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Teoria Geral do Processo - Aula 5

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PODER JUDICIÁRIO Aula 5 (continuação)
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
É o órgão de cúpula do Poder Judiciário. Isso significa que o Supremo dá a última palavra, no Brasil, sobre os temas do direito. É a mais alta instância do Poder Judiciário do Brasil e acumula competências típicas de Suprema Corte (tribunal de última instância) e Tribunal Constitucional (que julga questões de constitucionalidade independentemente de litígios concretos). Sua função institucional fundamental é de servir como guardião da Constituição Federal de 1988, apreciando casos que envolvam lesão ou ameaça a esta última.
Criado após a proclamação da República, o STF exerce uma longa série de competências, entre as quais a mais conhecida e relevante é o controle concentrado de constitucionalidade através das ações diretas.
A função específica do Supremo Tribunal Federal é a de controlar a constitucionalidade das leis. Nesse sentido é um guardião constitucional. Isso faz do STF um espécie de “legislador secundário”, já que tem o poder de invalidar a norma criada pelo próprio legislador.
Tal função, não chega a colocar em cheque a Tripartição dos Poderes, mas levanta uma questão: 
“No Estado Democrático de Direito, é correto que um órgão que não representa o povo diretamente, que não tem seus representantes escolhidos pelo povo, possa suplantar a vontade do legislador que é o representante direto e escolhido pelo povo?”
Tal poder foi ainda mais aumentado com a permissibilidade de o STF editar as chamadas Súmulas Vinculantes (art. 103-A CF/88).
Ao STF como guardião constitucional, cabe originariamente julgar dentre outros (art. 102, I, CF):
Ação Direta de Inconstitucionalidade;
Ação Declaratória de Constitucionalidade;
GRAUS DE JURISDIÇÃO DO STF
O STF age por vezes como Grau Especial de Jurisdição, primeiro e único, nos casos em que a Constituição lhe atribui Competência Originária (art. 102, I CF).
Por vezes, o STF age como segundo grau de jurisdição (Art. 102, II, CF). Ex.: Julgamento de habeas corpus, habeas data, mandados de segurança, Recurso Ordinário e o Recurso Extraordinário, dentre outros.
COMPOSIÇÃO DO STF
O Supremo Tribunal Federal é composto de 11 (onze) juízes que recebem o nome de Ministros, escolhidos e nomeados pelo Presidente da República, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado Federal, dentre cidadãos com mais de 35 e menos de 65 anos de idade, de notável saber jurídico e reputação ilibada. O cargo não tem mandato fixo: o limite máximo é a aposentadoria compulsória, quando atinge os setenta anos de idade.
O SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
Logo abaixo do STF (Supremo Tribunal Federal), encontra-se o STJ (Superior Tribunal de Justiça), também com sede no Distrito Federal com competência sobre todo o território nacional.
Foi instituído pela Constituição Federal de 1988 no artigo 104 e relaciona-se com as chamadas Justiças Comuns (Federal e Estadual), sendo destas a última instância de discussão acerca de dúvidas e decisões controvertidas sobre legislação federal de âmbito comum (civil, tributário, administrativo).
Estão fora da esfera de competência do STJ o conhecimento sobre matérias de direito eleitoral, penal militar, trabalhista), posto que todas essas matérias contam com divisões judiciárias próprias, inclusive com seus tribunais superiores.
COMPETÊNCIA
A competência do STJ está fixada no artigo 105 CF.
Possi competência originária (art. 105, I) para processar e julgar vários casos, dentre os quais, os crimes comuns praticados pelos Governadores dos Estados e do Distrito Federal.
Competência para julgar alguns casos (art. 105, II) mediante recurso ordinário e outros em recurso especial (art. 105, III).
COMPOSIÇÃO
Sendo muito heterogêneo, o Superior Tribunal de Justiça compõe-se de no mínimo 33 ministros, sendo que, por falta de outra disposição normativa, é este o atual número de membros, nomeados pelo Presidente da República, depois de aprovada a escolha pelo Senado Federal.
Os Ministros do STJ são assim escolhidos:
- 1/3 dentre os juízes dos Tribunais Regionais Federais;
- 1/3 dentre Desembargadores dos Tribunais de Justiça dos Estados;
- 1/3 dentre advogados e membros do Ministério Público Federal e Estadual escolhidos em lista sêxtupla, elaborada pelos órgãos de representação das respectivas categorias.
O STJ é notabilizado pelo seu poder de conhecer do recurso especial tendente a assegurar a vigência e a uniformidade da lei federal, interpretadas em decisões contraditórias entre si pelos diversos Tribunais Regionais Federais ou Tribunais de Justiça dos Estados. Para tanto, pode inclusive, valer-se da edição de súmulas, embora não vinculantes.
