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AULA 01 - TEORIA DO FATO JURÍDICO

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TEORIA DO FATO JURÍDICO
1. RELAÇÃO JURÍDICA E FATOS JURÍDICOS
Conceito de relação jurídica
Relação jurídica em sentido amplo é toda a relação da vida social relevante para o Direito, isto é, produtiva de efeitos jurídicos e, portanto, disciplinada pelo Direito.
Relação jurídica em sentido restrito ou técnico é a relação da vida social disciplinada pelo Direito, mediante atribuição a uma pessoa de um direito subjetivo e a imposição à outra pessoa de um dever jurídico ou de uma sujeição.
Elementos da relação jurídica
Toda relação jurídica existente entre sujeitos; incidirá normalmente sobre um objeto; promana de um fato jurídico; a sua efetivação pode fazer-se mediante recurso a providências coercitivas, adequadas a proporcionarem a satisfação correspondente ao sujeito ativo da relação, isto é, a relação jurídica está dotada de garantia. Então, sujeitos, objeto, fato jurídico e garantia são os elementos da relação jurídica.
Portanto, o fato jurídico é um dos elementos da relação jurídica, daí a importância de estudá-lo separadamente.
2. CONCEITO E CLASSIFICAÇÃO DOS FATOS JURÍDICOS
Conceito de fato jurídico
Fato jurídico é todo o ato humano ou acontecimento natural juridicamente relevante. Esta relevância jurídica traduz-se na produção de efeitos.
Nem todos os fatos são fatos jurídicos, pois há aqueles que são indiferentes para o Direito, ou seja, desprovidos de qualquer eficácia jurídica, p. ex.: o convite para um passeio, uma visita de cortesia social.
Classificação dos fatos jurídicos
Esta é a primeira grande classificação dos fatos jurídicos:
		 fato jurídico involuntário ou natural
fato jurídico 
	 		 fato jurídico voluntário ou ato jurídico
Os fatos voluntários ou atos jurídicos resultam da manifestação ou atuação de uma vontade como elemento juridicamente relevante; são ações humanas tratadas pelo Direito enquanto manifestações de vontade.
Já os fatos naturais ou involuntários são estranhos a qualquer processo volitivo – ou porque resultam de causas de ordem natural ou porque sua eventual voluntariedade não tem relevância jurídica. São exemplos: a destruição natural de um objeto, o decurso do tempo, o nascimento, a morte, a vizinhança.
No que tange à morte, é importante salientar que a eventual voluntariedade não tem qualquer relevância para os efeitos jurídicos respectivos (abertura de sucessão). Todavia, é um ato jurídico o homicídio, suscetível de desencadear conseqüências jurídicas (processo criminal e condenação criminal, por exemplo). 
A segunda grande classificação liga-se aos fatos jurídicos voluntários ou atos jurídicos.
	 ato jurídico em sentido 
 estrito ou “stricto sensu” 	
fato jurídico voluntário
ou ato jurídico 
		 		
 negócio jurídico
Os negócios jurídicos são fatos voluntários, cujo núcleo essencial é integrado por uma ou mais declarações de vontade a que o ordenamento jurídico atribui efeitos concordantes com o conteúdo da vontade das partes.
Os efeitos dos negócios jurídicos produzem-se “ex voluntate” e não apenas “ex lege”. É o que sucede com o contrato e com o testamento.
Os simples atos jurídicos (ou atos jurídicos “stricto sensu”) são fatos voluntários cujos efeitos se produzem, mesmo que não tenham sido previstos ou queridos por seus autores, ainda que haja concordância entre as vontades destes e os referidos efeitos. Não é necessária, então, uma vontade de produção de efeitos.
Então, ao contrário do que ocorre com os negócios jurídicos, os efeitos dos simples atos jurídicos produzem-se “ex lege” e não “ex voluntate”. São exemplos, a interpelação do devedor, a criação de uma obra artística, a adoção, o casamento.
Assim, a produção de efeitos jurídicos, no ato jurídico simples, está prevista em lei, não tendo especial atenção a vontade do(s) agente(s); já o negócio jurídico, ao contrário, não produz efeitos que o agente não tenha querido.
Por fim, é importante salientar que a classificação acima exposta, liga-se aos fatos voluntários lícitos, que são aqueles praticados de acordo com o ordenamento jurídico. Não se pode deixar de lembrar que os atos jurídicos podem ser ilícitos (contrários à ordem jurídica).
	EM CONCLUSÃO:
		 		fatos jurídicos em sentido estrito
fatos jurídicos				
atos jurídicos em sentido estrito
					atos jurídicos 
negócios jurídicos

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