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Organização do Estado
 
1. Noções Gerais:
 
- Forma de Governo: República ou Monarquia.
 
- Sistema de Governo: Presidencialismo ou Parlamentarismo.
 
- Forma de Estado: Federação ou Estado Unitário.
 
O Estado unitário abrange três espécies: Estado unitário puro (absoluta centralização do 
poder); Estado unitário descentralizado administrativamente (a execução das decisões 
políticas é descentralizada) e Estado unitário descentralizado administrativa e politicamente 
(descentralização política e administrativa).
 
2. Organização do Estado no Brasil:
 
- Forma de Governo: República.
 
- Sistema de Governo: Presidencialismo.
 
- Forma de Estado: Federação.
 
 
 
Federação
 
1. Origem:
A forma federativa do Estado teve sua origem nos Estados Unidos. As treze colônias britânicas
da América ao se tornarem independentes, estabeleceram um pacto de colaboração para se 
protegerem das ameaças da antiga metrópole. Todavia, neste pacto havia o direito de 
secessão (direito de retirada), que os tornava fragilizados.
 
 Para solucionar esse problema, os Estados estabeleceram uma forma federativa de estado 
em que não se permitiria mas o direito de secessão. Assim, os Estados cederam parte da sua 
soberania para um órgão central, formando os Estados Unidos da América.
 
2. Movimentos:
 
- Movimento centrípeto (de fora para dentro): Os Estados cederam parcela de sua 
soberania formando um órgão central. Federação dos Estados Unidos.
 
- Movimento centrífugo (do centro para fora): O Estado unitário descentralizou-se. 
Federação do Brasil.
 
O federalismo brasileiro é chamado de Federalismo atípico, pois não resultou de um processo 
de agregação daquilo que era separado, mais sim de um processo de desagregação do 
Império, transformando as províncias em Estados.
 
3. Características:
 
- Descentralização política: Os entes da federação possuem autonomia.
 
- Constituição rígida como base jurídica: As competências dos entes da federação 
estão estabelecidas numa constituição rígida.
 
- Inexistência do direito de secessão: Não se permite o direito de retirada de algum 
ente da federação, tanto que a tentativa de retirada enseja a intervenção federal. 
Conforme o princípio da indissolubilidade do vínculo federativo, a República Federativa 
do Brasil é formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal
(art. 1º da CF). 
Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir a forma 
federativa de estado (art. 60, §4º, I da CF).
 
- Soberania do Estado Federal: Enquanto os estados são autônomos entre si, nos 
termos da Constituição Federal, o País é soberano.
 
- Auto-organização dos estados-membros: Os Estados organizam-se através da 
elaboração das constituições estaduais.
 
- Órgão representativo dos estados-membros: Senado.
 
- Órgão guardião da Constituição: Supremo Tribunal Federal.
 
4. Conceito:
Federação é uma forma de estado caracterizada pela existência de duas ou mais ordens 
jurídicas que incidem simultaneamente sobre o mesmo território sem que se possa falar em 
hierarquia entre elas, mas em campos diferentes de atuação.
 
5. Componentes da República Federativa do Brasil:
A República Federativa do Brasil é formada pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios.
 
“A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e 
do Distrito Federal, constitui-se em Estado democrático de Direito...” (art. 1º da CF).
 
“A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, 
os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta 
constituição” (art. 18 da CF).
 
6. Fundamentos da República Federativa do Brasil:
 
- Soberania (art. 1º, I da CF): É a República Federativa do Brasil (conjunto formado pela 
União, Estados, Distrito Federal e Municípios) que possui soberania e não a União.
 
- Cidadania (art. 1º, II da CF).
 
- Dignidade da pessoa humana (art. 1º, III da CF).
 
- Valores sociais do trabalho e da livre iniciativa (art. 1º, IV da CF).
 
- Pluralismo político (art. 1º, V da CF).
 
7. Objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:
 
- Construir uma sociedade livre, justa e solidária (art. 3º, I da CF).
 
- Garantir o desenvolvimento nacional (art. 3º, II da CF).
 
- Erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais 
(art. 3º, III da CF):
A EC 31/00 criou o Fundo de Combate e Erradicação da Pobreza para vigorar até 2010. 
Tal fundo deve ser regulamentado por lei complementar, contando em seu Conselho 
Consultivo e de Acompanhamento com representantes da Sociedade Civil.
 
- Promover o bem de todos, sem preconceito de origem, raça, sexo, cor, idade e 
quaisquer outras formas de discriminação (art. 3º, IV da CF).
 
8. Princípios que regem a República Federativa do Brasil nas relações internacionais:
 
- Independência nacional (art. 4º, I da CF).
 
- Respeito aos dos direitos humanos (art. 4º, II da CF).
 
- Autodeterminação dos povos (art. 4º, III da CF).
 
- Não-intervenção (art. 4º, IV da CF).
 
- Igualdade entre os Estados (art. 4º, V da CF).
 
- Defesa da paz (art. 4º, VI da CF).
 
