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Inadimplemento absoluto

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INADIMPLEMENTO ABSOLUTO
Art. 389: A obrigação não foi cumprida nem poderá sê-lo de forma útil ao credor. Ex.: a não entrega dos salgados e doces encomendados para festa de casamento – nada adiantará a promessa da devedora de entregá-los no dia seguinte. Fundamento legal da responsabilidade civil contratual.
Correção monetária – Componente indestacável do prejuízo a reparar. Deve ser calculada a partir do evento.
Juros e verba honorária – Arts. 20 e 293, CPC. Os valores devem integrar o montante da indenização, mesmo que não sejam pleiteados na inicial (Súmula 254, STF).
A princípio, todo inadimplemento presume-se culposo, salvo em se tratando de obrigação concernente a prestação de serviço, se esta for de meio, e não de resultado. Incumbe ao inadimplente, nos demais casos, elidir tal presunção, demonstrando a ocorrência do fortuito e da força maior. Art. 393.
Perdas e danos:
Tanto no inadimplemento absoluto quanto na mora, a consequência do não cumprimento da obrigação é a mesma: o nascimento da obrigação de indenizar o prejuízo causado ao credor.
Obrigações negativas: o devedor é inadimplente desde o dia em que executou o ato de que se deveria abster. Art. 390.
A satisfação das perdas e danos, em todos os casos de não cumprimento culposo da obrigação, tem por finalidade recompor a situação patrimonial da parte lesada pelo inadimplemento contratual. Por essa razão, devem elas ser proporcionais ao prejuízo efetivamente sofrido (art. 402). Se, em vez do inadimplemento, houver apenas mora, sendo, portanto, ainda proveitoso para o credor o cumprimento da obrigação, responderá o devedor pelos prejuízos decorrentes do retardamento (art. 395).
Responsabilidade patrimonial:
Art. 391: Nem sempre a prestação devida e não cumprida se converte em perdas e danos. Tal ocorre somente quando não é possível a execução direta da obrigação ou restauração do objeto da prestação.
Obtida a condenação do devedor ao pagamento das perdas e danos e não satisfeito o pagamento, cabe a execução forçada, recaindo a penhora sobre os bens que integram o patrimônio do devedor.
Art. 392: Responsabilidade nos contratos benéficos e onerosos.
Inadimplemento fortuito da obrigação:
Pode o inadimplemento absoluto da obrigação decorrer de fato não imputável ao devedor:
Por terceiro (reteve ilicitamente o devedor em determinado local, p. ex.);
Pelo credor (não posou para o pintor contratado para fazer seu retrato);
Pelo próprio devedor, embora sem culpa (destruição da coisa devida em acesso de loucura);
Por caso fortuito ou força maior. Art. 393.
É lícito às partes por cláusula expressa convencionar que a indenização será devida em qualquer hipótese de inadimplemento contratual, ainda que decorrente de caso fortuito ou força maior.
Caso fortuito – Fato ou ato alheio à vontade das partes, ligado ao comportamento humano, ao funcionamento de máquinas ou ao risco da atividade ou da empresa, como greve, motim, guerra, queda de viaduto ou ponte ou defeito oculto em mercadoria produzida.
Força maior – Acontecimentos externos ou fenômenos naturais, como raio, tempestade, terremoto ou fait du prince.
Agostinho Alvim: fortuito interno (ligado à pessoa, à coisa ou à empresa do agente) x fortuito externo (força maior). Somente o fortuito externo excluiria a responsabilidade, principalmente se esta estiver fundada no risco. O fortuito interno, não. Acolhida pelo CC; vide exemplo art. 734.
Requisitos de configuração de caso fortuito ou força maior:
- Fato necessário, não determinado por culpa do devedor;
- Fato superveniente e inevitável. Desse modo, se o contrato é celebrado durante a guerra, não pode o devedor alegar depois as dificuldades decorrentes dessa mesma guerra para furtar-se às suas obrigações;
- Fato irresistível, fora do alcance do poder humano.

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