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RESENHA TIC EM SEGURANÇA PÚBLICA

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
Pós-graduação em Políticas e Gestão em Segurança Pública
Resenha do Caso: O Novo Departamento de Polícia de Nova Iorque
Trabalho da disciplina: Gerenciamento de TIC em Segurança Pública.
 Prof. André Luís da Silva Nascimento 
João Pessoa
2019
O Novo Departamento de Polícia de Nova Iorque. Biblioteca da disciplina Gerenciamento de TIC em Segurança Pública. João Pessoa, 24 de abril de 2019.
O novo departamento de polícia de Nova Iorque
O departamento de polícia de Nova Iorque foi fundado em 1845 e considerado em diversos momentos como um modelo para os demais departamentos americanos. O seu nível de eficiência nesse período era medido de acordo com a rapidez com que se atendia as ocorrências. Nos anos 70 e 80 esse modelo já não surtia o mesmo efeito frente à criminalidade, as mudanças socioeconômicas e culturais. A população demonstrava-se muito insatisfeita com a violência que assolava toda a cidade.
Diante desse contexto, a partir da década de 80 começou a aclarar nos departamentos de polícia o modelo de polícia comunitária, uma alternativa para melhorar a segurança pública de Nova Iorque. O programa “Ruas Seguras, Cidade Segura” iniciou-se em 1991 com previsão de término em 1996, criado para assumir uma postura mais dura contra o crime, através da implementação de novas tecnologias com mais policiais nas ruas.
Em 1993 após a eleição de Giuliani, criou-se uma nova perspectiva para o departamento, seria uma nova era, um prefeito que havia sido promotor e que tinha uma intensa reputação de ser grande combatente da corrupção e do crime organizado. Wiiliam Bratton foi indicado pelo novo prefeito para ser uma espécie de comissário do departamento de polícia, ele assumia o cargo a partir de 1994 com um entendimento claro dos problemas administrativos e criminais que implicavam diretamente nos números da violência na cidade. O novo comissário visava desde reduzir a impaciência da população com a alta criminalidade a melhorar uma força policial desmoralizada e desacreditada, que preferia ficar longe de problemas não policiando a cidade.
Utilizando a experiência obtida no departamento de trânsito, Bratton buscou investir em tecnologia aprimorando as atividades efetuadas pelo departamento de Nova Iorque e inseriu mudanças administrativas através de demissões de diferentes membros do alto escalão. As operações do dia-a-dia ficaram a cargo dos comandantes distritais, aos poucos Bratton com uma administração mais próxima da população e dos subordinados foi ganhando confiança.
As iniciativas da nova administração em colher e informatizar estatísticas e gráficos de modo a melhorar o treinamento, a produtividade, premiando os melhores resultados através da análise dos números da violência/criminalidade em reuniões semanais com os comandantes distritais dava uma dimensão rápida dos esforços, resultados e planos no combate ao crime.
Nos primeiros seis meses da inserção da nova política de combate ao crime em Nova Iorque e com estatísticas do Federal Bureau of Investigation (FBI), a cidade respondeu por uma redução de 61% dos crimes graves em todos os Estados Unidos, era satisfatório para o chefe do departamento de polícia e de sua equipe, embora precisasse continuar com uma redução da criminalidade com restrições orçamentárias. 
O prefeito Giuliani preocupado com a “qualidade de vida” dos nova-iorquinos e usando o fundamento da teoria das “janelas quebradas”, na qual afirmava que se uma janela de um prédio fosse quebrada e não consertada, logo todas as demais também seriam. Sendo assim, a aplicação das leis para as chamadas “infrações sobre a qualidade de vida” começara a ser aplicadas, nas quais estavam inseridas: urinar em público, pichar e limpar para-brisas. No primeiro trimestre daquele ano as prisões de pedintes, bêbados, limpadores de para-brisas aumentaram 38%, os mandados 40% e o imposto sobre vendas 49%. Essas leis foram aplicadas ainda sobre artistas e grafiteiros que pichavam propriedades públicas e privadas municipais, Bratton referia-se a essas estratégias como a chave para o combate ao crime, uma reengenharia dos processos de organização.
O cumprimento das leis que “melhoraram a qualidade de vida” dos Nova-iorquinos, mas trouxeram também um outro problema, o aumento de 32% nas reclamações de brutalidade policial e tratamento injusto com os cidadãos em 1994, em relação aos 2 anos anteriores. Deste modo, a Comissão de Combate a Corrupção Policial foi criada e o combate da corrupção através da estratégia policial nº 7. Um dos maiores desafios do departamento era vencer a tradição dos “muros azuis do silêncio” que seria a noção de não dedurar colegas, muito comum nas áreas policiais.
Após dois anos de mudanças o departamento passou a viver a base de sua reputação e alguns críticos questionavam a desconsideração dos direitos civis na aplicação das leis: Até que ponto esse caso/texto nos traz um combate ao crime ou retirada de hipossuficientes das ruas? É a pergunta que fica após a análise das informações trazidas.

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