- Solução pacifica dos conflitos (art. 4º, VII da CF).
 
- Repúdio ao terrorismo e ao racismo (art. 4º, VIII da CF).
 
- Cooperação ente os povos para o progresso da humanidade (art. 4º, IX da CF).
 
- Concessão de asilo político (art. 4º, X da CF): Asilo político é o acolhimento de 
estrangeiro que está sofrendo perseguição geralmente do seu próprio país, em razão de 
dissidência política, livre manifestação do pensamento ou ainda, crimes relacionados 
coma segurança do Estado que não configurem delitos no direito penal comum.
 
A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política e social e cultural 
dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana de 
nações (art. 4º, parágrafo único da CF).
 
Desta forma, o Brasil assinou o Tratado de Assunção (1991) juntamente com a Argentina, 
Paraguai e Uruguai, formando o Mercosul (Mercado Comum do Sul). O processo 
integracionista compreende três etapas, o livre comércio (eliminação das barreiras ao comércio
entre os membros), a união aduaneira (aplicação de uma tarifa externa comum ao comércio 
com terceiros países) e o mercado comum (livre circulação de fatores de produção). O 
Mercosul encontra-se na segunda fase.
 
O Protocolo de Ouro Preto (1994) reconheceu a personalidade de direito internacional ao 
Bloco.
 
9. Idioma Oficial da República Federativa do Brasil:
A língua portuguesa é o idioma oficial (art. 13 da CF). “O ensino fundamental regular será 
ministrado em língua portuguesa, assegurada às comunidades indígenas também a utilização 
de suas línguas maternas e processos próprios de aprendizagem” (art. 210, §2º da CF).
 
10. Símbolos da República Federativa do Brasil:
São símbolos da República Federativa do Brasil: a bandeira, hino, armas e selo nacionais (art. 
13, §1º da CF). “Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão ter símbolos próprios” 
(art.13, §2º da CF).
 
11. Vedações constitucionais aos entes da Federação:
A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios não poderão:
 
- Estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o 
funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou 
aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público (art. 19, I da CF).Este inciso demonstra que o Brasil é um Estado Laico, isto é, que não pode estar ligado a
nenhuma religião.
 
- Recusar fé aos documentos públicos (art.19, II da CF).
 
- Criar distinções entre brasileiros (art. 19, III da CF): Traz o princípio da isonomia.
 
- Criar preferências entre si (art. 19, III da CF): “Sem prejuízo de outras garantias 
asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos 
Municípios instituir imposto sobre patrimônio, renda ou serviços uns dos outros” (art. 150, 
VI, “a” da CF).
 
 
União
 
1. Características:
 
- Internamente: A União é uma pessoa jurídica de direito público interno. É autônoma, 
uma vez que possui capacidade de auto-organização, autogoverno, auto-administração e 
autolegislação, configurando a autonomia financeira, administrativa e política.
 
- Internacionalmente: Embora a União não se confunda com o Estado Federal 
(República Federativa do Brasil), poderá representá-lo internacionalmente.
 
2. Bens da União:
 
- Os que atualmente lhe pertencem e os que lhe vierem a ser atribuídos (art. 20, I da CF).
 
- As terras devolutas indispensáveis à defesa das fronteiras, das fortificações e 
construções militares, das vias federais de comunicação e à preservação ambiental, 
definidas em lei (art. 20, II da CF):
As terras devolutas (terras vazias) situadas na faixa de fronteira (faixa de 150 Km largura 
ao longo das fronteiras terrestres voltadas para defesa do território nacional) são bens 
públicos dominicais pertencentes à União. As demais, desde que não tenham sido 
trespassadas aos Municípios, são de propriedade dos Estados.
 
- Os lagos, rios e quaisquer correntes de água em terrenos de seu domínio, ou que 
banhem mais de um Estado, sirvam de limites com outros países, ou se estendam a 
território estrangeiro ou dele provenham, bem como os terrenos marginais e as praias 
fluviais (art. 20, III da CF).
 
- As ilhas fluviais e lacustres nas zonas limítrofes com outros países; as praias marítimas;
as ilhas oceânicas e as costeiras, excluídas, destas, as áreas referidas no art. 26, II (art. 
20, IV da CF).
 
- Os recursos naturais da plataforma continental e da zona econômica exclusiva (art. 20, 
V da CF).
 
o Zona econômica exclusiva: Compreende uma faixa que se estende das 12 às 
200 milhas marítimas, contadas a partir das linhas de base que servem para 
medir a largura do mar territorial (art. 6º da Lei 8617/93).
 
o Plataforma continental: Compreende o leito e o subsolo das áreas submarinas 
que se estendem além do seu mar territorial, em toda a extensão do 
prolongamento natural de seu território terrestre, até o bordo exterior da 
margem continental, ou até uma distância de 200 milhas marítimas das linhas 
de base, a partir das quais se mede a largura do mar territorial, nos casos em 
que o bordo exterior da margem continental não atinja essa distância (art. 11 da 
lei 8617/93).
 
