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INTRODUÇÃO direitos humanos pós guerra

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INTRODUÇÃO 
 O presente trabalho visa analisar a evolução dos direitos humanos e a aplicação da dignidade da pessoa humana vítima no geral, levando em consideração que este princípio esta no rol dos direitos fundamentais previstos pela Constituição Federal de 1988 e faz parte da Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948, através de pesquisa doutrinarias.
 
A história dos direitos humanos tem suas primícias na época dos filósofos gregos, passando pela era cristã, idade média até os dias atuais, mas teve significância maior após a segunda grande guerra mundial, quando vieram à tona todas as atrocidades cometidas nesse período de guerra, e criou-se uma comoção e um clamor social muito grande. Levando-se em consideração todo o ocorrido nesse período criou-se a Declaração Universal dos Direitos do Homem, e um dos principais direitos presentes nessa declaração o direito a dignidade humana.
Porém, direitos humanos são direitos inalienáveis a qualquer ser humano, visando proteção de toda pessoa humana em todos os aspectos, não sendo uma prerrogativa somente do autor do crime. Os direitos da vitima também estão amparados nos princípios constitucionais e na Declaração Universal dos Direitos Humanos. Art. 1, da CF/88, Inciso III, - a dignidade da pessoa humana Nesse sentido, levando-se em consideração que a sociedade atual tem sido palco de um número cada vez maior de crimes, e devida banalização de atos que são considerados criminosos e puníveis discute-se muito a respeito do futuro do agente causador do crime, mas e a vítima. Essas são estudadas pela vitimologia, que é o estudo da vítima em seus diversos planos, principalmente no que tange a dignidade humana.
CONCEITO DE DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA E SUA EVOLUÇÃO HISTÓRICA
 O conceito da dignidade da pessoa humana pode ser definido como o princípio básico vetor para a identificação material dos direitos fundamentais. Assegurando ao homem sempre que possível, uma existência que permita plena fruição desses direitos imprescindíveis ao mesmo.
 A dignidade da pessoa humana, fora um principio construído pelo homem, visando proteção do mesmo contra tudo que possa levá-lo a uma possível depreciação. No campo jurídico a maioria das definições baseada na filosofia de Kant que diz que no reino dos fins tudo tem um preço ou uma dignidade. Sua origem vem desde a Grécia antiga com seus pensadores e filósofos, passando pela era cristã, idade média, até chegar aos dias atuais. 
Esse conceito veio sendo debatido e aprimorado, porém, seu apogeu se deu na segunda guerra mundial quando começaram aparecer as atrocidades cometidas nesse período e se teve um clamor social mundial para que o ocorrido nunca mais voltasse a acontecer pelo menos em teoria. Nessa época foi criada a Declaração Universal dos Direito humanos cuja matriz e a dignidade humana. Após esse período houve uma evolução constante desse direito que passou a fazer parte da nossa Constituição de 1988 que legitimou em seu art. 5 e 7 essa declaração dos direitos humanos. 
