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Teoria Geral do Processo - Aula 6 (Copia em conflito de Tiago-PC 2015-02-10)

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Teoria Geral do Processo Aula 6
A A Ç Ã O
O Direito de Ação 
(Direito à Prestação Jurisdicional)
Conceito: É o direito das partes de pedir a atividade jurisdicional do Estado e de participar necessariamente de seu desenvolvimento processual, tendo em vista a obtenção de proteção relativamente aos direitos violados ou ameaçados de violação.
Trata-se do mais fundamental dos direitos fundamentais pois que, o direito de ação é a garantia concreta da realização de todos os demais direitos.
O direito à tutela jurisdicional efetiva compete a todas as pessoas e grupos que se encontrem no território nacional. O direito à prestação jurisdicional, à proteção dos direitos violados ou ameaçados de violação é fundado na dignidade humana, e não na cidadania. Por isso, é extensivo a todas as pessoas incondicionalmente e não somente aos cidadãos.
Natureza Jurídica do Direito de Ação:
Teoria da Ação como Direito Autônomo e Concreto: Segundo tal teoria, a existência do direito de ação está diretamente entrelaçado com a existência concreta do direito material, ou seja, caso o direito o pedido pleiteado via ação seja julgado procedente pelo juiz, realmente a parte teria o direito de ação, caso contrário, não teria o direito de ação.
Teoria da Ação como Direito Autônomo e Abstrato: Teoria segundo a qual o direito de ação independe da existência efetiva do direito material invocado, ou seja, não deixa de haver ação quando uma sentença justa nega a pretensão do autor, ou quando uma sentença injusta a acolhe sem que exista na realidade o direito subjetivo material.
A Teoria da Ação como direito concreto à tutela jurídica, segundo Grinover, é inaceitável, pois que para refutá-la, basta pensar nas ações julgadas improcedentes, onde, pela teoria concreta, não seria possível explicar os atos processuais praticados até a sentença.
No Brasil, a idéia mais aceita é a de que o direito de ação é um direito subjetivo, abstrato, por não dar direito a uma decisão sempre favorável; e relativamente concreto, por ter a parte que invoca a tutela jurisdicional o direito a uma decisão efetiva e devidamente fundada no ordenamento jurídico, sobretudo na Constituição.
A Ação Penal: O Estudo da natureza jurídica da ação, com as conclusões a que chegamos, aplica-se não somente ao processo civil, mas também ao processo penal.
O jus puniendi do Estado permanece em abstrato, enquanto a lei penal não é violada. Mas com a prática da violação, caracterizando-se o descumprimento da obrigação preestabelecida na lei por parte do transgressor, o direito de punir sai do plano abstrato e se apresenta no concreto.
ELEMENTOS DA AÇÃO
Saber que se tem o direito de ação, por si só, não responde a inúmeras questões dele decorrentes. É necessário “decompor” o conceito de ação para podermos captar os elementos que a constituem e distinguir uma ação de outra, o que imprescindível para resolver questões como competência, conexão, continência, litispendência, coisa julgada, modificação do pedido ou da causa de pedir, etc.
As Partes: sujeitos parciais do processo. Estão no contraditório agindo com parcialidade.
Parte principal: é a parte da demanda. Autor e réu.
O Autor: Sujeito Ativo. É a pessoa que pede em seu próprio nome, ou em cujo nome é pedida a prestação jurisdicional. (art. 2.º, CPC).
O autor é aquele que instaura o processo através de sua manifestação de vontade, à qual o sistema jurídico outorga o poder de determinar as partes e, bem assim, a matéria sobre que versa a atividade jurisdicional.
O Réu: Sujeito Passivo: Se o autor é a pessoa que pede a prestação jurisdicional do Estado, o réu é, justamente, a pessoa contra quem, ou em face de quem, se pede tal prestação.
Partes auxiliares: são sujeitos parciais, fazem parte do contraditório, mas auxiliam, não protagonizam. Ex.: assistente. 
