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Ação de Ressarcimento de Perdas e Danos

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ____CÍVEL COMARCA DE ARARAQUARA-SP.
 RICARDO HENRIQUE TEIXEIRA, brasileiro, casado, comerciante, inscrito no CPF sob nº 294.134.238-90 e RG nº 32.916.752-4 residente e domiciliado na Rua Vicente Satriane, nº 316, AP 131, endereço eletrônico; ricardohenriqueteixeira@gmail.com, Vila Suconasa na cidade Araraquara-SP, através de seu procurador legal infra firmada, vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência com fulcro no artigo 186 do Código Civil e demais consectários legais.
AÇÃO DE RESSARCIMENTO/RESTITUIÇÃO DE PERDAS E DANOS.
 Em face de ISLAM LUIZ DE TOLEDO, brasileiro, solteiro, maior, atleta profissional, inscrito no CPF nº 360.200.528-06, na cédula de identidade RG nº 41.260.615-X/SSP/SP, endereço eletrônico: islamluizdetoledo@gmail.com, residente e domiciliado na Av. Clóvis Colombo nº 245, Araraquara-SP, diante dos fatos exposto a seguir:
I-DOS FATOS
 O requerente vendeu ao requerido um veículo Jetta de placa DSG 6013, pelo valor de R$ 40.000,00, que entregou pessoalmente o veículo nas dependências da agência APIA Comércio de Veículos Ltda nesta mesma cidade, com o compromisso do pagamento através de dois cheques no valor de R$ 10.000,00 ( dez mil reais) para a o dia 27/11/2012 e outro no valor de R$ 30.000,00 (quarenta mil reais) para o dia 30/11/2012, tudo acompanhado pela senhora Jordânia Duranti, vendedora da empresa ÁPIA. As referidas cártulas foram entregues diretamente a empresa ÁPIA, pois o requerente firmou o compromisso de adquirir um veículo novo, zero KM, e o valor pago pelo requerido corresponderia ao valor de entrada em seu novo veículo, outro Jetta.
 No entanto, o primeiro cheque fora devolvido por insuficiência de fundos. O requerido ao ser contatado compromete-se a realizar uma TED diretamente a empresa ÁPIA. Ocorre que o requerido não cumpriu com seu compromisso. No dia 03/12 o requerente telefonou para o requerido perguntado sobre o pagamento, sendo informado que o pagamento seria feito à tarde. Como nada se concretizava o requerente encaminhou mensagens para a devolução imediata do veículo, como em anexo nos autos, a troca de mensagens, o que foi concretizado na manhã do dia 4, terça-feira.
 Com o decorrer dos fatos o requerente então procurou a empresa ÁPIA para que fosse entregue o carro que correspondera ao valor de entrada de seu novo veículo, um JETTA-HIGHLINE Classic, branco Cristal, que foi retirado no dia 08/12/12. Para que isso ocorresse, a empresa ÁPIA exigiu o complemento do valor da entrada, o correspondente a R$ 7.000,00 (sete mil reais) como exposto o recibo em anexo, pois a concessionária recebeu o veículo pelo valor de R$ 33.385,00 (trinta e três mil trezentos e oitenta e cinco reais) e, não pelo valor vendido ao requerido, qual seja, R$ 40.000,00 (quarenta mil reais), como pode ser observado nos autos, documentos em anexos. 
 Ademais o requerido, dias após a compra do veículo do requerente, o mesmo cometeu dois atos infracionais de trânsito, sendo o primeiro no dia 01/12/12 na cidade de São José dos campos-SP e o segundo no dia 03/12/2012 na cidade de Guarujá-SP, como consta nos autos fotos das infrações e as datas sem qualquer dúvida que o carro estava em posse do autor.
 Pertinente destacar. O requerido assinou no dia 12/12/2012, documento nº12 de fls.17, um Termo de Responsabilidade; onde o mesmo assume todas as responsabilidades, tanto de perdas e danos quanto assuntos referentes a segurança, multas e acidentes correspondentes a 23/11/2012 à 04/12/2012, data que ficou em posse do veículo. Nada a suscitar qualquer dúvida da responsabilidade do requerido e consciência de seus danos.
 Por fim, o requerente fez uso do veículo entre os dias 23/11/12 à 04/12/2012, ou seja, 11 dias de uso do veículo sem qualquer custo/pecúlio, fazendo jus ao requerente ao arbitramento do aluguel da diária do veículo.
III – DO DIREITO
 O objetivo da presente ação é a indenização com a reparação dos danos, consequente de ato de responsabilidade Civil, que está amparada pela Legislação vigente e pela mais ampla jurisprudência dilatada pelos nossos Tribunais.
