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WEB AULA 7  - Unidade 1. A reflexão sobre o homem e a sociedade no mundo moderno  
Transição do feudalismo para o capitalismo    
O feudalismo foi um modo de organizar social e politicamente a sociedade com base nas relações servis. Os camponeses, buscando um pedaço de terra para morar e também proteção contra a violência dos bárbaros, cuidavam da agropecuária dos feudos sujeitando-se às exigências dos senhores.    
Como nesse período da história o comercio ainda era inexistente, as pessoas trocavam seusprodutos por outros que necessitassem e a produção estava voltada para o consumo local. Podemos dizer que o feudo era uma unidade de produção agrícola, sem uso de dinheiro   sendo auto-suficiente.     
A sociedade feudal era composta por três grupos sociais com status fixo: o clero, a nobreza e os camponeses.  
A Nobreza e o clero tinham a posse de tudo, e ainda gozavam dos privilégios de não pagar impostos, mas recebiam-no do povo.          
O clero tinha função de rezar pela comunidade e dar orientação religiosa aos fiéis. Mas, na prática, o conceito de religião e política se misturavam tendo o clero grande poder político sobre uma sociedade.         
Os senhores feudais guerreavam e exerciam grande  poder político sobre as demais classes. Suas terras eram cedidas pelo Rei em troca de ajuda militar (relações de suserania e vassalagem).   
AS RELAÇÕES DE TRABALHO     
A maior parte da população camponesa  estava entre os servos. O coitado do Povo sofria intensa exploração pois sustentava o clero e a nobreza, pagava impostos a todos, e, para piorar, trabalhava para o rei nas obras e na guerra.        
Como tinham de pagar impostos em tudo que produzissem  os servos  se sentiam sem vontade de  produzir mais porque, quanto mais produzissem, mais acabavam pagando. Dessa forma, não tinham interesse de aperfeiçoar as técnicas.
Mesmo diante de tantos pagamentos o servo deveria demonstrar gratidão  ao senhor feudal pois se tinha trabalho e proteção era porque o seu senhor lhe propiciava tais condições.  Tal relação de dependência e gratidão recebe o  nome de vassalagem.
Declínio do modo de produção feudal   
A Europa Ocidental entre os séculos XIV e XV passou por seria crise na economia agrária  que provocou fome, doenças e revoltas da população tanto na cidade quanto no campo. Em consequência disso, os feudos foram abandonados pelos servos que deixaram a  servidão. Os nobres visando a autoproteção reorganizaram o poder político concentrando-o nas mãos do Rei através dos Estados Absolutistas. 
A transição do feudalismo para o capitalismo 
Com o estabelecimento das cidades (burgos), surge também o trabalho assalariado e a expectativa de enriquecimento.  Essa possibilidade enche de esperanças muitos camponeses, artesãos e servos, que ansiavam por melhores condições de vida.    
Como os burgos começaram funcionando dentro dos próprios feudos os senhores feudais cobravam impostos e taxas de seus habitantes. 
Podemos identificar algumas características nesse período de transição: Os meios de produção eram privados, sendo que capitalistas ou burgueses  eram os proprietários. As mercadorias que eram produzidas para a sobrevivência  passam a ser destinadas para o comercio, encaminhadas ao mercado consumidor, e surge a figura do trabalhador livre, que vendia sua força de trabalho.  
Percebeu quantos fatores estavam envolvidos para que se estabelecesse a crise do Feudalismo? Podemos enumerar: o esfacelamento dos feudos, o rompimento das relações servis, o nascimento das cidades, o surgimento de classes nos burgos(cidades) a burguesia. Devem ainda ser consideradas a crise dentro da Igreja, a fome, a peste e o esgotamento do solo.      
  
Outro fator importante para a concretização da transição foram as novas técnicas voltadas para a agricultura, como a enxada e o arado de ferro que promoveram maior produção agrícola. Com isso, gerou-se um excedente de produção que contribuiu para o estabelecimento do comércio nos burgos. Para viabilizar as trocas as moedas foram cunhadas.  
