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1 a 5 - INOVAÇÃO TECNOLÓGICA 2015.1

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AULA 01: IMPORTÂNCIA DO CONHECIMENTO E SEUS MODOS DE CONVERSÃO
A disciplina Inovação Tecnológica
Os conceitos abordados na disciplina de Inovação Tecnológica estão organizados e estruturados no plano de ensino. Como forma de apresentação, discussão e desenvolvimento de nosso plano de ensino, vamos orientar nossos encontros para a apresentação do contexto em que cada conceito está inserido, sua definição e aplicação na prática, através de exemplos e casos propostos nesse ambiente e também trazidos e compartilhados por você em nossos fóruns. Através do mapa conceitual da disciplina, apresentado de forma gráfica, você poderá visualizar os principais conceitos da disciplina e seu relacionamento. Acesse agora o mapa conceitual e perceba que o conhecimento é o principal conceito de nossa disciplina e a base para a inovação tecnológica. O conhecimento se apresenta em duas principais formas na sociedade - tácito e explícito – e vai sofrendo processos de conversão.
O ciclo de criação/conversão/aplicação do conhecimento é contínuo e contribui fortemente para gerar nas organizações a cultura organizacional inovadora. Através dessa disciplina, você também vai compreender os processos de criação e transferência do conhecimento e de inovação na área de Tecnologia da Informação, bem como seu relacionamento com o setor produtivo, através da identificação das capacidades tecnológicas materiais e imateriais que devem ser construídas pelas empresas como principais diferenciais competitivos num cenário globalizado, a partir da articulação dos conceitos de ciência, tecnologia e inovação.
Também, serão apresentados e discutidos modelos de mudança tecnológica, com análise do modelo linear, nas suas categorias science-push e market-pull, e dos modelos interativos. Fique tranquilo que você vai compreender todos esses conceitos e aplicá-los oportunamente. Através de atividades dinâmicas e práticas individuais e/ou cooperativas, você terá a oportunidade de despertar/desenvolver alguns componentes do comportamento empreendedor e inovador, com o emprego de métodos e técnicas específicos. As principais características e estratégias de empresas inovadoras serão apresentadas e discutidas, através de casos muito interessantes, para compreensão e construção da cultura organizacional fértil para a inovação.
Agora que você já tem uma visão geral dos principais assuntos abordados na disciplina, vamos iniciar nossa disciplina entendendo melhor o que é conhecimento, seu valor e seu processo de criação.
Valor do conhecimento
Uma questão recorrente na sociedade contemporânea é o grande valor do conhecimento e como transformá-lo em ativo ou riqueza, considerado um desafio estratégico para países, corporações e empresas na economia global em que vivemos. Segundo ranking anual elaborado pela National Science Indicators (NSI), os países que mais produziram conhecimento em 2008 foram:
O Brasil está em 13º lugar, e um fator importante para o crescimento no desempenho científico brasileiro é o apoio das agências de fomento à pesquisa e à formação de recursos humanos por meio da concessão de bolsas de estudo e auxílios à pesquisa.
Atualmente, o poder econômico e de produção de uma empresa estão mais diretamente relacionados à capacidade de criar e transferir conhecimento do que aos seus ativos tangíveis, como instalações, equipamentos etc. Os ativos intangíveis advindos desse processo, como criatividade e inovação, são a chave para o sucesso e a longevidade das empresas num cenário extremamente competitivo. Após entender o valor do conhecimento como principal bem de nossa sociedade, você pode perceber que, para o crescimento e desenvolvimento virtuoso de países e corporações, é necessário um fluxo de criação, difusão e utilização do conhecimento. Conceitos, como capacidade de aprendizado, criatividade, flexibilidade e sustentabilidade, surgem como princípios orientadores para conduta de indivíduos e organizações.
 [ ROTAÇÃO SENTIDO HORÁRIO ]
Fluxo de criação, difusão e utilização do conhecimento.
Se pensarmos de forma mais aprofundada, perceberemos que o conhecimento sempre foi o ativo mais importante de uma organização, entretanto, somente há pouco tempo as instituições tornaram-se conscientes do valor desse recurso para seu desenvolvimento e sustentabilidade no mercado, passando a ter foco nos processos de criação, aquisição, transferência, difusão, apropriação e, consequentemente, gestão do conhecimento.
Exemplo de utilização do conhecimento
Se pensarmos de forma mais aprofundada, perceberemos que o conhecimento sempre foi o ativo mais importante de uma organização, entretanto, somente há pouco tempo as instituições tornaram-se conscientes do valor desse Uma empresa que nos serve como exemplo de utilização do conhecimento como ativo é a Google, que através da criatividade e da inovação já nasceu com diferenciais competitivos e é líder mundial em seu segmento.
