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Apostila Módulo 2 - Relações Interpessoais

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Disciplina: Relações Interpessoais 
 Sócio-Ambientais 
Módulo 2
27
Capítulo 1: 
Autoconhecimento e Implicações 
nas Relações Interpessoais
Apresentação
o capítulo que iremos estudar, a partir de agora, trata de um reconhecimento 
do quanto o autoconhecimento pode cooperar nas nossas relações. Quando 
um indivíduo se compreende, torna-se uma pouco mais fácil o esforçar-se 
para compreender o(s) outro(s).
Inicialmente, vamos nos esforçar para compreender o que vem a ser o auto-
conhecimento. Será que alguém se conhece de verdade? Quase todos já 
ouviram algum dia alguém mencionando a máxima de Sócrates (470 ou 46� 
a.C.) “Conhece-te a ti mesmo”. Nas janelinhas ao lado, você poderá conhe-
cer um pouco mais sobre a história de Sócrates e das escolas filosóficas de 
sua época. E na modernidade, o que tem sido pensado sobre o auto-conhe-
cimento? 
A idéia sobre o autoconhecimento está espalhada e miscigenada dentro 
da mais variada literatura que se interrelaciona com a psicologia (diversos 
livros de auto-ajuda), a religião, a filosofia e o esoterismo (horóscopo, gra-
fologia, etc.). Sendo assim, discutir o tema autoconhecimento torna-se por 
demais complexo para ser estudado profundamente em um único tópico de 
disciplina. Deste modo, tentaremos uma abordagem psico-filosófica sobre o 
autoconhecimento. 
Em um mundo tão globalizado quanto este em que vivemos, podemos redizer 
o que já foi dito por Jesus: “E conhecereis a verdade e ela vos libertará”. Isso 
mesmo, conhecendo um pouco mais sobre a verdade dos fatos (História) 
que nos rodeiam, sejam sobre o ambiente, sejam sobre pessoas com as 
quais convivemos, em todas as instâncias apresentadas na aula anterior, 
assim como nos conhecendo melhor e nos capacitando a uma compreensão 
dos fatos, poderemos realizar o nosso trabalho de forma mais eficiente.
SÓCRATES
Sócrates nasceu em Atenas, 
provavelmente no ano de 470 
AC, e tornou-se um dos principais 
pensadores da Grécia Antiga. 
Podemos afirmar que Sócrates 
fundou o que conhecemos 
hoje por filosofia ocidental. Foi 
influenciado pelo conhecimento 
de um outro importante filósofo 
grego: Anaxágoras. Seus primeiros 
estudos e pensamentos discorrem 
sobre a essência da natureza da 
alma humana (Fonte: http://www.
suapesquisa.com/socrates/).
28
1. A importância do autoconhecimento
Conhecer as nossas limitações, tanto de cunho emocional como intelectual, 
não se trata de algo muito fácil de realizar. ou seja, o autoconhecimento por 
si depende muito da história individual. Por exemplo, podemos, ao decidir 
por uma profissão (figura 1), fazê-lo por indução de nossos pais, para tentar 
agradá-los, podemos também fazê-lo por influência, sugestão de que há um 
mercado promissor ou desejo de realizá-lo.
Figura 1. O que o levou a decidir pela profissão de Gestor Ambiental? 
(Foto: roberta siqueira) 
o autoconhecimento mantém relação com a auto-estima e com a segurança 
e a estabilidade emocional, a qual pode variar de acordo com situações viven-
ciadas por cada pessoa. Quanto maior for o seu autoconhecimento maior 
poderá ser seu controle sobre suas emoções e maior será sua estabilidade 
emocional.
Na prática, nos conhecemos menos do que pensamos nos conhecer. 