Mercantilismo
Mercantilismo pode ser entendido como sistema econômico cuja base é o  mercado e  nasceu devido a ação direta dos Estados absolutistas. Foi na Europa entre o século e XV e  XVIII, que o Estado adotou certas medidas  com a intenção de unificar o mercado interno e estimular o comercio exterior. Tais medidas poderiam promover o enriquecimento da nação pois o Estado ao adotar políticas protecionistas, barreiras tarifárias e medidas de apoio à exportação provocaria a saída do excedente da produção.
Com o mercantilismo a classe burguesa foi beneficiada porque permitiu o desenvolvimento do modo de produção capitalista. 
Evolução do Capitalismo      
Considerando seu processo de desenvolvimento, costuma-se dividir o capitalismo em quatro fases: 
PRÉ-CAPITALISMO (XII - XV).
Ocorre no período das grandes navegações, do  comércio momento em que produção artesanal começa a se assalariado ainda é uma exceção É o momento em que o  comércio passa por um processo de fortalecimento, na Europa, tendo contribuído para isso o movimento  cruzadista. Nos campos,continua o trabalho servil, que aos poucos vai sendo substituído pelo trabalho assalariado. 
Capitalismo Comercial (XVI - XVIII). 
As industrias estão se constituindo, mas ainda  predomina o comércio. 
Capitalismo Industrial (XVIII - XIX). 
Capitalismo Financeiro  (formação dos bancos)
Capitalismo Informacional ( Crescimento do setor de informática e de comunicação)
Unidade 2. Construção da sociedade moderna
Modernidade, é o tempo histórico em que ocorreram grandes  transformações no pensamento, na tecnologia e na  economia. Com a grande mobilidade facilitada pelos veículos a vapor a vida social se intensifica e novos hábitos sociais são inaugurados. 
CONTEXTO HISTÓRICO DO SURGIMENTO DA SOCIOLOGIA
Dois fatores foram determinantes para o nascimento da "Sociologia", consequências dessas mudanças:  A Revolução Francesa e a Revolução Industrial. 
Com a Revolução Francesa e a revolução industrial, surge a necessidade de compreender a questão social diante das dramáticas mudanças ocorridas com o processo de industrialização. Dessa forma o nascimento da sociologia ocorre principalmente com o esfacelamento do feudalismo, do crescimento do comércio e com o trabalho especializado.   
Diante das profundas mudanças de ordem social e econômica havia a  necessidade de nova ciência , com outras bases para a compreensão da situação.
AS IDÉIAS QUE MARCARAM O SÉCULO XIX
Auguste Comte; Dizia que o espírito humano, se esforça para  explicar o universo, e nessa  busca passa por  três fases distintas: a teológica, a metafísica e a positiva.      
No estado teológico o homem responde às suas questões mediante a crença na intervenção de seres pessoais e sobrenaturais. É o estado mais primitivo do ser humano. No metafísico,  ocorre a dissolução do teológico pois  é colocado o abstrato no lugar do concreto e a argumentação no lugar da imaginação, sendo uma fase intermediária. Por fim, chega-se ao estado mais desejável, o positivo, quando a ciência será a base para a compreensão de todas as coisas.  
Comte defende a ideia de que no futuro, o homem já no pensamento positivo, teria o poder em cooperação entre sábios e  cientistas de diferentes  áreas de conhecimento  e estes se juntariam aos que possuem o conhecimento da tecnologia: os industriais.      
Dessa cooperação o progresso seria garantido pois reuniria o cérebro e o empreendimento, a teoria e a prática, o laboratório e a fábrica.      
Dessa forma, para o autor, o sistema capitalista seria necessário ao desenvolvimento das sociedades. Se constituindo na possibilidade do  progresso das civilizações.
Karl Marx - 1818 - 1883     
Marx foi um filósofo, economista e sociólogo alemão, doutorado em Direito.  De suas ideias surgiu uma  Sociologia crítica,  preocupada com as mudanças na sociedade. O autor defende o ponto de vista que o cientista  social não deveria permanecer  neutro diante da divisão de classesna sociedade mas deveria defender o proletariado,  contribuindo assim para chegar-se ao. Socialismo,, forma mais justa de distribuição da renda social..    
Marx é o criador materialismo histórico e dialético, método de analise da sociedade.  Ele nos lembra que a história da humanidade é baseada na luta de classes, sendo a dimensão econômica o pivô de todo conflito. Mudam-se os atores sociais, mas permanece o conflito em torno da propriedade privada.   
