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AULA 12 - DEFEITOS DO NEGOCIO JURIDICO - DOLO

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DEFEITOS DO NEGÓCIO JURÍDICO (continuação)
DOLO
CONCEITO: influência maliciosa que alguém exerce sobre outra pessoa para induzi-la ao erro, que influi sobre as suas declarações de vontade. O dolo pode induzir não só ao erro obstativo como também no erro-vício.
CONSEQÜÊNCIAS JURÍDICAS: invalidade só se for a causa do negócio/ato, ou seja, somente quando a parte não praticaria o negócio/ato sem o dolo. A reparação existe para punir a má-fé e, por conseguinte, proteger a boa-fé nos negócios.
ESPÉCIES DE DOLOS: há duas espécies de dolos. 
Dolus bônus – é a malícia natural dos negócios. Algo absolutamente normal, sobre o qual não há conseqüências jurídicas negativas. Idéia de lucro.
Dolus malus – esta é a espécie que macula os negócios, que induzem a outra parte em erro. Exemplo legislativo: art. 37, do CDC – propaganda enganosa ou abusiva.
Art. 37. É proibida toda publicidade enganosa ou abusiva.
        § 1° É enganosa qualquer modalidade de informação ou comunicação de caráter publicitário, inteira ou parcialmente falsa, ou, por qualquer outro modo, mesmo por omissão, capaz de induzir em erro o consumidor a respeito da natureza, características, qualidade, quantidade, propriedades, origem, preço e quaisquer outros dados sobre produtos e serviços.
        § 2° É abusiva, dentre outras a publicidade discriminatória de qualquer natureza, a que incite à violência, explore o medo ou a superstição, se aproveite da deficiência de julgamento e experiência da criança, desrespeita valores ambientais, ou que seja capaz de induzir o consumidor a se comportar de forma prejudicial ou perigosa à sua saúde ou segurança.
        § 3° Para os efeitos deste código, a publicidade é enganosa por omissão quando deixar de informar sobre dado essencial do produto ou serviço.
DOLO CAUSADO POR 3º: o terceiro faz manobras dolosas para se beneficiar. A responsabilidade é sempre de quem cometeu o dolo. Todavia, haverá responsabilidade solidária entre a parte adversa e o 3º, caso a parte adversa saiba da manobra.
ÔNUS DA PROVA: sempre de quem alega. Cuidado com as hipóteses trazidas pelo CDC, pois impõe a inversão do ônus da prova.
CÓDIGO CIVIL
Art. 145. São os negócios jurídicos anuláveis por dolo, quando este for a sua causa. 
Art. 146. O dolo acidental só obriga à satisfação das perdas e danos, e é acidental quando, a seu despeito, o negócio seria realizado, embora por outro modo. 
Art. 147. Nos negócios jurídicos bilaterais, o silêncio intencional de uma das partes a respeito de fato ou qualidade que a outra parte haja ignorado, constitui omissão dolosa, provando-se que sem ela o negócio não se teria celebrado. 
Art. 148. Pode também ser anulado o negócio jurídico por dolo de terceiro, se a parte a quem aproveite dele tivesse ou devesse ter conhecimento; em caso contrário, ainda que subsista o negócio jurídico, o terceiro responderá por todas as perdas e danos da parte a quem ludibriou. 
Art. 149. O dolo do representante legal de uma das partes só obriga o representado a responder civilmente até a importância do proveito que teve; se, porém, o dolo for do representante convencional, o representado responderá solidariamente com ele por perdas e danos. 
Art. 150. Se ambas as partes procederem com dolo, nenhuma pode alegá-lo para anular o negócio, ou reclamar indenização.
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LESÃO
CONCEITO: vício que determina exagerada vantagem – onerosidade excessiva para uma das partes com o conseqüente prejuízo financeiro para a outra parte.
FUNDAMENTO: limites à autonomia da vontade, ou seja, à liberdade de contratar.
CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR – CLÁUSULAS ABUSIVAS: vide art. 51, IV e § 1º, III. BASE LEGAL: art. 6º, V.
Art. 6º São direitos básicos do consumidor:
V - a modificação das cláusulas contratuais que estabeleçam prestações desproporcionais ou sua revisão em razão de fatos supervenientes que as tornem excessivamente onerosas;
Art. 51. São nulas de pleno direito, entre outras, as cláusulas contratuais relativas ao fornecimento de produtos e serviços que:
        (...)
IV - estabeleçam obrigações consideradas iníquas, abusivas, que coloquem o consumidor em desvantagem exagerada, ou sejam incompatíveis com a boa-fé ou a eqüidade;
        § 1º Presume-se exagerada, entre outros casos, a vontade que:
        I - ofende os princípios fundamentais do sistema jurídico a que pertence;
        II - restringe direitos ou obrigações fundamentais inerentes à natureza do contrato, de tal modo a ameaçar seu objeto ou equilíbrio contratual;
        III - se mostra excessivamente onerosa para o consumidor, considerando-se a natureza e conteúdo do contrato, o interesse das partes e outras circunstâncias peculiares ao caso.
        § 2° A nulidade de uma cláusula contratual abusiva não invalida o contrato, exceto quando de sua ausência, apesar dos esforços de integração, decorrer ônus excessivo a qualquer das partes.
CÓDIGO CIVIL
        Art. 157. Ocorre a lesão quando uma pessoa, sob premente necessidade, ou por inexperiência, se obriga a prestação manifestamente desproporcional ao valor da prestação oposta. 
§ 1o Aprecia-se a desproporção das prestações segundo os valores vigentes ao tempo em que foi celebrado o negócio jurídico. 
§ 2o Não se decretará a anulação do negócio, se for oferecido suplemento suficiente, ou se a parte favorecida concordar com a redução do proveito.
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ESTADO DE PERIGO
CONCEITO: situação de receio ou temor que leva o necessitado a praticar um ato que em outras condições não o faria.
CONSEQÜÊNCIA JURÍDICA: invalidade do negócio, pois não atende, em princípio, à função sócio-econômica do contrato (desequilíbrio econômico-financeiro).
EXEMPLOS: a) promessa do náugrafo ao salvador; b) negócio jurídico celebrado em caso de seqüestro de pessoa da família, para que se possa pagar o resgate; c) vítima de acidente grave de automóvel, que assume obrigações excessivamente onerosas para que não morra no local do acidente; d) doente que promete pagar honorários excessivos ao cirurgião, com receio de que, se não operado, venha a falecer.
CÓDIGO CIVIL
Art. 156. Configura-se o estado de perigo quando alguém, premido da necessidade de salvar-se, ou a pessoa de sua família, de grave dano conhecido pela outra parte, assume obrigação excessivamente onerosa. 
Parágrafo único. Tratando-se de pessoa não pertencente à família do declarante, o juiz decidirá segundo as circunstâncias.

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