- O mar territorial (art. 20, VI da CF): Compreende uma faixa de 12 milhas marítimas de 
largura, medida a partir da linha baixa-mar do litoral continental e insular, tal como 
indicada nas cartas náuticas de grande escala, reconhecidas oficialmente no Brasil (art. 
1º da lei 8617/93).
“A zona contígua brasileira compreende uma faixa que se estende das 12 às 24 milhas 
marítimas, contadas a partir das linhas de base que servem para medir a largura do mar 
territorial” (art.4º da lei 8617/93).
 
- Os terrenos de marinha e seus acrescidos (art. 20, VII da CF).
 
- Os potenciais de energia hidráulica (art. 20, VIII da CF).
 
- Os recursos minerais, inclusive os do subsolo (art. 20, IX da CF).
 
- As cavidades naturais subterrâneas e os sítios arqueológicos e pré-históricos (art. 20, X
da CF).
 
- As terras tradicionalmente ocupadas pelos índios (art. 20, XI da CF).
 
“É assegurada, nos termos da lei, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, bem 
como a órgãos da administração direta da União, participação no resultado da exploração de 
petróleo ou gás natural, de recursos hídricos para fins de geração de energia elétrica e de 
outros recursos minerais no respectivo território, plataforma continental, mar territorial ou zona 
econômica exclusiva, ou compensação financeira por essa exploração” (art. 20, §1º da CF).
 
3. Regiões administrativas:
A União, para efeitos administrativos, poderá articular sua ação em um mesmo complexo 
geoeconômico e social, visando a seu desenvolvimento e à redução das desigualdades 
regionais (art. 43 da CF).
 
Lei complementar disporá sobre: Condições para integração de regiões em desenvolvimento 
(art. 43, §1º, I da CF) e composição dos organismos regionais que executarão, na forma da lei,
os planos regionais, integrantes dos planos nacionais de desenvolvimento econômico e social, 
aprovados juntamente com estes (art. 43, §1º, II da CF).
 
- Alguns incentivos regionais, além de outros, na forma da lei (art. 43, §2º da CF):
 
o Igualdade de tarifas, fretes, seguros e outros itens de custos e preços de 
responsabilidade do Poder Público (art. 43, §2º, I da CF).
 
o Juros favorecidos para financiamento de atividades prioritárias (art. 43, §2º, II da
CF).
 
o Isenções, reduções ou diferimento temporário de tributos federais devidos por 
pessoas físicas ou jurídicas (art. 43, §2º, III da CF).
 
o Prioridade para o aproveitamento econômico e social dos rios e das massas de 
água represadas ou represáveis nas regiões de baixa renda sujeitas a secas 
periódicas (art. 43, §2º, IV da CF). Nestas áreas, a União incentivará a 
recuperação de terras áridas e cooperará com os pequenos e médios 
proprietários rurais para o estabelecimento, em suas glebas, de fontes de água 
e de pequena irrigação (art. 43, §3º da CF).
 
 
Estados-membros
 
1. Características:
Os Estados são pessoas jurídicas de direito público interno. São autônomos, uma vez que 
possuem capacidade de auto-organização, autogoverno, auto-administração e autolegislação.
 
- Auto-organização (art. 25 da CF): Os Estados organizam-se e regem-se pelas 
constituições e leis que adotarem, observados os princípios da Constituição Federal.
Segundo Alexandre de Morais, devem observar os princípios constitucionais sensíveis 
(art. 34, VII da CF), extensíveis (aquelas normas comuns à União, Estados, Distrito 
Federal e Municípios) e estabelecidos (aquelas normas que organizam a federação, 
estabelecem preceitos centrais de observância obrigatória aos estados-membros em sua 
auto-organização).
 
- Autogoverno: Os Estados estruturam os poderes Legislativo (art. 27 da CF), Executivo 
(art. 28 da CF) e Judiciário (art. 125 da CF).
 
- Auto-administração e autolegislação: Os Estados têm competências legislativas e não-
legislativas próprias (art. 25 §1º da CF).
 
2. Formação dos Estados-membros:
“Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem 
a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação da 
população diretamente interessada, através de plebiscito e do Congresso Nacional, por meio 
de lei complementar” (art. 18, §3º da CF).
 
- Hipótese de alterabilidade divisional interna do território brasileiro:
 
o Incorporação: Dois ou mais Estados se unem formando outro.
 
o Subdivisão: Um Estado divide-se em outros.
 
o Desmembramento-anexação: Parte de um Estado separa-se para anexar-se em 
outro, sem que o originário perca a sua personalidade.
 
o Desmembramento-formação: Parte de um Estado separa-se para constituir outro, 
sem que o originário perca a sua personalidade.
 
- Requisitos:
 
o Aprovação por plebiscito da população diretamente interessada: estaé condição 
essencial, de tal forma que se não houver aprovação por plebiscito nem se passa à
próxima fase.
 
o Aprovação do Congresso Nacional por meio de lei complementar: Superada a 
aprovação por plebiscito, é necessário que haja propositura de projeto de lei 
complementar a qualquer uma das casas. A aprovação ocorrerá por maioria 
absoluta.
 