Criação e conversão do conhecimento
Para compreender o processo de criação do conhecimento é importante a utilização de categorias para os diferentes tipos de conhecimento. Vamos trabalhar inicialmente com as categorias de conhecimento tácito e conhecimento explícito (Nonaka & Takeuchi. Criação de conhecimento na empresa. Rio de Janeiro: Campus, 1997). Segundo Nonaka & Takeuchi:
“O conhecimento tácito é aquele disponível com pessoas e que não se encontra formalizado em meios concretos”.
“O conhecimento explícito é aquele que pode ser armazenado, por exemplo, em documentos, manuais, bancos de dados ou em outras mídias”.
O quadro seguinte sintetiza as principais diferenças entre o conhecimento tácito e o conhecimento explícito:
CONHECIMENTO TÁCITO
O grande desafio das empresas é transformar o conhecimento tácito de seus colaboradores em conhecimento explícito, identificado onde e como está armazenado o conhecimento, com todos os seus atributos, e como recuperá-lo.
CONHECIMENTO EXPLÍCITO
A criação de um novo conhecimento numa organização está relacionada a um processo de interação dinâmica e cooperativa entre seus colaboradores, que implica em aprendizado, constituindo-se num processo coletivo e não meramente individual, podendo levar a uma formação organizacional, regional, nacional ou global.
Modos de conversão do conhecimento
Nonaka & Takeuchi identificaram quatro modos de conversão entre conhecimento tácito e explícito: externalização, internalização, combinação e socialização. O quadro seguinte permite uma melhor visualização e compreensão da interação e conversão desses conhecimentos:
Socialização 
Processo de compartilhamento de experiências, permitindo a interação entre conhecimentos tácitos. Dessa forma, o conhecimento pode ser adquirido de outra pessoa através da observação, imitação ou prática, mesmo sem usar alguma linguagem. Os aprendizes trabalham com seus mestres e aprendem sua arte não através da linguagem, mas sim através da observação, imitação e prática. Exemplo: Aprendizado de um estagiário na interação com seu orientador numa empresa.
Externalização
 Transformação ou articulação do conhecimento tácito em explícito, com migração do cérebro humano para documentos e mídias diversas, por meio de metáforas, analogias, conceitos, hipóteses ou modelos. A metáfora é uma forma de perceber ou entender intuitivamente uma coisa imaginando outra coisa simbolicamente. A externalização é considerada a chave para a criação do conhecimento, pois cria conceitos novos e explícitos a partir do conhecimento tácito. Esse modo é visto no processo de criação de um conceito e, normalmente, é provocado pelo diálogo ou pela reflexão coletiva. Exemplo: Quando ouvimos ou lemos uma metáfora percebemos ou entendemos intuitivamente algo, imaginando outra coisa simbolicamente.
Internalização 
Processo inverso ao da externalização, de migração do conhecimento explícito para o cérebro humano, através de diversas metodologias e atividades de aprendizagem. É a incorporação do conhecimento explícito ao conhecimentotácito e está intimamente relacionada ao “aprender fazendo”. Exemplo: A leitura de manuais e documentação auxilia o indivíduo a internalizar conhecimento explícito, transformando-o em tácito.
Combinação
Processo de interação entre conhecimentos explícitos para geração de novos conhecimentos. É a sistematização de conceitos por meio da combinação de conjuntos diferentes de conhecimentos explícitos. Os indivíduos trocam e combinam conhecimentos através de meios como documentos, reuniões, conversas ao telefone ou redes de comunicação computadorizadas. A reconfiguração das informações existentes através da classificação, do acréscimo, da combinação e da categorização do conhecimento explícito (como realizado em bancos de dados de computadores) pode levar a novos conhecimentos. Exemplo: A criação de conhecimento através da educação (escola, universidade) ou do treinamento formal.
AULA 02: CRIAÇÃO E TRANSFERÊNCIA DO CONHECIMENTO
A Espiral do Conhecimento
Agora que você já conhece a diferença entre conhecimento tácito e explícito e seus modos de conversão, pode compreender melhor o processo de criação do conhecimento, composto por fases e promovido em determinadas condições num tempo definido, como se fosse uma espiral – a espiral do conhecimento. O conceito de espiral do conhecimento foi amplamente divulgado no início da década de 90, pois explicava e demonstrava de forma prática como as empresas podem desenvolver o fluxo do conhecimento entre as pessoas, parceiros e o mercado.
