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Aula 05_An. Textual

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Análise textual
Prof. Elissandro Araújo
Aula 05
Gêneros textuais I
Conceito de texto
“o texto é lugar de interação de sujeitos sociais que,
dialogicamente, nele se constituem e são constituídos. E,
ainda, que esses sujeitos – ao operarem escolhas
significativas entre as múltiplas formas de organização
textual e as diversas possibilidades de seleção lexical que a
língua lhes oferece – constroem objetos-de-discurso e
propostas de sentido, por meio de ações linguísticas e
sociocognitivas. A esta concepção subjaz, necessariamente,
a ideia de que há, em todo e qualquer texto, uma gama de
implícitos, dos mais variados tipos, somente detectáveis
pela mobilização do contexto sociocognitivo no interior do
qual se movem os atores sociais.”
(KOCH, 2007, p. 22)
Conceito de leitura
“Em decorrência, fica patente que a leitura de um
texto exige muito mais que o simples conhecimento
linguístico compartilhado pelos interlocutores: o
leitor é, necessariamente, levado a mobilizar uma
série de estratégias tanto de ordem linguística, como
de ordem cognitivo-discursiva, com o fim de levantar
hipóteses, validar ou não as hipóteses formuladas,
preencher as lacunas que o texto apresenta, enfim,
participar, de forma ativa, da construção do sentido.”
(KOCH, 2007, p. 22)
• Leitura é uma ação sociocognitiva na qual são
aplicadas diferentes estratégias, o sentido do
texto é construído e não decodificado;
• Ao ler, mesmo que você esteja em um local
isolado, nos encontramos em um momento de
interação com o texto;
• No ato da leitura são mobilizados diferentes
tipos de conhecimento.
Discurso e texto
Todas as classe sociais deixam marcas de sua
visão de mundo, dos seus valores e crenças, ou
seja, de sua ideologia, no uso que fazem da
linguagem.
Como seres humanos recorremos à linguagem para
expressar nossos sentimentos, opiniões, desejos. É
por meio dela que interpretamos a realidade que nos
cerca. Essa interpretação, porém, não é totalmente
livre. Ela é constituída historicamente a partir de uma
série de filtros ideológicos que todos nós temos,
mesmo sem nos darmos conta de sua existência.
Esses filtros constituem uma formação ideológica,
ou seja, um conjunto de valores e crenças a partir dos
quais julgamos a realidade na qual estamos inseridos.
“Honestamente, devo reconhecer: tenho um
preconceito. Os rolezinhos me ajudaram a percebê-
lo. Para ampla maioria, a moda de invadir shoppings é
mais uma das tantas perturbações da ordem
mediante ações coletivas que ocorrem no Brasil. Viés
oposto, para ampla minoria, tais perturbações são
veneráveis expressões de honoráveis movimentos
sociais. Voto com a maioria, mas isso não é
preconceito. É simples constatação. O meu
preconceito aparecerá adiante.”
Percival Puggina (69) é arquiteto, empresário e escritor.
“Rolezinho é diversão, mano, a gente faz no
shopping por que lá é um lugar luxuoso e um
lugar onde nós nos sentimos bem. Tipo assim,
nossa intenção é namorar, dar uns beijos e tal.
Só que tem uns ‘lixo’ que não têm dinheiro pra
comprar um Mizuno e ‘vai’ roubar…”
Depoimento do rolezeiro Rafael Oliveira, 18
anos. In www1.folha.uol.com.br/saopaulo. 18-
01-2014.
Sou totalmente a favor dos “Rolézinhos”, estamos
cansados de está a margem de nossa “sociedade“,
estamos cansados de sermos julgados pela nossa
cor de pele ou pela roupa que vestimos, estamos
cansados dessa “Elite” construir muros dizendo
aonde que podemos ir ou não, somos livres e não
foi de graça, fomos escravizados, assassinados,
espancados e presos, porém conseguimos, algo que
deveria ser nosso por direito, mas custou vidas,
logo ganhamos a primeira batalha a da Liberdade.
Iago Menezes
Texto e leitores
Todo texto, oral ou escrito, dirige-se a um
interlocutor com características específicas.