Exemplo: Lei notarial
A JUSTIÇA FEDERAL
É composta pelos Tribunais Regionais Federais, pelos juízos federais e pelos juizados especiais federais cíveis e criminais.
Os Tribunais Regionais Federais são compostos em número de cinco, com sede em Recife, Brasília, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre, posto que são os órgãos recursais das cinco regiões federais em que se subdivide o território nacional.
Os juízes dos Tribunais Regionais Federais são compostos são nomeados pelo Presidente da República, dentre brasileiros com mais de 30 e menos de 65 anos de idade, seguindo-se os requisitos de distribuição das vagas:
- 1/5 dentre advogados e membros do Ministério Público Federal, todos com mais de 10 anos de carreira.
- Os demais dentre Juízes Federais com mais de 5 anos de carreira, seguindo critérios de antiguidade e merecimento alternadamente.
Tem competência originária e recursal, disciplinadas no artigo 108, I, II, CF/88.
Os Juízos Federais são os órgãos de primeiro grau da Justiça Federal. São órgãos monocráticos, ou seja, ocupados por um só juiz togado, de carreira, concursado. Sua competência está disciplinada no artigo 109 da CF.
Os Juizados Especiais Federais foram introduzidos pela lei 10.219/2001. Esta lei, além de instituí-los, define a sua competência.
Estes juizados são uma evolução no direito brasileiro e um forte apoio ao princípio do acesso à justiça, principalmente no âmbito federal.
A JUSTIÇA DO TRABALHO
É composta pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST) com sede em Brasília, pelos Tribunais Regionais do Trabalho e pelos Juízos do Trabalho (varas) que são os órgãos de primeiro grau.
Sua competência é determinada exclusivamente em razão da matéria. É uma justiça organizada exclusivamente para processar e julgar os litígios entre empregados e empregadores e todo litígio oriundo de relação de trabalho, regulado por esta legislação específica. 
O TST é composto por 27 juízes com título de ministros. São nomeados pelo Presidente da República após aprovação do senado.
Tem competência originária e recursal definida no artigo 702 da CLT.
Em cada Estado-Membro há pelo menos um Tribunal Regional do Trabalho. 
As varas do Trabalho, juízos de primeiro grau, são ocupados por um juiz do trabalho, togado, concursado.
Nas Comarcas onde não existam juízos do Trabalho e o juízo especializado mais próximo for de difícil acesso a determinadas áreas, a competência trabalhista pode ser estendida a juízes de direito (CLT 668 e 669).
JUSTIÇA ELEITORAL
Compõe a justiça eleitoral o TSE (Tribunal Superior Eleitoral), os Tribunais Regionais Eleitorais, os Juízos Eleitorais e as Juntas Eleitorais.
Como o próprio nome indica tem sua competência determinada exclusivamente em razão da matéria eleitoral, regulamentada na CF/88 a partir do artigo 118.
A justiça eleitoral embora ativa em tempo integral, não conta com um quadro próprio de juízes. Esses são recrutados de outras áreas jurisdicionais.
O Tribunal Superior Eleitoral, TSE, é o mais alto órgão especializado da Justiça Eleitoral. Tem sede em Brasília e jurisdição sobre todo o território nacional e é composto por :
- Três Ministros do STF;
- Dois Ministros do STJ;
- Dois advogados indicados pelo STF;
Este tribunal não deliberapor turmas, mas somente em plenário e por maioria de votos.
Tem competência originária e recursal regulado no Código Eleitoral.
Os Tribunais Regionais Eleitorais, TRE, tem representação em cada Estado-Membro e no Distrito Federal.
São compostos por:
- Dois juízes dentre os Desembargadores do Tribunal de Justiça;
- Dois juízes dentre os juízes de Direito escolhidos pelo Tribunal de Justiça;
- Um Juiz dentre os Juízes do Tribunal Regional Federal por ele indicado;
- Dois advogados nomeados pelo Presidente da República, dentre seis indicados pelo Tribunal de Justiça.
Como o TSE, os TREs só funcionam em seu pleno, por maioria de votos com a presença da maioria de seus membros.
Tem competência originária e recursal disciplinada no Código Eleitoral.
Os Juízos Eleitorais são os órgãos de primeiro grau da Justiça Eleitoral. São monocráticos, ou seja, compostos por um juiz singular, que é juiz de direito da justiça estadual em efetivo exercício. Cabe a ele a jurisdição sobre uma zona eleitoral que é a unidade territorial em que se dividem as circunscrições eleitorais. Sua competência está disciplinada no art. 35 do Código Eleitoral.
As juntas eleitorais são órgãos da Justiça Eleitoral criadas para apurar as eleições em cada junta eleitoral e são presididas por um juiz eleitoral contam ainda com outros membros, dois ou quatro cidadãos de notória idoneidade, indicados pelo juiz eleitoral ao presidente do TRE que os aprovará.
