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AULA 09 - CONDICAO

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CLÁUSULAS ACIDENTAIS DO NEGÓCIO JURÍDICO
A produção de efeitos, quando praticado o ato ou o negócio jurídico é, em regra, imediata.
Todavia, pode haver uma AUTOLIMITAÇÃO DA VONTADE, quando as partes interessadas subordinam a eficácia do ato a certos elementos que só posteriormente se verificarão. São CLÁUSULAS ACIDENTAIS DO NEGÓCIO JURÍDICO, divididas em três espécies: (i) CONDIÇÃO; (ii) TERMO e (iii) ENCARGO (ou MODO). 
CONDIÇÃO
CONCEITO - Art. 121. Considera-se condição a cláusula que, derivando exclusivamente da vontade das partes, subordina o efeito do negócio jurídico a evento futuro e incerto. 
Tratando-se de evento futuro, vale ressaltar que dúvidas sobre fatos pretéritos não são condições.
CLASSIFICAÇÃO:
EM RELAÇÃO À AQUISIÇÃO OU EXTINÇÃO DE DIREITO
A.1. SUSPENSIVA: evento futuro e incerto, a partir do qual se admite um direito.
Art. 125. Subordinando-se a eficácia do negócio jurídico à condição suspensiva, enquanto esta se não verificar, não se terá adquirido o direito, a que ele visa.
Art. 126. Se alguém dispuser de uma coisa sob condição suspensiva, e, pendente esta, fizer quanto àquela novas disposições, estas não terão valor, realizada a condição, se com ela forem incompatíveis. 
A.2. RESOLUTIVA: evento futuro e incerto, a partir do qual se perde (extingue) um direito.
Art. 127. Se for resolutiva a condição, enquanto esta se não realizar, vigorará o negócio jurídico, podendo exercer-se desde a conclusão deste o direito por ele estabelecido.
Art. 128. Sobrevindo a condição resolutiva, extingue-se, para todos os efeitos, o direito a que ela se opõe; mas, se aposta a um negócio de execução continuada ou periódica, a sua realização, salvo disposição em contrário, não tem eficácia quanto aos atos já praticados, desde que compatíveis com a natureza da condição pendente e conforme aos ditames de boa-fé. 
EM RELAÇÃO À OCORRÊNCIA DO EVENTO
B.1. POSITIVA: subordinação a EVENTO futuro que DEVE OCORRER.
B.2. NEGATIVA: subordinação a EVENTO futuro que NÃO PODE OCORRER.
EM RELAÇÃO AO FATO GERADOR
C.1. POTESTATIVA: depende apenas de uma das partes.
C.2. CASUAL: depende de coisa fortuita.
C.3. MISTA: depende, simultaneamente, do acaso e da vontade das partes.
- CONDIÇÃO POTESTATIVA PURA: dá-se quando a eficácia do ato está dirigida para o próprio ato. Apenas uma das partes decide se há ou não de se verificar a condição. ESSA CONDIÇÃO É PROIBIDA PELO CCIVIL (art. 122). 
Art. 122. São lícitas, em geral, todas as condições não contrárias à lei, à ordem pública ou aos bons costumes; entre as condições defesas se incluem as que privarem de todo efeito o negócio jurídico, ou o sujeitarem ao puro arbítrio de uma das partes.
- CONDIÇÃO POTESTATIVA NEGATIVA SEM LIMITE DE TEMPO: pode se tornar inoperante. Solução pela hipótese de CAUÇÃO.
EM RELAÇÃO À NATUREZA
D.1. CONDIÇÃO DE FATO: ligada a algum fato.
D.2. CONDIÇÃO DE DIREITO: ligada a uma situação jurídica.
OBSERVAÇÃO: não são condições aqueles elementos de fato e de direito que são essenciais e pressupostos da validade do ato.
VALIDADE DAS CONDIÇÕES E O NEGÓCIO JURÍDICO – ARTS. 123/124, DO CCIVIL
INVALIDADE DA CONDIÇÃO, COM A IMEDIATA INVALIDADE DO NEGÓCIO JURÍDICO
Art. 123. Invalidam os negócios jurídicos que lhes são subordinados: 
I - as condições física ou juridicamente impossíveis, quando suspensivas; 
II - as condições ilícitas, ou de fazer coisa ilícita; 
III - as condições incompreensíveis ou contraditórias. 
3.2. INEXISTÊNCIA DA CONDIÇÃO, SEM CONTAMINAÇÃO DO NEGÓCIO JURÍDICO
Art. 124. Têm-se por inexistentes as condições impossíveis, quando resolutivas, e as de não fazer coisa impossível.
SITUAÇÃO JURÍDICA DO TITULAR DE DIREITO EVENTUAL NO PERÍODO DE PENDÊNCIA, que é o período que vai da declaração de vontade até o implemento da condição.
Art. 130. Ao titular do direito eventual, nos casos de condição suspensiva ou resolutiva, é permitido praticar os atos destinados a conservá-lo. 
OBSERVAÇÃO QUANTO À MÁ-FÉ NO IMPLEMENTO OU NO SEU ÓBICE
Art. 129. Reputa-se verificada, quanto aos efeitos jurídicos, a condição cujo implemento for maliciosamente obstado pela parte a quem desfavorecer, considerando-se, ao contrário, não verificada a condição maliciosamente levada a efeito por aquele a quem aproveita o seu implemento. 
EFEITOS DO IMPLEMENTO DA CONDIÇÃO
EX TUNC

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