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Classificação das Obrigações (RESUMO)

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Classificação das obrigações
Quanto ao vínculo:
Civil e empresarial (perfeita) – conjuga todos os elementos da estrutura da obrig. elemento subjetivo/objetivo; prestação; vínculo jurídico em seus dois tempos. É uma obrigação exigível.
Natural (imperfeita): inexigível, não tem o momento sucessivo do vínculo jurídico (responsabilidade); se pagar é pagamento.
Soluti retentio – direito de retenção; não posso pedir o repititio indebiti (repetição indébito) – não posso pedir de volta o pagamento, credor tem o direito de retê-lo.
Moral: ato de mera liberalidade; não tem Devedor, Credor, prestação, vínculo jurídico.
Surte um único efeito jurídico: o direito de retenção - se pagar é pagamento.
Quanto ao objeto:
Dar: devedor tem que entregar alguma coisa ao credor. Exige uma conduta comissiva (positiva) do devedor. A entrega é juridicamente chamada de tradição.
Objeto imediato: conduta comissiva do devedor de fazer a tradição; objeto mediato: dar o que?
obrig. de dar pode surtir 3 efeitos jurídicos:
transmitir a propriedade do bem mediato;
Pode apenas transferir a posse do bem mediato;
Restituição de bem ao seu proprietário.
Obrig. de dar coisa certa (também chamada obrigação especifica para alguns autores):
Pode transmitir a propriedade; ou apenas transferir a posse (posso usar da coisa mas não posso dispor da coisa, pois devo restituí-la à seu dono. Ex: locador transfere a posse direta para o locatário e fica com a posse indireta.
Art. 233. A obrigação de dar coisa certa abrange os acessórios dela embora não mencionados, salvo se o contrário resultar do título ou das circunstâncias do caso.
Principal (existe por si mesmo), acessório (depende do principal)
O acessório segue o principal; salvo se constar cláusula expressa no contrato.
Circunstâncias do caso: compra-se uma casa onde tem um quadro de muito valor – a circunstância mostra que o quadro não acompanha a casa, é evidente.
Obrigação – conclusão: escolhe-se o produto e compra.
Execução: 6 prestações, estão sendo pagas.
Extinção: paga-se a ultima prestação.
Objeto mediato poderá sofrer perecimento (perda total) ou deterioração (perda parcial).
Art. 234
Se a coisa se perder: sem culpa do devedor – resolve-se a obrigação para ambas as partes. Voltam ao estado anterior à celebração da obrigação.
(se algum dinheiro foi adiantado, deverá ser devolvido com juros e correção monetária).
Com culpa do devedor – o devedor responderá pelo equivalente e mais perdas e danos, se houver.
se não houver perdas e danos e o devedor pagar: enriquecimento sem causa do credor art. 884
Art. 235
Deteriorada a coisa: não sendo culpado o devedor poderá o credor resolver a obrigação ou aceitar a coisa, abatido de seu preço o valor que se perdeu.
Art. 236
Sendo culpado o devedor, poderá o credor:
-Exigir o equivalente
-Aceitar a coisa no estado em que se encontra + perdas e danos.
Art. 237
Ate a tradição pertence ao devedor a coisa com seus melhoramentos e acrescidos, pelos quais poderá exigir aumento no preço.
Se o credor não anuir, poderá o devedor resolver a obrigação.
Ex: compra-se uma vaca que acaba ficando prenha de um touro antes da tradição, poderá ser exigido aumento no preço.
Se receber a coisa sem pagar o aumento: enriquecimento sem causa.
§ único – frutos percebidos – já colhidos, já pago, já pronto – fica para o devedor.
Frutos pendentes, futuros – para o credor.
Art. 238
Sem culpa do devedor – credor sofrerá a perda e a obrigação se resolverá, ressalvados os seus direitos até o dia da perda.
Res perit domino – a coisa se perde para o dono.
Por culpa do devedor: art. 239
Devedor responderá pelo equivalente + perdas e danos.
Art. 240. se coisa restituível se deteriorar:
Sem culpa do devedor – credor a recebe tal qual se acha, sem direito a indenização.
Por culpa do devedor – idem art. 239, devedor respondera pelo equivalente + perdas e danos.
