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Vitamina K

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Vitamina K
 Descoberta por Henrik Dam em 1929, como um fator anti-hemorrágico, capaz de restabelecer perturbações sanguíneas observadas em galinhas alimentadas com dieta livre de gordura, possuindo então como uma de suas funções mais importantes a participação no processo de coagulação sanguínea. É uma vitamina lipossolúvel, termoestável, facilmente destruída pela luz e é dividida em três grupos principais: K1(Filoquinona), K2 (Menaquinona) e K3 (Menadiona), os dois primeiros tem origem natural e o terceiro é de origem sintética.
 A filoquinona (vitamina k1), é a forma predominante, está presente nos vegetais, sendo os óleos vegetais e as hortaliças suas duas fontes mais significantes. A menaquinona (vitamina k2), é sintetizada pela ação bacteriana no trato intestinal, possui diversas variações, que é uma série de vitaminas designadas MK-n, sendo n o número de isoprenóides, podendo variar de n=4 a n=13. Já a menadiona (vitamina k3), é um composto sintético a ser convertido em k2 no intestino, é cerca de duas vezes mais potente biologicamente que as vitaminas k1 e k2. No homem, a vitamina K circula como filoquinona, mas é armazenada no fígado em forma de menaquinonas.
Figura x – Fórmula estrutural da Filoquinona.
Figura Y – Fórmula estrutural da Menaquinona.
Figura Z – Fórmula estrutural da Menadiona. 
 A função clássica da vitamina K é a atuação como coenzima durante a síntese da forma biologicamente ativa de uma série de proteínas envolvidas na coagulação do sangue e no metabolismo ósseo. A vitamina K atua como co-fator para a carboxilação de resíduos específicos de ácido glutâmico para formar o ácido gama carboxiglutâmico (Gla), aminoácido presente nos fatores de coagulação (fatores II, VII, IX e X) e que se apresenta ligado ao cálcio, podendo, ainda, regular a disposição do elemento cálcio na matriz óssea como parte da osteocalcina. A osteocalcina (proteína do osso) é uma das mais freqüentes proteínas não-colagenosas na matriz extracelular do osso, sua dosagem no sangue constitui importante marcador biológico da atividade osteoblástica. Há evidências de que a vitamina K seja importante no desenvolvimento precoce do esqueleto e na manutenção do osso maduro sadio. Quanto à coagulação sanguínea, ocorre a transformação do fibrinogênio em fibrina insolúvel com a interferência de uma enzima proteolítica (trombina), que se origina da protrombina (fator II), através de fatores dependentes da vitamina K: a pró-convertina (fator VII), o fator anti-hemofílico B (fator IX) e o fator Stuart (fator X). A vitamina K influi, ainda, na síntese de proteínas presentes no plasma, rins e talvez outros tecidos. A carboxilação da vitamina K está envolvida, portanto, na homeostase, metabolismo ósseo e crescimento celular. Estudos prévios mostraram efeitos inibitórios do crescimento de várias células neoplásicas, provocados pela vitamina K2 e redução do risco de eventos mutagênicos na fase de proliferação celular rápida em fetos e recém-nascidos. Alguns estudos apontam a hipovitaminose K como responsável pela hemorragia retroplacentária de abortamentos habituais.
Hipovitaminose K
 Em adultos, a hipovitaminose K não é comum, pois a vitamina K está largamente distribuída nos alimentos de origem vegetal. Além disso, ocorre a síntese da vitamina K pela microflora intestinal normal dos animais que sintetizam K2 e ocorre mecanismo fisiológico do ciclo de vitamina K que conserva a vitamina. 
 Os recém-nascidos são vulneráveis a deficiência de vitamina K, devido ao seu transporte ineficiente pela placenta, por ser o intestino do recém-nascido estéril, e porque o leite materno é uma fonte limitada desse nutriente. Dessa forma, pode ocorrer a doença hemorrágica do recém-nascido, que se manifesta por sangramentos anormais, justificando a conduta de administrar dose profilática de vitamina K após o nascimento. Portanto, os lactentes alimentados com leite materno e que não receberam essa medicação ao nascimento são particularmente suscetíveis à manifestações decorrentes da deficiência de vitamina K. 