Cabe ao Congresso Nacional com a sanção do Presidente da República dispor sobre a 
incorporação, subdivisão ou desmembramento de áreas de territórios ou Estados, ouvidas as 
respectivas assembléias legislativas (art. 48, VI da CF). O parecer das Assembléias 
Legislativas não é vinculativo.
 
3. Bens dos Estados-membros (art. 26 da CF):
 
- As águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e em depósito, 
ressalvadas, neste caso, na forma da lei, as decorrentes de obras da União;
 
- As áreas, nas ilhas oceânicas e costeiras, que estiverem no seu domínio, excluídas 
aquelas sob domínio da União, Municípios ou terceiros;
 
- As ilhas fluviais e lacustres não pertencentes à União;
 
- As terras devolutas não compreendidas entre as da União.
 
4. Regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões:
“Os Estado poderão, mediante lei complementar, instituir regiões metropolitanas, 
aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por agrupamentos de municípios 
limítrofes, para integrar a organização, o planejamento e a execução de funções políticas de 
interesse público” (art. 25, §3º da CF).
 
- Regiões metropolitanas: Conjunto de municípios limítrofes, ligados por certa 
continuidade urbana, que se reúnem em volta de um município-pólo.
 
- Aglomerações urbanas: Conjunto de municípios limítrofes que possuem as mesmas 
características e problemas comuns, mas não estão ligados por uma continuidade 
urbana. Haverá um município-sede.
 
- Microrregiões: Áreas urbanas de municípios limítrofes, caracterizados pela grande 
densidade demográfica e continuidade urbana. Não há um município-sede.
 
 
Municípios
 
1. Características:
Os Municípios são pessoas jurídicas de direito público interno. São autônomos, uma vez que 
possuem capacidade de auto-organização, autogoverno, auto-administração e autolegislação.
 
- Auto-organização: Os Municípios organizam-se através da lei orgânica, votada em 2 
turnos, com interstício mínimo de 10 dias e aprovada por 2/3 dos membros da Câmara 
Municipal, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos na Constituição 
Federal e na Constituição estadual e os preceitos estabelecidos no art. 29 da CF (art. 29 
da CF). Antes de 1988, os Municípios de determinado Estado eram regidos por uma 
única Lei orgânica estadual.
 
- Autogoverno: Os Municípios estruturam o Poder Executivo e Legislativo. Não têm 
Poder Judiciário próprio.
 
- Auto-administração e autolegislação (art. 30 da CF): Os Municípios têm 
competências legislativas e não-legislativas próprias.
 
2. Formação dos Municípios:
“A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios far-se-ão por lei 
estadual, dentro do período determinado por lei complementar federal e dependerão de 
consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após 
divulgação dos estudos de viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei” 
(art. 18, §4º da CF).
 
- Requisitos:
 
o Divulgação de estudo de viabilidade municipal
 
o Aprovação por plebiscito da população municipal: O plebiscito será 
convocado pela Assembléia legislativa.
 
o Lei complementar federal: Determinará o período para criação, incorporação, 
fusão e desmembramento de Municípios.
 
o Lei estadual.
 
 
Distrito Federal
 
1. Características:
O Distrito Federal é autônomo, uma vez que possui capacidade de auto-organização, 
autogoverno, auto-administração e autolegislação.
 
- Auto-organização (art. 32 da CF): O Distrito Federal, vedada sua divisão em Municípios,
reger-se-á por lei orgânica, votada em 2 turnos, com interstício mínimo de 10 dias e 
aprovada por 2/3 dos membros da Câmara Legislativa, que a promulgará, atendidos os 
princípios estabelecidos na Constituição Federal.
 
- Autogoverno (art. 32, §§ 2º e 3º): O Distrito Federal estrutura o Poder Executivo e 
Legislativo. Quanto ao Poder Judiciário, competirá privativamente à União organizar e 
mantê-lo, afetando parcialmente a autonomia do Distrito Federal.
Compete à União organizar e manter o Poder Judiciário, o Ministério Público e a 
Defensoria Pública do Distrito Federal. (art. 21, XIII da CF); organizar e manter a polícia 
civil, polícia militar e o corpo de bombeiros militar, bem como prestar assistência 
financeira ao Distrito Federal para a execução de serviços públicos, por meio de fundo 
próprio (art. 21, XIV da CF). 
“Lei, federal disporá sobre a utilização, pelo Governo do Distrito Federal, das policias civil,
militar e do corpo de bombeiros militar” (art. 32, §4º da CF).
Compete à União legislar sobre organização judiciária, do Ministério Público e da 
Defensoria Pública do Distrito Federal, bem como sua organização administrativa (art. 22,
XVII da CF).
 
- Auto-administração e autolegislação: O Distrito Federal tem competências legislativas e 
não-legislativas próprias.
 
