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Fichamento VI- LUTO NO IDOSO

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OLIVEIRA, J. & LOPES, R. O Processo De Luto No Idoso Pela Morte De Cônjuge E Filho, São Paulo/SP, Brasil, 2008.
	Em decorrência ao texto exposto vem ser pautada aquetão da sociedade moderna e de como ela adota o jovem como modelo essência e estigmatiza a velhice, deixando a velhice de lado como se fosse uma coisa para o outro e não se colocando no lugar de um dia envelhecer também. Renegando dessa forma a velhice, reconhecendo assim suas próprias restrições e da finitude.
“quanto ao desenvolvimento chegamos a uma fase conhecida como velhice que, como vimos, não tem inicio definido, mas cujo fim é claramente a morte” (Kovács,2002, p. 8).
	Quão profunda é esse entendimento acerca da velhice, sua finalidade é clara, sempre será a morte, não tem o que fazer. Mas, a morte segue um modelo de renegação perante a sociedade, é algo que é velado, que não se pode falar, discutir é algo a ser evitado, diante disso como falar de luto neste modelo onde não se fala de morte.
	Já sabemos que o luto vem sendo representado como um conjunto de emoções e comportamentos diante da perda de algum ente querido. O luto se desdobra de uma maneira tão dimensionaria, intensamente dolorosa que não se sabe quão doloroso essa perda pode ser.
“é tanto parte da vida quanto a alegria de viver; é talvez, o preço que pagamos pelo amor, o preço do compromisso” ( Parkes, 1998, p. 199).
	O luto também é simbolizado, dependendo de cada cultura; na nossa o luto é simbolizado pela cor preta. 
	Sendo o luto presenciado de uma fase com expressões de sentimentos advindos da perda, e cada fase é caracterizada por sentimentos e comportamentos que reafirmam a perda. Como por exemplo a fase do choque, do desejo, da busca e da reorganização, por fim, caracterizada pela aceitação da perda.
	Por mais que haja fases, e que é essência que o enlutado vivencie o luto, o luto não é um processo linear, ou seja, não tem um tempo pré-estabelecido, não temos a noção para estabelecer quando esse processo acaba, possa ser que nunca acabe. Mais uma vez vale ressaltar que tudo dependera da personalidade, vivencias, culturas, pois, será único e individual esse processo, para cada um acontecera de formas diferentes.
	Decorrente disto, vale salientar e entender como se estende o processo do luto para o idoso, sendo de grande impacto diante de todas as vivencias da velhice. A fase da velhice para a sociedade é vista como a fase da invalidez ou da condescendência, por esse motivo que nos profissionais devemos ter um olhar a considerar o emocional das perdas e suas decorrências físicas.
	É essencial que o rito de morte e lutos seja passado por todos, pois se faz necessário, para não assumir forma obsessiva, é importante que o enlutado enfrente esta fase. Sabemos então que há uma desconsideração em volta da morte e do seu processo de luto, mais que requer que no âmbito acadêmico esse assunto seja mais discutido e exposto, principalmente para o idoso. Neste momento é importante que se faça o acompanhamento do idoso para permitir que ele se reorganize emocionalmente. 
“a máscara usada no funeral não pode mais ser mantida e é necessário que algum parente ou amigo próximo assuma muitos dos papeis e responsabilidades do enlutado, deixando-o livre para vivenciar o luto” (Parkes, 1998, p. 205).
	Como mencionado deve-se permitir que o enlutado se expresse emocionalmente, considerando essa tarefa difícil e dolorosa, mas que se faz necessária. Nos idosos enlutados pode haver algumas alterações fisiológicas ligada ao luto, como por exemplo a insônia e a má alimentação. Se faz importante e necessário que em alguns casos há nos idosos “morte natural precoce”, que está relacionado ao estado em que se encontra o idoso após a morte de um ente querido, vale ressaltar que não há comprovação de que o luto em si cause as mortes, mas que temos esses casos em que após o falecimento de alguém importante, pouco tempo depois o idoso vem a falecer.
	O idoso pode enfrentar a morte de seu cônjuge de maneira diferente, o texto nos traz uma exemplificação sobre um cônjuge que possua doenças crônicas, e que o cuidador chega a desejar a morte dele, e que quando isso realmente se concretiza, o cuidador passa a se sentir culpado pela morte, ou mesmo um sentimento antecipatório de morte. 
	Para a morte de um filho é importante que se entenda todo o contexto, de como esse idoso se sente culpado por ter sobrevivido ao filho, ou até mesmo o sentimento de impotência por não ter podido evitar a morte de seu progenitor. Devemos pensar que na superação de luto o indivíduo enlutado deve investir emocionalmente uma energia para conseguir se desvencilhar do luto, um pai ou uma mãe no caso dos idosos, tem que haver uma atenção e energia redobrada para o então desvencilha mento do luto e da dor; por muitas vezes o idoso entra em depressão, não a aguda, mais com episódios de tristezas profundas, ou procura refúgio no alcoolismo. Diante disso vemos o quanto pode ser difícil o enfrentamento desta fase para o idoso, de como esse indivíduo não tem pessoas com que possa desabafar, ou seja essa falta de relação intima, ou equilíbrio psíquico.
	E aliviador, que esse processo seja mais fácil hoje em decorrência da assistência profissional, sabemos que não tem tratamento, mais saber que há alguém com quem possamos contar para aliviar e entender nosso sofrimento é confortante.

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