A JUSTIÇA MILITAR
É composta pelo STM (Superior Tribunal Militar), pelos Tribunais Regionais Militares (que só foram criados em São Paulo, Minas e Rio Grande do Sul) e pelos Conselhos de Justiça.
A competência da Justiça Militar é determinada exclusivamente em razão da matéria. É uma justiça que existe para processar e julgar os crimes militares que são aqueles previstos no Código Penal Militar.
Todos os órgãos da Justiça Militar são colegiados, deles participando, obrigatoriamente, membros das Forças Armadas.
Seus órgãos são compostos por juízes togados, de carreira e por juízes militares temporários.
O Superior Tribunal Militar, STM, tem sede em Brasília e jurisdição em todo o território nacional. É o mais alto órgão da Justiça Militar.
O STM é integrado por juízes civis (5) e militares (10), como todos os órgãos da Justiça Militar, sendo 15 ministros vitalícios nomeados pelo Presidente da República. 
Os Conselhos de Justiça (auditoria militar), são os órgãos do primeiro grau da Justiça Militar.
A JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOS
É também uma Justiça da União, já que é organizada e mantida pela União, conforme dispõe a CF/88 em seu artigo 21, XIII.
A ADVOCACIA
Dá-se o nome de jurista às pessoas versadas nas ciências jurídicas. O advogado aparece inserido nesta gama de profissionais, dentre os quais o professor de direito, o jurisconsulto, o juiz e o membro do ministério público também são inseridos.
A CF/88 deu pela primeira vez, status constitucional a atividade do advogado, institucionalizando-o no Cap. IV de seu Título IV (da organização dos Poderes) art. 133, citando a atuação do advogado como “função essencial à Justiça”, ao lado do Ministério Público e da Advocacia Geral da União.
A categoria rege-se pelo Estatuto da Advocacia – Lei 8906/94 tendo como órgão de organização, regulamentação e administração a ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL.
Conceito: O advogado é conceituado como:
“O profissional legalmente habilitado a 
orientar
, 
aconselhar
 e 
representar
 seus clientes, bem como 
defender-lhes os direitos
 e interesses 
em juízo ou fora dele
.”
 
Deduz-se que as atividades do advogado se desdobram em duas frentes: A advocacia judicial e a extra judicial.
A Advocacia Judicial: é a atuação do advogado regularmente inscrito nos quadros da OAB no caso concreto, ou seja, dentro de um processo de caráter eminentemente contencioso (salvo nos casos de jurisdição voluntária).
A Advocacia Extra Judicial: é a chamada advocacia preventiva. Realizada por profissionais contratados justamente para antecipar e sanar ou contornar quaisquer problemas jurídicos que o cliente possa vir a enfrentar.
 OAB – ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL
A OAB, criada pelo decreto 19.408 em 1930, é entidade não governamental, dotada de personalidade jurídica, tendo dupla finalidade, uma pública e outra privada:
Função Pública: Defender a Constituição, a ordem jurídica do Estado Democrático de Direito, os direitos humanos, a justiça social, e pugnar pelo aperfeiçoamento da cultura e das instituições jurídicas;
Função Privada: Promover, com exclusividade, a representação, a seleção e a disciplina dos advogados.
A OAB é estruturada da seguinte forma:
Conselho Federal: é o órgão supremo da Ordem. Tem sede na Capital da República;
b) Conselhos Seccionais: São os conselhos estaduais, com sede nas Capitais dos Estados-Membros, Distrito Federal e Territórios.
c) Subsecções: São partes autônomas dos conselhos seccionais. Ex.: Subsecção de Anápolis.
d) Caixas de Assistência dos Advogados: Criadas pelos Conselhos Seccionais que tem mais de 1500 inscritos. Tem a função de arregimentar planos assistenciais exclusivos para a categoria como planos previdenciários, de saúde etc. Em Goiás: CASAG.
A ADVOCACIA GERAL DA UNIÃO
Está prevista no art. 131 da Constituição e na Lei Complementar n.º 73, de 10-02-1993.
Como indica seu nome, é uma organização da União que tem por incumbência o exercício de sua advocacia, compreendendo o trabalho de consultoria e assessoria jurídicas e a defesa, em juízo, da União. 
Somente a cobrança judicial executiva de divida de tributos federais fica a cargo de ouro órgão federal, a Procuradoria da Fazenda Nacional (CF, art. 131, § 3º). 
Como não poderia deixar de ser, o ingresso nos cargos iniciais da carreira faz-se mediante concurso público. 
A Advocacia-Geral da União é chefiada pelo Advogado-Geral da União que pode ser livremente nomeado pelo Presidente da República, sem precisar ater-se aos membros de carreira. Porém o Advogado-Geral da União não goza das garantias de que dispõe o Procurador-Geral da República.