   É a propriedade a geradora das  diferentes  classes sociais.  De que lado estamos depende que espaço ocupamos   no processo produtivo.  Se, de acordo com Marx, a produção de bens define a base da ordem social,  a base da ordem social de todas  as sociedades reside na produção de bens, no arranjo econômico, o  que e como os bens são produzidos e distribuídos será o que vai determinar as diferenças classes sociais.
A proposta de Marx era de mudar o caminho do capitalismo. No lugar de favorecer apenas a uma classe social que fosse reorganizado afim de favorecer o conjunto todo da sociedade e não apenas de um grupo seleto. 
EMILE DURKHEIM ( 1858 - 1917)     
Para muitos estudiosos Durkheim é considerado o fundador da Sociologia como um corpo teórico passível de estudo cientifico. Comparava  a sociedade como corpo biológico que busca conhecer suas enfermidades com a intenção de cura-las.   
Teve como preocupação o desenvolvimento dos seus conceitos apresentados em  As  Regras do  Método Sociológico, onde o fato social ganha destaque. Para ele, o cientista deve olhar os fatos sociais como coisas, afastado de juízo de valor e sem preconceitos. Assim, com o olhar neutro terá condições de entender o fundamento objetivamente.   
Para Durkheim os  fatos sociais tem três características básicas:   
Existe na sociedade uma coação entre os próprios membros que delimitam ocomportamento de todos conforme as regras sociais.  Para exemplificar podemos ver que há uma coação para que usemos o idioma do lugar que moramos, a acatar um longo conjunto de leis para o qual não demos nosso consentimento explicito.
Embora a pessoa possa escolher entre se enquadrar ou não nesse modelo, se optar pelo não enquadramento devera preparar-se para dois tipos de sansões: a legal, prevista na Lei e a  espontânea que  reflete a reação dos demais aos indivíduos que não se adéquam as normas do grupo. Note  que uma não exclui a outra. Um criminoso está sujeito a pena privativa de liberdade e, muito provavelmente, será rejeitado pela sociedade a que pertence.
O tema da solidariedade também é tratado  com detalhe por Durkheim que distingue duas de suas modalidades:    
Solidariedade mecânica - Na sociedade feudal ou nas sociedades primitivas, a divisão do trabalho não era desenvolvida, a pessoa passava por todas as fases do processo produtivo e   disto decorria pouca dependência entre os homens. Para Durkheim, os laços que unem as pessoas neste contexto tem a ver com a religião, a tradição ou a outros sentimentos comuns.
Solidariedade orgânica - própria das sociedades capitalistas, que divide as funções em partes gerando maior entre os trabalhadores. Para Durkheim, o vinculo social neste ambiente está relacionado à segmentação do trabalho e à dependência generalizada que ela produz entre os homens.
Weber ( 1864 - 1920)   
Weber apresenta ponto de vista diferente de Durkheim. Ele não defendia a neutralidade cientifica quando se  escolhe um objeto de estudo, pois o autor as motivações pessoais implicam na escolha. Dessa forma, o ponto de vista individual, é importante para o sociólogo alemão.    
Com a definição do tema de estudo e a seleção do método cientifico aplicado  de forma rigorosa  afastando pré conceitos  e crenças de maneira em geral  durante a investigação  surgem  as condições favoráveis  para a produção de ciência. 
Outro ponto de dissonância com o pensamento de Durkheim trata-se na  Sociologia centrada em categorias do coletivo relegando o individuo a condição periférica. Ao contrário, Weber valoriza o individuo e se dedica a compreender o sentido de sua ação social por entender que as ações dos homens não resultam de imposições externas, porque  as normas sociais só se tornam concretas quando fazem sentido  para o individuo. Assim, o sujeito é individual porque é ele  quem produz sentido para sua ação.  
Weber elabora um conceito importante de analise social: o tipo ideal. Trata-se de  um modelo da realidade com  certo número de característica do objeto em estudo com possibilidades de interpretação da realidade. Sua característica mais importante  é não existir na realidadeEsse tipo será muito útil para classificar os objetos de estudo,  para comparar com os casos que  existem na realidade.

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