Uma espiral cresce contínua e evolutivamente, assim também acontece com o conhecimento que vai se desenvolvendo em espiral quando se acrescenta mais um passo a cada ciclo. Pode-se perceber de forma mais clara o fluxo da espiral do conhecimento através da seguinte figura, proposta por Nonaka & Takeuchi:
Assim, “o conhecimento vai sendo construído passo a passo, garantindo a coerência com o que já se sabe, organizando os conceitos apreendidos, relacionando com fatos e situações reais. (CARVALHO, A. S. L. de. Transferindo Conhecimento Tácito: uma abordagem construtivista). A aplicação desse conceito traz para as empresas inúmeros benefícios em termos de produtividade, resultados e competitividade. São exemplos dessas empresas:
Abordagem Oriental x Ocidental
Segundo Nonaka e Takeuchi, existem diferenças básicas entre o pensamento japonês e o ocidental sobre o conhecimento. Essas diferenças residiriam no fato do pensamento ocidental ter uma compreensão estreita do que seja conhecimento, consequentemente, também dos meios para a sua exploração, e de não ter se desvencilhado do dualismo cartesiano impregnado no pensamento ocidental. Para os japoneses, o conhecimento vai além dos dados quantificáveis e das informações codificadas, e o dualismo estaria presente em separações, tais como tácito e explícito, corpo e mente, individual e organizacional, burocracia e força-tarefa, racionalismo e empirismo, planejamento e implementação, entre outros. A proposta principal do trabalho desses autores foi formular uma nova teoria sobre a criação de conhecimento no âmbito organizacional. Para isso, eles investigaram três dimensões do tema: ontológica, epistemológica e temporal. Investigaram também as condições necessárias para a sua criação e exploração.
Dimensões do conhecimento
Dimensão ontológica: Está fundamentada no ser e na construção do conhecimento pelo indivíduo, independente do modo pelo qual se manifesta.
Dimensão epistemológica: Está fundamentada no conhecimento, na distinção entre o conhecimento tácito e o explícito. Essa teoria estudou a interação entre o conhecimento tácito e o explícito, identificando quatro modos de conversão.
Dimensão temporal: Quando as interações na dimensão ontológica e epistemológica se sobrepõem ao longo do tempo (terceira dimensão desta teoria), é formada a espiral do conhecimento, que representa a dinâmica do processo de criação do conhecimento.
No contexto organizacional, o relevante é que o conhecimento seja difundido, ultrapassando o nível individual para o grupal, do grupal para o organizacional e, de acordo com o caso, do organizacional para o interorganizacional. Quando esse evento é dinâmico e acontece permanentemente, cria-se um clima fértil para a cultura organizacional inovadora.
As condições que promovem a criação da espiral do conhecimento
Uma empresa ou organização, para desenvolvimento do processo de criação do conhecimento, precisa estabelecer condições básicas para desenvolvimento da espiral, oportunizando situações e ferramentas que facilitem as atividades cooperativas para criação e acúmulo de conhecimento em nível também individual. Essas condições são:
Intenção
Autonomia
Flutuação
Caos criativo
Redundância
Variedade de requisitos
A flutuação pode ser provocada por novas regulamentações no setor, concorrentes, mudanças no perfil do cliente, avanços tecnológicos, entre outros fatores externos à organização. Nesse caso da IBM, a empresa não estava em estado de flutuação e não percebeu a mudança nas necessidades dos clientes e a concorrência de empresas emergentes no mercado. A IBM entrou em crise, enfrentando uma situação de caos. Agora que você já compreendeu o conceito de espiral do conhecimento e as condições necessárias para sua criação, vamos verificar que o processo de criação do conhecimento está relacionado à dimensão tempo num modelo integrado de cinco fases.
Fases do processo de criação do conhecimento
O processo de geração do conhecimento é descrito por Nonaka e Takeuchi (1997) como um modelo de cinco fases, como podemos ver na figura a seguir, composto pelas seguintes fases:
Quando o conhecimento se torna tangível ou assume a forma de arquétipo (modelo ou protótipo), inicia-se um novo ciclo de criação do conhecimento que se expande horizontal e verticalmente na organização, num ciclo virtuoso de difusão do conhecimento, que pode estabelecer-se somente na organização ou ser difundido para outras empresas por meio da interação dinâmica, como empresas associadas ou afiliadas, clientes, fornecedores, concorrentes e outras organizações externas. Então, pode ser iniciado um processo de transferência de conhecimento e busca da inovação.
