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Reparo - Regeneração e Cicatrização

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Reparo: Regeneração e Cicatrização 
Resumo – PPG – Alberto Galdino - Biomedicina 
A neutralização de agentes agressores leva a desorganização e destruição tecidual. 
Torna-se necessária uma segunda etapa dos mecanismos de defesa, caracterizada pela 
reorganização da área lesada. O reparo consiste na substituição das células e tecidos alterados 
por um tecido neoformado derivado do parênquima e/ou estroma do local injuriado. 
Se a reparação for feita principalmente pelos elementos parenquimatosos, uma 
reconstrução igual a original pode ocorrer (regeneração), mas se for feita em grande parte 
pelo estroma, um tecido fibrosado não especializado será formado (cicatriz). Poderá ocorrer 
um ou outro processo ou os dois, dependendo de alguns fatores sendo os mais importantes: a 
capacidade dos elementos do parênquima se regenerarem e a extensão da lesão. 
 
Quando, em vez de atingir focalmente as células no seu citoplasma, a lesão causa a 
perda de muitas células, o reparo é mais complexo e pode assumir uma das duas 
possibilidades: 
1)Se as células 
parenquimatosas morrem, 
mas o estroma permanece 
íntegro, o reparo se faz a 
partir de células do meso 
tipo das que se perderam, 
voltando o órgão à sua 
estrutura normal 
(REGENERAÇÃO). 
 
2) Se o estroma é destruído, 
o reparo se faz 
fundamentalmente às custas 
do tecido conjuntivo 
(CICATRIZAÇÃO), o que 
quase sempre aparece 
combinado com certo grau 
de regeneração dos 
elementos epiteliais, os quais podem ou não se reproduzir a estrutura que tinham 
anteriormente Neste último caso, ocorre uma REGENERAÇÃO ATÍPICA. 
 
Um organismo vivo tem a capacidade de reparar suas perdas, propriedade persistente 
desde o nível celular. REPARO TECIDUAL é a habilidade do corpo em substituir células 
lesionadas ou mortas e reparar tecidos após dano (inflamação). 
 
TIPOS DE REPARO 
 REGENERAÇÃO (Restabelecimento da célula original do tecido) 
Compreende o processo onde o tecido lesado é reposto por células da mesma origem 
daquelas que se perderam, como o cresimento, em anfíbios, de um membro 
amputado. 
 CICATRIZAÇÃO (Substituição do local danificado por Tecido Conjuntivo Fibroso) 
É a substituição do tecido lesado por tecido conjuntivo fibroso. Para que a cicatrização 
se efetue são necessárias a eliminação do agente agressor, a ativa manutenção do 
potencial de proliferação das células, complementadas pela irrigação e nutrição 
suficientes. Como a cicatrização por tecido fibroso é constituída por tecido mais 
simples e mais primitivo do que os tecidos que ela substitui, essa cicatrização implica 
na perda permanente da função fisiológica da região comprometida. 
Reparo: Regeneração e Cicatrização 
Resumo – PPG – Alberto Galdino - Biomedicina 
 
FATORES QUE INFLUENCIAM NA 
REGENERAÇÃO E CICATRIZAÇÃO 
 Capacidade Proliferativa Celular 
As células do corpo podem ser 
divididas em 3 categorias de acordo 
com a capacidade de regeneração: 
a) CÉLULAS LÁBEIS: são aquelas que 
continuam a se multiplicar durante a 
vida toda (células epiteliais, 
hematopoiéticas e linfóides). 
Regeneram-se com rapidez e 
facilidade 
b) CÉLULAS ESTÁVEIS: normalmente 
não se dividem, contudo têm a 
capacidade de proliferar quando estimuladas “núcleos permanecem quiescentes a 
maior parte do tempo”. (são as células das glândulas como: fígado, pâncreas, salivares, 
endócrinas e as células derivadas do mesênquima como fibroblastos, osteoblastos). 
c) CÉLULAS PERMANENTES são aquelas que perderam totalmente a capacidade de se 
dividir, (como as células do sistema nervoso central e músculo) “os núcleos não tem 
mais a capacidade de reiniciar o processo replicativo”. 
Uma reconstrução original da área lesada só poderá ocorrer se as células afetadas 
forem do tipo lábil ou estável porque se for do tipo permanente, ocorrerá à 
substituição por tecido conjuntivo. 
 