Geralmente, amamos e confiamos em quem conhecemos. Isto pode ser 
exemplificado na relação entre pais-filhos (Figura 2). Mesmo que os filhos 
não desenvolvam as habilidades estimuladas e ensinadas pelos seus pais, os 
pais continuam amando seus filhos, porque os 
conhecem melhor do que as pessoas externas 
à família. Os filhos mesmo não concordando 
com as orientações de seus pais, continuam 
amando-os. Assim, o autoconhecimento inclui a 
capacidade de compreender e considerar o con-
texto histórico que leva as pessoas a tomar esta 
ou aquela decisão/ atitude. 
Figura 2. A relação pai-filho é construída a cada 
dia e pode ser percebida no cuidado que o 
mesmo demonstra por seu filho (Foto: elcida l. 
araújo).
AuToCoNHECIMENTo
“É importante identificar os fatores 
que estão impedindo você de elevar 
sua auto-estima. o aumento de seu 
autoconhecimento permite elevar 
sua auto-estima. Para isso, tente 
realizar o seguinte exercício:
1. Escreva dez coisas que você 
gosta em si mesmo. 
2.Depois escreva dez coisas que 
você não gosta em si mesmo ou que 
gostaria de mudar. 
3.Qual lista foi mais fácil de 
completar?
A maioria das pessoas sente 
mais facilidade em identificar as 
coisas negativas. Aprendemos 
que dizer aquilo que gostamos 
em nós mesmas poderá ser 
rotulado de presunção, esnobismo, 
egocentrismo. Nada disso! Para 
aumentar o autoconhecimento é 
preciso ter consciência de quem se 
é de verdade, avaliando os pontos 
positivos tanto quanto os negativos, 
pois, só assim, seremos capazes de 
mudar aquilo que nos incomoda ou 
que nos faz sofrer e valorizarmos 
o que temos de bom e que, 
geralmente, mergulhados em tantas 
críticas e cobranças, acabamos por 
esquecer.
Continue o exercício: 1. observe 
as listas. Coloque um “i” nas 
características internas, ou seja, 
que dependam apenas de você 
reconhecê-las. E um “e” nas 
características externas, que 
dependam da opinião de outras 
pessoas. 2. Ao fazer o sinal (i ou 
e), o que você percebe? Há um 
equilíbrio entre eles ou você tende 
mais para um lado?
2�
No julgamento de situações que ocorrem no nosso dia-a-dia, nos depara-
mos com conflitos. As pessoas mais envolvidas temporalmente nos mesmos 
pensam e tomam atitudes, muitas vezes diferentes das pessoas externas ao 
problema vivenciado. Portanto, as pessoas reagem aos conflitos de forma 
diferente. Estas formas são influenciadas tanto pela capacidade e estrutura 
emocional que o indivíduo apresenta no momento presente, quanto pelo 
conhecimento direto e indireto das questões e experiências anteriores rela-
cionadas ao conflito. 
No autoconhecimento, o amor por si mesmo é de fundamental importância, 
uma vez que o amor é um sentimento que fortalece a auto-estima e que 
precisa ser cultivado desde a infância (Figura 3). É comum encontrarmos 
pessoas que valorizam muito sua aparência externa, acreditando que ape-
nas isto seja auto-estima. Na verdade, cuidar da aparência é importante para 
a auto-estima, entretanto a verdadeira auto-estima consiste em gostar do 
que somos e não do que aparentamos. Logo, ela deve ser construída de 
dentro para fora. Assim, amar-se é uma condição fundamental para elevar 
a auto-estima. 
Figura 3. Crianças que se sentem amadas e protegidas demonstram felicidade e tendem a 
apresentar auto-estima mais elevada (Foto: elcida l. araújo).
O autoconhecimento passa por uma reflexão sobre sua história de vida e 
sobre os fatores que o incomodam. Algumas pessoas conseguem fazer isto 
sozinhas, outras precisam da ajuda de pessoas ou de profissionais capacita-
dos para auxiliá-las neste autoconhecimento, como pais, amigos, psicólogos, 
líderes religiosos, etc.
os fatores que levam à baixa estima podem ser variados, como: insegurança, 
inadequação ao desenvolvimento de uma determinada tarefa, perfeccio-
nismo, dúvidas constantes, falta de compreensão de suas limitações ou 
capacidades, necessidade de agradar e de ser reconhecido pelo que faz. 