No caso do art. 238
Se sobrevier melhoramentos e acrescidos:
Com trabalho e despesa do devedor – credor terá que remunerar o trabalho e reembolsar as despesas que o devedor teve.
Sem trabalho e despesas do devedor – art. 241 lucrará o credor, desobrigado de indenização.
Art. 1219 e 1220
Benfeitoria necessária – feita para conservação da coisa
Benfeitoria útil – aumenta a utilidade da coisa.
Algumas benfeitorias serão feitas para aformoseamento, embelezamento ou mais lazer, são as voluptuárias. Ex: construo uma piscina; compro uma estátua.
Se as benfeitorias forem feitas de boa fé, devedor tem direito de indenização das necessárias, úteis e de levantar as voluptuárias.
Se de má fé – devedor recebe apenas pelas necessárias (entende-se que se for necessária não terá como ser de má fé).
Benfeitoria útil – mesmo que de boa fé, sem consentimento do dono é um risco, o juiz pode entender que não houve boa fé.
Obrigação de dar coisa incerta – art. 243 à 246.
Obrig. genérica.
Não se trata de coisa individualizada, específica.
O objeto mediato, o bem da vida é indicado de forma genérica quando se celebra o contrato.
É indicada ao menos pelo gênero e pela quantidade (art. 243)
A coisa incerta é individualizada pela espécie, qualidade e quantidade.
Não se trata de coisa indeterminada, mas sim determinável.
Declino a espécie e descrevo e qualidade.
Entre o conjunto de cadeiras que guarnecem uma sala de aula – é uma delas
Art. 244
Entre as coisas determinadas por gênero e quantidade – a escolha cabe ao devedor; se o contrário não for observado no contrato, que pode especificar- a escolha cabe ao credor, ou a um terceiro, ou por um sorteio.
Então, caberá ao devedor se nada contratado.
O devedor não poderá escolher a coisa pior, nem será obrigado a prestar a melhor, deve seguir o critério mediano, da coisa média.
Entre todas as carteiras, retira aquela cujo estado de conservação é o mais comum entre todas.
Se a escolha cabe a um terceiro, deve-se também seguir o critério mediano.
Se for o credor – há uma divergência doutrinária.
Para alguns o credor é também abrangido pelo critério mediano, pois se assim é tratado o devedor, deve ser também o credor (princípio da isonomia).
Para outros o credor pode escolher a coisa melhor, pois o fato da escolha recair sobre o credor seria exatamente para ele escolher a nata, a coisa melhor.
Obrigação de entregar coisa incerta é transitória, não há pagamento de coisa incerta, no momento da concentração e escolha já não é mais coisa incerta.
Não é a concentração que extingue a obrig., mas a efetiva entrega da coisa.
Ver arts. 629, 630, 631 CPC.
Feita a escolha e cientificado o credor, passa a ser obrig. de dar coisa certa.
Art. 245
Art. 246
Antes da escolha o devedor não pode alegar perda ou deterioração da coisa, ainda que por caso fortuito ou força maior.
Genus nunquam perit – o gênero nunca perece.
Ex: contrato para entregar 2000 sacas de soja; se colhe apenas 1000 deve comprar as outras 1000 e entregar s 2000 como contratado. (gênero ilimitado)
Gênero limitado – deve ser entregue determinada quantidade de vinho de determinado vinhedo, não produz o suficiente para cumprir o contrato, a obrigação resolve-se.
Art. 243 – contrato de adesão
Cláusulas ambíguas, ou contraditórias – deve-se adotar a interpretação mais favorável ao aderente.
Certo produtor produz um vinho finíssimo, que só pode ser produzido em seu vinhedo. Faz contrato com previsão de 200 garrafas
Dia 1/1 – 100 garrafas para B
Dia 2/1 – 50 garrafas para C
Dia 3/1 – 50 garrafas para D
A chuva prejudica a safra e ele consegue apenas 100 garrafas.
Critério da prevenção:
Cronológico, atende quem contratou em primeiro lugar.
(mais usado)
Critério do rateio eqüitativo – distribui a produção conforme a quantidade pedida por cada credor.
Obrigaçãode dar pecuniária – o objeto da prestação é representado em dinheiro.
É a tutela genérica das perdas e danos.
