Buscar

Web 6

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

Unidade 6
Unidade 1. O homem enquanto produtor e produto da cultura: A Formaçâo cultural brasileira  
   
 Instituições Políticas    
1.    A distinção entre país, estado e nação.    
O Estado     
Existem muitas interpretações para o Estado. Enquanto uma diz que o Estado é o agrupamento de instituições encarregadas do monopólio do uso da força, outra sustenta que  trata-se de uma organização que possui em seu bojo diversas organizações. Temos ainda a definição de Estado como uma estrutura política e organizacional formada:       
• pela soberania de um poder político;     
• por uma sociedade  organizada por um povo;     
•  por um território, no qual o poder soberano se estabelece.      
•  pela manifestação do poder soberano do Estado que se manifesta através de um governo.        
Não é possível pensar um Estado sem território. Quando a sociedade se organiza politicamente tem na defesa do território a sua referência. Faz parte do território o espaço terrestre, aéreo e aquático. Até os espaços desabitados, estando nas fronteiras, mesmo não havendo lugar interações sociais é parte do Estado, que sobre ele exerce poder soberano, controlando seus recursos.     
    
Se olharmos por outro ângulo, mesmo que  exista sociedade, ou até mesmo nação, se não houver um território controlado sob a tutela de um poder soberano, não há Estado.   
Podemos concluir que pelo Estado a sociedade humana é controlada pois este , trata-se de uma organização que tem autoridade sobre seu povo, através  de um governo supremo, dentro dos limites de seu território, podendo regular o uso da força.       
Pensar em  Estado remete à ideia de  governo, que tem como função a manutenção  da a ordem  e o estabelecimento das  normas que devem reger as  relações entre as pessoas.  
Mas o governo não é necessariamente sinônimo de Estado. Existem povos sem Estado mas com governo, como é o caso dos  bosquímanos da África e do povo de  ilhéus de Trobriand e outros.    
Embora o Estado tenha parte fundamental dentro da estrutura social ele não detém a sua globalidade. É uma parte essencial, mas não a totalidade da estrutura social,com funções externas e importantes , embora limitadas, pois só pode supervisionar os aspectos exteriores da vida social.  
Podemos perceber a diferença entre Estado e Governo analisando a monarquia constitucional.    
Observe o caso da Inglaterra: embora a rainha seja o chefe de Estado, e o Primeiro Ministro o chefe de Governo. 
Max Weber, ao tratar da legitimidade do poder, distingue três tipos de dominação legítima: a tradicional, a carismática e a racional  legal.   
Racional - legal (burocrática): Os chefes são  designados nos temos da lei, cujas regras são generalizadas, e a autoridade é impessoal. Não há  vinculação com pessoas e os homens em virtude da formulação de uma política aceita por todos,  veem o poder como legítimo.
Autoridade - tradicional: O domínio tradicional se fundamenta na crença da legitimidade dos que são chamados ao poder em virtude do costume. oficial. Ex. direito divino dos reis, poder de um chefe tribal, primogenitura. A autoridade racional - legal e a tradicional são características de ordens sociais estabelecidas;
Carismática: O  domínio carismático, repousa  no valor pessoal de alguém que se distingue por suas qualidades pessoais e que entra em confronto com as bases de legitimidade do  poder na sociedade em questão  recorrendo à  conversão e ao uso da força.
Embora o Estado seja considerado uma entidade abstrata, ele se faz bastante concreto no cotidiano. Pode, inclusive, determinar sobre a liberdade, a propriedade e mesmo sobre a própria vida das pessoas.
A Nação:    
Nação pode ser concebida como um conjunto de pessoas ligadas entre si por vínculos de idioma, religião, cultura e ideais formando assim um povo. É uma comunidade de pessoas, cuja história, experiências, origem, costumes e comunhão de vida criaram uma unidade de consciência.   
O País - território geograficamente delimitado, onde ocorrem os fenômenos sociais, políticos e culturais de um povo.  
  