Faça uma reflexão sobre si mesmo e avalie como está sua auto-estima. 
Acompanhe o exercício proposto na janela lateral para isto e perceba que 
Se você tem mais características 
externas, ficará mais vulnerável à 
opinião dos outros e, assim, mais 
facilmente manipulável. Dependerá 
cada vez mais de aprovação, mas, 
infelizmente, nunca da sua própria. 
Isso quer dizer que toda vez que 
algo que dependa do mundo 
externo ou de outras pessoas não 
correspondam a sua expectativa, 
você se sentirá frustrado(a) e sua 
auto-estima tenderá a baixar.
Seu valor estará sempre na 
dependência do que dirão sobre 
você, não importando muitosua 
própria opinião. Por exemplo, 
quando você perde o emprego, 
quando recebe uma crítica, quando 
alguém se distancia de você, tudo 
isso pode baixar sua auto-estima 
e se sentirá incapaz de continuar 
e desistirá no meio do caminho. 
Abandona, assim, seus sonhos, 
seus objetivos.
Isso acontece quando a principal 
fonte de auto-estima está naquilo 
que se faz pelo externo, sempre 
querendo fazer algo para as 
pessoas em busca de aprovação 
e reconhecimento. E esse é 
o caminho mais curto para se 
machucar. Coloca, desse modo, 
todo seu valor nas opiniões ou 
respostas no mundo externo e, 
como quase sempre nada disso 
corresponde ao que espera, e nem 
ao que você é realmente, se permite 
depender cada vez mais de como o 
avaliam, gerando um círculo vicioso.
30
você pode mudar e melhorar seu autoconhecimento. Isto tem aplicabilidade 
positiva nas relações familiares, sociais e de trabalho.
Nas relações de trabalho e de empresa, o autoconhecimento torna-se uma 
ferramenta importante na gestão de pessoas. o bom líder incentiva a auto-
estima de seus liderados, a comunicação e o trabalho em equipe em prol de 
metas comuns, características importantes para o desenvolvimento de com-
petência interpessoal que será discutida a seguir. 
2. Competência interpessoal
Podemos conceituar competência como a mobilização de conhecimentos 
(saber), habilidades (fazer) e atitudes (querer) necessários ao desempenho 
eficiente de atividades e/ou funções. A competência permite a mobilização de 
conhecimentos e recursos para a solução de uma situação-problema.
Como assim, professora? A senhora poderia dar exemplo?
Claro, vejamos alguns:
Se você está em um local desconhecido, terá que mobilizar sua capacidade 
de ler um mapa, de pedir informação, de usar seu senso de direção, etc., a 
fim de solucionar o problema. 
Se alguém de sua família adoece ou passa mal de repente, você precisa 
mobilizar sua capacidade de observar o tipo de doença, de identificar os sin-
tomas, de aplicar os primeiros socorros e procurar a especialidade médica 
adequada. 
Da mesma forma, um Gestor Ambiental, diante de um acidente ambiental 
como um vazamento de óleo num corpo de água (Figura 4), deve mobilizar 
sua capacidade de reconhecer o problema, dimensionar a extensão do vaza-
mento, contactar os responsáveis pelo empreendimento em busca de ações 
emergenciais e buscar auxílio nos órgãos governamentais gerenciadores dos 
recursos hídricos locais, visando à solução do problema.