 
Territórios Federais
 
1. Características:
O Território não é ente da federação, mas sim integrante da União. Trata-se de mera 
descentralização administrativo-territorial da União. Embora tenha personalidade jurídica não 
tem autonomia política.
 
A partir de 1988, não existem mais territórios no Brasil. Antigamente, eram territórios: Roraima, 
Amapá e Fernando de Noronha (art. 15 dos ADCT).
 
2. Formação de Territórios Federais:
Lei complementar irá regular sua criação, transformação em Estado ou reintegração ao Estado
de origem (art. 18, §2º da CF).
 
“Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem 
a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação da 
população diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei 
complementar” (art. 18, §3º da CF).
 
3. Divisão dos Territórios em Municípios:
Diferentemente do Distrito Federal, os territórios podem ser divididos em Municípios (art. 33, 
§1º da CF).
 
4. Organização administrativa e judiciária dos Territórios:
Lei federal disporá sobre a organização administrativa e judiciária dos Territórios (art. 33 da 
CF).
 
Compete à União organizar e manter o Poder Judiciário, o Ministério Público e a Defensoria 
Pública dos Territórios (art. 21, XIII da CF), bem como sua organização administrativa (art. 22, 
XVII da CF).
 
Nos Territórios Federais com mais de 100.000 habitantes, além de Governador, haverá órgãos 
judiciários de 1a e 2a instância, membros do Ministério Público e defensores públicos federais 
(art. 33, §3º da CF).
 
 
 
Repartição de Competências
 
1. Repartição de Competências:
A Constituição estabelece a competência de cada um dos entes federativos. A repartição de 
competência está intimamente ligada à predominância do interesse.
 
- União: Cuidará de matérias de interesse geral.
 
- Estados: Cuidarão de matérias de interesse regional
 
- Municípios: Cuidarão de matérias de interesse local.
 
- Distrito Federal: Cuidará de matérias de interesse regional e local.
 
 
União
 
1. Competência:
 
Legislativa: para editar leis. Não-legislativa (administrativa ou material): 
para exercer funções governamentais.
Privativa (art. 22 da 
CF)
Concorrente (art. 24
da CF).
Exclusiva (art. 21 da 
CF)
Comum (cumulativa ou 
paralela)
 
 
2. Competência legislativa privativa (art. 22 da CF):
É relevante lembrarque tal competência pode ser delegada aos Estados e ao Distrito Federal 
por meio de lei complementar (art. 22, parágrafo único e 32, §1º da CF).
 
- Direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, 
espacial e do trabalho (art. 22, I da CF).
- Desapropriação (art. 22, II da CF).
- Requisições civis e militares, em caso de iminente perigo e em tempo de guerra (art. 22,
III da CF).
- Águas, energia, informática, telecomunicações e radiodifusão (art. 22, IV da CF).
- Serviço postal (art. 22, V da CF).
- Sistema monetário e de medidas, títulos e garantias dos metais (art. 22, VI da CF).
- Política de crédito, câmbio, seguros e transferência de valores (art. 22, VII da CF).
- Comércio exterior e interestadual (art. 22, VIII da CF).
- Diretrizes da política nacional de transportes (art. 22, IX da CF).
- Regime dos portos, navegação lacustre, fluvial, marítima, aérea e aeroespacial (art. 22, 
X da CF).
- Trânsito e transporte (art. 22, XI da CF).
- Jazidas, minas, outros recursos minerais e metalurgia (art. 22, XII da CF).
- Nacionalidade, cidadania e naturalização (art. 22, XIII da CF).
- Populações indígenas (art. 22, XIV da CF).
- Emigração e imigração, entrada, extradição e expulsão de estrangeiros (art. 22, XV da 
CF).
- Organização do sistema nacional de emprego e condições para o exercício de 
profissões (art. 22, XVI da CF).
- Organização judiciária, do Ministério Público e da Defensoria Pública do Distrito Federal
e dos Territórios, bem como organização administrativa destes (art. 22, XVII da CF).
- Sistema estatístico, sistema cartográfico e de geologia nacionais (art. 22, XVIII da CF).
- Sistemas de poupança, captação e garantia da poupança popular (art. 22, XIX da CF).
- Sistemas de consórcios e sorteios (art. 22, XX da CF).
- Normas gerais de organização, efetivos, material bélico, garantias, convocação e 
mobilização das polícias militares e corpos de bombeiros militares (art. 22, XXI da CF).
- Competência da polícia federal e das polícias rodoviária e ferroviária federais (art. 22, 
XXII da CF).
- Seguridade social (art. 22, XXIII da CF).
- Diretrizes e bases da educação nacional (art. 22, XXIV da CF).
- Registros públicos (art. 22, XXV da CF).
- Atividades nucleares de qualquer natureza (art. 22, XXVI da CF).
- Normas gerais de licitação e contratação, em todas as modalidades, para as 
administrações públicas diretas, autárquicas e fundacionais da União, Estados, Distrito 
Federal e Municípios, obedecido o disposto no art. 37, XXI, e para as empresas públicas 
e sociedades de economia mista, nos termos do art. 173, §1°, III (art. 22, XXVII da CF).
- Defesa territorial, defesa aeroespacial, defesa marítima, defesa civil e mobilização 
nacional (art. 22, XXVIII da CF).
- Propaganda comercial (art. 22, XIX da CF).
 
