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desses sedimentos do gargalo e o processo de rolhá-los para venda. Essa etapa é feita com o congelamento do gargalo, para que as impurezas se congelem e saiam. Para finalizar, adiciona-se uma mistura de vinho velho, cognac e açúcar. Essa mistura tem o nome de liqueur d’expédition. É a variação da quantidade dessa solução que dá à champanhe as tipologias de brut, extra-sec, sec e demi-sec. Método charmat Para a produção de espumantes são comumente usadas castas de Trebbiano, Peverela, todas Vitis vinifera. Esse método consiste em provocar a segunda fermentação dentro de autoclaves, a maioria em aço, projetadas para suportarem altas pressões. Essas autoclaves possuem controle de temperatura e a fermentação do vinho ocorre então ente 10 °C e 14 °C. Nesse processo também são adicionados o liqueur de tirage e ainda o vinho velho para ocorrer a segunda fermentação. Depois ocorre a decantação, a filtração e, só então, o engarrafamento. Antes de ser rotulado, o vinho é colocado para descansar alguns meses. Metodo asti Método oriundo da cidade de Asti, na Itália, consiste em promover uma única fermentação nas autoclaves. É feito originalmente com uvas moscatel, tendo a característica de ser bem suave. O espumante pode ser branco, rosè ou mesmo tinto (SANTOS, 2008). Figura 39 Temperatura É importante que o restaurante tenha espaços adequados para a correta armazenagem de vinhos e adegas climatizadas. 109 Re vi sã o: M ar ci lia / Ro se - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a: 0 5/ 02 /2 01 8 SERVIÇO SALA E BAR A temperatura em armazenamento deve ser sempre entre 12 °C e 16 °C. Os vinhos devem ser armazenados de maneira que as rolhas sempre tenham contato com vinho. Atenção à temperatura dos vinhos, geralmente, os brancos devem ser servidos gelados. Longevidade O ditado “quanto mais velho, melhor” não é verdadeiro. Vinhos têm seu tempo de validade. Sua durabilidade varia de 1 a 5 anos, segundo Pacheco (2010). Por isso é sempre importante estar atento a sua origem e sua fabricação para saber sua longevidade. Rolhas As melhores rolhas para rolhar um vinho são as de cortiça. Elas são extraídas da casca de sobreiro, árvore nativa da região mediterrânea. Por não terem cheiro, sabor e serem flexíveis, não interferem na evolução do vinho. Atualmente, há no mercado rolhas sintéticas, sistemas de tampas com roscas e até embalagens Tetra Pack, tornando o vinho mais acessível. Figura 40 A carta de vinhos É sempre importante que os vinhos oferecidos na carta estejam disponíveis. A carta pode ser escrita à mão ou digitalizada, mas sempre de maneira acessível ao cliente. A disposição, na carta de vinhos, segundo Pacheco (2010), deve ser: • Vinhos abertos. • Vinhos do país. 110 Re vi sã o: M ar ci lia / Ro se - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a: 0 5/ 02 /2 01 8 Unidade IV • Vinhos do continente. • Vinhos de outro continente. • Vinhos e espumantes do país. • Champanhes e espumantes de outro país. • Vinhos de sobremesa. Lembrete A carta de vinhos pode ser digitalizada ou mesmo escrita à mão com os vinhos do dia, caso as possibilidades de escolha sejam pequenas. Porém, o cuidado com o tipo de papel e a fácil leitura devem sempre prevalecer. Vinhos brasileiros Os vinhos brasileiros vêm ganhando mercado cada vez mais. No entanto, jamais devem ser comparados aos vinhos de outros países. Cada região possui características próprias, como clima, solo, situação geográfica e tecnologia utilizada, por exemplo. Nossos vinhos vêm ganhando prêmios internacionais e a procura por eles têm aumentado, influenciada por fatores como a abertura de mercado e a aproximação do brasileiro com a harmonização que é realizada. Muitas pessoas que não tinham