A transferência de conhecimento
Para que o conhecimento esteja em constante processo de difusão, é necessário que seja transferido do local onde foi criado para outras organizações que continuem a desenvolvê-lo continuamente e o apliquem de forma a gerar inovação. Existem alguns fatores que inibem esse processo de transferência, denominados atritos. O processo de transferência do conhecimento, segundo Bonaccorsi e Piccaluga (1994), possui quatro dimensões:
 
Na atual sociedade do conhecimento, é fundamental a troca e produção deste conhecimento para que as organizações permaneçam competitivas em seus segmentos. Para facilitar esta produção de conhecimento, torna-se fundamental as parcerias e cooperações entre estas organizações e as Universidades que, com seus centros de pesquisas, geram conhecimento científico e tecnológico assimilável pelo setor empresarial. Agora que você já leu o material didático e compreendeu as formas de relação entre universidade X empresa para geração de um ciclo virtuoso de inovação, poderá identificar seus benefícios para a universidade e para a empresa:
UNIVERSIDADE: 
• Estímulo e melhoria de ensino, pesquisa e extensão.
• Novos problemas e desafios.
• Atualização dos currículos.
• Novas experiências para os alunos.
• Oportunidades de financiamento: bolsas, insumos, equipamentos, infraestrutura etc.
• Disseminação e avanço do conhecimento.
EMPRESA:
• Acesso à tecnologia de ponta.
• Estímulo à inovação.
• Identificação e desenvolvimento de talentos.
• Redução de risco e custo em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D).
• Maior competitividade e sustentação financeira.
AULA 03: INOVAÇÃO TECNOLÓGICA NAS ORGANIZAÇÕES E O CONHECIMENTO
Google – Um caso de sucesso em inovação tecnológica
Para sua melhor compreensão, vamos trataro conceito de inovação tecnológica utilizando um caso de grande sucesso na área de Tecnologia da Informação, que é o da empresa Google. No início dos anos 2000 os americanos Larry Page e Sergey Brin resolveram fazer um download da internet, de forma a baixar todas as informações disponíveis na web sobre um determinado assunto. Perceberam que não havia uma boa ferramenta que possibilitasse fazer uma busca completa, trazendo todas as informações possíveis sobre aquele assunto, de forma rápida. Surgia, então, uma grande ideia inovadora, que foi transformada em oportunidade com a contratação do iraniano Omid Kordestani para transformá-la num negócio rentável.
Larry e Sergey formaram um pequeno grupo que passou a trabalhar numa sala próxima à Universidade de Stanford, nos EUA. Partindo de um investimento muito baixo, Kordestani criou os “links patrocinados” e assim mobilizou os recursos iniciais para tornar o Google uma empresa valiosa e líder no mercado em apenas nove anos de existência. O valor estimado da Google, atualmente, ultrapassa o de empresas como Coca-cola e Boeing.
Criando uma máquina de busca poderosa, que trazia resultados inigualáveis aos de outros existentes no mercado, o site da Google estabeleceu-se como líder no mercado de buscas na internet. Esse mercado não existia dessa forma, com links patrocinados e totalmente grátis aos usuários. A Google apresentou, através da inovação, um grande diferencial e tornou-se um paradigma de busca na Web. Empresas gigantes na época, como Microsoft e Yahoo, tentaram de todas as formas conquistar esse mercado e superar a Google, sem sucesso. 
Conceitos sobre inovação tecnológica
E não é apenas no caso da empresa Google que a inovação foi o grande diferencial. Atualmente, a inovação é considerada ferramenta básica em quase todos os setores e segmentos de mercado para a sustentabilidade das organizações em nossa sociedade globalizada, baseada na informação e no conhecimento. É importante esclarecermos que o termo Inovação Tecnológica é utilizado de maneira ampla, mas, para nossos estudos, vamos no ater ao conceito de inovação tecnológica.
Quando dizemos que a inovação é compreendida como a criação de um produto ou processo novo, podemos estar nos referindo apenas à substituição de um material já existente em um produto ou um melhor meio de comercializar, distribuir ou fornecer um produto ou serviço. Além desta classificação de inovação quanto ao objeto (produto ou processo), podemos classificar a inovação levando em conta o impacto que esta inovação provoca: 
• Incremental: Quando se incorpora alguma característica nova.
• Radical: Quando se muda drasticamente o produto/serviço, provocando sua substituição.
 
No caso da Google, por exemplo, havia uma grande necessidade humana de realizar buscas mais eficazes nos bilhões de sites disponíveis na Internet. Percebendo essa necessidade humana, foi desenvolvido um produto: um motor de busca global, baseado num programa de computador, que pesquisa todos os documentos na rede e apresenta resultados de forma aleatória, baseados no ranking de acessos aos sites encontrados. Essa tecnologia atendeu as necessidades humanas com grande sucesso e excelente desempenho. Desta forma, o Google pode ser considerado como uma inovação tecnológica em várias dimensões:
 
Fontes de inovação e dinâmica da Inovação Tecnológica
Pode-se perceber que o caso do Google não foi uma inovação simples e despendeu pesquisa e desenvolvimento dessa nova ferramenta de busca, que revolucionou os sistemas de busca na Internet. Portanto, trata-se de uma inovação de valor, que agrega alguns outros conceitos:
Atendimento de necessidades não satisfeitas de forma inovadora;
Criação de uma grande demanda, suficiente para a abertura de um novo mercado; 
Viabilidade financeira da inovação.