Texto e contexto
Além de se dirigir a interlocutores com perfil
definido, todo texto faz referência a
circunstâncias de natureza cultural, social,
política, que precisam ser conhecidos pelos
leitores/ouvintes para que o sentido do texto
possa ser construído.
• A identificação do contexto de um texto depende
inteiramente do conhecimento de mundo dos leitores.
• Os texto, escritos ou orais, não tem existência
autônoma, porque sua significação depende do
reconhecimento de um contexto e da relação que os
leitores/ouvintes estabelecem com ele.
• Como o contexto de um texto é construído por fatores
extralinguísticos, sempre que produzimos um texto,
precisamos decidir quais informações contextuais
devem ser fornecidas para que o sentido dele possa ser
construído por seus interlocutores.
Gêneros Textuais
Gêneros textuais são estruturas com
que se compõem os textos orais ou
escritos. Essas formas são social e
culturalmente reconhecidas porque
mantem uma estabilidade e estão
relacionadas a determinadas intenções
comunicativas.
Fatos sociais
“Fatos sociais são as coisas que as
pessoas acreditam que sejam
verdadeiras e, assim, afetam o modo
como elas definem uma situação”
(BAZZERMAN, 2011, p. 23)
“Mais frequentemente, no entanto,
fatos sociais estão relacionados com
temas que são fundamentalmente
matéria de compreensão social, como,
por exemplo, se um prefeito tem
autoridade para tomar certas de
decisões e agir de certa maneira.”
(BAZZERMAN, 2011, p. 24)
Fatos sociais
Atos de fala
“Como resultado de uma série de palavras ditas,
no tempo apropriado, em circunstâncias
apropriadas e pela pessoa apropriada, alguém
será obrigado a fazer alguma coisa diante da
promessa [...] toda declaração realiza alguma
coisa, mesmo que apenas declare um certo
estado de coisa como verdadeiro. Portanto todo
enunciado incorpora atos de fala.” (p. 26)
Os atos de fala implicam em determinadas
condições para que sejam efetivamente
realizados.
“Sem a satisfação dessas condições de
felicidade, o ato não seria um ato, ou pelo
menos o mesmo tipo de ato.” (p. 27)
• Ato locucionário: aquilo que é dito;
• Ato ilocucionário: o que pretendo
que meu ouvinte entenda;
• Ato perlocucionário: o modo como as
pessoas recebem, entendem e agem
em consequência do que foi dito.
“Essa análise em três níveis dos atos de fala ― o
que literalmente dito, o ato pretendido e seu
efeito real ― é também aplicável a textos
escritos. [...]. Quando visto a partir dessa
análise, o problema de defender a verdade de
proposições se torna uma questão de satisfazer
as condições de felicidade que levarão os
ouvintes [ou leitores] relevantes a aceitarem as
afirmações como verdadeiras, estabelecendo
assim a convergência do efeito perlocucionário
com sua intenção ilocucionário.” (p. 28-29)
“Fruto de trabalho coletivo, os gêneros
contribuem para ordenar e estabilizar
as atividades comunicativas do dia-a-
dia. São entidades sociodiscursivas e
formas de ação social incontornáveis
em qualquer situação comunicativa.”
(BAZZERMAN, 2011, p. 1)
Gêneros textuais
Tipificação e gêneros
“A distinção em três níveis de análise daquilo que
falamos ou escrevemos, o que pretendemos
realizar com o que falamos ou escrevemos, e o que
as pessoas entendem que estamos tentando fazer,
mostra como nossas intenções podem ser mal
compreendidas e como é difícil coordenar nossas
ações entre si. A falta de coordenação é
potencialmente muito mais grave na forma escrita,
já que não podemos ver os gestos e as atitudes uns
dos outros, nem tampouco observar de forma mais
imediata a recepção do outro [...]” (p. 29)
“Uma maneira de coordenar melhor nossos atos
de fala uns com os outros é agir de modo típico,
modos facilmente reconhecidos como
realizadores de determinados atos em
determinadas circunstâncias. [...] Se começamos
a seguir padrões comunicativos com os quais as
outras pessoas estão familiarizadas, elas podem
reconhecerfacilmente o que estamos dizendo e
o que pretendemos realizar. [...]. As formas de
comunicação reconhecíveis e autorreforçadoras
emergem como gêneros.” (p. 30)
“Podemos chegar a uma compreensão mais profunda
de gêneros se os compreendermos como fenômenos
de reconhecimento psicossocial que são parte de
processos de atividades socialmente organizadas.