Pode ser líquida – dar importância certa (aluguel mensal)
Ou ilíquida – importância incerta (perdas e danos)
Dividas se bipartem
Valor nominal – estampada na face da cédula ou da moeda; se eu devo determinada importância hoje, vou dever o mesmo valor amanhã.
Escala móvel – compro um automóvel em 6 prestações.
Primeira prestação é X; a segunda é X + correção monetária + juros
Enfrenta a inflação, se atualiza com o valor do dinheiro.
Deve ser contratado no real, a não ser na exportação, importação ou contrato com estrangeiro.
Continuação quanto ao objeto: OBRIGAÇÃO DE FAZER
Art. 247 ao 249 C.C
Prestação de um serviço ou de um ato que o devedor deve realizar em beneficio do credor.
Ex: contrato um arquiteto para confeccionar a planta de uma casa, contrato um jardineiro para fazer o jardim, um pintor para pintar a casa.
Diferença entre obrigação de dar positiva e de fazer positiva – obrig. de fazer, em regra, não exige a tradição da coisa.
Obrig. de dar sempre exige a tradição da coisa.
Ex: o médico não entrega a consulta.
Nos casos em que:
Contrato um escultor para esculpir uma pedra sabão, escultor deve entregar a escultura; a editora saraiva contrata a maria helena diniz para escrever uma obra, ela tem que entregar a obra;
Ainda assim, é obrigação de fazer pois necessitou previamente do trabalho humano antes da entrega. 
Prevalece a obrigação de fazer.
A faculdade de direito de Franca vai construir um prédio. A construtora terá que fornecer os materiais para a construção e construir o prédio – contrato de empreitada – prestação de serviços.
Aqui se conjuga duas obrigações: quando entrega o material – obrigação de dar; quando toma o material para iniciar a construção – obrigação de fazer.
Duas obrigações em um mesmo contrato.
Obrigação de fazer coisa:
Fungível – aquela em que o devedor pode determinar que terceira pessoa preste o serviço em seu nome e as suas custas.
Não é importante a figura o devedor.
Ex: fdf contrata determinada construtora, faz o contrato com os diretores da construtora e os empregados é que irão prestar o serviço.
O importante é o serviço a ser prestado.
Infungível - é importante a figura do devedor, procuro o serviço de determinado profissional em razão de suas qualidades profissionais, seus predicados.
Contrato o Roberto Carlos para realizar um show. Ele não poderá mandar outro em seu lugar; quero o serviço do Roberto Carlos, em razão de seus atributos.
Obrigação de fazer fungível pode ser transformada em infungivel – a pessoa pode ter preferência por determinado jardineiro, determinado pintor em que tenha confiança.
Art. 248
Se a prestação tornar-se impossível:
Sem culpa do devedor – resolver-se-á a obrigação.
Com culpa do devedor – respondera por perdas e danos.
Art. 249
Se o fato puder ser executado por terceiro, o credor poderá mandar faze-lo à custa do devedor. Sem prejuízo da indenização cabível.
OBRIGAÇÃO DE NÃO FAZER
Conduta omissiva do devedor, deve abster-se da pratica de um ato que poderia praticar se não tivesse se obrigado.
Deve abster-se de um ato licito, que normalmente praticaria.
Ex: pessoa que trabalha em determinada farmácia, assina contrato de que guardará segredo sobre as fórmulas dos remédios.
Por vezes não é uma abstenção, mas uma tolerância.
Determinada pessoa da uma passagem de atalho dentro de sua propriedade, não poderá mais fechar a passagem, deve tolerar.
Art. 250
Tornando-se impossível abster-se do ato sem culpa do devedor – resolver-se-á a obrigação.
Art. 251
Praticado o ato que se obrigou a não praticar, pode o credor exigir que se desfaça as custas do devedor ressarcindo o culpado perdas e danos.
Dialogo das fontes
Código civil diz que há obrigação de: dar, fazer e não fazer.
Se o devedor se tornar inadimplente, o credor tem direito de ações para receber seu crédito.
Dois tipos de tutela: específica: credor busca o cumprimento da prestação tal qual foi contratada originalmente na conclusão da obrigação.
Genérica das perdas e danos: converte a prestação em dinheiro.
Ex: um vestido de noiva encomendado para o dia do casamento. Chegado o dia, não estando pronto o vestido, caberá indenização por perdas e danos.