As competências para solução dos problemas muitas vezes passam por dife-
rentes tipos de relações interpessoais. o gerenciamento das competências e 
soluções dos problemas está na dependência de inúmeras relações sociais, 
que vão desde a sensibilização ao problema até a tomada de atitudes em 
conjunto.
o importante é desenvolver a 
capacidade e ter a consciência de 
saber que o que faz é o reflexo de 
quem você é. Ao reconhecer seus 
pontos negativos, poderá mudar 
um por um. E reconhecendo seus 
pontos positivos se sentirá mais 
confiante em sua capacidade 
de conseguir o que quer que 
deseje, independente das críticas 
ou opiniões que terão sobre 
você, pois acredita ser capaz de 
conseguir tudo o que deseja! E 
ainda que ninguém te aprove, 
você terá autoconhecimento 
suficiente para você mesma se 
aprovar e principalmente se amar!” 
(Fonte: http://www1.uol.com.
br/cyberdiet/colunas/031017_psy_
autoconhecimento.htm. acesso em 
14 de junho de 2007 as 15:20 h).
O amor é um fator que influencia 
a auto-estima. Este sentimento 
deve ser cultivado desde a infância. 
Crianças amadas e felizes tendem 
a desenvolver competências de 
liderança equilibrada (Foto: Elcida L. 
Araújo).
31Figura 4. Providências que são tomadas para conter a mancha de óleo no 
oceano (Figura 4A), bem como remediação da mesma na praia (Figura 4B) 
(Fonte:http://www.brasilescola.com/imagens/curiosidades/acidente-petro-
leo. jpg (acesso em 25.07.2007 às 20:01 h).
No gerenciamento moderno, o profissional precisa estar atento em relação a 
suas competências e habilidades, as quais envolvem características, como: 
ser corajoso, ser responsável, ter auto-estima, ter humildade, aceitar mudan-
ças e ser paciente.
De modo geral, podemos aceitar que competência interpessoal trata-se da 
habilidade de lidar eficazmente com outras pessoas de forma adequada às 
necessidades de cada uma e à exigência de cada situação. Isto envolve 
o desenvolvimento de autopercepção, autoconhecimento, flexibilidade per-
ceptiva e comportamental e feedback. 
A autopercepção envolve a ação de identificar e analisar crenças, atitudes, 
sentimentos e valores pessoais. o autoconhecimento, por sua vez, pode ser 
obtido com a ajuda dos outros, por meio de informações, opiniões a nosso 
respeito, como discutido no item 1. A flexibilidade perceptiva e comporta-
mental permite que o indivíduo observe os vários ângulos ou aspectos da 
mesma situação, atuando de forma diferenciada e experimentando novas 
condutas percebidas como alternativas de ação. o feedback é resgatado 
através da comunicação a uma pessoa ou grupo, no sentido de fornecer-lhe 
informação sobre como sua atuação está afetando outras pessoas. Assim, o 
feedback ajuda o indivíduo ou grupo a melhorar o seu desempenho.
o feedback deve ser descritivo (relato de um evento), ao invés de avaliativo; 
específico, ao invés de geral, ou seja, deve considerar a opinião individual 
e ser compatível com as necessidades do comunicador e do receptor. 
Entretanto, o feedback é uma etapa complexa dentro das relações de com-
petência interpessoais, porque é difícil aceitar nossas ineficiências e, ainda 
mais, admiti-las para os outros, publicamente. Podemos temer a reação 
dos outros e temer que o feedback seja mal interpretado. As dificuldades do 
feedback podem ser superadas se as seguintes medidas forem adotadas: 
LIDAR CoM PESSoA DIFíCIL
“um dos principais elementos na 
formação da nossa imagem é nossa 
reputação. uma boa reputação 
abre muitas portas, enquanto uma 
reputação negativa dificulta o 
caminho. o que fazer, então, quando 
sabemos que temos a fama de 
sermos pessoas difíceis?
um dos conceitos existentes no 
gerenciamento de imagem chama-se 
“halo effect”. São as generalizações 
feitas a respeito de alguém, que 
distorcem a percepção que temos 
desta pessoa. Deste modo, quando 
temos uma boa impressão a respeito 
de alguém, acreditamos que tudo 
nela é positivo. No entanto, quando 
a impressão é negativa, acreditamos 
que tudo sobre ela é negativo. É 
como se apenas uma característica 
fosse capaz de minar todas as 
nossas outras qualidades.