3. Competência legislativa concorrente (art. 24 da CF):
A União, os Estados e Distrito Federal possuem competência para legislar sobre as matérias 
do artigo 24 da CF. Não há possibilidade de delegação por parte da União aos Estados-
membros e Distrito Federal das matérias elencadas no artigo 24 da CF.
 
Compete à União estabelecer normas gerais sobre as matérias do artigo 24 da CF. Esta 
competência não exclui a competência suplementar dos Estados (ou Distrito Federal).
 
A competência suplementar do Estado pode se dividir em duas espécies: Competência 
suplementar e competência supletiva. Na suplementar, cabe aos Estados (ou Distrito Federal) 
estabelecer normas específicas sobre as matérias do artigo 24 da CF. Na supletiva, cabe aos 
Estados (ou Distrito Federal), tendo em vista inexistência de lei federal sobre normas gerais, 
exercer a competência legislativa plena, ou seja, editar normas de caráter geral e específico 
(art. 24, §§1º, 2º e 3º da CF).
 
A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual (ou 
distrital) no que lhe for contrário (art. 24, §4º da CF). Se não forem conflitantes passam, a 
conviver perfeitamente.
 
Se a norma geral federal, que suspender a eficácia da norma geral estadual (ou distrital), for 
revogada por outra norma geral federal não conflitante, a norma geral estadual voltará a 
produzir efeitos.
 
Em razão do artigo 30, I da Constituição Federal, os Municípios também têm competência 
suplementar às normas gerais e específicas, dentro do interesse local municipal.
 
- Direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico (art. 24, I da CF).
- Orçamento (art. 24, II da CF).
- Juntas comerciais (art. 24, III da CF).
- Custas dos serviços forenses (art. 24, IV da CF).
- Produção e consumo (art. 24, V da CF).
- Florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do solo e dos recursos 
naturais, proteção do meio ambiente e controle da poluição (art. 24, VI da CF)
- Proteção ao patrimônio histórico, cultural, artístico, turístico e paisagístico (art. 24, VII 
da CF).
- Responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de 
valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico (art. 24, VIII da CF).
- Educação, cultura, ensino e desporto (art. 24, IX da CF).
- Criação, funcionamento e processo do juizado de pequenas causas (art. 24, X da CF).
- Procedimentos em matéria processual (art. 24, XI da CF).
- Previdência social, proteção e defesa da saúde (art. 24, XII da CF).
- Assistência jurídica e Defensoria pública (art. 24, XIII da CF).
- Proteção e integração social das pessoas portadoras de deficiência (art. 24, XIV da CF).
- Proteção à infância e à juventude (art. 24, XV da CF).
- Organização, garantias, direitos e deveres das polícias civis (art. 24, XVI da CF).
 
4. Competência Não-Legislativa Exclusiva (art. 21 da CF):
Esta competência é indelegável
 
- Manter relações com Estados estrangeiros e participar de organizações internacionais 
(art. 21, I da CF).
- Declarar a guerra e celebrar a paz (art. 21, II da CF).
- Assegurar a defesa nacional (art. 21, III da CF).
- Permitir, nos casos previstos em lei complementar, que forças estrangeiras transitem 
pelo território nacional ou nele permaneçam temporariamente (art. 21, IV da CF).
- Decretar o estado de sítio, o estado de defesa e a intervenção federal (art. 21, V da 
CF).
- Autorizar e fiscalizar a produção e o comércio de material bélico (art. 21, VI da CF).
- Emitir moeda (art. 21, VII da CF).
- Administrar as reservas cambiais do País e fiscalizar as operações de natureza 
financeira, especialmente as de crédito, câmbio e capitalização, bem como as de seguros
e de previdência privada (art. 21, VIII da CF).
- Elaborar e executar planos nacionais e regionais de ordenação do território e de 
desenvolvimento econômico e social (art. 21, IX da CF).
- Manter o serviço postal e o correio aéreo nacional (art. 21, X da CF).
- Explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão, os serviços 
de telecomunicações, nos termos da lei, que disporá sobre a organização dos serviços, a 
criação de um órgão regulador e outros aspectos institucionais (art. 21, XI da CF).
- Explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão (art. 21, XII da
CF):
 
o Os serviços de radiodifusão sonora, de sons e imagens (art. 21, XII, a da CF).
o Os serviços e instalações de energia elétrica e o aproveitamento energético 
dos cursos de água, em articulação com os Estados onde se situam os 
potenciais hidroenergéticos (art. 21,XII, “b” da CF).
o A navegação aérea, aeroespacial e a infra-estrutura aeroportuária (art. 21, XII, 
“c” da CF).
o Os serviços de transporte ferroviário e aquaviário entre portos brasileiros e 
fronteiras nacionais, ou que transponham os limites de Estado ou Território 
(art. 21, XII, “d” da CF).
o Os serviços de transporte rodoviário interestadual e internacional de 
passageiros (art. 21, XII, “e” da CF);
o Os portos marítimos, fluviais e lacustres (art. 21, XII, “f” da CF).
 