Não aceita-se mais a tutela específica, deve-se indenizar a noiva pelo dano moral sofrido, o casamento perdido no dia.
Tutela específica comum às três obrigações:
Astreinte- multa diária – a partir do 408 do C.C
Entra-se em juízo e pede ao juiz que aplique uma multa diária até que se cumpra a obrigação.
Tutela específica na obrigação de dar:
Coisa móvel – busca e apreensão.
Imóvel – escritura, juiz dá sentença que vale como escritura.
Se é na modalidade de restituição – ações reivindicatórias; ações possessórias.
Na obrig. de dar pecuniária – título executivo, ação de execução
Se não tem força executiva – ação ordinária de cobrança.
Na obrig. de fazer infungivel – astreinte, genérica das perdas e danos.
Na obrig. de fazer fungível – tutela de mandar alguém fazer por conta e as custas do devedor.
Não fazer - tutela de mandar desfazer por conta e as custas do devedor.
§ único art, 249 e 251 – autotutela (justiça com as próprias mãos) – só cabe na obrig. de fazer e não fazer.
Autotutela/autodefesa
Art. 249, § único – fazer
251 § único – não fazer
Justiça com as próprias mãos – fato típico no C.P. art. 345
Salvo quando a lei permite.
Nos casos dos §§ únicos dos artigos mencionados; vou agir em razão de urgência independentemente de autorização judicial. Fazer ou mandar desfazer.
É uma exceção à regra geral.
A ação deve ser moderada e sem violência à pessoa.
Se for recorrer ao judiciário, a solução vira a destempo; não vira a tempo de evitar o prejuízo, por isso é necessário a autotutela.
Dir. português – 4 requisitos
Fundamento real – agente deve ser titular de um direito que ele procure realizar ou assegurar, estará defendendo um direito próprio.
Necessidade – recurso a força indispensável para realizar ou assegurar o direito.
Se recorrer ao judiciário o provimento viria depois que o dano já estivesse cristalizado – urgência.
Adequação – o agente não pode exceder o estritamente necessário para evitar o prejuízo.
Se ele for além é abuso de direito – art. 187 C.C.
Valor relativo dos interesses em conflito – não pode invadir uma casa; porem a casa será devastada pelo fogo, interesse maior – preservar o meio.
Exorbitando-se o credor – responde por excesso, abuso de direito.
Legitima defesa e estado de necessidade permite que eu haja na defesa de direito de outrem. Autotutela – apenas na defesa de direito próprio.
Há então casos (somente aqueles previamente estampados na lei) que permitem a justiça com as próprias mãos (moderadamente) devido ao estado de urgência, mas é uma exceção.
E regra geral é buscar o judiciário.
Obrigação liquida – aquela certa quanto a existência e determinada quanto a quantidade.
Ex: nota promissória, contrato de compra e venda, contrato de locação, etc.
Ilíquida – quantidade indeterminada.
Ex: compro a produção da fábrica de sapatos durante o mês de janeiro.
Existe o planejamento de produzir certa quantidade de sapatos, mas tal planejamento não é exato e pode não se completar.
A obrigação se tornará liquida no dia 31 de janeiro.
Alguém deve uma importância correspondente a 2 mil sacas de milho no cotação a ser feita dia 3 de março; valor indeterminado, apenas dia 3 de março será liquida.
Juiz declara que a deve para b 10 mil reais + juros e correção monetária – praticamente liquida pois chego ao valor por um simples cálculo.
Pode ser feita a liquidação por arbitramento com laudo a ser apresentado pelo arbitro ao juiz.
Art 475,C e D CPC.
Liquidação por artigos – 475, F CPC.
A obrig. só pode ser exigida pelo credor quando for liquida.
Liquidação por cálculo aritmético – art. 475, B CPC.
Quanto à pluralidade subjetiva:
Simples – quanto ao sujeito – um devedor e um credor
Quanto ao objeto – uma única prestação.
Composta ou complexa: (objetiva: facultativa e alternativa ou disjuntiva; subjetiva: divisível, indivisível e solidária.)
Objetiva – 2 ou mais prestações:
 -Facultativa – com faculdade de substituição do objeto da prestação (não é disciplinada pela lei). Permite ao devedor satisfaze-la substituindo o objeto da prestação.
