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AV2 Geologia

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Tectônica de Placas
Limites de Placas
Divergentes ou construtivos: 
Nos limites divergentes, duas placas afastam-se uma da outra sendo o espaço produzido por este afastamento preenchido com novo material crustal, de origem magmática.
Transformantes: 
O movimento lateral esquerdo ou direito entre duas placas ao longo de uma falha transformante pode produzir efeitos facilmente observáveis à superfície. Devido à fricção, as placas não podem pura e simplesmente deslizar uma pela outra. Em vez disso, a tensão acumula-se em ambas placas e quando atinge um nível tal, em qualquer um dos lados da falha, que excede a força de atrito entre as placas, a energia potencial acumulada é libertada sob a forma de movimento ao longo da falha. As quantidades maciças de energia libertadas neste processo são causa de terremotos, um fenômeno comum ao longo de limites transformantes.
Convergentes ou destrutivos:
Quando duas placas colidem uma a outra e a aresta principal de uma delas é subductada sob a margem da outra placa e, finalmente,incorporada na atenosfera.
Limites oceânico-oceânico - A placa de subduz inclina-se para baixo para formar a parede externa de uma fossa oceânica. Forma uma cadeia de ilhas chamada arco de ilha vulcânica.
Limites oceânico-continentais – Ocorre quando a crosta oceânica mais densa é subductada sob a crosta continental. O magma gerado pela subducção eleva-se por debaixo do continente que pode atingir a superfície, produzindo uma cadeia de vulcões chamada de arco vulcânico.
Limites continental-continental - Neste tipo de limite ocorre a colisão entre duas porções de crusta continental. Como ambas placas possuem baixa densidade não existe propriamente subducção. Com isso uma cadeia de montanhas é formada.
Tempo Geológico
Datação Relativa – Princípios:
Horizontalidade original: Este princípio estabelece que camadas de sedimentos são originalmente depositados horizontalmente. O princípio é importante para a análise do estrato geológico. O estrato, a quando a sua formação, é horizontal e paralelo à superfície de deposição. A observação de sedimentos marinhos e não marinhos numa grande variedade de ambientes suporta a generalização do princípio.
Sobreposição das camadas: Segundo este princípio, em qualquer sequência a camada mais jovem é aquela que se encontra no topo da sequência. As camadas inferiores são progressivamente mais antigas. Este princípio pode ser aplicado em depósitos sedimentares formados por acresção vertical, mas não naqueles em que a acresção é lateral (por exemplo em terraços fluviais). O princípio da sobreposição das camadas é válido para as rochas sedimentares e vulcânicas que se formam por acumulação vertical de material, mas não pode ser aplicado arochas intrusivas e deve ser aplicado com cautela às rochas metamórficas.
Continuidade Lateral: Estratos, originalmente, se estendem em todas as direções até que sua espessura chegue a zero, ou, então, até encontrarem os limites de sua área original ou bacia de deposição.
Identidade Paleontológica ou Sucessão Faunística: Diz que os grupos de fósseis (animal ou vegetal) ocorrem no registro geológico segundo uma ordem determinada e invariável, de modo que, se esta ordem é conhecida, é possível determinar a idade relativa entre camadas a partir de seu conteúdo fossilífero.
Relações de Corte ou Intersecção: Afirma que uma rocha ígnea intrusiva ou falha que corte uma sequência de rochas é mais jovem que as rochas por ela cortadas. Esse princípio permite a datação relativa de eventos em rochas metamórficas, ígneas e sedimentares, sendo fundamental para o trabalho em terrenos orogênicos jovens e antigos. Este princípio é válido para qualquer tipo de rocha cortada por umas das estruturas acima relacionadas.
Inclusões: Diz que os fragmentos de rochas inclusas em corpos ígneos (intrusivos ou não) são mais antigos que as rochas ígneas nas quais estão inclusos. Este princípio, juntamente com o princípio das relações de corte, é fundamental em áreas formadas por grandes corpos intrusivos permitindo a datação relativa não só de rochas estratificadas, mas também de rochas ígneas e metamórficas.
Datação Absoluta (Isotópica) - Estas técnicas baseiam-se na medição de processos radioativos (radiocarbono; potássio-argônio, o urânio-chumbo, o tório-chumbo e etc, sendo que cada elemento radioativo tem sua própria taxa de decaimento Aqueles que decaem lentamente durante bilhões de anos são utilizados para medir a idade de rochas antigas. Elementos radioativos que decaem rapidamente durante poucos milhares de anos como o carbono -14, são úteis para determinar as idades muito novas. Processos químicos (racemização de aminoácido e hidratação de obsidiana), e as propriedades magnéticas dos materiais ígneos e depósitos sedimentares (Paleomagnetismo).