 A culpa pelo evento danoso é atribuída ao requerido pela inobservância de um dever que deveria conhecer e observar.
 Está assegurado na Constituição Federal de 1988 o direito relativo à reparação de danos materiais:
 Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
X - São invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito à indenização por dano material ou moral decorrente de sua violação.
 Sobre a responsabilidade de reparar o dano causado a outrem, Luis Chacon diz que:
(...) o dever jurídico de reparar o dano é proveniente da força legal, da lei. Esse dever jurídico tem origem, historicamente, na idéia de culpa, no respondere do direito romano, tornando possível que a vítima de ato danoso culposo praticado por alguém pudesse exigir desse a reparação dos prejuízos sofridos. Obviamente que se a reparação não for espontaneamente prática será possível o exercício do direito de crédito, reconhecido por sentença em processo de conhecimento, através da coação estatal que atingirá o patrimônio do devedor causador dos danos. (CHACON, Luis Fernando Rabelo. São Paulo: Saraiva, 2009)
 Nestas condições, cumpre invocar também a lei substantiva que estabelece, categoricamente, nos artigos 186, 927 e 402, todos do Código Civil:
Art. 186 – Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência violar direito ou causar prejuízo à outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo. 
 Está evidente que o réu causou danos ao autor, devendo repará-lo, consoante reza nossa ilustre norma.
 De acordo com o artigo 28 do Código de Trânsito Brasileiro “o condutor deverá, a todo o momento, ter domínio de seu veículo, dirigindo-o com atenção e cuidados indispensáveis a segurança do trânsito”.
 Os fatos mostram que o réu não estava observando os cuidados indispensáveis à segurança do trânsito, agindo com falta de atenção.
 Excelência, no caso em tela, o ato causador do dano se revestiu de inconteste, imprudência e negligencia por parte do réu, que, inadvertidamente, sem observância das prescrições legais, haja vista é cediço de todos que o Código de Trânsito Brasileiro impõe sansões a excesso de velocidade e Avançar sinal vermelho de trânsito.
 Sem dúvida, a lei ampara o direito do autor, à luz de ampla Jurisprudência pacifica de nossos Tribunais, sendo oportuno transcrever a seguinte emenda:
 Ausente qualquer prova de ter havido culpa da vítima pelo dano, respondera o causador do dano (RT227/230).
De acordo com o Código de Trânsito vigente vejamos o dispositivo do artigo 175:
"Art. 175 - É dever de todo condutor de veículo:
I - dirigir com atenção e os cuidados indispensáveis á segurança no trânsito;
VII- obedecer à sinalização;
XIII - transitar em velocidade compatível com a segurança"
 Não resta dúvida que o requerido, por imprudência, infringiu normas de trânsito, tendo sido a sua ação culposa, a causa exclusiva do evento danoso, devendo o mesmo ser condenado a ressarcir os danos materiais sofridos pelo autor, no caso em tela, ao ressarcimento de multas.
 No que tange a respeito do arbitramento do aluguel do veículo, é passível decisão: 
 
 Nesse sentido já se decidiu:
 EMENTA
CIVIL - COMPRA E VENDA - EMBARCAÇÃO - INADIMPLEMENTO - RESCISÃO - STATU QUO ANTE - RETORNO - QUANTIAS PAGAS - DEVOLUÇÃO - CORREÇÃO MONETÁRIA - MERA RECOMPOSIÇÃO - ALUGUEL PELO USO - ENRIQUECIMENTO SEM CAUSA - INDENIZAÇÃO DEVIDA -SUCUMBÊNCIA - REDISTRIBUIÇÃO 1 Verificado o inadimplemento do adquirente, operando-se a resolução de contrato de compra e venda de móvel, as partes devem retornar ao estado anterior, como se não houvesse a avença, de modo que o bem volta para o alienante e, ausente cláusula penal ou não comprovadas perdas e danos, as quantias pagas são restituídas ao comprador. 2 É entendimento consolidado nos tribunais que "a correção monetária não constitui plus ou acréscimo material à dívida, mas simples mecanismo de recomposição do seu valor monetário em razão do tempo transcorrido" (AgRg no AREsp n. 401.543/RJ, Min. Luis Felipe Salomão), de modo que a restituição do montante pago ao comprador inadimplente deve se fazer acrescendo-se esse consectário. 3 Não se admite que o contratante responsável pela resolução da avença, por sua inadimplência, deixe de remunerar a contraparte pelo uso do objeto contratual, pois a fruição de um bem pertencente a terceiro pressupõe o pagamento de um preço, a título de aluguel com natureza indenizatória, sob pena de enriquecimento sem causa, porque a ninguém é lícito dispor gratuitamente de bem móvel ou imóvel de outrem. 4 Resolvido o contrato com a determinação para a devolução do bem ao vendedor, e a restituição dos valores pagos pelo comprador, é necessária a fixação de aluguel pelo período em que a embarcação permaneceu na posse do adquirente, que dela usou e fruiu, sob pena de permitir-se o indevido enriquecimento ilícito.
