de interiores e exteriores.
Palácios Reais - Colonizadores
Para a correta especificação e utilização dos mármores é fundamental que os materiais sejam submetidos a ensaios de caracterização no aspecto composicional e físico-mecânico. 
Este procedimento permite o melhor desempenho e a maior durabilidade, minimizando a possibilidade de prejuízos quanto à estética do revestimento e a estabilidade do conjunto.
O aspecto composicional ou análise petrográfica dos mármores, leva em consideração os minerais que compõem a rocha, os essenciais e acessórios, que podem, conforme as condições ambientais, se decompor e produzir manchas.
Especificações para o uso do mármore
Tipo de Rocha
Densidade
(kg/m3)
Absorção d’água (%)
Compressão Uniaxial (MPa)
Flexão
(3 Pontos) (MPa)
Flexão
(4 Pontos) (MPa)
Mármores
(ASTM C503)
Mármores
Calcíticos
>2.595
≤0,20
≥52
≥7
≥7
Mármores
Dolomítico
>2.800
Mármores
Serpentinos
>2.690
Travertinos
>2.305
Fonte: Adaptado de Frascá, 2002.
Especificações para o uso do mármore
O aspecto físico-mecânico mensura e identifica as características das rochas em relação aos fatores abaixo relacionados entre outros:
Especificações para o uso do mármore
Absorção d'água – Valores acima 0,20 % podem facilitar manchamentos, especialmente se utilizada argamassa convencional para fixação; 
Densidade – Apresenta a relação peso e volume;
Desgaste abrasivo Amsler - Resistência a risco e abrasão, identifica os materiais apropriados a áreas de tráfego intenso e outras; 
Porosidade – Avalia o percentual de poros na rocha;
Dilatação térmica linear – Intervém no dimensionamento e na distribuição das juntas de movimentação (dilatação/contração);
Resistência à compressão uniaxial – Determina o critério de dimensionamento das placas (relação área/espessura); 
Refletância – Mensura o nível de brilho e/ou resultado do trabalho de polimento, sofre influência da qualidade do polimento.
Especificações para o uso do mármore
Especificações para o uso do mármore
Cada um dos materiais pétreos podem reagir de forma diferente às agressões que ocorrem na instalação e também em contato com produtos corriqueiros. 
Rochas naturais calcárias como o mármore, o travertino e o limestone são especialmente sensíveis aos ataques dos ácidos − suco de limão, vinagre, vinho e refrigerantes. 
O uso de impermeabilizantes especiais tornam as rochas mais resistentes.
ROTEIRO DAS ESPECIFICAÇÕES
Como roteiro para uma especificação sugere-se que sejam adotados os seguintes passos:
Identificar os agentes de degradação característico do ambiente a ser revestido (tráfego, produtos de limpeza, água, temperatura, queda de objeto, entre outros); 
ROTEIRO DAS ESPECIFICAÇÕES
2. Pesquisar as possíveis rochas que possuem o aspecto estético requerido, excluindo àquelas que não possuem disponibilidade das quantidades necessárias; 
É importante ter sempre em mente que existem disponíveis no mercado muitas rochas com padrão estético semelhante, mas com propriedades diferentes;
Mármores Branco RAJADO
Mármores Branco RAJADO
ROTEIRO DAS ESPECIFICAÇÕES
3. Visitar outras edificações em fase de uso, que estejam revestidas com os mármores pré-selecionadas, procurando observar se há perda de brilho, machas de umidade, arranhões, entre outros problemas;
4. Para áreas externas ou internas “molháveis”, deixar amostras de mármore pré-selecionadas imersas por 10 minutos em água e observar se as alterações de cor ocorridas são admissíveis ou não. Caso contrário eliminar os reprovados;
ROTEIRO DAS ESPECIFICAÇÕES
5. Em regiões com muita areia disponível, evitar o uso de mármores. Caso contrário deve-se dispor de capachos e tapetes em todas as entradas do ambiente para retirada da areia, de modo a evitar a perda de brilho precoce ou o surgimento de arranhões;
Antes 
Depois
ROTEIRO DAS ESPECIFICAÇÕES
6. Em ambiente com elevado tráfego, preferir o uso de granitos aos mármores; caso seja prevista a utilização de composição com diferentes materiais, não utilizar produtos com coeficientes de desgaste por abrasão muito diferente, de modo a evitar desgastes diferenciados;
7. Em ambientes sujeitos a manutenção com produtos químicos ácidos, evitar o uso de mármores;
8. Em ambientes sujeitos a queda frequente de objetos pesados (como aeroportos ou lojas de departamentos), utilizar placas com espessura superior a 1,50cm, para evitar o surgimento de fissuras causadas pela queda de objetos.
