114 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a Unidade IV Unidade IV 7 VISÃO GERAL DE SISTEMAS EMPRESARIAIS PARA DIVERSAS ÁREAS Os sistemas empresariais são ferramentas tecnológicas que auxiliam as organizações no tratamento de todas as informações, tanto internas quanto externas, com o intuito de interpretá-las da melhor forma e com o menor tempo. Esses sistemas têm evoluído conforme as exigências de adaptação ao mercado, e as empresas se moldam rapidamente a elas. Buscam atingir seus principais objetivos: agrupar informações capazes de serem manuseadas segundo as necessidades particulares de cada usuário, criando alternativas e mecanismos novos, cada vez melhores e mais ágeis para a tomada de decisão. Assim, um sistema empresarial é o processo de transformação de dados em informação. De acordo com Laudon e Laudon (2004), um sistema de informações pode ser definido tecnicamente como um conjunto de componentes inter-relacionados que coleta ou recupera, processa, armazena e distribui informações destinadas a apoiar a tomada de decisão, a coordenação e o controle de uma corporação. Além disso, analisa problemas e visualiza a necessidade de tratar assuntos complexos e criar novos produtos. Um sistema de informação visa captar o que acontece na organização, destacando precisamente a cada nível o que lhe cabe. O objetivo é dar subsídio ao processo decisório. Para tal, emite-se um conjunto de relatórios, em geral produzidos pelo departamento de informática, que administra os recursos de processamento de dados capazes de receber os dados das várias áreas da empresa e transformá-los em informações úteis à gerência. As vantagens de um sistema de informação consistem na otimização do fluxo de informação, redução de custos, ganho na produtividade, maior integridade, veracidade e segurança nas informações. Importante ressaltar que eles provocam mudanças institucionais e administrativas, trazendo desafios para a administração. Sistemas de informação têm enorme potencial de trazer benefícios, mas podem trazer muitos prejuízos quando feitos de modo incorreto. Um sistema de alta tecnologia inclui vários elementos: software, hardware, pessoal, base de dados, documentação e procedimentos. A engenharia de sistemas ajuda a traduzir as necessidades de negócio em um modelo de sistema que faz uso de um ou mais desses elementos. É um modelo que busca a simplificação da realidade. Um modelo do negócio é uma abstração do funcionamento do próprio negócio. Vejamos como é composto: • Objetivos: são os propósitos do negócio, o resultado que toda a organização deseja atingir. • Recursos: metas usadas em um negócio, tais como pessoa, material, informação ou produto. • Processos: conjunto de atividades estruturadas para que um produto (bem ou serviço) seja gerado. 115 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a SISTEMAS DE INFORMAÇÃO EM COMÉRCIO E SERVIÇOS • Regras: declarações que restringem, derivam e fornecem condições de existência, representando o conhecimento do negócio. Os objetos que compõem um negócio estão representados na figura a seguir: Negócio Regras Recursos Objetivos Processos Figura 46 – Objetos de um negócio No mundo globalizado, em que o domínio da informação e a rapidez de decisão podem trazer uma vantagem competitiva à empresa, os sistemas empresariais possibilitam essas condições; auxiliam a instituição a estender seus mercados atuantes por mais distantes que estejam, oferecendo novos produtos, organizando tarefas e fluxos operacionais, gerando eficientes controles administrativos e transformando radicalmente o formato antigo de gestão de negócios. 7.1 Sistemas de informação no comércio O mercado brasileiro de comércio varejista de pequeno porte diz que enfrenta muitas dificuldades para manter suas atividades. Destaca a grande concorrência e o poder que as grandes empresas detêm no mercado, com políticas de baixo preço e diferenciação de serviços. Como consequência, as margens de lucro desses varejistas são muito pressionadas para baixo. A maioria dessas empresas é criada a partir de uma estrutura familiar e em geral não conta com colaboradores qualificados para exercer a função. Muitas vezes não conseguem estabelecer rotinas ou processos estruturados que permitam identificar o que pode ser feito para alcançar resultados positivos nem mesmo se estão sendo lucrativas. É por conta de todas esses problemas que o processo de informatização é essencial. A gestão da informação focada nos aspectos organizacionais e o apoio da tecnologia são ferramentas estratégicas para se manter nesse mercado competitivo. Outro revés para os varejistas são as exigências legais, por exemplo, Nota Fiscal Eletrônica (NFE), Programa de Aplicativo Fiscal (PAF) e Sistema Público de Escrituração Digital (Sped). Esses dispositivos estão se tornando tão complicados que acabam gerando custos adicionais para as empresas. Os Sistemas de Informação Gerencial Integrada (ERP), como já explicado, são sistemas que proporcionam a integração de dados de todos os setores de uma organização, facilitando a busca de informações na tomada de decisão pelos gestores. Além disso, fornecem as tabelas de produtos e classificações fiscais para o módulo Programa de Aplicativo Fiscal-Emissor de Cupom Fiscal (PAF-ECF). 116 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a Unidade IV A empresa consegue vantagem competitiva quando investe em tecnologia e sistema de informação, buscando sempre a melhoria de custo, qualidade e diferenciação. Essa vantagem competitiva está relacionada aos objetivos estratégicos de uma entidade e sua capacidade de aumentar o desempenho, a produtividade e a resposta ao mercado. 7.2 Sistemas de informação no varejo Diante de um cenário pessimista, no qual alguns produtos, como eletrodomésticos, tiveram uma queda de mais de 12% em 2016, parte dos lojistas tem tentado várias alternativas para aumentar a eficiência de seus processos (TAVARES, 2017). Uma dessas medidas é usar novas tecnologias que capturam dados do fluxo de clientes nas lojas e, por meio de softwares de análise de dados, assimilam melhor o comportamento do consumidor, por exemplo, quais produtos são procurados e por onde o cliente passa dentro da loja. Na visão desses varejistas, a revolução digital em lojas físicas é parte da receita para alavancar os negócios. Entre o uso de novas tecnologias está a instalação nos estabelecimentos de sensores e câmeras inteligentes que são capazes de identificar a quantidade exata de clientes que entram e saem da loja, medir o tempo de espera nas filas dos caixas e quais são os produtos mais procurados nas prateleiras. Esses informes são enviados em tempo real por meio de conexões sem fio para um banco de dados on- line. Ao fim de um período, é possível obter um diagnóstico do fluxo de clientes e identificar detalhes até então desconhecidos. Por exemplo: a decisão de quais produtos serão expostos na vitrine é feita com base nas peças mais populares em cada um dos locais; identificar qual porta recebe mais clientes nas lojas e em quais horários, e assim o vendedor pode dar mais atenção a uma dessas entradas. Muitas vezes os varejistas tentam reverter a queda nas vendas investindo em ações de marketing para atrair mais consumidores, mas é a tecnologia digital que está trazendo para as lojas algo que é muito comum nas lojas on-line, a captura de todo tipo de dados sobre os consumidores que visitam os sites, e usar essas informações para convencê-los a comprar. O índice, em percentual,