Gêneros são tão-somente os tipos que as pessoas
reconhecem como sendo usados por elas próprias e
por outros. Gêneros são o que nos acreditamos que
eles sejam. Isto é, são fatos sociais sobre os tipos de
atos de fala que as pessoas podem realizar e sobre o
modo como elas realizam. Gêneros emergem nos
processos sociais em que pessoas tentam
compreender umas às outras suficientemente bem
para coordenar atividades e compartilhar significados
com vistas a seus propósitos práticos.” (p. 32)
“Os gêneros textuais surgem, situam-se e
integram-se funcionalmente nas culturas em
que se desenvolvem. Caracterizam-se muito
mais por suas funções comunicativas,
cognitivas e institucionais do que por suas
peculiaridades linguísticas e estruturais. São de
difícil definição formal, devendo ser
contemplados em seus usos e
condicionamentos sociopragmáticos
caracterizados como práticas sociodiscursivas”
Novos gêneros e velhas bases
O surgimento de novos gêneros textuais
deriva-se das novas tecnologias de
comunicação, não da tecnologia por si, mas
sim da intensidade do uso dessas
tecnologias e sua interferência nos
processos comunicativos sociais.
Tipo e gênero textual
Tipo textual designa uma espécie de
construção definida pela natureza
linguística de sua composição (aspectos
lexicais, sintáticos, tempos verbais,
relações lógicas). Exemplo: narração,
argumentação, exposição, descrição,
injunção.
Gênero textual é uma noção propositalmente
vaga para se referir aos textos materializados
que encontramos em nossa vida diária e que
apresentam características sócio-comunicativas
definidas por conteúdos, propriedades
funcionais, estilo e composição característica.
Exemplos: telefonema, sermão, carta, bilhete,
notícia, horóscopo, receita, bula de remédio,
lista de compras, cardápio, chat, email, etc.
TIPOS TEXTUAIS GÊNEROS TEXTUAIS
1. Construções teóricas definidas
por propriedades linguísticas
intrínsecas
1. Realizações linguísticas
concretas definidas por
propriedades sócio-comunicativas
2. Constituem sequências
linguística e/ou de enunciados e
não são textos empíricos
2. Constituem textos
empiricamente realizados
cumprindo funções em situações
comunicativas
3. Sua nomeação é limitada e
abrange um conjunto de
categorias
3. Sua nomeação consiste num
conjunto aberto e quase ilimitado
de designações e categorias
4. Designações teóricas dos tipos:
narração, argumentação,
descrição, injunção e exposição
4. Os exemplos de gêneros são
quase infinitos
Sequências Tipológicas Gênero textual:
carta pessoal
Injuntiva Amiga A.P
Oi
Descritiva Para ser mais preciso estou no meu
quarto, escrevendo na escrivaninha,
com umMycro System ligado
Expositiva Está ligado na Manchete FM – ou
rádio dos funks – eu adoro funk,
principalmente com passos marcados
Narrativa Ontem mesmo (sexta-feira) eu fui e
cheguei quase quatro horas da
madrugada.
• Quando dominamos um gênero
textual, não dominamos uma
forma linguística e sim uma forma
de realizar linguisticamente
objetivos específicos em situações
sociais particulares.”
• Os gêneros não são entidades naturais como
as borboletas, as pedras, os rios e as estrelas,
mas são artefatos culturais construídos
historicamente pelo ser humano. Não
podemos defini-los mediante certas
propriedades que lhe devam ser necessárias
e suficientes. Assim, um gênero pode não ter
uma determinada propriedade e ainda
continuar sendo aquele gênero.
• Por exemplo, uma carta pessoal ainda é uma
carta, mesmo que a autora tenha esquecido
de assinar o nome no final e só tenha dito no
início: “querida mamãe”. Uma publicidade
pode ter o formato de um poema ou de uma
lista de produtos em oferta; o que conta é
que divulgue os produtos e estimule a
compra por parte dos clientes ou usuários
daquele produto.

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