- Organizar e manter o Poder Judiciário, o Ministério Público e a Defensoria Pública do 
Distrito Federal e dos Territórios (art. 21, XIII da CF).
- Organizar e manter a polícia civil, a polícia militar e o corpo de bombeiros militar do 
Distrito Federal, bem como prestar assistência financeira ao Distrito Federal para a 
execução de serviços públicos, por meio de fundo próprio (art. 21, XIV da CF).
- Organizar e manter os serviços oficiais de estatística, geografia, geologia e cartografia 
de âmbito nacional (art. 21, XV da CF).
- Exercer a classificação, para efeito indicativo, de diversões públicas e de programas de 
rádio e televisão (art. 21, XVI da CF).
- Conceder anistia (art. 21, XVII da CF).
- Planejar e promover a defesa permanente contra as calamidades públicas, 
especialmente as secas e as inundações (art. 21, XVIII da CF).
- Instituir sistema nacional de gerenciamento de recursos hídricos e definir critérios de 
outorga de direitos de seu uso (art. 21, XVIX da CF).
- Instituir diretrizes para o desenvolvimento urbano, inclusive habitação, saneamento 
básico e transportes urbanos (art. 21, XX da CF).
- Estabelecer princípios e diretrizes para o sistema nacional de viação (art. 21, XXI da 
CF).
- Executar os serviços de polícia marítima, aeroportuária e de fronteiras (art. 21, XXII da 
CF).
- Explorar os serviços e instalações nucleares de qualquer natureza e exercer monopólio 
estatal sobre a pesquisa, a lavra, o enriquecimento e reprocessamento, a industrialização
e o comércio de minérios nucleares e seus derivados, atendidos os seguintes princípios e
condições (art. 21, XXIII da CF):
 
o Toda atividade nuclear em território nacional somente será admitida para fins 
pacíficos e mediante aprovação do Congresso Nacional (art. 21, XXIII, “a” da 
CF).
 
o Sob regime de concessão ou permissão, é autorizada a utilização de 
radioisótopos para a pesquisa e usos medicinais, agrícolas, industriais e 
atividades análogas (art. 21, XXIII, “b” da CF).
 
o A responsabilidade civil por danos nucleares independe da existência de culpa 
(art. 21, XXIII, “c” da CF).
 
- Organizar, manter e executar a inspeção do trabalho (art. 21, XXIV da CF).
- Estabelecer as áreas e as condições para o exercício da atividade de garimpagem, em 
forma associativa (art. 21, XXV da CF).
 
5. Competência Não-legislativa Comum (art. 23 da CF):
A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios possuem competência para legislar 
sobre as matérias do artigo 23 da CF.
 
“Lei complementar fixará normas para a cooperação entre a União e os Estados, o Distrito 
Federal e os Municípios, tendo em vista o equilíbrio do desenvolvimento e do bem-estar em 
âmbito nacional” (art. 23, parágrafo único da CF).
 
- Zelar pela guarda da Constituição, das leis e das instituições democráticas e conservar 
o patrimônio público (art. 23, I da CF).
- Cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantia das pessoas portadoras 
de deficiência (art. 23, II da CF).
- Proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural, 
os monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos (art. 23, III da 
CF).
- Impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de obras de arte e de outros bens
de valor histórico, artístico ou cultural (art. 23, IV da CF).
- Proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação e à ciência (art. 23, V da CF).
- Proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas (art. 23, 
VI da CF).
- Preservar as florestas, a fauna e a flora (art. 23, VII da CF).
- Fomentar a produção agropecuária e organizar o abastecimento alimentar (art. 23, VIII 
da CF).
- Promover programas de construção de moradias e a melhoria das condições 
habitacionais e de saneamento básico (art. 23, IX da CF).
- Combater as causas da pobreza e os fatores de marginalização, promovendo a 
integração social dos setores desfavorecidos (art. 23, X da CF).
- Registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de direitos de pesquisa e exploração 
de recursos hídricos e minerais em seus territórios (art. 23, XI da CF).
- Estabelecer e implantar política de educação para a segurança do trânsito (art. 23, XII 
da CF).
 
 
Estados
 
1. Competência:
 
Não-legislativa (administrativa 
ou material)
Legislativa
Comum 
(cumulativa 
ou paralela)
Residual 
(remanescente 
ou reservada)
Expressa Residual 
(remanescente 
ou reservada)
Delegada 
pela União
concorrente Suplementar
 
 
- Competência não-legislativa comum (art. 23 da CF): Já foi estudada no item União.
 
