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Apresentação AULA 4 2015-1

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
CURSO DE DIREITO
DISCIPLINA: 
TEORIA E PRÁTICA DA ARGUMENTAÇÃO JURÍDICA
PROFESSORA: GLERIS SUHETT FONTELLA
AULA 4
ESTRUTURA E LINGUAGEM DO TEXTO ARGUMENTATIVO: SITUAÇÃO DE CONFLITO, TESE E CONTEXTUALIZAÇÃO DO REAL
OBJETIVOS:
Compreender que a tarefa de persuadir o magistrado terá mais chances de sucesso se for bem planejado o texto argumentativo.
 Desenvolver o planejamento do texto argumentativo pela seleção dos elementos: a) situação de conflito; b) tese; c) contextualização do real (fatos - provas e indícios).
- Redigir cada um dos elementos constitutivos do planejamento da argumentação.
PLANEJAMENTO DO TEXTO JURÍDICO ARGUMENTATIVO
Elementos que estruturam a composição da argumentação Jurídica:
Situação de conflito: trata-se da questão sobre a qual se argumentará, a qual será narrada no item DOS FATOS.
Elementos indispensáveis: O QUÊ; QUEM; ONDE; QUANDO.
(Neste parágrafo deve predominar a imparcialidade, logo não deve ser valorado).
2. Tese: representa o ponto de vista a ser defendido, com base em todas as informações (fatos) disponíveis sobre o caso concreto e nos limites permitidos pela norma.
Para conseguir sustentar a tese, torna-se necessário extrair do caso concreto todas as informações que, explícita ou implicitamente, concorrem para comprová-la. 
3. Contextualização do real: todas as informações extraídas do caso concreto que, explicita ou implicitamente, concorram para a comprovação da tese. (fatos, provas e indícios).
Leia o caso concreto e, em seguida, faça o que se pede.
Questão1 - destaque:
a) o fato gerador do conflito sobre o qual o caso concreto discorre (o quê?);
b) as partes, devidamente identificadas (quem?);
d) quando e onde esse fato ocorreu.
Com base nessas informações, produza o parágrafo relativo à situação de conflito. 
Questão 2
Indique a tese que pretende defender.
Questão 3
Selecione, em tópicos, as informações que possam colaborar com a defesa da tese que você escolheu. Indique, pelo menos, cinco fatos.
Chefe é condenado a pagar R$ 60 mil por obrigar funcionária a usar jeans apertado: a ex-funcionária alega que ele fazia comentários inapropriados sobre o seu corpo e que o chefe chegou a se matricular na aula de ciclismo para observá-la
O código de conduta de como se vestir no trabalho - dresscode corporativo - para mulheres segue geralmente a composição de blusa e calça discretas. Nada de decote, saia curta ou algo muito justo.
Mas não era essa a ordem dada a uma funcionária de 21 anos que trabalhava em um posto de combustíveis na Zona Sul de São Paulo. O seu chefe, Roberto Guerra Santiago, de 65 anos, obrigava a jovem a trabalhar de shorts jeans justos. A funcionária decidiu levar o assédio sexual à justiça.
Segundo relatos dos demais funcionários, o patrão fazia comentários sugestivos sobre os seios e nádegas da jovem diariamente. “Tudo começou com comentários sobre meu bumbum enquanto eu lavava os para-brisas dos carros”, contou ela.
"Durante meus dez meses trabalhando na empresa, quase todos os dias eu ouvia um comentário inapropriado sobre o meu corpo e sobre coisas que ele iria fazer comigo", disse a ex-funcionária, que não quis se identificar.
O então chefe chegou a obrigá-la a usar um short que ele mesmo havia comprado. “Você não pode vestir qualquer outro jeans para trabalhar a partir de agora, porque agora eu tenho algo bonito para olhar”, teria dito.