Art 1557 §2º; art. 1382
Dir. potestativo do devedor- entregar 10 sacas de milho ou X em dinheiro
. credor pode apenas exigir o dinheiro.
 -alternativa ou disjuntiva – art. 252; 1256
Duas ou mais prestações, porém, o devedor se alforria cumprindo apenas uma das prestações.
Esta modalidade facilita o pagamento para o devedor; reflexo favorável também ao credor – mais chances de receber a prestação.
Antes da concentração – obrig. múltipla e determinável
Após a concentração – faz-se a escolha; obrigação passa a ser simples pois se transforma em determinada.
Toda obrigação alternativa no momento em que se faz a escolha se torna uma obrigação certa, liquida, simples.
Art. 252
A escolha cabe ao devedor se outra coisa não se estipulou.
§1º - entregar parte em uma prestação e parte em outra – somente se o credor aceitar, devedor não pode obrigar que o credor aceite, pois no caso seria uma nova prestação que não foi contratada pelas partes.
§2º - obrig. de prestações periódicas – faculdade de opção pode ser exercida em cada período – jus variandi.
30/03 500 reais ou uma bicicleta
30/04 500 reais ou uma bicicleta
30/05 500 reais ou uma bicicleta
Periódica/sucessiva
Devedor terá o direito do jus variandi – 30/03 paga 500 reais; 30/04 paga a bicicleta; 30/05 poderá variar de novo. Não perde a alternatividade.
§3º - pluralidade de optantes, devedores discordam na escolha da prestação.
Alguns querem pagar os 500 reais, outros a bicicleta; juiz determina um prazo para que os devedores cheguem a unanimidade, não chegando o juiz escolhe.
§4º - se o título deferir a opção a terceiro, e este não quiser ou não puder exerce-la, caberá ao juiz a escolha se não houver acordo entre as partes.
Terceiro – imparcial, desinteressado – se não quiser: tudo que devedor e credor gastar para esta concentração ele terá que indenizar.
Se não puder: estará isento de responsabilidade.
Art. 253
Princípio da redução do objeto
Uma prestação tornou-se inexeqüível sem culpa do devedor – paga-se a prestação que restou.
Art. 254
Todas as prestações se tornaram inexeqüíveis, por culpa do devedor, e a este cabe a escolha – pagar a importância da ultima que se tornou inexeqüível + perdas e danos.
Art. 255
Escolha cabe ao credor; uma das prestações se torna impossível, por culpa do devedor – credor pode exigir a prestação que restou ou o valor da outra + perdas e danos.
Ambas se perderam por culpa do devedor – credor pode reclamar o valor de qualquer uma + perdas e danos.
Art. 256 – todas se tornaram impossíveis sem culpa do devedor (escolha do credor) – extingue-se a obrigação.
Composta subjetiva (divisível, indivisível, solidária):
-Divisível – aquela que admite ser cumprida de forma parcelada, fracionada.
Concursu partes fiundi.
A e B devem para C 10000 reais; A deve 5000 e B deve 5000.
Art. 257. Havendo mais de um devedor ou mais de um credor em obrigação divisível, esta presume-se dividida em tantas obrigações, iguais e distintas, quantos os credores ou devedores.
-indivisível – não admite o pagamento parcelado. O objeto da prestação é insuscetível de parcelamento. Se a prestação é uma cadeira, não há como dividir para pagar em parcelas.
Art. 258. A obrigação é indivisível quando a prestação tem por objeto uma coisa ou um fato não suscetíveis e divisão, por sua natureza, por motivo de ordem econômica, ou dada a razão determinante do negócio jurídico.
Indivisibilidade pode ser contratual ou por vontade das partes; pode também ser uma indivisibilidade legal.
Art. 259. Se havendo dois ou mais devedores, a prestação não for divisível, cada um será obrigado pela dívida toda.
Art. 260. se a pluralidade for dos credores, poderá cada um destes exigir a dívida inteira, mas o devedor ou devedores se desobrigarão, pagando:
I – a todos conjuntamente
II – a um, dando este caução de ratificação dos outros credores. (documento que garante a parte dos outros credores)
Devedor que paga toda a dívida tem o direito de ser recompensado pela quota parte dos outros devedores. Assim como o credor que recebe toda a prestação deve a quota parte dos outros credores.