 QUALIDADE DA MATRIZ EXTRACELULAR E ESTROMA REMANESCENTE 
O INTERSTÍCIO ou MATRIZ EXTRACELULAR é constituído por uma rede 
complexa de macromoléculas que preenchem os espaços intracelulares. Ela regula o 
crescimento, a proliferação, o movimento e a diferenciação das 
células que vivem no seu interior. 
A MEC também se condensa logo abaixo das 
revestimentos epiteliais, endoteliais e mesoteliais para formar 
uma estrutura característica e especializada, a MEMBRANA 
BASAL. 
As macromoléculas da MEC podem estar estruturadas em 
fibras (colágenas, reticulares e elásticas) ou sob a forma de um 
complexo amorfo, intimamente associado às fibras, denominado 
SUBSTÂNCIA FUNDAMENTAL AMORFA. Tais macromoléculas são: 
 Proteínas fibrosas (colágeno e elastina), 
que formam as fibras colágenas e 
reticulares (colágeno) e elásticas 
(elastina). 
 Proteínas Não-Fibrosas, de aderência 
(laminina e fibronectina), que aderem as 
células à MEC, e proteínas organizadoras 
também com função de aderência, como 
a tenascina, a entactina e a ondulina 
 Glicosaminoglicanos (poliglicanos) e 
proteoglicanos, que formam um gel 
altamente hidratado, a substância 
fundamental, na qual as proteínas 
fibrosas estão imersas. 
Papel da Matriz Extracelular na 
Regeneração e Reparo. FÍGADO. 
Reparo: Regeneração e Cicatrização 
Resumo – PPG – Alberto Galdino - Biomedicina 
Tem como funções: 
• Estrutura à migração celular 
• Manutenção da polaridade celular correta 
• Fonte de células importantes (acima) 
• Fonte de sinalizadores importantes ao reparo 
• Manutenção da diferenciação celular 
• Controle do crescimento celular 
• Arcabouço para renovação tecidual 
• Estabelecimento de microambientes teciduais 
 
 PRESERVAÇÃO DAS CÉLULAS-TRONCO ADULTAS 
 Capacidade prolongada de auto-renovação 
 Replicação assimétrica 
 Células-Tronco embrionárias x Células-Tronco Adultas (linhagem específica) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Lesão Hepática após alta dose de 
Tetracloreto de Carbono (Lesão Aguda) 
Preservação da Arquitetura Tecidual da MEC 
REGENEREÇÃO 
Aplicações múltiplas de pequenas doses de 
Tetracloreto de Carbono 
Dano à Arquitetura da MEC 
CICATRIZAÇÃO 
Nichos de células-
tronco em vários 
tecidos. 
A-Pele; B-Intestino; 
C-Fígado; D-Córnea 
Reparo: Regeneração e Cicatrização 
Resumo – PPG – Alberto Galdino - Biomedicina 
 
 
 FATORES DE CRESCIMENTO (Polipeptídeos) 
Esses fatores, os quais podem ter múltiplos ou restritos alvos celulares, podem, 
também, promover a sobrevida celular, locomoção, contratilidade, diferenciação e 
angiogênese, atividades tão importantes quanto seus efeitos promotores de 
crescimento. Todos os fatores agem como Ligantes a Receptores específicos, os quais 
liberam sinais para as células alvo. 
 
 
 
 
 
 
 SINALIZAÇÃO 
 
 
MECANISMOS DE REPARO TECIDUAL 
 Capacidade das células quiescentes reentrarem no ciclo celular 
 Diferenciação eficiente das células-tronco adultas 
 HIPERPLASIA ↔ HIPERTROFIA 
 
Regeneração Hepática (Crescimento Compensativo) 
O fígado humano possui a capacidade de regenerar-se, como demonstrado por seu 
crescimento após hepatectomia parcial, que pode ser realizada para a ressecção de um tumor 
ou transplante hepático para doador vivo. 
EGF e TGF-α; HGF; VEGF; PDGF; FGF; TGF-β 
(são MITOGÊNICOS em sua maioria 
“ativam a mitose”) 
-ATIVAR TRANSCRIÇÃO -ATIVAR GENES DORMENTES -ESTIMULAR CICLO CELULAR 
Mecanismos pelos quais os componentes da MEC e os fatores de crescimento interagem 
e ativam as vias de sinalização. 
Reparo: Regeneração e Cicatrização 
Resumo – PPG – Alberto Galdino - Biomedicina 
O crescimento ocorre por aumento dos lobos que restaram após a cirurgia, processo 
conhecido como CRESCIMENTO COMPENSATÓRIO ou HIPERPLASIA COMPENSATÓRIA. 
Há dois principais pontos de restrição para a replicação do hepatócito: 
- A transição G0/G1 que traz hepatócitos quiescentes para o ciclocelular 
- A transição G1/S necessária para a passagem pelo último ponto de restrição de G1. 
Mais de 70 genes são ativados. 
 
 
FORMAÇÃO DA CICATRIZ 
 Emigração e Proliferação de fibroblastos no local da lesão 
(↑de fibroblastos e células endoteliais, síntese de colágeno) 
 Deposição da Matriz Extracelular (Angiogênese e Tecido de Granulação “ou Jovem”) 
(↓de fibroblastos e células endoteliais, ↑síntese de colágeno) 
 Remodelação Tecidual 
(↑síntese de Metaloproteinases e ↓síntese de colágeno) 
O termo “cicatriz” é mais frequentemente associado à cura de feridas na pele, porém é usado 
também para descrever a substituição de células parenquimatosas de qualquer órgão após 
infarto do miocárdio. 
 