Roberto chegou a se inscrever nas aulas de ciclismo que a garota frequentava apenas para se aproximar dela e observá-la. “Ele geralmente dizia na frente dos meus colegas: 'Eu vou observar o seu bumbum hoje à noite'."
A autora acrescentou que ele também costumava dizer o quanto ela era bonita e que fazia os mesmos comentários sobre as mulheres que passavam ao posto. "Ele parecia obcecado por mulheres jovens e bonitas".
Um dos funcionários da empresa disse que, apesar de a autora afirmar que execrava os comentários sexistas, chegou a ser promovida a gerente e recebeu a promessa de que poderia ganhar muito mais dinheiro se os negócios da empresa "deslanchassem".
(http://epocanegocios.globo.com/Revista/Common/1,,EMI295911-16418,00.html,com adaptações)
Consulte também as seguintes fontes:
1) Jurisprudência:
TRT da 17ª Região prolatou: “a humilhação repetitiva e de longa duração interfere na vida do assediado de modo direto, comprometendo sua identidade, dignidade e relações afetivas e sociais, ocasionando graves danos à saúde física e mental, que podem evoluir para a incapacidade laborativa, desemprego ou mesmo a morte, constituindo um risco invisível, porém concreto, nas relações e condições de trabalho”.
2) Doutrina:
Os elementos essenciais para a caracterização do assédio moral no ambiente de trabalho é a reiteração da conduta ofensiva ou humilhante, uma vez que, sejam capazes de causar lesões psíquicas à vítima, ou seja, o empregado deve sofrer algum tipo de tortura psicológica, destinada a destruir-lhe a autoestima. São ainda elementos essenciais as relações hierárquicas desumanas e sem ética, marcadas pelo abuso do poder e manipulações perversas, e o cerco contra um empregado. (http://www.correadesouza.adv.br/artigos/assedio-moral-no-direito-do-trabalho/)
3) CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL:
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: 
II a cidadania; 
IIII a dignidade da pessoa humana; 
IV os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; 
Art. 5º 
III ninguém será submetido à tortura ou a tratamento desumano ou degradante; 
V é assegurado o direito de resposta proporcional ao agravo, além de indenização por dano material, moral ou à imagem; 
X são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra, a imagem das pessoas, assegurado o direito à indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação; 
Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, o trabalho, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e a infância, a assistência aos desamparados na forma desta constituição. 
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: 
I a relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa, nos termos da Lei complementar, que preverá indenização compensatória, dentre outros direitos;
XXVIII seguro contra acidentes do trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a indenização a que este está obrigado se incorrer com dolo ou culpa; 
XXX proibição de diferenças de salário, de exercícios de funções e de critérios de admissão do trabalhador portador de deficiência; 
XXXIV igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente e o trabalhador avulso. 
Art. 9º É assegurado o direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que deva por meio dele defender. 
Art. 170. A Ordem Econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes princípios: 
VIII busca pelo pleno emprego
Situação de conflito:
Nesta parte do planejamento, o orador definirá a centralidade da questão jurídica, isto é, o fato jurídico.
Trata-se da questão sobre a qual se argumentará, a qual será narrada no item DOS FATOS.
Elementos indispensáveis da narrativa: 
O QUÊ; QUEM; ONDE; QUANDO.
O QUÊ? Definição da centralidade (o fato jurídico ou fato gerador do conflito) 
QUEM? Identificação das partes envolvidas na lide, devidamente qualificadas, determinando:
NO CONFLITO
NO PROCESSO
Sujeito ativo:
aquele que prejudicou, que cometeu a infração
Sujeito ativo:
Autorda demanda
sobre o qual cairá umdireitosubjetivo
Sujeito passivo:
aquele que sofreu o dano
Sujeito passivo:
(Réu)- sobre o qual cairá um dever
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Caracterização das Partes (Autor e Réu)
Quando couber, importa que sejam bem esclarecidas suas características físicas, psicológicas, sociais e econômicas, uma vez que estas podem servir de argumento a fim de influenciar uma decisão. 
