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Uso e Aplicação do Mármore

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TÍTULO: USO E APLICAÇÃO DO MÁRMORE
AUTORES: LETÍCIA VALDO
LUCAS BATISTA PARTELLI
PEDRO PORTO PIZETTA
INTRODUÇÃO
As rochas comercialmente designadas por mármores (lato sensu) englobam as rochas carbonatadas, incluindo calcários, dolomitos e seus correspondentes metamórficos (os mármores, propriamente ditos) que são produzidas em blocos. São rochas metamorfizadas de origem sedimentar, com pouco ou nenhum teor de quartzo, o que as tornam mais “macias” em relação aos granitos e consequentemente, sofrem maior desgaste. 
Os mármores, propriamente ditos, resultam das modificações ocorridas em calcários e dolomitos e relacionadas à variações nas condições de pressão e temperatura, do ambiente geológico de origem - metamorfismo. O padrão cromático do mármore é definido por minerais acessórios e ou impurezas, pois os constituintes principais (calcita e dolomita) são normalmente brancos. 
A dureza (resistência ao risco) é sensivelmente menor nos mármores do que nos granitos, pois a calcita e a dolomita apresentam dureza na escala mohs entre 3 e 4. Os granitos não são riscados por canivetes, chaves ou pregos, como os mármores. Os mármores reagem ao ataque do ácido clorídrico ou muriático, efervescendo tanto mais intensamente quanto maior o seu teor em calcita. 
Os travertinos, a exemplo dos calcários, são rochas carbonatadas, geralmente de origem sedimentar, essencialmente cálcicas que podem apresentar-se pouco ou não metamorfizadas e são definidos pela sua coloração, geralmente bege-amarelada. Apresentam características físicas marcadas por bandamento tabular, cavidades, estruturas alveolares, feições brechóides e frequentes impurezas argilosas e silicosas. No Brasil os travertinos são definidos como mármores.
HISTÓRIA DO MÁRMORE
O uso da pedra pelo homem remonta aos tempos pré-históricos, quando foi utilizada para a confecção de utensílios domésticos, armas para caça, guerra e como objetos sacros. Posteriormente, por volta de 8.000 a.C., registra-se o seu uso como elemento construtivo nas edificações de habitações e de defesa da cidade, que surgia então como unidade política e social. 
Os primeiros registros de utilização da rocha como elemento estético e ornamental datam, entretanto, do terceiro milênio antes de Cristo, na região da Mesopotâmia e no Egito como mostram as figuras 1 e 2, onde eram utilizados basicamente dois tipos de materiais para perpetuar as imagens dos faraós, deuses e outras personalidades importantes na forma de grandes esculturas sendo o material carbonático (mármore) o mais utilizado.
Uma explicação é a percepção de algumas propriedades de cor e textura do mármore, permitindo que figuras humanas fossem esculpidas com coloração semelhante à da pele devido a própria coloração original dessa rocha.
Figura 1: Pirâmide de Gizé no Egito
Fonte: www.brasilescola.com/piramide
Figura 2: Esfinge do Egito
Fonte: www.brasilescola.com/piramide
Coincidentemente, essa descoberta também se deu durante a predominância da cultura naturalista da Grécia antiga e teve como resultado a grande produção artística e arquitetônica durante o período clássico da cultura grega. As construções gregas com a utilização do Mármore começaram por volta do ano VI a.C., eles utilizavam esse material pois, perdiam muitos templos em incêndios já que suas construções eram feitas com madeiras até então. Por volta do século V a.C. a arquitetura começou a ser usada para expressar a adoração aos deuses como exemplo da escultura de Vênus de Milo (Figura 3), as conquistas, glórias, poder e riqueza dos povos como o Parthenon (Figura 4) onde mais de trinta mil toneladas de mármore foi dedicado a Deusa Atenas e a Parthenon, além de outras famosas construções gregas, o Templo de Zeus e o Templo de Artêmis.
Figuras 3 e 4: Vênus de Milo e Parthenon na Grécia
Fonte: www.brasilescola.com/parthenon
Por outro lado, deve-se aos romanos a sua aplicação em construções privadas, como símbolo de status e riqueza de seu proprietário, eles tinham um grande apreço por esses materiais e utilizavam principalmente em banhos públicos como pode ser representado na figura 5.