A fama de pessoa difícil talvez 
seja uma das características mais 
negativas que podemos ter associada 
ao nosso nome. A questão é que a 
palavra “difícil” pode dar margem 
a muitas interpretações: difícil por 
quê? Mas a partir do momento que 
esta informação é disseminada, ela 
pode trazer sérias conseqüências. 
Temos desde a exclusão de certos 
grupos, oportunidades não dadas, 
até comportamentos provocativos 
vindos de outras pessoas. A primeira 
reação que temos a este tipo de 
comportamento é nos fecharmos 
numa concha e acusarmos todos 
de estarem errados - reforçando 
a imagem que os outros têm de 
nós. Pode até ser que estejam 
mesmo errados, entretanto todos 
nós temos pontos cegos em 
nossa personalidade. São aquelas 
características que todos enxergam, 
menos nós. É vital para sua 
sobrevivência em qualquer ambiente 
que você descubra quais são esses 
pontos cegos.
32
estabelecimento de uma relação de confiança; reconhecimento do feedback 
como um processo de exame conjunto; tendo equilíbrio ao ouvir o feedback, 
evitando reações ou conotações emocionais intensas, bem como aprendendo 
a dar um feedback sem reações ou conotações emocionais intensas, ou seja, 
ele é construído nas relações.Nas últimas décadas, as instituições e, sobretudo, as empresas privadas pas-
saram a enxergar o trabalhador de forma diferente. Atualmente, em toda e 
qualquer organização que queira obter êxito, há uma busca por profissionais 
capazes de trabalhar em equipe, de forma integrada e sinérgica.
Muitas instituições e empresas têm promovido capacitações visando à melho-
ria do desempenho na área da inteligência emocional. Isto ocorre por- que 
tem sido observado que o processo de interação humana está presente em 
toda a organização e é o que mais influencia no rumo das atividades e nos 
seus resultados.
Sabe-se que tanto o indivíduo, considerado isoladamente, quanto as pes-
soas, quando estão em grupo, possuem padrões próprios de comportamento 
e, geralmente, agem de forma diferente no grupo, em relação a quando 
estão sozinhos. Assim, o grupo não é a simples soma de indivíduos e com-
portamentos, ele assume configuração própria que influencia nas ações e 
nos sentimentos de cada um, proporcionando sinergia, coesão, cooperação, 
coordenação, simpatia, carinho, harmonia, satisfação e alegria, ou mesmo, 
antipatia, tensão, hostilidade, insatisfação e tristeza.
É impossível conhecer tudo sobre os indivíduos de um grupo, entretanto, 
compreendê-los e percebê-los como pessoas, buscando entender as suas 
motivações e pontos em que querem ser satisfeitos, ajudará um líder a carac-
terizá-los individualmente, bem como a determinar os pontos de concordância 
e os estímulos necessários à melhoria da compreensão dos seus atos.
Ser perceptível a essas diferentes con-
dições assinaladas acima, reconhecer 
o quanto nossa percepção pode ser 
profundamente condicionada pelos estí-
mulos positivos e negativos que sofremos 
durante toda a nossa vida, e o quanto os 
mesmos influenciam nossas atitudes e 
comportamentos, aumentará o nosso auto-
conhecimento e nos ajudará a desenvolver 
a competência interpessoal.
Fique atento a sua forma de 
se expressar quando está se 
comunicando. Será que sua 
linguagem corporal, seu tom de 
voz e as palavras que usa não 
indicam que você está sempre 
pronto para um confronto? Existe 
uma grande diferença entre uma 
personalidade agressiva e uma 
assertiva. A assertividade se baseia 
na autoconfiança, enquanto a 
agressividade, na insegurança. A 
assertividade se mostra através 
de atitudes como ter coragem de 
expressar sua opinião, mesmo 
quando todos pensam o contrário, 
falar calma e pausadamente, buscar 
soluções para problemas existentes 
e não fazer de conta que não 
existem, não querer ter sempre a 
razão, dar sugestões - não ordens. 