Ver exemplos 2 e 3. pág. 101 e 102. 
Digamos que um líder comunitário, homem de 35 anos, enfermeiro, tenha atraído até a sua casa uma jovem de 13 anos, moradora da mesma comunidade e, ali, estupra-a. Seu ato assume uma proporção maior de culpabilidade do que se igualmente fosse protagonizado por um rapaz de 18 anos, colega de 7ª série da menina. Dimensionando os atributos de ambos os acusados, imputaríamos ao primeiro maior discernimento para o ato praticado, uma vez que se pressupõe ser mais experiente do que o segundo e, ainda, saber avaliar melhor as consequências dos seus atos. Além disso, era uma pessoa que inspirava confiança dos moradores da comunidade que liderava. Usou, portanto, de abuso de confiança para atrair a jovem e alcançar o seu intento. 
Acrescenta-se um outro exemplo, agora com relação à área Cível, da importância em definir o nível socioeconômico das partes.
O juiz, ao decidir o valor que irá arbitrar em uma ação de indenização por dano material, cujo requerente teve seu nome incluído indevidamente no Cadastro de Inadimplentes, dentre outros critérios, baseia-se na posição social que o ofendido ocupa. Sendo assim, ao avaliar os prejuízos causados, estimará o valor a ser arbitrado com base na sua necessidade de acesso ao crédito. Segundo esse critério, um dentista, por exemplo, receberia um valor indenizatório superir ao recebido por uma empregada doméstica, porquanto a profissão daquele demanda gastos com materiais odontológicos, reconhecidamente onerosos; superiores aos desembolsados pela doméstica. 
Para se avaliar a importância das circunstâncias ESPAÇO (ONDE) e TEMPO (QUANDO), há de se considerar o plano objetivo e o plano subjetivo.
ONDE ocorreu o fato?
Plano objetivo: Determinação da competência jurisdicional o lugar da infração- Art. 69 I CPP.
QUANDO ocorreu o fato?
Plano objetivo: "Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que seja outro o momento do resultado." Art.4º CP.
Possíveis consequências dessa norma: No caso de haver entrado em vigência uma lei nova, caso essa lei seja mais rigorosa, no Direito Penal uma lei só retroage se for em benefício do réu. Logo, este será julgado segundo a lei vigente na época em que ocorreu o ato ilícito. 
ONDE e QUANDO no plano subjetivo:
 A valoração de um texto jurídico está também sujeita à época e ao local onde se desenvolveu o fato. Quanto mais próximo dos grandes centros urbanos estiver o local onde se produziu o fato jurídico e quanto mais contemporâneo for este fato, maior a expectativa de que as partes envolvidas estejam mais conscientes quanto às consequências jurídicas de seus atos. 
Ver ex. 4, pág.103. 
Exemplo:
Mais tolerante será a nossa avaliação com o marido que, no interior de Pernambuco, em 1970, força sua esposa à prática sexual, do que o mesmo ato praticado no Rio de Janeiro, em 2006. Isso porque, no interior de determinados estados do Brasil, ainda se considera a mulher como objeto de posse. Em virtude disso, o homem tem o direito de uso e ela o dever de obediência. Já na capital do Rio de Janeiro, com a crescente inserção da mulher no mercado de trabalho, com a sua conscientização quanto aos seus direitos e com a liberdade sexual, mediante o uso de anticonceptivos, a mulher passou a ver e a ser vista como um ser capaz de decidir sobre a disposição do seu corpo. Nesse contexto, o ato sexual imposto pelo marido, sem a concordância da mulher, pode vir a se configurado como estupro. 
2. Elaboração da tese 
A tese representa o ponto de vista a ser defendido, com base em todas as informações (fatos) disponíveis sobre o caso concreto e nos limites permitidos pela norma.
Para conseguir sustentar a tese, torna-se necessário extrair do caso concreto todas as informações que, explícita ou implicitamente, concorrem para comprová-la. 