 A deficiência de vitamina K clinicamente significativa ocorre com a má absorção de vitaminas lipossolúveis secundárias a icterícia obstrutiva ou com a má absorção causada por doenças intrínsecas do Intestino Delgado, por exemplo, Doença Celíaca, Fibrose Cística (interfere na secreção pancreática), Síndrome do Intestino Curto e Doença Intestinal Inflamatória. A deficiência clínica da vitamina tem sido classicamente descrita como hipoprotrombinemia e está associada ao aumento no tempo de protrombina (TP). Em casos graves, pode haver quadros hemorrágicos ameaçadores à vida como um resultado de uma atividade inadequada dos fatores dependentes de vitamina K, corrigível por reposição de vitamina K, que também resulta na secreção de protrombina sub-carboxilada no plasma, chamada Proteína Induzida pela Ausência de Vitamina K. 
 A deficiência de vitamina K também pode reduzir a densidade mineral óssea e elevar o risco de osteoporose e fraturas osteoporóticas, alguns estudos epidemiológicos constataram que a ingestão de filoquinona está associada com menor risco de fratura de quadril. Um desses estudos é o Nurses Health Study que acompanhou 72.327 mulheres de 30-88 anos durante 10 anos, e encontraram um risco aumentado de fratura de quadril nas mulheres com menor ingestão de filoquinona. Isso ocorre porque a osteocalcina, que é produzida pelos osteoblasto durante a formação óssea, é a principal proteína não colagenosa da matriz extracelular do osso e está envolvida com a regulação da maturação óssea, e a transcrição e a tradução dessa proteína são reguladas pela vitamina D3 e pela sua capacidade de ligação com o cálcio. Isso só é possível após a carboxilação de ácido glutâmico, que é um processo dependente da vitamina K, portanto a carboxilação da osteocalcina é o principal mecanismo que esclarece a hipótese da influência da vitamina K na saúde óssea. Estudos científicos mostraram que em pacientes com osteoporose, as concentrações plasmáticas de vitamina K são baixas e a osteocalcina plasmática parece estar descarboxilada nesses indivíduos. 
 Além da osteocalcina, a vitamina K também pode atuar em outras proteínas da matriz extracelular óssea e exercer outras funções que se relacionam a regulação de cálcio, especialmente reduzindo a excreção urinária de cálcio e melhorando sua absorção intestinal. No entanto, mais estudos são necessários para confirmar o seu papel fundamental na saúde óssea e estabelecer a ingestão recomendada para esta função. 
Ciclo da Vitamina K
Em essência, o ciclo de vitamina K, pode ser considerado uma via de recuperação da vitamina, presente em quantidades nanomolares no fígado e em outros tecidos. Para que ocorra a gamacarboxilação do ácido glutâmico (Glu), possibilitando a atividade biológica das proteínas dependentes de vitamina K, esta é reduzida à hidroquinona pela ação da enzima quinona redutase e é oxidada pela ação da enzima carboxilase, dando origem à forma 2,3-epoxi. Esse metabólito é convertido novamente à sua forma ativa pela ação da vitamina K epóxido redutase, completando o ciclo da vitamina K. A ação da epóxiredutase é inibida por cumarínicos como a varfarina, diminuindo a quantidade de hidroquinona disponível, limitando o processo de carboxilação.
Figura W – Ciclo da vitamina K
Aproximadamente 40mmol de Gla são excretados diariamente e quantidades equimolares de vitamina K são oxidados. Os requerimentos diários, em contraste, não são maiores do que 0,2μmol; é razoável assumir, portanto, que, em média, uma molécula de vitamina K é reciclada várias centenas de vezes. O resultado líquido do ciclo é a conversão da epóxido de vitamina K em hidroquinona, que se torna disponível para novos processos de carboxilação. 