Figura 5: Banho Público de Mármore em Roma
Fonte: www.brasilescola/banho_publico_marmore 
Pode-se dizer que foi na Idade Média que o Mármore passou a ser mais utilizado, onde destacou-se as construções de grandes catedrais, de edifícios públicos e dos palácios da nobreza nas mais importantes cidades italianas e assim proporcionou um grande impulso ao uso do mármore como material nobre, tanto na arquitetura quanto na arte. Isto é decorrência da coloração mais exótica começar a ser menos utilizada, ou seja, o estilo arquitetônico neoclássico vê no “branco” do mármore seu alicerce para as obras. Esta arquitetura pode ser visualizada na Basílica de São Pedro, onde seu revestimento e acabamento foi a base de mármores e travertinos (Figura 6 e 7). 
Figura 6: Interior da Basílica de São Pedro em Mármore
Fonte: www.infoescola.com/basilica_saopedro
Figura 7: Basílica de São Pedro
Fonte: www.infoescola.com/basilica_saopedro
No Brasil, o uso desses materiais foram introduzidos pelos portugueses, ainda no período da colonização e atualmente são utilizados principalmente em decorações de interiores e exteriores.
ESPECIFICAÇÕES PARA USO DE MÁRMORES
Critérios para Especificação
Para a correta especificação e utilização dos mármores é fundamental que os materiais sejam submetidos a ensaios de caracterização no aspecto composicional e físico-mecânico. Este procedimento permite o melhor desempenho e a maior durabilidade, minimizando a possibilidade de prejuízos quanto à estética do revestimento e a estabilidade do conjunto.
O aspecto composicional ou análise petrográfica dos mármores, leva em consideração os minerais que compõem a rocha, os essenciais e acessórios, que podem conforme as condições ambientais se decompor e produzir manchas.
O aspecto físico-mecânico mensura e identifica as características das rochas em relação aos fatores abaixo relacionados entre outros;
Absorção d'água – Valores acima 0,20 % podem facilitar manchamentos, especialmente se utilizada argamassa convencional para fixação. 
Densidade – Apresenta a relação peso e volume.
Desgaste abrasivo Amsler - Resistência a risco e abrasão, identifica os materiais apropriados a áreas de tráfego intenso e outras. 
Porosidade – Avalia o percentual de poros na rocha. 
Dilatação térmica linear – Intervém no dimensionamento e na distribuição das juntas de movimentação (dilatação/contração). 
Resistência à compressão uniaxial – Determina o critério de dimensionamento das placas (relação área/espessura). 
Refletância – Mensura o nível de brilho e/ou resultado do trabalho de polimento, sofre influência da qualidade do polimento.
É de extrema importância que sejam feitos caracterização física, análise petrográfica e ensaios tecnológicos nas rochas que estão sendo comercializadas e utilizadas. Estas análises permitirão uma margem de segurança durante as especificações das rochas para suas utilizações.
Cada um dos materiais pétreos podem reagir de forma diferente às agressões que ocorrem na instalação e também em contato com produtos corriqueiros. Rochas naturais calcárias como o mármore, o travertino e o limestone são especialmente sensíveis aos ataques dos ácidos − suco de limão, vinagre, vinho e refrigerantes. O uso de impermeabilizantes especiais torna as pedras mais resistentes.
Roteiro das Especificações
Como roteiro para uma especificação sugere-se que sejam seguidos os seguintes passos:
Identificar os agentes de degradação característico do ambiente a ser revestido (tráfego, produtos de limpeza, água, temperatura, queda de objeto, entre outros); 
Pesquisar as possíveis rochas que possuem o aspecto estético requerido, excluindo àquelas que não possuem disponibilidade das quantidades necessárias. É importante ter sempre em mente que existem disponíveis no mercado muitas rochas com padrão estético semelhante, mas com propriedades diferentes;Visitar outras edificações em fase de uso, que estejam revestidas com as rochas pré-selecionadas, procurando observar se há perda de brilho, machas umidade, arranhões, entre outros problemas;
Para áreas externas ou internas “molháveis”, deixar amostras das rochas pré-selecionadas imersas por 10 minutos em água e observar se as alterações de cor ocorridas são admissíveis ou não. Caso contrário eliminar os tipos rochosos reprovados;
Em regiões com muita areia disponível, evitar o uso de mármores ou granitos com elevada concentração de minerais de coloração escura. Caso contrário deve-se dispor de capachos e tapetes em todas as entradas do ambiente para retirada da areia, de modo a evitar a perda de brilho precoce ou o surgimento de arranhões;
Em ambiente com elevado tráfego, preferir o uso de granitos aos mármores; caso seja prevista a utilização de composição com diferentes materiais, não utilizar produtos com coeficientes de desgaste por abrasão muito diferente, de modo a evitar desgastes diferenciados;
Em ambientes sujeitos a manutenção com produtos químicos ácidos, evitar o uso de mármores;
Em ambientes sujeitos a queda frequente de objetos pesados (como aeroportos ou lojas de departamentos), utilizar placas com espessura superior a 1,50cm, para evitar o surgimento de fissuras causadas pela queda de objetos.