Ainda falando sobre o massacre contra a dignidade da pessoa humana na época da segunda guerra mundial, podemos discorrer sobre o Holocausto que de fato, foi a pior violação dos direitos fundamentais da pessoa humana, 
Conforme ensina muito sabiamente Paulo Benevides A dignidade da pessoa humana desde muito deixou de ser exclusiva manifestação conceitual daquele direito natural metapositivo, cuja essência se buscava ora na razão divina ora na razão humana, consoante professavam em suas lies de teologia e filosofia os pensadores do período clássico e medieval, para se converter, de último, numa proposição autônoma, do mais súbito teor axiológico, irremissivelmente presa concretização constitucional dos direitos fundamentais. VITIMOLOGIA E A DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA. Os direitos humanos, principalmente o zelo pela dignidade humana visto muitas vezes pela sociedade em geral como beneficiário do autor e nunca da vítima, no entanto, se trata de uma inverdade e de falta de conhecimento da parte de quem o afirma. Partindo do princípio que todos são inocentes até que se prove o contrário, e que o ser, mesmo como autor de umcrime, no deixa de ser o ser humano. No pode ter seus direitos extraídos pelo ato ou tentativa de um crime. Esse sentimento de impunidade, de que os direitos humanos protegem o autor do crime, o criminoso em si, tem que ser desmitificado. Haja vista que na sociedade atual, existem meios de se punir o autor de um crime, através de leis e penas aplicadas ao mesmo. E quanto vítima, tem-se também leis que a protege, que do respaldo para que o mal seja reparado, quando possível. Ainda falando da vitima e o tratamento dispensado a ela, existe o modelo de classificação das vítimas, definidos por Benjamin Mendelshon, Edmundo de Oliveira, Hans Von Henting, Guaracy Moreira Filho e Walter Raul Sempertegui.No entanto, vamos no ater apenas a classificação realizada pelo Benjamin Mendelshon. CLASSIFICAO DAS VTIMAS A dosimetria da pena, a constatação da culpa, e outras informações do crime , que venham contribuir em relao a investigao do mesmo, se d através de estudos detalhados das classificações dos tipos de vítimas. Especialistas de todo o mundo contribuíram para essas classificações. Abaixo vamos discorrer sobre alguns tipos de vítimas. O que til de forma a ajudar a diminuir a violência e na tratativa da prevendo dos mesmos. Classificação da vítima por Benjamin Mendelsohn 1.Vítima completamente inocente ou vítima ideal.Trata-se da vítima totalmente estranha ao do meliante, que no provoca nem colabora de alguma forma para a realização do delito. Exemplo Uma mulher que tem seu celular roubado no meio da rua. 2.Vtima deculpabilidade menor ou por ignorância.Se d devido h um impulso no voluntário ao ato infrator, mas que no isenta certo grau de culpa. Levando essa pessoa vitimização. Exemplo Um casal que mantém relação sexual na escada do prédio ele são atacados por moradores do local, por no aceitar esta falta de pudor. 3.Vítima voluntária ou to culpada quanto o infrator.Ambos fazem o papel de criminoso e vítima, e vice-versa. Exemplo Roleta Russa (um se projétil no tambor do revlver e os contendores giram o tambor at um se matar). 4.Vtima mais culpada que o infrator.So aquelas vtimas que provocam, incitam o autor do crime agindo com imprudncia, de modo a ocasionar o acidente por falta de controle, no isentando a parcela de culpa do autor. 5.Vtima unicamente culpada.Enquadram-se nessa modalidade, as vtimas a)Vitima infratora, ou seja, o delito cometido por uma pessoa, mas que no final torna-se vitima, como ocorre no caso do homicídio por legitima defesa b)Vitima Simuladora, Através de algo premeditado induz o indivíduo a ser acusado por algo que ele no cometeu, gerando, dessa forma, um erro judiciário c)Vitima imaginaria, trata-se de pessoas portadoras de transtornos mentais que, em decorrência desse distúrbio leva o judiciário erro, por vezes se passando por vitima de um crime, acusando uma pessoa de ser o autor, sendo que tal delito nunca existiu, ou seja, esse fato no passa de uma imaginação da vitima. RELAÇÃO ENTRE VITIMOLOGIA E DIREITOS HUMANOS A vitimologia e os direitos humanos formam uma relação de mutualismo, onde umcasa-se com outro, principalmente no que tange a dignidade da vitima. Durante a fase em que se apura o ato criminal, de identificação do autor e de sua responsalização, podem ocorrer