Se não conseguir detectar nenhum 
ponto cego em sua personalidade, 
busque o “feedback” de alguém 
em quem confia. Esteja preparado 
para ouvir as respostas. Não as 
veja como acusações, mas como 
ferramentas”. (Fonte: http://www.
fundacaofia.com.br/admpauta/junho/
aapsa_autoconhecimento.htm (14 
06 as 1�:21 h).
CoMPETÊNCIA INTERPESSoAL: 
ELEMENToS INEFICAZES DA 
CoMuNICAção
A comunicação é uma das chaves 
da competência interpessoal. 
Quando esta é feita com falta 
de atenção, com preconceitos, 
negativismo, ataques pessoais, 
falando-se demasiadamente ou 
tecnicamente,com parciali- dade,imp
aciência,desrespeito,falta de humor; 
questões polêmicas e postura 
inadequada, a mesma perde sua 
eficiência e dificulta o feedback do 
processo.
33
3. Competência técnica
Como vimos nos tópicos anteriores, o nosso desempenho e sucesso, no tra-
balho, não dependem, como se pensou por muito tempo, apenas de nossas 
habilidades técnicas. A nossa desenvoltura e bem-estar para desenvolver 
bem o nosso trabalho são muito influenciados pelo conhecimento que temos 
de nós mesmos, bem como da percepção que temos das pessoas. Agora, de 
posse de algum conhecimento sobre a influência da competência interpes-
soal, vamos discutir um pouco sobre a competência técnica.
Atualmente, têm crescido as exigências do mercado de trabalho. Por isso, 
organizações e empresas vêm capacitando o seu pessoal, visando atender 
tais exigências. Portanto, é alta a competitividade para que as pessoas se 
sobressaiam e sejam inseridas no mercado.
Quando aplicamos o conceito de competência em relação ao aspecto téc-
nico, podemos dizer que ela é o conjunto de conhecimentos, habilidades e 
atitudes que tornam um profissional importante para sua organização e para 
toda e qualquer empresa (nesse caso, dizemos que este profissional tem 
empregabilidade), por meio de características que atendem às necessidades 
do mercado.
As competências técnicas estão relacionadas à inteligência intelectual (QI), 
ou seja, a quantidade de conhecimento formal e acadêmico (Figura 5) que 
o indivíduo conseguiu adquirir (domínio de idiomas, formação acadêmica, 
domínio de metodologias de trabalho, etc.). 
Figura 5. Alunas de graduação e pós-graduação em Biologia da universidade 
Federal Rural de Pernambuco, realizando atividades com a utilização 
de aparelhos ópticos (microscópio binocular acoplado à câmara clara) 
e computadorizados (cromatógrafo gasoso), necessários à pesquisa do 
conhecimento de plantas e seus produtos naturais. (Foto: suzene i. silva e 
roberta sampaio pinho).
A necessidade de competência técnica para cada profissional é indubitá-
vel, pois todos reconhecem que o profissional precisa ser competente em 
SAIBA MAIS 
o estudo aprofundado de assuntos 
específicos é um dos meios de 
se desenvolver a competência 
técnica. observe, no texto abaixo, 
alguns tópicos selecionados de uma 
reportagem que, embora seja geral, 
denota que foi redigido por alguém 
que tem muito conhecimento sobre o 
petróleo. 
Conceito de Petróleo
“o petróleo é um líquido viscoso, 
insolúvel em água e menos denso 
do que esta, correspondendo a 
uma mistura de um grande número 
de compostos, principalmente 
hidrocarbo-netos.
Importância do Petróleo
É impossível viver hoje em dia sem 
petróleo. o petróleo é matéria-prima 
de muitos materiais, como, por 
exemplo, plásticos para saquinhos, 
enchimento de colchões, tintas, 
combustíveis, lubrificantes, solventes, 
etc.