Metabolismo da vitamina K
A vitamina K da dieta é absorvida no intestino delgado, incorporada aos quilomícrons e transportada pelas vias linfáticas; requer bile e suco pancreático para máximo aproveitamento. A eficiênciana absorção foi mensurada em 40-80%, dependendo do veículo no qual a vitamina é administrada e da circulação enterohepática. Quando a filoquinona é administrada em seres humanos, oralmente, a vitamina aparece no plasma dentro de 20min, com pico em 2h; a seguir, declina exponencialmente a baixos valores. As lipoproteínas ricas em triacilgliceróis são as principais carreadoras de filoquinona, transportando 83,0% da filoquinona plasmática, sendo as lipoproteínas de baixa e alta densidade (LDL e HDL) carreadoras menos importantes (7,1% e 6,6%, respectivamente). Ao alcançar o fígado, a filoquinona é reduzida a hidronaftoquinona (KH2), que é o cofator ativo para a carboxilase. O fígado tem um papel exclusivo na transformação metabólica que leva à excreção da vitamina K do organismo. A fração da vitamina excretada não é dependente da dose administrada. Assim, independentemente da dose administrada, por exemplo 1 mg ou 45 µg, aproximadamente 20% são excretados na urina dentro de 3 dias, enquanto 40-50% são excretados nas fezes, via sais biliares. Esse extenso catabolismo da filoquinona pelo fígado explica a rápida depleção das reservas hepáticas em pacientes com dieta pobre em filoquinona. Parece provável, portanto, que aproximadamente 60- 70% das quantidades de filoquinona, absorvidas em cada refeição, são definitivamente perdidas por excreção, o que sugere que os estoques corporais de filoquinona são constantemente reabastecidos. Com relação aos estoques hepáticos, sabe-se que este inclui aproximadamente 90% de menaquinona e 10% de filoquinona. Os estoques de filoquinona são extremamente lábeis e sob condições de grave depleção nutricional podem reduzir-se a 25% de suas concentrações originais, após três dias. Estudo feito em tecidos humanos, retirados de cadáveres, mostrou que existem, no homem, padrões de distribuição tecidual de vitamina K comparáveis aos já observados em ratos. Elevados níveis de vitamina K1 foram encontrados no fígado, coração e pâncreas e níveis mais reduzidos no cérebro, rim e pulmão. Sabe-se pouco sobre a captação de vitamina K pelos tecidos; entretanto, o acúmulo de vitamina K no coração, cérebro e pâncreas sugere funções fisiológicas ainda desconhecidas da vitamina. Por ser o local de síntese de proteínas da coagulação dependentes de vitamina K, o fígado sempre é considerado o maior órgão de estoque das vitaminas K; entretanto, o osso cortical contém tanta vitamina K quanto o fígado, podendo funcionar como um fornecedor de filoquinona. Vale notar que o espectro das vitaminas K circulantes no plasma não reflete os estoques hepáticos. Pouco se sabe sobre o transporte e depuração da circulação das menaquinonas, mas tem sido sugerido que a via de degradação metabólica seja similar à da filoquinona.
Recomendações diárias de vitamina K:
Bibliografia:
http://www.iqb.es/cbasicas/farma/farma03/parte13/vitk/filoquinona.jpg
(filoquinona)
http://www.iqb.es/cbasicas/farma/farma03/parte13/vitk/menaquinona.jpg
(menaquinona)
http://www.iqb.es/cbasicas/farma/farma03/parte13/vitk/menadiona.jpg
(menadiona)
http://www.moreirajr.com.br/images/revistas/8/501/915f1.jpg
(ciclo da vitamina K)
http://www.scielo.br/img/fbpe/rn/v14n3/7787t2.gif
(recomendação de vitamina K)
http://www.scielo.br/pdf/rbr/v46n6/07.pdf
http://www.emedix.com.br/vit/vit005_1f_vitaminak.php
http://www.scielo.br/pdf/rn/v14n3/7787.pdf
http://www.ilsi.org/Brasil/Documents/14%20-%20Vitamina%20K.pdf
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-52732001000300007
http://rbi.fmrp.usp.br/nutricao/Vitaminas%20lipossoluveis.pdf
http://www.itpac.br/arquivos/Revista/51/4.pdf
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0482-50042006000600007&script=sci_arttext
http://www.nutritotal.com.br/perguntas/?acao=bu&id=616&categoria=1

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