A testemunha é uma auxiliar da justiça, não é um sujeito parcial.
Parte do incidente: juiz pode ser parte de um incidente de suspeição, por exemplo.
Partes do processo são diferentes de parte do litígio. É possível que no processo estejam presentes partes que são diferentes das partes do litígio. Ex.: Ministério Público ingressa com ação de alimentos contra o alimentante, em favor do alimentando. As partes do processo serão o Ministério Público e o alimentante, enquanto que as partes do litígio serão o alimentante e o alimentando.
A Causa de Pedir: Trata-se dos fatos, que embasados em normas jurídicas, serve de base ao autor que considera ter direito a determinado bem, corpóreo ou incorpóreo, bem como o poder de obtê-lo através da prestação jurisdicional.
A causa de pedir é constituída, então, dos fatos da realidade de que nasce o direito afirmado e pelos fatos que violam, ameaçam ou põem em dúvida essa situação jurídica posta em juízo.
O Pedido: Divide-se em:
Pedido Imediato ou direto: é a espécie de provimento jurisdicional requerido ao Estado. Pode ser uma sentença declaratória, condenatória ou constitutiva, uma execução ou uma medida cautelar.
Pedido Mediato ou Indireto: É o bem da vida, ou a utilidade concreta, que se procura obter através do provimento jurisdicional. Tal bem pode ser material ou imaterial.
O CPC em seu artigo 282, IV, trata claramente do pedido dispondo o seguinte:
 “a petição inicial” indicará o pedido com suas especificações.
CONDIÇÕES DE EXERCÍCIO DA AÇÃO
a Ação é um meio pelo qual provoca-se a atividade jurisdicional do Estado para proteger um direito, individual ou coletivo.
O Estado-Juiz, entretanto, só se dispõe a exercitar sua atividade jurisdicional quando a situação jurídica afirmada no processo satisfaz, preliminarmente, a um mínimo de requisitos que tornem possível a própria entrega da prestação jurisdicional.
Esses requisitos que devem estar presentes desde logo, para que o Estado possa dar algum tipo de provimento sobre a situação jurídica afirmada pelo autor, é o que a doutrina chama de Condições da Ação.
Segundo a maior parte da doutrina, as condições da ação são as seguintes:
Possibilidade Jurídica do Pedido: Tem sua origem no dogma da completude do ordenamento jurídico estatal. Por possibilidade jurídica do pedido, entende-se a exigência de que a situação fáctica afirmada pelo autor seja, em tese, protegida pelo ordenamento jurídico para que possa ser susceptível de merecer o conhecimento do juiz.
Por conseqüência, se a situação afirmada pelo autor não é sequer protegida, em tese, pelo ordenamento jurídico, então o juiz deve encerrar o processo imediatamente, porque jamais terá condições de emitir o provimento desejado pelo autor, sendo assim, infrutífera, a atividade processual que viria a ser desenvolvida.
Tal situação, contudo, é relativizada no processo civil e trabalhista. Nessas modalidades processuais não é necessário que o objeto da prestação jurisdicional esteja expressamente prevista numa norma jurídica. O fundamental é que não se trate de situação ou interesse ao qual o ordenamento jurídico, expressamente, negue proteção. Ex. Dívida de jogo.
Legitimidade Para Agir: É a segunda condição da ação. Consiste, fundamentalmente, em saber, no caso concreto, quem pode promover a ação, e contra quem, ou em face de quem, pode ser movida. Ex.: Acidente de carro onde os condutores envolvidos não são os proprietários do veículo. 
A relação entre o sujeito de um ato jurídico e o direito objeto deste ato é chamada de titularidade, ou seja, a parte legítima para praticar um ato jurídico é o titular do direito objeto do ato.
Pretender identificar as pessoas que podem promover a ação e sofrer-lhe os efeitos, com base na titularidade do direito deduzido em juízo, exige, logicamente, que, ao ser promovida a ação, já saibamos, de antemão, quem é o titular do direito deduzido em juízo e seu sujeito passivo.