Sub-rogação objetiva:
3 devedores: D1 D2 e D3 devem 30.000 reais ao credor C. foi contratado que deve ser pago de uma só vez.
D1 paga os 30.000 à C e se sub-roga no lugar do credor, passa a ser credor de D2 e D3; credor de 2/3 da dívida, pois um terço era dele.
Art. 261.se um só dos credores receber a prestação por inteiro, a cada um dos outros assistirá o direito de exigir dele em dinheiro a parte que lhe caiba no total.
Art. 262. Se um dos credores remitir a dívida, a obrigação não ficará extinta para com os outros; mas estes só a poderão exigir, descontada a quota do credor remitente.
Credores: C1, C2 e C3
Devedor deve um cavalo.
C1 perdoa a dívida; devedor agora deve 2/3 do cavalo.
Devedor entrega o cavalo e os credores C2 e C3 devem reembolsar o devedor da importância de 1/3 do cavalo.
Art. 263
Perde a qualidade de indivisível a obrigação que q se resolver por perdas e danos. Passa a ser divisível.
Devia o cavalo – indivisível; passa a dever dinheiro – divisível.
-se houver culpa de todos os devedores, responderão todos por partes iguais.
-se for de um só a culpa, ficarão exonerados os outros, respondendo só esse pelas perdas e danos.
O cavalo morre por culpa de apenas um devedor – divide-se a dívida, e a indenização por perdas e danos quem paga é o devedor culpado.
Obrigações solidárias – art. 264. há solidariedade, quando na mesma obrigação concorre mais de um credor, ou mais de um devedor, cada um com direito, ou obrigado, à dívida toda.
Cada credor tem direito à totalidade da prestação; cada devedor tem a obrigação de pagar a prestação por inteiro. A solidariedade faz da multiplicidade a unicidade.
Cada devedor é considerado como se fosse único, assim como os credores.
Art. 265. Solidariedade não se presume, resulta da lei ou da vontade das partes.
Solidariedade ativa – art. 267.
Cada um dos credores solidários tem direito de exigir do devedor o cumprimento da prestação por inteiro.
Dualidade ou multiplicidade de credores.
Não há o concursu partes fiundi – não se divide em tantas obrigações quanto os credores e devedores.
Devedor pagando a um dos credores – paga bem, devedor pode escolher o credor que queira pagar, aquele que for de melhor conveniência.
Se o credor for solidário com o devedor, não sacrificando-o alem do necessário, aumenta suas chances de receber – a solidariedade do credor garante o pagamento.
Se temos 3 credores, um entra em insolvência civil e recebe o total da prestação, os outros co-credores correrão o risco de não receber sua quota parte.
A solidariedade poderá ser mudada por acordo entre as partes; todos terão que concordar.
Um credor solidário que recebe toda a prestação terá que repassar a quota parte de cada co-credor.
Relação externas – dentro de pólos diferentes; ativo: credor, passivo: devedor – devedor paga credor.
Relações internas (própria da solidariedade) – dentro do mesmo pólo. Credor que recebeu a prestação por inteiro repassa aos outros co-credores.
Pagamento feito a um dos credores solidários extingue a obrigação;devedor se alforria.
Pode um dos credores solidários falecer. Cada herdeiro será também um credor solidário? Não, pois os herdeiros não participaram do acordo de solidariedade.
Solidariedade não se transfere; quem não participou do contrato não é atingido pelo contrato.
Para estabelecer solidariedade pouco importa se o objeto é divisível ou indivisível.
Se resolver-se por perdas e danos a solidariedade persiste.
3 credores, um perdoa o devedor; não extingue a solidariedade, os outros dois credores reembolsam o devedor pela quota parte do credor remitente.
Art. 273. A um dos credores solidários não pode o devedor opor as exceções (defesas) pessoais oponíveis aos outros.
Se um dos credores solidários for relativamente incapaz e passado o prazo de três anos o devedor diz que não vai pagar a dívida pois está prescrita, terá que pagar o credor q era relativamente incapaz quando celebrado o contrato, pois para este o prazo começa a contar depois que completa 18 anos.
Art. 274. O julgamento contrário a um dos credores solidários não atinge os demais.