O Google é uma inovação tecnológica tão relevante para a sociedade que se tornou um fenômeno cultural, tendo seu nome incluído no dicionário da língua inglesa como um verbete sinônimo de buscas na internet. Atualmente, tornou-se um verbo frequentemente utilizado em vários países. E para manter-se no mercado a Google não parou por aí! Seu processo de inovação é contínuo, incorporando ou desenvolvendo constantemente novos recursos, como: busca avançada, busca por imagens, notícias atualizadas, busca de livros raros, visualização de mapas por satélite, site de relacionamento (rede social), entre outros.
Personas importantes no processo de inovação tecnológica
Para que uma inovação aconteça é preciso que existam pessoas que façam com que ela aconteça. Estas pessoas, consideradas inovadoras, destacam-se por serem criativas e cheias de energia, prontas para criar, experimentar, inspirar e construir a partir de novas ideias. Quando agrupamos pessoas inovadoras de acordo com suas características específicas podemos utilizar o termo “personas”, que representa certas personagens que devem fazer parte da estrutura de cada um dos inovadores. Tom Kelley apresenta em seu livro 10 Personas importantes no processo de inovação tecnológica, divididas em 3 classes:
Personas que aprendem
Movidas por ideias de que, por maior que seja o sucesso da empresa hoje, ninguém pode dar-se ao luxo de ser complacente.
1 - Antropólogo: traz novas idéias e perspectivas para a organização, observando o comportamento humano e compreensão das interações físicas e emocionais entre as pessoas e serviços. 
2 - Experimentador: testa novas ideias continuamente, aprendendo mediante um processo esclarecido de tentativa e erro. O experimentador assume riscos calculados para alcançar o suceso, mantendo-se em estado constante de “experimentação e implementação”.
3 - Polinizador: explora outros setores e culturas, para em seguida adaptar as descobertas e as revelações daí decorrentes às necesidades únicas do próprio empreendimento. 
Personas que organizam
Sabem como impulsionar ideias, compreendem que as ideias competem por tempo, atenção e recursos. 
4 - Saltador de obstáculos: sabe que o caminho para a inovação está repleto de dificuldades e desenvolve um jeito todo especial para transpor essas barreiras ou para atuar com mais inteligência que os adversários.
5 - Colaborador: ajuda a reunir grupos ecléticos e, em geral, atua como líder no meio do pacote, para criar novas combinações e soluções multidisciplinares.
6 – Diretor: não só é capaz de compor grupos e equipes talentosas, mas também ajuda a produzir centelhas criativas.
Personas de construção
Aplicam os insights gerados pelos papéis de aprendizado e canalizam a capacitação produzida pelos papéis de organização para realizar a inovação. 
7 - Arquiteto de experiências: Projeta experiências que vão além da mera funcionalidade e se conecta em um nível profundo com as necessidades expressas ou latentes dos clientes.
8 - Cenógrafo: Cria um palco no qual os membros da equipe possam trabalhar, transformando o ambiente físico em uma ferramenta poderosa para influenciar o comportamento e atitudes.
9 - Cuidador: Constrói uma metáfora de um profissional de saúde para cuidar do usuário que vai além de um simples serviço. Um bom cuidador se antecipa às necessidades dos clientes e está disposto a cuidar deles.
10 - Contador de Histórias: Constrói tanto a moral interna e externa através de histórias convincentes que transmitem um valor humano fundamental ou reforçam traços culturais específicos.
Desenvolvimento de uma inovação tecnológica
O desenvolvimento de uma inovação tecnológica não implica diretamente na obtenção de produtos ou processos radicalmente novos. Geralmente se dá através de um processo incremental, interativo ou de aprimoramento sobre outros bens, produtos ou processos já existentes. Em um mercado competitivo a tecnologia e as inovações se traduzem na contínua invenção e reinvenção de bens, produtos e serviços.
O conhecimento e inovação tecnológica
Podemos afirmar que a economia da atual sociedade do conhecimento demanda um trabalhador capaz de pensar,raciocinar, decidir e, principalmente, compartilhar conhecimento. Conhecimento este que é uma condição imprescindível para que a inovação tecnológica ocorra. Para que o processo de inovação aconteça é essencial a participação de diversos agentes, de modo interativo, que contribuem com seus conhecimentos na busca por soluções para problemas tecnológicos. Na aula 2 discutimos os processos de criação e transferência do conhecimento, essencias para o processo de inovação, pois colaboram para a aprendizagem e o desenvolvimento desta capacitação científica e tecnológica.