 
TIPOS DE CICATRIZAÇÃO 
 Cicatrização por Primeira Intenção (União Primária) 
 Cicatrização por Segunda Intenção (Ferimento com margens separadas) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Primeira Intenção Segunda Intenção 
Reparo: Regeneração e Cicatrização 
Resumo – PPG – Alberto Galdino - Biomedicina 
Cicatrização por 1ª Intenção 
Também chamada de união primária, tem importância principalmente em cirurgia e 
em ferimentos. É o tipo mais simples de reparação que pode ocorrer. O exemplo mais comum 
é a incisão cirúrgica feita com bisturi e posterior sutura dos bordos. A incisão leva a morte de 
células epiteliais, assim como de elementos do tecido conjuntivo. Uma vez feita a sutura o 
espaço entre os bordos é reduzido e fica cheio de coágulo. 
A fibrina formada induza migração e serve de matriz para a proliferação de fibroblastos 
e angioblastos, que vão formar o tecido de granulação. “Geléias” de fibrina induzem a 
fibroplasia e angiogênese. Inicia-se uma inflamação aguda com exsudato principalmente de 
neutrófilos e posteriormente de macrófagos. Ao mesmo tempo fibroblastos e angioblastos 
proliferam a partir dos bordos e começam a invadir a área inflamada dando origem a um 
tecido rico em fibroblastos e vasos neoformados conhecido como tecido de granulação. 
Inicialmente é um tecido altamente celular, mas com a contínua produção de fibras 
colágenas, tornam-se menos celular e dentro de algum tempo a área está ocupada por um 
tecido com poucas células e vascularizado, rico em fibras, constituindo a cicatrização, e 
marcando para sempre o local da incisão cirúrgica. A proliferação não contínua de células 
epiteliais é controlada por fatores do crescimento celular, e esta é uma das diferenças 
importantes em relação ao que ocorre nos carcinomas. 
 
Cicatrização por 2ª intenção 
Também chamada de união secundária, ocorre quando a área lesada é mais extensa e 
os bordos não podem ser coaptados por sutura, como por exemplo, em úlceras, abcessos ou 
então devido à contaminação de uma incisão cirúrgica. O processo básico é o mesmo que na 
união primária, diferindo apenas por ser a área lesada maior e ter grande quantidade de 
exsudato inflamatório e restos necrosados. 
O tecido de granulação vai se proliferando à medida que a área vai sendo limpa. A 
cicatrização por segunda intenção ocorre inevitavelmente com a formação de grande 
quantidade de tecido cicatricial. A formação excessiva de tecido cicatricial pode provocar uma 
protuberância no local, sendo o processo chamado de quelóide. 
 
A união secundária difere da primária por: 
 Perda de grande quantidade de tecido 
 Presença de uma maior quantidade de restos necróticos e exsudato inflamatório 
 Formação de maior quantidade de tecido de granulação 
 Produção de cicatriz mais extensa 
 
 
FATORES QUE INFLUENCIAM NA CICATRIZAÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
COMPLICAÇÕES NA CICATRIZAÇÃO DA FERIDA 
 Formação deficiente de Cicatriz (do tecido de granulação ou organização da cicatriz) 
Pode levar a dois tipos de complicações: 
- Deiscência ou Ruptura de uma ferida 
- Ulceração. 
 Sistêmicos 
- Nutrição 
- Condições Metabólicas 
- Condições Circulatórias 
- Hormônios 
 Locais 
- Infecção 
- Fatores Mecânicos 
- Corpos Estranhos 
- Tamanho, Localização e Tipo da Ferida 
 
Reparo: Regeneração e Cicatrização 
Resumo – PPG – Alberto Galdino - Biomedicina 
 
 Formação Excessiva dos Componentes do Processo de Reparo 
Pode originar cicatrizes hipertróficas e queloides. Outro desvio na cura de feridas é a 
formação de quantidades excessivas de tecido de granulação, que fazem protusão 
acima do nível de pele circundante e bloqueiam a reeptelização, processo esse 
chamado Granulação Exuberante. 
 
 Formação de Contratura 
A contração no tamanho de uma ferida constitui uma parte importante do processo 
normal de cicatrização. Um exagero desse processo origina a ‘Contratura’ e resulta em 
deformidades da ferida e dos tecidos circundantes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DANO 
Estímulo Removido Estímulo Persistente 
Regeneração Cicatrização Fibrose 
- Regeneração Hepática 
- Feridas Superficiais 
- Feridas Profundas 
- Infarto do Miocárdio 
- Cirrose 
- Fibrose Pulmonar

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