As Funções do Estado   
Podemos concluir que independentemente da hipótese  que cabe ao Estado a manutenção da ordem, a segurança interna e a garantia da defesa externa.  
De modo geral podemos dizer que as funções do Estado são: garantir a soberania, manter a ordem e promover o bem -estar social.  
A organização interna do Estado: Os Poderes do Estado: o Executivo, o Legislativo e o Judiciário
A Constituição Federal é a responsável por reger a organização interna de um Estado. Em primeiro lugar temos as Forças Armadas (Marinha, Exército e Aeronáutica) que garantem a inviolabilidade das fronteiras. Para mediar conflitos sociais internos, temos as Forças Policiais (Civil e Militar).   
Porém, para que um Estado democrático tenha um bom desempenho, é necessária a divisão de poderes:Executivo, Legislativo e Judiciário.   
Legislativo: é o poder de legislar, criar leis.  
Executivo: gerenciamento do Estado, com base nas leis que foram criadas e aprovadas pelo Legislativo.  
Judiciário: cabe julgar os desvios no cumprimento das leis. 
Os poderes são independentes mas existem mecanismos para garantir que todos tenham  influenciam sobre os outros evitando o desequilíbrio entre eles.  
  
A HETEROGENEIDADE DA CULTURA BRASILEIRA
A formação histórica do povo brasileiro: as heranças indígena, portuguesa e africana.  
A miscigenação racial está na base da constituição do “povo brasileiro”. As manifestações culturais portuguesas, as nações indígenas e os diferentes povos africanos produziram uma cultura extremamente sincrética. 
Podemos identificar três situações que influenciaram de maneira profunda a identidade no Brasil: a chegada dos portugueses, o genocídio de povos indígenas e a chegada dos africanos escravos. 
Contribuições culturais do Século XX: imigrantes externos, migrantes internos e a globalização.  
Após a abolição a imigração de povos europeus tem inicio, pois não havia mais a mão de obra escrava. Surge a necessidade de se contratar mão de obra barata para atender as demandas da lavoura.    
Diferentemente do que havia ocorrido com os negros e com os índios, os imigrantes europeus puderam manter e divulgar sua cultura no Brasil sem nenhum tipo de impedimento.
Unidade 2.  Relações étnico-raciais e a luta antirracista do movimento negro do Brasil.  
O que é ser negro no Brasil?
Iniciada na primeira metade do século XVI, com as atividades voltadas para a cana de açúcar, a escravidão marca a história do Brasil. Das nações americanas cristãs, foi o país que apresentou o maior número de pessoas escravizadas e foi o último a abolir a escravidão.    
A razão desta demora está vinculada ao enorme lucro que a coroa portuguesa e os senhores de escravos tinham com a atividade de transportar escravos da África para o Brasil e também do trabalho não pago. 
Mas o processo de escravidão não se deu sem resistência, podemos identificar desde a formação de quilombos, refúgios dos fugitivos, lugares onde tentavam viver de modo livre até a retomada de seus valores e símbolos culturais. Aborto, suicídio, ataques e homicídios, também foram estratégias de resistência à escravatura. O Governo Regencial, temeroso dos ataques dos revoltados desenvolve leis que puniriam qualquer escravo agressivo. 
As manifestações culturais dos negros eram também uma forma de resistência. A religião, a música, a luta, a língua, foram expressões da cultura negra que se consolidaram na formação da cultura do povo brasileiro.  
O conceito de raça, carregado de ideologia esconde as relações de poder e a discriminação sob o véu da igualdade. A discriminação tornou-se oficializada, certamente de maneira sutil para evitar estimular os ânimos contra o Estado. Os negros passam a morar nos piores espaços, sem assistência, nos arredores das cidades, afastados o máximo possível da população branca.  
Eram inferiorizados, ridicularizados pela aparência física por suas crenças e costumes. Passaram a ocupar ospiores lugares no mercado de trabalho, as mais baixas remunerações e ainda receberam a marca de malandragem e erotismo.
A teoria do “branqueamento”
Na tese do branqueamento reside a ideia de melhoramento genético através da mistura entre brancos e negros. O branco, sendo uma raça superior, seria predominante sobre a negra, garantindo a melhoria genética da prole. Havia frases do tipo “Ele é branco e belo” e “O preto é amaldiçoado por Deus”, que circulavam em todas as esferas sociais, construindo uma mentalidade preconceituosa no seio da população brasileira.  
A teoria do branqueamento foi de tal forma imposta que os próprios negros passaram a ter vergonha de si mesmo desprezando suas origens.  
Ações afirmativas para negros no Brasil: o início de uma reparação histórica
Bom, pessoal, vimos os efeitos negativos que a escravidão provocou na sociedade brasileira. Além de ter desenvolvido uma mentalidade preconceituosa em relação ao negro, criou-se o racismo "a brasileira" ou o que alguns autores vão chamar de falsidade da democracia racial. Na perspectiva política, tiraram-se dessas pessoas os direitos de cidadania (direito ao voto), e na dimensão econômica restou apenas o trabalho compulsório.

Outros materiais