Resíduos Petrolíferos e Derrames
os resíduos petrolíferos são, 
basicamente, hidrocarbonetos que 
vão originar diversas fontes de 
poluição no meio marinho. Mais 
de quatro milhões de toneladas de 
petróleo são lançadas ao mar por 
ano, por meio de: exploração de 
poços de petróleo no mar; limpeza 
dos tanques dos petroleiros e 
acidentes com estes; refinarias e 
instalações petroquímicas costeiras; 
resíduos urbanos; carreamento por 
águas das chuvas em áreas urbanas; 
carreamento pelas águas dos rios; 
barcos de pesca ou recreação; 
infiltrações naturais; precipitação 
atmosférica. 
34
sua área específica de atividade. Discutir competência técnica passa por 
uma reflexão do tipo de profissional que se está formando. Atualmente, tem 
sido constatada, no mercado de trabalho, a necessidade de um aprendizado 
intensivo de tecnologias modernas relacionadas à ciência da computação, 
manuseio de eletrônicos, além de outros que se utilizam do sistema de rea-
lidade virtual, como os equipamentos cirúrgicos. Na Gestão Ambiental, o 
profissional precisará desenvolver competência técnica que envolve o conhe-
cimento teórico-prático sobre as paisagens naturais, os recursos naturais, a 
biodiversidade, a dinâmica das populações e dos ecossistemas, técnicas de 
georreferenciamento, etc.
Em cursos de pós-graduação lato sensu (especialização) e stricto sensu 
(mestrado e doutorado), a competência técnica do profissional é aprimorada, 
tornando-se altamente qualificada. Modernamente, esses cursos têm sido 
incentivados para diferentes áreas do conhecimento, como biologia, medi-
cina, segurança do trabalho, entre outros.
Avaliar se um profissional é competente significa ava¬liar se a prática que 
ele utiliza é adequada ao trabalho desenvolvido. A competênciatécnica pode 
ser avaliada, inicialmente, através dos recursos disponíveis (conhecimentos, 
saber-fazer, capacidades cognitivas, etc.) utilizados pelo profissional. Depois, 
pela ação e resultados que a mesma produz, em outras palavras, pelas prá-
ticas profissionais e seu desempenho. 
De uma forma geral, os custos relacionados à capacitação técnica têm sido 
altos, mas o retorno é vantajoso. Assim, para toda e qualquer profissão é 
necessário que o indivíduo tenha os dois tipos de competência, mesmo que 
em proporções diferentes. o problema consiste em discernir e aprender qual 
a proporção adequada para prover serviços de alta qualidade, ou seja, para 
um desempenho superior. 
Cada tipo ou dimensão de competência é interdependente de outra. Assim, 
a maneira pela qual um gestor ambiental, advogado, médico elaboram as 
suas perguntas (considerando que os aspectos psicológicos favoráveis e 
uma relação de confiança estejam contemplados ou não) pode influenciar as 
informações que recebem. Então, podemos dizer que, neste caso, a compe-
tência interpessoal (processo) é tão importante quanto a competência técnica 
de formular as perguntas adequadas (conteúdo das perguntas).
Esse tipo de poluição provoca a 
morte de muitos animais, origina 
as praias sujas de petróleo e de 
outros tipos de hidrocarbonetos, 
mas, mais grave ainda, são os 
efeitos “subletais” que aparecem nas 
espécies marinhas, levando ao seu 
desaparecimento em certos meios e, 
provavelmente, originando doenças 
ao homem.
Petróleo derramado por navios-
tanques causa a morte de 
numerosas aves marinhas. 
Como limpar derramamentos de 
petróleo?
Existem várias técnicas de combate 
à poluição dos oceanos pelo 
petróleo: o afundamento, a utilização 
de detergentes, a combustão, a 
recolha mecânica (por intermédio de 
bomba), a degradação biológica. 