- Competência não-legislativa residual: São reservadas aos Estados as competências 
que não lhes sejam vedadas pela Constituição Federal (art. 25, §1º da CF). Cabe aos 
Estados todas as competências que não forem da União, dos Municípios e comuns.
 
- Competência legislativa expressa: Os Estados organizam-se e regem-se pelas 
Constituições e leis que adotarem, observado os princípios desta Constituição (art. 25, 
§1º da CF).
 
- Competência legislativa remanescente: São reservadas aos Estados as competências 
que não lhes sejam vedadas pela Constituição Federal (art. 25, §1º da CF). Cabe aos 
Estados todas as competências que não forem da União e dos Municípios.
 
Excepcionalmente, a Constituição estabelece algumas competências enumeradas aos 
Estados-membros, como a criação, incorporação, fusão e o desmembramento de 
municípios por meio de lei estadual (art. 18, §4º da CF); exploração diretamente, ou 
mediante concessão, dos serviços locais de gás canalizado, na forma da lei, vedada a 
edição de medida provisória para a sua regulamentação (art. 25, §2º da CF); a instituição
mediante lei complementar estadual das regiões metropolitanas, aglomerados urbanos e 
microrregiões (art. 25, §3º da CF).
 
- Competência Legislativa delegada pela União: Já foi estudada no item União (art. 22, 
parágrafo único da CF).
 
- Competência Legislativa concorrente: Já foi estudada no item União.
 
- Competência legislativa concorrente suplementar: Já foi estudada no item União.
 
Municípios
 
1. Competência:
 
Não-legislativa 
(administrativa ou material)
Legislativa
Comum 
(cumulativa 
ou paralela)
Privativa 
(enumerada)
Expressa Interesse localSuplementar Plano diretor 
 
 
 
- Competência não-legislativa comum: Já foi estudada no item União.
 
- Competência não-legislativa privativa (art. 30, III à IX da CF): Hipóteses descritas, 
presumindo-se o interesse local. Compete aos Municípios:
 
o Instituir e arrecadar os tributos de sua competência, bem como aplicar suas 
rendas, sem prejuízo da obrigatoriedade de prestar contas e publicar 
balancetes nos prazos fixados em lei (art. 30, III da CF).
 
o Criar, organizar e suprimir distritos, observada a legislação estadual (art. 30, IV
da CF).
 
o Organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, 
os serviços públicos de interesse local, incluído o de transporte coletivo, que 
tem caráter essencial (art. 30, V da CF).o Manter, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, 
programas de educação pré-escolar e de ensino fundamental (art. 30, VI da 
CF).
 
o Prestar, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, serviços
de atendimento à saúde da população (art. 30, VII da CF).
 
o Promover, no que couber, adequado ordenamento territorial, mediante 
planejamento e controle do uso, do parcelamento e da ocupação do solo 
urbano (art. 30, VIII da CF).
 
o Promover a proteção do patrimônio histórico-cultural local, observada a 
legislação e a ação fiscalizadora federal e estadual (art. 30, IX da CF).
 
- Competência legislativa expressa: Os Municípios têm competência para elaborar a 
própria lei orgânica (art. 29 da CF).
 
- Competência Legislativa para assuntos de interesse local. (art. 30, I da CF).
 
- Competência Legislativa suplementar (art. 30, II da CF): Cabe aos Municípios 
suplementar a legislação Federal e estadual no que couber, relacionado ao interesse 
local.
 
- Competência Legislativa para instituir o plano diretor: “O plano diretor, aprovado pela 
Câmara Municipal, obrigatório para cidades com mais de 20.000 habitantes, é o 
instrumento básico da política de desenvolvimento e de expansão urbana” (art. 182, §1º 
da CF). A propriedade cumpre a função social quando atende ao plano diretor.
 
 
Distrito Federal
 
1. Competência:
 
Não-legislativa 
(administrativa ou 
material)
Legislativa: Ao Distrito Federal são atribuídas as competências legislativas 
reservadas aos Estados e aos Municípios (art. 32, §1º da CF).
Comum (cumulativa ou 
paralela)
Expressa Residual Delegada Concorrente Suplementar Interesse 
local
 
- Competência não legislativa comum: Já foi estudada no item União.
 
- Competência legislativa expressa: O Distrito Federal tem competência para elaborar a 
própria lei orgânica (art. 32 da CF).
 
- Competência legislativa residual: Toda competência que não for vedada, ao Distrito 
Federal estará reservada (art. 25, §1º da CF).
 
- Competência Legislativa delegada pela União: Já foi estudada no item União (art. 22, 
parágrafo único da CF).
 
- Competência Legislativa concorrente: Já foi estudada no item União
 
- Competência legislativa concorrente suplementar: Já foi estudada no item União.
 
- Competência legislativa para assuntos de interesse local (art. 30, I e 32, §1º da CF).
 
- Competência suplementar dos Municípios (art. 30, II da CF).
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