A advocacia-geral dos Estados e Distrito Federal é exercida pelas Procuradorias-Gerais dos Estados.
Os membros da AGU são advogados obrigatoriamente inscritos na OAB, que, aprovados por concurso público, advogam para a União Federal.
A DEFENSORIA PÚBLICA
Criada no artigo 134 da CF/88 e disciplinada na LC 80/94, tem como função principal garantir às pessoas que não podem constituir um advogado, o acesso ao Judiciário em Igualdade de Condições com a sua contraparte.
A defensoria pública está organizada em cargos de carreira, providos, na classe inicial, mediante concurso público de provas e títulos. Os defensores públicos tem a garantia da inamovibilidade, sendo-lhes vedado o exercício da advocacia fora das atribuições institucionais.
Nem todos os Estado possuem ainda suas Defensorias Públicas. Neste caso, o Acesso ao Judiciário aos necessitados é garantido por uma parceria entre o Poder Judiciário e a OAB, com a nomeação de advogados dentre os inscritos nos quadros da Ordem para promover a defesa dos interesses destas pessoas.
O JUS POSTULANDI
As partes, normalmente, não possuem os conhecimentos próprios e necessários para poderem fazer valer ou defender as próprias pretensões em juízo. Por isso, a tarefa de operar concretamente no processo é confiada aos advogados.
Para desempenhar tal tarefa, portanto, a lei lhes confere o chamado jus postulandi que é o poder que possui o advogado de compor peças e levá-las à apreciação do juiz. Isso porque, parte-se da premissa de que a atividade processual é complexa e técnica tanto no conteúdo como na forma e assim, seria difícil para um leigo desempenhá-la eficazmente.
O jus postulandi não é conferido à parte ou ao particular não habilitado, salvo em situações excepcionalmente previstas na legislação, como por exemplo, nos Juizados Especiais Cíveis, onde, nas causascujo valor não ultrapasse 20 (vinte) salários mínimos, é facultado à parte, a defesa de direitos e interesses, sem a representação ou o patrocínio de advogado habilitado. 
DOS DEVERES E DIREITOS DO ADVOGADO
O capítulo II do tít. I do Estatuto da Advocacia é dedicado aos direitos do advogado. Os deveres, estão elencados no capítulo denominado "Da Ética do Advogado" (arts. 31 a 33), sendo que este último dispositivo faz remissão expressa à obrigatoriedade de se cumprirem rigorosamente os deveres consignados no Código de Ética e Disciplina. 
Deveres Do Advogado: São eles:
a) Proceder de forma que o torne merecedor de respeito e que contribua para o prestígio da classe e da advocacia; 
b) Manter a independência em qualquer circunstância, no exercício da profissão; 
c) Não deter-se, no exercício da profissão, pelo receio de desagradar a magistrado ou a qualquer autoridade, nem de incorrer em impopularidade; 
d) Responsabilizar-se pelos atos que, no exercício profissional, praticar com dolo ou culpa, sendo solidariamente responsável com seu cliente em caso de lide temerária, desde que com ele coligado para lesar a parte contrária, o que será apurado em processo específico; 
e) Obrigar-se a cumprir rigorosamente os deveres consignados no Código de Ética e Disciplina (Est., arts. 31-33).
Quanto ao Código de Ética e Disciplina, o parágrafo do art. 33 reafirma regular ele os deveres do advogado para com a comunidade, o cliente, o outro profissional, e, ainda, a publicidade, a recusa do patrocínio, o dever de assistência jurídica, o dever geral de urbanidade e os respectivos procedimentos disciplinares.
Direitos do Advogado: Ressaltam-se os seguintes:
a) Exercer com liberdade a profissão, em todo o território nacional; 
b) Ter respeitada, em nome da liberdade de defesa e do sigilo profissional, a inviolabilidade de seu escritório ou local de trabalho, de seus arquivos e dados, de sua correspondência e comunicações, inclusive telefônicas ou afins, salvo caso de busca e apreensão determinada por magistrado e acompanhada de representante da Ordem;
c) Comunicar-se com seus clientes, pessoal e reservadamente, mesmo sem procuração, quando estes se acharem presos, detidos ou recolhidos em estabelecimentos civis ou militares, ainda que considerados incomunicáveis; 
d) Presença de representante da Ordem, quando preso em flagrante, por motivo ligado ao exercício da advocacia, para lavratura do auto respectivo, sob pena de nulidade e, nos demais casos, à comunicação expressa à Seccional da Ordem; 
e) Não ser recolhido preso, antes de sentença transitada em julgado, senão em sala do Estado Maior, com instalações e comodidades condignas, assim reconhecidas pela Ordem, e, na sua falta, em prisão domiciliar. A prisão em flagrante, com as cautelas acima descritas, só pode dar-se em caso de crime inafiançável (§ 30 do art. 72).
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