O julgamento favorável aproveita-lhes, a manos que se funde em exceção pessoal ao credor que o obteve.
Solidariedade passiva – art. 275. O credor tem direito a exigir e receber de um ou de alguns dos devedores, parcial ou totalmente, a dívida comum; se o pagamento tiver sido parcial, todos os demais devedores continuam obrigados solidariamente pelo resto.
Dualidade ou multiplicidade de devedores, cada um considerado único.
Se um entrar em insolvência, cobra-se do outro. Cada devedor é garantidor do outro devedor, aumentando a possibilidade de recebimento do crédito.
No caso de morte de um dos devedores, cobra-se do outro. Os herdeiros do devedor morto não são solidários, pois não participaram do acordo.
Se o espólio for pagar a dívida, cada herdeiro só responde dentro do quinhão que recebe. Os bens do herdeiro não respondem pela dívida do espólio. (principio do benefício do inventário).
Se um devedor solidário propõe uma mudança junto ao credor e este aceita, os demais devedores não estarão sujeitos a esta mudança. Aquilo que um só acorda com o credor, não atinge os demais; os outros devedores não participaram do acordo.
Solidariedade mista – dualidade ou multiplicidade de credores e devedores no mesmo contrato.
Pressupostos da solidariedade:
-Pluralidade subjetiva
-Sempre será uma obrigação composta subjetiva, pouco importa se o objeto é divisível ou indivisível.
-Multiplicidade de vínculos (exceção ao concursu partes fiundi).
-Unidade de prestação – cada credor considerado como único, tendo direito de receber a dívida toda; cada devedor considerado como único, dever de pagar a prestação por inteiro.
Solidariedade faz da multiplicidade a unicidade.
-Co-responsabilidade dos interessados, se um credor receber o devedor está alforriado;
De um devedor pagar, os demais devedores estão alforriados.
Quanto aos elementos acidentais:
-Pura e simples – não há nenhum elemento acidental
.
-Condicional – art. 121. Considera-se condição a cláusula que, derivando exclusivamente da vontade das partes, subordina o efeito do negócio jurídico a evento futuro e incerto.
Voluntariedade – deflui exclusivamente da vontade das partes que contratam.
Futuridade – evento que ainda não aconteceu, poderá ocorrer como poderá não ocorrer.
Se for um evento certo então não é condição.
Alea – sorte/possibilidade. Todo negócio jurídico tem uma alea, pode atender ou não a necessidade. Alea não é condição, é própria de todo negócio.
Evento futuro e incerto deve ter possibilidade física e jurídica;
Tal evento pode ser:
-Casual – decorre de caso fortuito ou força maior.
-Potestativo – puramente: depende do arbítrio de uma parte – não tem validade.
Simplismente: recepcionada pela ordem jurídica, decorre da vontade de um contratante, mas uma vontade lícita.
-Promíscua – nasce simplesmente potestativa e um evento superveniente torna impossível cumprir a obrigação.
-Mista – em parte depende da vontade do agente; parte depende de outrem. Não apenas ao agente a quem se dirige o evento futuro e incerto.
-Suspensiva – enquanto pendente a condição, a obrigação não surte efeitos jurídicos.
Ex: pedro se compromete a comprar a escultura de maria, se for exposta e premiada.
Não tem direito adquirido.
Direito eventual ainda não adquirido; pode se implementar e pode frustrar.
Se a escultura não for premiada, a obrigação se resolve.
Se premiada, escultura é entregue e maria recebe o pagamento.
Enquanto pendente não se pode exigir a coisa. Se a coisa se perde, devedor fica com o prejuízo, a coisa se perde para o dono.
Não corre igualmente prescrição:
Pendente condição suspensiva. A condição deve acontecer para que a obrigação se aperfeiçoe.
-Resolutiva – de imediato o negócio jurídico obrigacional surte efeito jurídico. O direito já é adquirido.
O comprador entra na posse do bem e passa a administra-lo; para se implementar a condição o evento futuro e incerto não pode acontecer. O adquirente passa já a administrar o bem e seus frutos.
Se agir com culpa e a coisa se perde – equivalente + perdas e danos
Sem culpa – coisa se perde para o dono.