Através da espiral do conhecimento, uma organização pode fomentar a inovação em seu ambiente organizacional e expandir esse conhecimento com geração de inovações tecnológicas e mais conhecimento. Ressalta-se o valor das instituições de pesquisa e universidades, que fornecem a base do desenvolvimento científico e tecnológico para a geração de conhecimentos e capacitação de pessoas, bem como os projetos de P&D (Pesquisa e Desenvolvimento) realizados por diversas empresas, algumas vezes em parceria com universidades.
A difusão do conhecimento e da tecnologia é parte central da inovação. Sem a difusão uma inovação não teria impacto no sistema econômico e, isoladamente, não provocaria mudanças no ambiente e não geraria novos conhecimentos. Agora que você compreendeu um pouco mais sobre dinâmica da inovação tecnológica e sua relação com o processo de geração de conhecimento, vamos destacar alguns itens importantes na interação entre as Universidades e as Empresas na busca deste conhecimento para a inovação.
Interação universidade – empresa
A interação entre universidades e empresas é um fator importante no processo da inovação, contribuindo para o desenvolvimento científico e tecnológico dos países, tendo a universidade como geradora do conhecimento e a empresa desempenhando o papel de tradutora das ideias geradas em algo novo e lançar no mercado esses novos produtos e processos.
Do lado das universidades:
1- Possibilidade de captar recursos públicos e privados para a pesquisa universitária e para a capacitação dos laboratórios, além da expectativa de que os produtos e processos desenvolvidos sejam utilizados pelo setor privado, em função do maior potencial de aplicação de seus resultados na produção;
2- Interesse da comunidade acadêmica em legitimar seu trabalho junto à sociedade que é, em grande medida, a responsável pela manutenção das instituições universitárias;
3- Interesse de desenvolver pesquisas em novas áreas, que resultem em produtos e processos de alto valor tecnológico.
Do lado das empresas:
1- Base de conhecimento e infraestrutura de laboratórios disponível nas universidades e institutos de pesquisa;
2- Custo crescente da pesquisa relacionada ao desenvolvimento de produtos e serviços necessários para assegurar posições vantajosas num mercado cada vez mais competitivo;
3- Necessidade de compartilhar o risco e o custo das pesquisas pré-competitivas com outras instituições que dispõem de suporte financeiro governamental;
4- Necessidade de acelerar o processo de pesquisa, em decorrência do elevado ritmo de introdução de inovações no setor produtivo e da redução do intervalo de tempo que decorre entre a obtenção dos resultados de pesquisa e sua aplicação.
AULA 04: O PROCESSO DE INOVAÇÃO TECNOLÓGICA
O Processo de Inovação Tecnológica
A necessidade de inovação na atual economia é entendida e compreendida por todos, tornando o comportamento inovador um de seus principais diferenciais. Os avanços tecnológicos, a crescente competição e a globalização resultam em novas oportunidades e ameaças e exigem que as empresas desenvolvam cada vez mais sua capacidade de inovação. Para falar de inovação é necessário entender o processo em que ela ocorre desde sua origem até sua aceitação pela sociedade. A inovação começa como uma invenção, e uma invenção tem início na criatividade que se originou de uma ideia, da imaginação. Uma das dificuldades neste processo está exatamente no processamento das ideias que, muitas vezes, são partes de outras ideias que precisam ser lapidadas, agrupadas e transformadas em resultado. Para entendermos melhor este aspecto precisamos compreender alguns processos contínuos do desenvolvimento humano, diferentes entre si, mas muito importantes na cadeia de construção do conhecimento:
Encontrar algo que já existia. É considerada uma descoberta quando tem muito valor para a humanidade. Ex.: O átomo.
Criação de um novo produto ou processo inédito. Ex.: o computador.
Introdução, com êxito, no mercado, de produtos, serviços, processos, métodos e sistemas que não existiam anteriormente, ou contendo alguma característica nova e diferente do padrão em vigor (FINEP). Ex: notebook.
Quando a inovação é fortemente expandida para uso comercial acontece o processo de difusão. Um exemplo do processo de difusão é o telefone celular, que é uma inovação do telefone fixo (invenção) e que foi fortemente difundido na sociedade, gerando um valor comercial muito grande e movimentando cifras muito elevadas nessa indústria.  