APLICAÇÃO DE MÁRMORES
O mármore deve ser utilizado preferencialmente em ambientes internos. Isto, porque o material sofre com a ação do
tempo e poluição; 
Também deve ser evitada a utilização de mármore em áreas de tráfego intenso, pois desgasta-se mais facilmente. 
Escada de Mármore
APLICAÇÃO DE MÁRMORES
Outro ambiente a ser evitado é a cozinha: por ser poroso, absorve gordura. Além do mais, não tendo resistência contra ácido, pode adquirir manchas e perda de brilho com produtos como vinagre, limão ou materiais de limpeza pesados.
Manchamentos em Mármores
USO E APLICAÇÃO RECOMENDADO
O Manual de Caracterização, Aplicação, Uso e Manutenção das Principais Rochas Comerciais do Espírito Santo apresenta um guia de recomendações quanto ao uso dos principais mármores comercializados no setor de rochas ornamentais do Espírito Santo. Estes mármores são denominados comercialmente como:
Mármore Acqua Marine
Mármore Azul Tropical
Mármore Branco Clássico
Mármore Branco Neve
Mármore Cachoeiro White
Mármore Candelária White
Mármore Chocolate
Mármore Imperial Pink
Mármore Ônix
Mármore Pinta Verde
USO E APLICAÇÃO
Banheiro de Mármore
USO E APLICAÇÃO
Piso de mármore como revestimento interno
USO E APLICAÇÃO
Mármore com efeito de luzes
Banheiro com mármore Travertino
USO E APLICAÇÃO
“Pedras” de Jardins
USO E APLICAÇÃO
Revestimentos internos, escadas de mármore
USO E APLICAÇÃO
LAVABOS E PIAS
USO E APLICAÇÃO
Fonte: tvgaztasul.com/robertocarlos
Fonte: Pizetta, 2015
USO E APLICAÇÃO
Fachada externa de Mármore
NOVAS TENDÊNCIAS
NOVAS TENDÊNCIAS
Novo design para escadas de mármore: Cortes sofisticados
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Designes de cortes modernos
Cortes modernos
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CURIOSIDADES...
O município de Cachoeiro de Itapemirim, no sul do Espírito Santo, recebeu o certificado de Identificação Geográfica (IG) pelo mármore que produz. 
A indicação é importante porque identifica a origem e qualidade do produto garantindo a autenticidade da mercadoria e o direito reservado aos produtores da região.
A IG gera reconhecimento internacional, proteção da imagem dos produtos e, ainda, valorização da área produtora. A certificação foi concedida pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), órgão responsável por autorizar, em território nacional, esse tipo de titulação.
O uso e aplicação do mármore requer cuidados e estudos necessários para que este material não seja comprometido quanto a sua estrutura e beleza tornando limitado seu campo de utilização;
Contudo, apesar de sua aplicação restrita, o mármore tem bastante mercado, devido ás novas tecnologias no ramo de rochas ornamentais principalmente no setor de beneficiamento e acabamento.
CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS
ASTM - American Society for Testing and Materials - Standard Specification for Marble Dimension Stone – C503, 2p, 2010
CHIODI FILHO, C.; RODRIGUES, E, de. P. (2009 b). Guia De Aplicação De Rochas Em Revestimento. São Paulo: ABIROCHAS, 160 p
FRASCÁ, M.H.B. de O (2011) - Rochas ornamentais - Definições e características; São Paulo, Inédito, 62 p.
HENRIQUES, A. M. E; MOURA C. A et al (2006). Manual Da Pedra Natural Para Arquitetura, Lisboa (Portugal): Direção geral de geologia e energia, 199p.
SALES, F. A. C. B. (2012). Estudo Comparativo Dos Parâmetros De Caracterização Tecnológica Em Rochas Ornamentais E De Revestimentos Resinadas E Não Resinadas. Tese de doutorado - UFC, Fortaleza, 135 p.
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