Trata-se de uma frase curta que traz o ponto de vista do argumentador
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CARACTERÍSTICAS DE UMA BOA TESE:
1ª Ter amparo na norma (norma ≠ lei) Sem amparo, será mais difícil a defesa
Veja os exemplos:
2ª Coerência com os fatos (provas disponíveis)
3ª Razoabilidade 
É muito difícil conseguir a autorização para a realização de eutanásia, pois ela não encontra amparo no ordenamento jurídico pátrio
Sustentar a tese de legítima defesa, que tem amparo legal, para um réu que efetuou 10 disparoscontra a vítima.
Sustentar a tese de furto para condenar um réu que subtraiu um pedaço de pão para comer
Tese é uma interpretação que se extrai de um contexto a fim de se alcançar um determinado fim, que se espera ver agasalhado pelo Direito e que será submetida a um julgamento. É aquilo que se precisa provar, objetivando persuadir o auditório acerca de sua verossimilhança.
Não há expectativa de que a tese assuma o status de verdade, já que, nas Ciências Humanas, a tese é subjetiva, adstrita a valores, sendo, portanto, discutível. 
Tendo em vista que o orador quer persuadir o auditório, é importante que sua tese não contrarie as presunções desse auditório, seja ele particular, e, muito menos, universal. Só haverá adesão aos argumentos apresentados, se estes estiverem em conformidade com os valores desses auditórios. 
A tese só triunfará se houver interação entre orador e auditório e se for empreendida uma argumentação com base em argumentos lógicos e razoáveis.
Argumento lógico é aquele que tem como elemento gerador uma tese coerente com o ponto de referência a que esta se associou. Ou seja, lógico é o argumento que se baseia em uma Norma legitimada pelo Direito.
Uma tese só deve ser construída dentro dos limites impostos pela Norma (fontes específicas do Direito) 
Ver ex.5, pág.104. 
Como exemplo, pode-se citar o caso concreto, publicado pelo jornal O Globo, em janeiro de 2004, de um cidadão, de 27 anos, desempregado, com fome, que invadiu o Campo de Santana, Rio de Janeiro, de madrugada e estrangulou um pavão branco de aproximadamente 3,9 quilos. A ave vivia no parque há 14 anos. Esse cidadão foi perseguido por travestis da Praça da República, que o agrediram com socos e com pontapés. Ao fugir, tentou pular de volta para o Campo de Santana e ficou preso pelo braço esquerdo nas grades de ferro do campo. Foi resgatado por bombeiros, encaminhado ao hospital e, em seguida, preso. Sabe-se que a norma condena o ato praticado por esse cidadão, prescrevendo pena de prisão, já que o pavão branco é um animal protegido pelo Ibama. 
No caso relatado, a norma dispõe como ato ilícito. Entretanto, o defensor do réu pode formular uma hipótese, prevista pela norma, e assumir a tese de "Estado de necessidade" e, se bem argumentada, obter sucesso em comprová-la. E assim, estará extinta a ilicitude do ato cometido pelo seu cliente. 
Para tal, usando o silogismo, que tem como Premissa Maior- PM a Norma, o advogado deverá reunir os fatos, as provas e os indícios, para, com esses elementos, provar o "ESTADO DE NECESSIDADE". 
 Para levantar essa tese com sucesso, passa-se, então a trabalhar com o raciocínio indutivo, já que são apresentadas premissas menores - Pm, devidamente dimensionadas, numa prática subjetiva, em que a emoção ocupa função preponderante, aplicando-se o critério da RAZOABILIDADE, a fim de persuadir o auditório. 
Ao se elaborar uma tese, é preciso ter consciência de que esta se encontra limitada pelas possibilidades de soluções admitidas pelas normas, pela interpretação que se opera em relação a essas normas, visando adaptá-las ao nosso tempo e espaço e às circunstâncias do caso concreto e pelas circunstâncias em que ocorre. 