Mudança tecnológica é um processo complexo que diz respeito à inovação e difusão de novos produtos e processos nas organizações. Uma vez que a inovação é imprescindível para o crescimento das organizações e para seu diferencial competitivo, vários tem sido os modelos propostos para desenvolvê-la ou criar um ambiente organizacional inovador. Um destes modelos é o linear, que surgiu a partir do fim da 2.a guerra mundial e se manteve como paradigma sobre inovação em Ciência e Tecnologia (C&T) por cerca de três décadas. Vejamos um exemplo do modelo linear: 
O modelo linear, como único caminho para a inovação, foi superado por ter como base muito forte a pesquisa científica para geração de novas tecnologias, partindo da descoberta científica para a invenção e, finalmente, para a industrialização e mercado. Nem sempre a inovação acontece nessa ordem, de forma tão linear, baseada somente em construção de artefatos e de desenvolvimento de conhecimentos específicos relacionados com produtos e processos. A inovação é um processo social e pode ser gerada em diferentes ambientes e com diferentes metodologias.
Modelos interativos
As abordagens não-lineares ou interativas surgiram, então, trazendo novos modelos para o desenvolvimento da inovação, baseados na premissa de que a inovação se desenvolve a partir de um processo social, com a participação de diferentes atores, com várias retroações. Nos modelos interativos a identificação de necessidades de mercado ou de nichos específicos tem papel muito importante, além do papel do design (projetista) e de outros atores no processo de desenvolvimento da inovação. A figura seguinte representa o modelo interativo: 
Modelos interativos
Este modelo combina interações no interior das empresas e interações entre as empresas individuais e o sistema de Ciência e Tecnologia mais abrangente em que elas operam. Então, o centro da inovação é a empresa, combinando interações internas e externas a ela, apoiando-se no conhecimento científico já existente ou buscando um novo.
Caminho central da inovação. Iniciando no mercado e tendo como centro a empresa.
Caminho das retroalimentações. A partir de mudanças incrementais num produto ou processo a partir de seu uso, seguindo um ciclo de fases que retroagem, gerando sempre um produto modificado.
Caminho direto de e para a pesquisa. A partir de uma necessidade detectada na empresa ou uma pesquisa aproveitada pela empresa.
Caminho da tecnologia gerando ciência. A partir das necessidades da indústria por instrumentos, ferramentas ou tecnologias.
Estratégias de inovação tecnológica das empresas e as formas de acesso à tecnologia
Para que uma empresa seja efetivamente produtora de inovação tecnológica é necessário que sejam criados um ambiente e uma cultura de inovação tecnológica. Quanto mais uma organização tem domínio e experiência no processo de inovação tecnológica maior é sua capacidade tecnológica. Essacapacidade tecnológica é construída através de um processo que envolve obtenção de capacidades tecnológicas: materiais e imateriais.
MATERIAIS: Licenças de patentes, manuais de procedimentos, tecnologia e ferramentas de apoio ao desenvolvimento de novos produtos.
IMATERIAIS: Conhecimento dos funcionários sobre áreas tecnológicas, processos, procedimentos e produtos da organização, bem como sobre o mercado.
Estratégias de inovação tecnológica das empresas e as formas de acesso à tecnologia
Para desenvolver as capacidades tecnológicas materiais e imateriais, a organização necessita definir estratégias tecnológicas apropriadas. As estratégias tecnológicas mais conhecidas são:
Quando a organização já tem a dimensão do seu grau de capacidade tecnológica e definiu suas estratégias tecnológicas para desenvolver o clima organizacional inovador é chegado o momento de identificar as formas necessárias para o acesso à tecnologia. As formas de acesso a tecnologia mais usuais são: 
ATENÇÃO: Como já vimos até aqui, para ser competitiva no cenário globalizado da sociedade do conhecimento é necessário que a organização desenvolva capacidades tecnológicas, defina estratégias para a inovação e formas de acesso à tecnologia. Nesse momento, a organização poderá construir com segurança seu ambiente de inovação.
AULA 05: O EMPREENDEDOR
Conceituando empreendedorismo...
Segundo o Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa, “empreender” significa a ação de praticar, de por em execução, e tem sua origem no latim “imprehendere”. A palavra empreendedor (entrepreneur) foi utilizada pela primeira vez no início do século XVI, na França, para designar homens envolvidos na coordenação de operações militares. Já o termo empreendedorismo (entrepreneurship) surgiu entre os séculos XVII e XVIII com o objetivo de designar aquelas pessoas ousadas que estimulavam o progresso econômico, mediante novas e melhores formas de agir.
