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Intervenção Federal A forma federativa de Estado é regida pelo princípio da autonomia política de seus entes, cujas competências lhes são asseguradas pela Constituição. É em nome de um interesse maior, em prol da preservação do próprio Estado federado, que está constitucionalmente prevista a intervenção. A Intervenção Federal é sempre feita por um ente de maior grau sobre outro de menor grau. É uma medida excepcional, de natureza política, do Sistema Constitucional de Crises - Interv. Federal (art. 34-36, CF), Estado de Defesa e Estado de Sítio (art. 136-141, CF) -, que configura um estado de legitimidade extraordinária necessária e temporária, a qual suspende a autonomia, em alguns casos previstos (rol taxativo, art. 34, CF), do ente federado visando a normalidade constitucional. CARACTERÍSTICAS EXCEPCIONALIDADE DA MEDIDA NATUREZA POLÍTICA TEMPORARIEDADE DA EXECUÇÃO SUSPENDE A AUTONOMIA TAXATIVIDADE DAS HIPÓTESES PRINCÍPIOS ENVOLVIDOS EXCEPCIONALIDADE TEMPORARIEDADE PROPORCIONALIDADE 1. A União não pode sofrer intervenção, feriria a soberania nacional - Agente Ativo 2. Estado pode sofrer intervenção da União e pode intervir em municípios - Agente Ativo e Passivo 3. Município pode sofrer intervenção estadual (regra) ou federal (exceção, se estiver localizado em território federal) – Agente Passivo 4. A natureza política do decreto interventivo consiste, principalmente, na suspensão da autonomia do ente, mas também possui certa consequência jurídica quando invalida o ato ilegal. 5. A diferença básica entre a intervenção federal e os demais elementos de estabilização constitucional é que esta retira autonomia do ente federado enquanto aqueles (estado de defesa e de sítio) retiram direitos fundamentais. 6. Não haverá Emendas Constitucionais na vigência de Intervenção Federal (art. 60, § 1°, CF). 7. A intervenção será feita mediante decreto interventivo, ato PRIVATIVO do Presidente da República (art. 84, X, CF), podendo ser espontâneo (ato discricionário), provocado por solicitação (ato discricionário) ou provocado por requisição (ato vinculado). 8. O Presidente, antes de decretar a intervenção, quando houver discricionariedade, deve consultar o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional, que emitirão PARECERES meramente OPINATIVOS. 9. Haverá controle prévio, a tempore (CR, CDN, STF, STJ e TSE) e controle repressivo, a posteriori (Congresso Nacional, por maioria simples) em 24hs – REGRA 10. Depois, o controle repressivo do CN pode suspender o decreto interventivo a qualquer momento. 11. Também poderá haver o controle repressivo judicial, para verificar se os requisitos constitucionais foram atendidos. 12. Sem controle repressivo (CN) quando requisitado por desobediência de lei federal (representação interventiva do PGR denominada Ação de Executoriedade de Lei Federal) e de ordem judicial (ambos art. 34, VI); além de inobservância dos princípios constitucionais sensíveis (representação interventiva do PGR denominada Ação Direta de Inconstitucionalidade Interventiva – ADIN Interventiva - art. 34, VII, CF) – EXCEÇÃO 13. CN em recesso (sessão legislativa ordinária: 02/02-17/07 e 01/08-22/12), convocação extraordinária em 24hs. 14. O decreto interventivo deve conter CAPI: a) CONDIÇÕES de execução da intervenção b) AMPLITUDE da intervenção c) PRAZO d) nomeação do INTERVENTOR, se necessário
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