A escolha da técnica a ser utilizada 
vai depender das condições 
ambientais e do tamanho do 
derramamento. A técnica do 
afundamento tem efeitos nocivos 
sobre a flora e fauna dos fundos 
oceânicos. uma vez afundado, 
cobre os sedimentos do fundo do 
mar e destrói toda a vida aí existente 
no espaço de alguns meses.
Também não muito aconselhável 
é o sistema de detergentes, que 
consiste na dissolução do petróleo. 
os detergentes espalham-no, 
permitindo a dissolução das porções 
mais tóxicas, que atingem grandes 
concentrações. Esse processo 
não se revelou muito eficaz, pois 
o complexo petróleo-detergente é 
mais tóxico que o petróleo isolado, e 
a sua biodegradação é mais lenta.
35
5. ATIVIDADE A SER DESENVOLVIDA PELO(A) ALUNO(A)
Caro(a) aluno(a), após leitura do MóduloII,saiba um pouco mais no texto 
escrito na janela lateral, sobre derramamento de óleo. Que estratégias você 
proporia ou adotaria, a fim de sensibilizar os setores pertinentes e os respon-
sáveis diretos a solucionarem este problema ambiental? No texto intitulado 
REFLITA uM PouCo, expresso, também, na janela lateral, foram feitos 
alguns questionamentos. Que respostas você daria a esses questionamen-
tos? Coloque suas idéias sobre esse assunto no fórum desta disciplina. 
6. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
BRAGHIRoLLI, M. E.; BISI, G. P.; RIZZEN, L. A.; NICoLETTo, u. 2000. 
Psicologia Geral. 1ª ed. Vozes, Petrópolis- RJ.
CAMPBELL, B. 1�83. Ecologia Humana. Edições 70. Lisboa. 260p. 
DAVIDoFF, L. 2001. Introdução à Psicologia. Ed. Makron Boos Ltda. São 
Paulo.
DIAS, G.F. 1��2. Educação Ambiental: princípios e práticas. Ed. Gaia, 
São Paulo. 
HALL, C. S; LINDZEY, G. 1�78. Teoria da Personalidade SP, EPu.
RICKLEFS, R. E. 1��6. A economia da natureza. 3a. ed. Editora 
Guanabara Koogan. Rio de Janeiro. 46�p.
RoGERS, C. 1�8�. Psicologia e pedagogia sobre o poder pessoal. São 
Paulo, Martins Fontes, 3ª ed.
ZIMERMAN, D.; oSÓRIo, L. C. 1��7. Como trabalhamos em grupo. 1 ª 
ed. Artes-Médicas, Porto Alegre.
A combustão consiste em 
queimar o petróleo como forma 
de eliminá-lo, mas as altas 
temperaturas atingidas aumentam 
a solubilidade de componentes 
tóxicos, tornando-o um processo 
não muito viável.
A recolha mecânica é ideal, 
salvo em difíceis condições 
atmosféricas, pois não fere o 
ambiente.
Na degradação biológica, as 
bactérias decompõem o petróleo 
em substâncias mais simples. 
Essas bactérias são extraídas do 
amido do milho, vivendo enquanto 
houver petróleo para degradar. 
Para digerir 1 litro de petróleo, as 
bactérias consomem o oxigênio 
de 327 litros de água, o que 
agrava o risco de asfixia do mar” 
(Fonte: http://www.brasilescola.
com/imagens/curiosidades/
acidente-petroleo.jpg (acesso em 
25.07.2007 às 20:01 h).
 
REFLITA uM PouCo
Você acha que, para se 
chegar ao atual estado de 
conhecimento sobre o petróleo, 
houve poucos estudos? Que 
esforço maior ainda não teremos 
que fazer para atingirmos um 
estado avançado de nosso 
autoconhecimento e, a partir daí, 
compreendermos e exercitarmos 
nossas competências para uma 
convivência mais saudável?
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VIRTUAL G O V E R N O F E D E R A L
Ministério 
da Educação

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