APLICAÇÃO DE MÁRMORES
O mármore deve ser utilizado preferencialmente em ambientes internos. Isto, porque o material sofre com a ação do tempo (possui sensibilidade à chuva ácida) e da poluição. Também deve ser evitada a utilização de mármore em áreas de tráfego intenso, pois desgasta-se mais facilmente. 
Outro ambiente a ser evitado é a cozinha: por ser poroso, absorve gordura. Além do mais, não tendo resistência contra ácido, pode adquirir manchas e perda de brilho com produtos como vinagre, limão ou materiais de limpeza pesados.
Neste caso, evite os mármores mais porosos, que correm o risco de manchar-se com a umidade, apesar da impermeabilização. Se ainda tiver dúvidas quanto às suas aplicações, lembre-se que o mármore é menos resistente à riscos, mais macio e poroso.
Uso e Aplicação Recomendado 
O Manual de Caracterização, Aplicação, Uso e Manutenção das Principais Rochas Comerciais do Espírito Santo apresenta um guia de recomendações quanto ao uso dos principais mármores comercializados no setor de rochas ornamentais do Espírito Santo. Estes mármores são denominados comercialmente como:
Mármore Acqua Marine
Mármore Azul Tropical
Mármore Branco Clássico
Mármore Branco Neve
Mármore Cachoeiro White
Mármore Candelária White
Mármore Chocolate
Mármore Imperial Pink
Mármore Ônix
Mármore Pinta Verde
É recomendado para estes tipos de mármores a aplicação em ambientes internos, em pisos e escadas de muito baixo tráfego, paredes, divisórias, lavabos e mesas. Em banheiros, pode ser usada nas bancadas impermeabilizadas e paredes, mas deve ser evitada no piso do box. Outro ambiente de aplicação restrita é a cozinha, onde é comum materiais de alta fluidez e não tendo resistência contra ácidos, pode adquirir manchas e perda de brilho em contato com produtos como vinagre, limão ou materiais de limpeza. Nas áreas externas deve ser evitado porque o material se desgasta com a poluição e a chuva ácida.
Destaca-se ainda o uso e aplicação do mármore como lavabos, pisos, lareiras, objetos decorativos, estátuas, mesas, quadros paginados, como materiais translúcidos, jardinagem dentre outros (Figuras 8, 9 e 10).
Figura 8: Mármores Translúcidos
Fonte: www.marmogran.com.br
Figura 9: Pisos de mármore
Fonte: http://riogrande-dosul.all.biz/
Figura 10: Estátua do Rei Roberto Carlos
Fonte: g1.globo.com
CONCLUSÕES
O uso e aplicação do mármore requer cuidados e estudos necessários para que este material não seja comprometido quanto a sua estrutura e beleza tornando limitado seu campo de utilização.
Contudo, apesar de sua aplicação restrita, o mármore tem bastante mercado, devido ás novas tecnologias no ramo de rochas ornamentais principalmente no setor de beneficiamento e acabamento.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FRASCÁ, M.H.B. de O (2011) - Rochas ornamentais - Definições e características; São Paulo, Inédito, 62 p.
SALES, F. A. C. B. (2012). Estudo Comparativo Dos Parâmetros De Caracterização Tecnológica Em Rochas Ornamentais E De Revestimentos Resinadas E Não Resinadas. Tese de doutorado - UFC, Fortaleza, 135 p.
CHIODI FILHO, C.; RODRIGUES, E, de. P. (2009 b). Guia De Aplicação De Rochas Em Revestimento. São Paulo: ABIROCHAS, 160 p
HENRIQUES, A. M. E; MOURA C. A et al (2006). Manual Da Pedra Natural Para Arquitetura, Lisboa (Portugal): Direção geral de geologia e energia, 199p.

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