A termo – inicial (dies a quo) – o dia que inicia os efeitos da relação jurídica obrigacional. Art. 131. o termo inicial suspende o exercício, mas não a aquisição do direito.
O direito é adquirido a partir do dies a quo.
-Final (dies ad quem) – data em que a obrigação se extingue.
Entre a data inicial e a data final tem-se o prazo, art. 132.
Computam-se os prazos excluído o dia do começo e incluído o do vencimento.
§1º - se o dia do vencimento cair em feriado, considerar-se-á prorrogado o prazo até o seguinte dia útil.
§2º - Meado considera-se, em qualquer mês, seu décimo quinto dia.
§3º - os prazos de meses e anos expiram no dia de igual número do de início, ou no imediato, se faltar exata correspondência.
§4º - os prazos fixados por hora contar-se-ão de minuto a minuto.
-Certo – estabelecido por uma data do calendário. Dia, mês, ano, um certo lapso de tempo (3 meses).
-Incerto – acontecimento futuro em data indeterminada.
Ex: herdeiros herdam o patrimônio do ascendente no dia de sua morte. Evento certo, data indeterminada.
Art. 134. os negócios jurídicos entra vivos, sem prazo, são exeqüíveis desde logo, salvo se a execução tiver de ser feita em lugar diverso ou depender de tempo.
O prazo favorece o devedor se nada contratado.
Credor não tem direito de executar o crédito antes do vencimento.
Prazo pode ser a favor do credor se assim as partes convencionarem.
Prazo da graça – uma liberalidade que o credor concede ao devedor. Uma vez concedida, a liberalidade deve ser respeitada.
Modal ou Encargo – Somente em atos de mera liberalidade; doação (deixo uma fazenda, com o encargo de que seja construído um hospital). Interesse publico: Ministério Público exige o cumprimento do encargo.
Interesse privado: somente a quem se refere. Doação feita à determinada pessoa.
Quanto ao tempo do adimplemento:
Momentânea ou instantânea – a conclusão e a extinção acontecem no mesmo ato, são próximas, sem que entre estas duas fases exista um prazo. Ex: compra e venda a vista.
Continuada, periódica ou de trato sucessivo – compro um carro em 40 prestações; entre a conclusão e a extinção existe um prazo, um arco de tempo.
Ex: compra e venda à prazo; vários pagamentos, prestações periódicas.
Diferida – aproxima-se da momentânea, pois o pagamento é feito de uma única vez; aproxima-se da continuada, pois é um pagamento futuro.
Ex: compro um automóvel para pagar daqui a 30 dias.
A prazo, mas em um único pagamento.
Quanto ao conteúdo:
Meio – devedor se obriga a ser diligente, atencioso, prudente em alcançar o resultado pretendido pelo credor, mas não pode garanti-lo.
Ex: paciente que chegano consultório com uma doença incurável; um réu que contrata advogado para defende-lo em processo criminal; os resultados não são garantidos.
Resultado – devedor só se alforria se realmente alcançar o resultado combinado com o credor.
Ex: contrato um arquiteto para confeccionar a planta de uma casa.
Não basta o devedor ser prudente, zeloso, deve efetivamente alcançar o resultado.
De garantia – tem por objetivo eliminar o risco que pesa sobre o credor (empréstimo de dinheiro a juros, venda a prazo), credor procura uma garantia maior.
 - Fidejussória (pessoal) – avalista ou fiador que tenha patrimônio que garante o recebimento do credor. Não tem débito, mas tem responsabilidade. Se o devedor não pagar, ele terá que pagar.
 -Real – recai sobre um bem imóvel: hipoteca, penhor, anticrese – entrega de bem imóvel para que o credor usufrua, pagando assim seu crédito.
Usufruto de bem imóvel ate que o credor receba seu crédito.
Obrigações Reciprocamente Consideradas:
Principal – autônoma, dotada de existência própria, existe por si mesmo.
Não precisa de outra obrigação para existir.
Ex: dar, fazer, não fazer.
Acessória – sua existência exige a existência da principal.
Ex: aval, penhor – se não existir a principal, não existe o penhor, a hipoteca.
Faço doação de um terreno para construção de uma escola.
Principal: doação do terreno
Acessória: construção da escola
Empréstimo a juros – juros é acessório (rendimento do capital)
Capital- principal. O acessório segue o principal.

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