perguntas, exames, que podem vir a constranger a vitima, tanto por parte da sociedade, como que dos agentes dos estados. De forma a questionarem e sugerirem que o ato poderia ter sido evitado. Segundo o ponto de vista deles. Como exemplos temos o caso em que mulheres são vitimas de estupro e muitos acreditam que poderia ter sido evitado, caso a mulher estivesse vestida de forma adequada( para a sociedade), ou no estivesse naquele local. A vitima passa por um processo de interrogao por algo que ela viera a sofrer, como se a mesma fosse culpada por tal ato, surge então, nesse contexto, a vitimologia como instrumentode extrema eficácia de forma a efetivar os direitos da vtima. Dentres esses direitos ressalta-se o reparo ao dano sofrido pela vítima. Quando falamos na reparaçao sofrida pela vtima, no h de se limitar reparaçao civil exdelicto. Embute-se junto um sentido amplo, como indenizaçao pelos prejuízos, restituiçao da coisa, quando possível, tratamento digno e psicológico, quando necessário for. A reparao dos danos vítima, como via de regra, no extingue a punibilidade, Como estabelece o at. 16 do CP. Art. 16Nos crimes cometidos sem violncia ou grave ameaa pessoa, reparado o dano ou restituda coisa, at o recebimento da denncia ou da queixa, por ato voluntrio do agente, a pena ser reduzida de um a dois teros. O Art. 91 do CP tambm prevmeios de reparao a vtima. Art. 91do Cdigo Penal- So efeitos da condenao I- tornar certa a obrigao de indenizar o dano causado pelo crime II- a perda em favor da Unio, ressalvado o direito do lesado ou de terceiro de boa-f a)dos instrumentos do crime, desde que consistam em coisas cujo fabrico, alienao, uso, porte ou deteno constitua fato ilcito b)do produto do crime ou de qualquer bem ou valor que constitua proveito auferido pelo agente com a prtica do fato criminoso. 1Poder ser decretada a perda de bens ou valores equivalentes ao produto ou proveito do crime quando estes no forem encontrados ou quando se localizarem no exterior. 2Na hiptese do 1o, as medidas assecuratrias previstas na legislao processual podero abranger bens ou valores equivalentes do investigado ou acusado para posterior decretao de perda. A insero da vtima no processo penal no resume a reparao dos danos. A Lei Ordinria Federal n. 11.340/06, intitulada Lei Maria da Penha, prev um tratamento especial vtima em situao de violncia domstica e familiar. Definindo, no Ttulo III, trs captulos de modo a disciplinar a assistncia mulher nos casos de situao de violncia domstica e familiar. D-se que Vitimologia um instrumento para efetivar os direitos humanos da vtima, entendendo-se que tanto a vtima como a sociedade, em virtude da reparao do dano social provocado, sente-se realizadas quando na reparao do ato e na aplicao da punibilidade, bem como de grande importncia para uma eficaz ressocializao. De forma a mostrar que no se trataapenas de uma pena corretiva, algo como castigo, e que se faz necessrio tratar os danos causados a vtima que vo muito alm da questo material, pois esses danos na maioria das vezes depreciam sua dignidade humana. Fazendo com que a mesma deixe de existir, pois, como sabido, a dignidade humana remete-se ao fato da eficcia dos cumprimentos de leis que faam cumprir os direitos mnimos do ser humano, para que o mesmo venha viver de forma decente e no depreciante. CONSIDERAES FINAIS. Atravs de leituras doutrinrias, do cdigo civil, do cdigo penal e da Constituio federal analisamos a questo da dignidade da pessoa humana aplicada a vtima e sua evoluo. A vtima esteve por um bom tempo esquecida, e teve sua dignidade humana massacrada durante os processos investigatrios por longos anos, mas constatamos, pelo menos na legislao, que atualmente existe uma preocupao maior com os danos causados a mesma durante esse processo e que se passou a pensar no s na compensao material dada a essa pelo delito sofrido, aplicando assim processos buscando restaurar sua dignidade de forma humana. BIBLIOGRAFIA AZEVEDO, Antonio Junqueira de. Caracterizao jurdica da dignidade da pessoa humana. RTDC. Vol.9, jan/mar 2002. p. 7/14. BRASIL. Constituio (1988) Constituio da Repblica Federativa do Brasil. 40 ed. So Paulo Saraiva, 2007 BONFIM, Edilson Mougenot.Curso de processo penal. 3. ed. So Paulo Saraiva, 200 CAMARGO, Marcelo Novelino. O contedo Jurdico da Dignidade da pessoa humana. In CAMARGO, Marcelo Novelino (org.).

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