Exemplos de tese: 
O réu deverá ser condenado a indenizar a autora por dano moral.
O hospital agiu com negligência.
O réu deverá responder pelo crime de corrupção. 
PROBLEMAS A SEREM CONSIDERADOS PARA SE ELABORAR A TESE:
É necessário
considerar, no planejamento do texto argumentativo, quais os problemas que o argumentador pode encontrar para defender sua tese.
O Direito é marcado pelo contraditório
Logo, haverá uma tese contrária
Toda tese suscita algum problema – sempre haverá um ponto frágil
Qual será o ponto que reflete a fragilidade da tese?
 
3. Contextualização do real
A argumentação jurídica difere de outros tipos de argumentação por algumas razões:
a) está limitada por um sistema normativo (plano objetivo);
b) embora limitada por esse sistema, admite a assunção do critério da razoabilidade (bom senso) (plano subjetivo);
c) baseia-se em fatos, provas e indícios. 
1) fato: ocorrência baseada em uma realidade objetiva. 
2) provas: documental, testemunhal ou pericial
3) presunção ou indícios
Deter-nos-emos ao item C: (Fato, provas e indícios)
Propagado princípio do Direito: "Cada caso é um caso".
 
Na argumentação, são as peculiaridades de cada caso concreto que vão determinar o caminho a ser adotado e que haverão de dar sustentação aos argumentos. 
Vale lembrar que tal caminho deverá ser legitimado pelas fontes do Direito (Norma). 
Torna-se necessário extrair do caso concreto todas as informações que, explícita ou implicitamente, concorram para a comprovação da tese. 
Para isso, é importante que se compreenda bem o caso concreto e se interprete todas as suas sutilezas e essas sejam bem valoradas. 
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O FATO "existência de evento ou coisa, que veio a ser feita. (...), materialidade ou a demonstração concreta do acontecimento ou da ação, sem a interferência do direito, (...) a realidade do que aconteceu ou está acontecendo." (De Plácido e Silva).
Mas também ações negativas, isto é, consequência do que deveria ter sido feito e não foi: a omissão (ausência de ação necessária). 
O fato pode ser um acontecimento:
Natural, não volitivo (não da vontade do indivíduo) 
Resultante da vontade humana, considerado ato, comportamento (um ato jurídico é uma espécie de fato). 
Os fatos bem narrados e valorados têm um grande poder persuasivo, já que raramente podem ser contrariados. 
AS PROVAS
 
PROVA: "demonstração de existência ou da veracidade daquilo que se alega como fundamento do direito que se defende ou se contesta." 
"Constitui, em matéria processual, a própria alma do processo ou a luz, que vem esclarecer a dúvida a respeito dos direitos disputados." 
 De Plácido e Silva, Dicionário Jurídico, pág. 107. 
Tipos de Prova: testemunhal, pericial e documental. 
3.2. Indício ou presunção
Seu valor probante equivale ao dos tipos de prova, entretanto, difere dos demais porque "não se prestam a análises nem a classificações".
É possível compreender o indício como um sinal, um vestígio, um rastro, extraído de um fato, que proporciona a criação de provas circunstanciais, conciliáveis e conexas, para que se torne evidente o fato que se quer demonstrar. 
Ver exemplo 6, pág. 110. 
Tomemos como exemplo um assalto a uma mansão, onde somente o quarto da dona da casa estava revirado e de lá foi levada uma caixa de joias valiosas. Digamos que se deseja provar que o assalto foi praticado por alguém que conhecia a intimidade da casa. Destaca-se, portanto, que o fato de a atenção do assaltante ter-se fixado, apenas, no quarto da dona da casa e de ter subtraído somente o porta-joias, serviriam como indícios de que o assaltante sabia exatamente o que deveria ser levado. Admitidas tais circunstâncias, é possível presumir que o assalto foi praticado por um empregado ou até um morador da residência.

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