Podemos deduzir então, que empreender nos leva à expressão “fazer acontecer”: quem empreende utiliza suas capacidades para realizar alguma coisa que tenha valor para a sociedade. Segundo a Revista Científica Eletrônica de Administração, “Empreendedorismo é o envolvimento de pessoas e processos que, em conjunto, levam à transformação de ideias em oportunidades, e a perfeita implementação destas oportunidades leva à criação de negócios de sucesso“.
Um breve histórico
Século XVII: Muitos estudos foram realizados para conceituar e ampliar o conhecimento sobre o termo empreendedorismo. Até a Idade Média, o empreendedorismo estava ligado apenas à criatividade e inovação, porém no século XVII os primeiros indícios de relação entre riscos e empreendedorismo começaram a surgir.
Século XIX: No início do século XIX surge o conceito do empreendedor como o indivíduo capaz de mover recursos econômicos de uma área de baixa para outra de maior produtividade e retorno.
Século XX: Mais tarde, o austríaco Joseph Schumpeter, um dos mais importantes economistas do século XX, definiria esse indivíduo como o que reforma ou revoluciona o processo “criativo-destrutivo” do capitalismo, por meio do desenvolvimento de nova tecnologia ou do aprimoramento de uma antiga – o real papel da inovação.
O empreendedor e suas interações
Estes estudos na área do empreendedorismo mostram que as características do empreendedor ou do espírito empreendedor, da indústria ou da instituição, não é um traço de personalidade. “Empreendedores são pessoas que têm a habilidade de ver e avaliar oportunidades de negócios; prover recursos necessários para pô-los em vantagens; e iniciar ação apropriada para assegurar o sucesso. São orientadas para a ação, altamente motivados; assumem riscos para atingirem seus objetivos”. (Meredith, Nelson e Nech (apud UFSC/LED 2000)
DICA: Desde a década de 90 o termo empreendedorismo vem sendo amplamente utilizado no Brasil, com várias definições e aplicações nos negócios, na educação e em diversos setores e atividades da sociedade.
O significado do termo empreendedor está diretamente relacionado a um conjunto de comportamentos que possibilitam ao ser humano atuar e agir em suas interações como um catalisador de mudanças na sociedade.Atualmente, podemos identificar alguns exemplos de empreendedores de sucesso e famosos, como:
Que a partir de uma oportunidade agiram de forma empreendedora e visionária, construindo empresas inovadoras e valiosas. mas para ser um empreendedor não é necessário criar uma empresa e se tornar um milionário famoso. Podemos agir de forma empreendedora em nosso dia a dia, em várias dimensões:
Social, afetiva, profissional, etc.
O funcionário de uma empresa que se antecipa aos problemas, que é proativo e demonstra os comportamentos empreendedores é um empreendedor corporativo, atuando para alavancar os negócios de sua empresa. Ser um empreendedor independe de classe social, nacionalidade, formação acadêmica e outros fatores sócio-econômico-culturais. Para se tornar um empreendedor é importante desenvolver os comportamentos necessários para atuar dessa forma em suas interações na sociedade e com o mundo. Desta forma, o empreendedorismo pode ser aprendido e desenvolvido em diversas situações de nosso cotidiano e não necessariamente nascer com a pessoa, como se fosse um componente genético ou um comportamento exclusivamente nato. Muitos empreendedores também se desenvolvem através do exemplo de familiares ou amigos, com os quais convive.Existem definições e variados tipos de empreendedor, suas características vem sendo analisadas e estudadas há décadas, tornando o empreendedorismo uma área de estudos e pesquisas.
Motivações para empreender
Resultados de pesquisas apontam um grande número de pessoas que trabalham como autônomas no setor informal da economia, principalmente nos países em desenvolvimento. Outras, abrem um negócio porque veem uma oportunidade de explorar uma atividade com sucesso. Neste caso, o indivíduo escolhe trilhar o caminho do empreendedorismo, abrindo seu próprio negócio. Para identificar estes dois tipos de motivação, as pesquisas categorizaram os empreendimentos segundo as orientações:
Oportunidades percebidas;
Necessidades produzidas pela falta de uma alternativa satisfatória de trabalho e renda;
Em países de renda média e nos países pobres, a busca da sobrevivência econômica combinada à relativa precariedade dos sistemas de seguridade e assistência social obriga enormes contingentes de trabalhadores a empreender para buscar sua sobrevivência material.
Comportamento empreendedor
O empreendedor possui um conjunto de características próprias e, não necessariamente, necessita ter um negócio próprio ou ser um empresário para atuar usando o empreendedorismo. Para fins de análise e estudos vamos organizar as principais características do comportamento empreendedor da seguinte forma:
DICA: Na aula 6 iremos detalhar e discutir cada comportamento destes para que você possa compreendê-los e aplicá-los em sua vida diária, tornando-se um empreendedor ativo.

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