acesso ao vinho ou não tinham intimidade com a harmonização, têm hoje fácil acesso a informações que permitem a harmonização e a apreciação. O vinho, na atualidade, é um produto acessível e com combinações fáceis para aqueles que não possuem intimidade com o assunto. A qualidade de nossos vinhos aumentou consideravelmente e a acessibilidade a vinhos de outros países fez com que nossas vinícolas procurassem se modernizar. É visível, atualmente, vinícolas procurando caminhos para que diferentes problemas, como solo árido e umidade demasiada, não prejudiquem a produção. Solos secos do Nordeste têm se mostrado perfeitos para uvas do tipo moscatel e a qualidade dos vinhos feitos a partir dessa casta é motivo de prêmios internacionais. Vinhos argentinos A Argentina é um dos cinco maiores produtores de vinho no mundo, sendo Mendoza sua principal região vinícola. São castas conhecidas internacionalmente desse país: Malbec e Trapiche. 111 Re vi sã o: M ar ci lia / Ro se - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a: 0 5/ 02 /2 01 8 SERVIÇO SALA E BAR Vinhos chilenos O Chile é o país que produz os melhores vinhos da América do Sul, possui condições perfeitas para a produção de uvas Vitis vinifera, como solo, clima e latitude, por exemplo. Pacheco (2010) menciona que a maioria das uvas do Chile veio da região de Bordeaux. É sempre importante lembrar que o Chile foi o único país que não foi infestado pela praga Filoxera. Isso permite que, na atualidade, os melhores vinhos, feitos a partir da casta Carménère, sejam produzidos no país. As regiões mais importantes são as do vale central, destacando Maipo, Rapel e Casablanca. Vinhos americanos País que tem a Califórnia como única produtora de vinhos Vitis vinifera, produzindo vinhos com qualidade superior. Porém, também produzem vinhos de uvas nativas e sua qualidade, apesar de melhorar nos últimos anos, não é tão boa. O segundo maior produtor de vinhos é o estado de Nova York, porém, como são produzidos com uvas nativas, a qualidade também não é tão elevada. A principal região da Califórnia conhecida pela qualidade de seus vinhos da Vitis vinifera é Napa Valley AVA. Vinhos portugueses Portugal é um dos maiores produtores mundiais. No Brasil, são conhecidos os vinhos do Porto, Madeira e os vinhos verdes. Os vinhos portugueses já foram os mais consumidos no nosso País devido à tradição e à herança de colonização. Porém, com a abertura do mercado, esse consumo diminuiu. Vinhos espanhóis A Espanha é um dos maiores produtores e com maior área de plantio de videiras, também é um dos maiores exportadores. No Brasil, o vinho mais conhecido é o Jerez. Vinhos alemães A Alemanha é um país conhecido por abrigar uma das maiores regiões produtoras de vinho branco, sendo, em sua maioria, suaves e frutados, porém nem todas as produções são de boa qualidade. Destacam-se vinhos das regiões de Baden, Nahe, Ahr, entre outros. 112 Re vi sã o: M ar ci lia / Ro se - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a: 0 5/ 02 /2 01 8 Unidade IV Vinhos italianos A Itália também está entre os países que mais produzem, exportam e consomem vinho. Possuem vinhos de excelente qualidade, com destaque para os espumantes. Embora praticamente todas as regiões do país produzam vinho, ganham destaque as regiões de Emília-Romanha, Lombardia, Piemonte, Toscana, entre outras. Vinhos muito conhecidos no Brasil são Frascate (branco), Barbaresco (tinto) e Prossecco (espumante). Vinhos franceses A França é o país que produz os melhores e mais caros vinhos. Esse país possui todas as condições para que tenha esse título: umidade, temperatura e solo perfeitos. A legislação rigorosa do país, aliada às condições e à tecnologia, deu esse título a França. Há um ditado entre os apreciadores