INTERESSE DE AGIR (ver art. 3º CPC)
É subsidiário ao interesse primário de direito material. É de natureza instrumental (processual) para obter uma providência jurisdicional quanto ao interessesubstancial contido na pretensão. 
Para estudo do tema “Interesse de Agir” indicamos a leitura do livro “técnica da Contestação”, de Nelson Palaia, Ed. Saraiva. Ed.4ª, p. 171. 
Dessa leitura concluiremos que para melhor identificarmos o Interesse de Agir, devemos procurar responder à seguinte pergunta: O processo (o pedido judicial) é util-necessário e adequado? Precisamos, pois, identificar a presença desse binômio necessidade-adequação no pedido do autor para saber se está presente a condição da ação “Interesse de Agir”.
O que é, porém, utilidade-necessidade e adequação?
Qual é o verdadeiro sentido do Interesse de Agir? Será que é apenas o interesse da parte em ingressar com o processo? Será que basta seu interesse em lide? 
Por exemplo, numa relação jurídica material de crédito e débito entre duas pessoas: 
João deve a Pedro a importância de R$ 2.500,00, cujo pagamento deverá ocorrer em 10.10.2000.
Pedro é titular de um crédito, é parte legítima dessa relação jurídica material, é o credor. Ocorre que Pedro teve um desentendimento com João, e não mais simpatiza com ele. Resolveu vingar-se e, para tanto, quer ingressar com o processo contra João para cobrar o débito. 
Daí pergunta-se: Pedro tem necessidade deste pedido judicial, deste processo, para receber de João? O processo lhe é útil? 
É claro que o processo é desnecessário e inútil pois, neste caso, a dívida ainda nem está vencida, como cobrá-la então? Não se sabe se João pagará ou não. E se é desnecessária e inútil não tem interesse processual. Pode Ter vontade, mas, tecnicamente, “interesse processual”, não. 
Utilizando um outro exemplo: Pedro aluga um imóvel não–residencial a João (um escritório com prazo de locação de um ano), cujo prazo determinado se expirou, e vigora, desde então, por prazo indeterminado. 
Nessa situação, para que Pedro possa pretender a rescisão do contrato, há que notificar a João de sua intenção em retomar o imóvel e conceder-lhe prazo de trinta dias para desocupação. Essa é uma exigência legal, presente no art. 57 da Lei 8245/91 (Lei das Locações Urbanas). 
 Digamos que João não tenha desocupado o imóvel como determinou Pedro em sua notificação. Pergunta-se: Pedro tem necessidade do processo, terá utilidade o pedido judicial de despejo?
É claro que tem, pois sem ele não terá como promover a desocupação do imóvel. 
Ser-lhe-á útil-necessário o pedido judicial? Sim.
		
Mas o pedido feito por Pedro é também adequado? Sim.
Por quê? 
Por que Pedro utilizou-se da forma legal exigida. Ou seja, dos requisitos que a lei exigia previamente. No caso, a notificação prévia estabelecida no art. 57 da L.I. 
Terá, portanto, Pedro, Interesse Processual? Sim.
	
Digamos, agora, que Pedro não providenciou na notificação prévia, e ingressa diretamente com o pedido judicial, terá utilidade-necessidade de seu pedido? Terá.
Mas seu pedido é adequado? Não, por que não atende às formalidades legais.
Terá Pedro, nesse caso, Interesse Processual? Não, porque lhe falta adequação do pedido à forma legal.
			
Desta maneira, o binômio (utilidade-necessidade) e adequação devem estar presentes tanto no pedido do Autor quanto na resposta do Réu como “interesse processual” 
art. 3º CPC. “para propor ou contestar ação é necessário ter interesse e legitimidade.”
Não possuindo qualquer das partes, portanto, uma das condições da ação, no caso Interesse de Agir, o processo deverá ser extinto sem julgamento do mérito, produzindo coisa julgada formal, segundo o preceito do artigo 301,X, do CPC 
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