 
III. I - DA INDENIZAÇÃO
 No que tange em relação ao ressarcimento/perdas e danos, importa trazer à baila a égide do artigo 186, 927 e 402, todos do código Civil, do qual dispõe:
Art. 186 – Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência violar direito ou causar prejuízo à outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187, ambos do C.C.), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.
Art. 402. Salvo as exceções expressamente previstas em lei, as perdas e danos devidas ao credor abrangem, além do que ele efetivamente perdeu, o que razoavelmente deixou de lucrar.
 Já que aduz o Código de transito Brasileiro: 
Art. 218, inc. I- (...) Quando a velocidade for superior a máxima em até 20%.
Art.208- Avançar o sinal vermelho do semáforo do semáforo ou o de parada obrigatória; (...) 
Art. 257- As penalidades serão impostas ao condutor, ao proprietário do veículo, ao embarcador e ao transportador, salvo os casos de descumprimento de obrigações e deveres impostos a pessoas físicas ou jurídicas expressamente mencionados neste Código.
§ 1º Aos proprietários e condutores de veículos serão impostas concomitantemente as penalidades de que trata este Código toda vez que houver responsabilidade solidária em infração dos preceitos que lhes couber observar, respondendo cada um de per si pela falta em comum que lhes for atribuída.
§ 2º Ao proprietário caberá sempre a responsabilidade pela infração referente à prévia regularização e preenchimento das formalidades e condições exigidas para o trânsito do veículo na via terrestre, conservação e inalterabilidade de suas características, componentes, agregados, habilitação legal e compatível de seus condutores, quando esta for exigida, e outras disposições que deva observar.
§ 3º Ao condutor caberá a responsabilidade pelas infrações decorrentes de atos praticados na direção do veículo.
 Logo, o requerente deverá ser indenizado pelas multas, no valor de R$ 130,16 por excesso de velocidade e R$ 127,00 por ultrapassar sinal vermelho e, também pelo dano efetivo causado pelo desfazimento do negócio jurídico, visto que o requerido ao devolver o veículo, desfazer o negócio jurídico, não arcou com a diminuição/diferença do valor, pelo qual a concessionária havia negociado ao autor, pois o lucro do veículo que antes era ônus do comprador passou-se ao autor que arcou com a diferença de R$ 7.000,00 (sete mil reais).
 E por fim, no documento de número 18 de fls.23, um recibo pago pelo requerente, em seu próprio nome no valor de R$ 70,00 (setenta reais) referente a vistoria do veículo.
 Ante todo o exposto, requer-se que seja compelido o requerido ao pagamento de indenização a título de danos materiais, acrescidos de juros legais e correção monetária a partir da data do ato ilícito até a data do efetivo pagamento, consoante se infere do entendimento sumulado de n.º 43 do Superior Tribunal de Justiça e, ainda, o arbitramento de aluguel pelo uso do veículo.
IV- DO PEDIDO
De acordo com o exposto, requer:
A) A condenação do requerido na restituição dos prejuízos sofridos pelo requerente na exata quantia de R$ 7.327,16, referente ao valor da diferença paga pelo autor e multas pelas infrações cometidas e recibo da vistoria do veículo, devendo ser corrigido monetariamente e acrescido de juros legais desde a data do desembolso até a data do efetivo pagamento, bem como seja arbitrado aluguel diário a ser pago pelo requerido, no período de 23/11/2012 à 04/12/2012, com valor não inferior a R$100,00 diário. 
B) Citação do requerido no endereço mencionado acima para contestar, no prazo legal, sob pena de revelia.
C) A produção de todos os tipos de provas, em especial depoimento pessoal, oitiva de testemunhas e juntada de documentos.
D) A condenação do requerido ao pagamento de custas processuais e honorários advocatícios, estes de acordo com o disposto do artigo 20, § 3º do Código de Processo Civil.
 Dar-se a causa o valor de R$ 7.327,16 (sete mil trezentos e vinte sete reais e dezesseis centavos)
Diante do exposto,
Pede deferimento,
 Araraquara, 14 de Março de 2019.
_________________________________________
 ADAYL STUCCHI NETO
 OAB 1115106
____________________________________________
 RODRIGO ELI RETAMERO BERJAN 
 OAB 1114296

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