A datação isotópica é possível somente se uma quantidade mensurável de átomos-pais e filhos permanecer na rocha.
O uniformitarismo é uma corrente de pensamento geológico idealizada por James Hutton, que é considerado o pai da geologia moderna.
Os princípios da teoria são:
Atualismo geológico: Os acontecimentos do passado são resultado de forças da Natureza idênticas às que se observam na atualidade;
Gradualismo: Os acontecimentos geológicos são o resultado de processos lentos e graduais.
Assim, James Hutton concluiu que "O presente é a chave do passado".
As leis da natureza são constantes. O estudo dos processos geológicos atuais permite interpretar a evolução geológica, "encaixando" os registos geológicos impressos nas rochas e em suas estruturas como em um quebra-cabeças.
O Catastrofismo, é uma teoria que explica os diversos eventos de extinção haverem ocorrido na história da vida na Terra, através da análise de fósseis e estratos geológicos. O catastrofismo defende que em seu passado, a Terra sofreu a ação de fenômenos catastróficos, principalmente inundações, que resultaram nas configurações geológicas e biológicas atuais, o que explicava, por exemplo, a ocorrência de fósseis marinhos em regiões distantes da costa. As catástrofes extinguiram a fauna e flora local, que somente podiam ser estudadas por intermédio de seus fósseis. Posteriormente, a região atingida pela catástrofe, era repovoada por organismos, que migravam das regiões não atingidas por ela. Este ciclo de extinção e repovoamento se repetiu ao longo da história da Terra.
Intemperismo
Intemperismo físico
É o processo de fragmentação das rochas a partir de agentes físicos como as variações da temperatura, a ação do gelo e dos ventos.
Termal: ocorre devido à variação de temperatura nas rochas, sendo mais típico em climas secos, sejam eles quentes ou frios. Tende-se a expandir quando aquecidos e se contraem quando resfriados. Desta forma as rochas tendem a se fragmentar pelo enfraquecimento de suas estruturas. 
Mecânico: ocorre devido a vários fatores como a dissolução de água em geleiras e sua cristalização em fraturas que provoca o esfacelamento em blocos de rocha pelo aumento de volume da água ao formar o gelo, de forma semelhante ao que pode ocorrer com a cristalização de sais devido a evaporação da água, fazendo com que os sais se precipitem aumentando de volume em fissuras de rochas e de minerais.
Intemperismo químico
Destaca-se da ação da água da chuva carregada de elementos atmosféricos, como o CO2: que ataca os minerais da rocha em sua superfície exposta e em suas fraturas e os decompõem dando origem a novos minerais, estáveis às condições da superfície terrestre, e a solutos que migram pelas fraturas da rocha ou nas águas superficiais em direção ao mar. O intemperismo químico compreende a decomposição dos minerais primários das rochas que resulta da ação separada ou simultânea de várias reações químicas: oxidação, hidratação, dissolução, hidrólise e acidólise.
Oxidação: consiste na mudança do estado de oxidação de um elemento, através de reação com o oxigênio. Essa reação destrói a estrutura cristalina do mineral.
Hidratação: consiste na incorporação de água à estrutura mineral, formando um novo mineral.Dissolução: consiste da sulubilização completa de alguns minerais por ácidos.
Hidrólise: Sendo as rochas constituídas basicamente por silicatos, quando elas entram em contato com a água, os silicatos sofrem hidrólise e dessa reação resulta uma solução alcalina.
Acidólise: é a reação de decomposição de minerais que ocorre em ambientes de clima frio, onde a decomposição da matéria orgânica é incompleta, formando ácidos orgânicos que diminuem muito o pH das águas, complexando e sulubilizando o Fe e o Al.
Intemperismo biológico 
Ocorre a fragmentação da rocha pelo crescimento de raízes vegetais e pela atividade orgânica de seres vivos que desenvolvem atividades químicas destrutivas para as rochas.
Terremoto e Tsunami
Terremoto - Um sismo é um fenômeno de vibração brusca e passageira da superfície da Terra, resultante de movimentos subterrâneos de placas rochosas, de atividade vulcânica, ou por deslocamentos (migração) de gases no interior da Terra, principalmente metano. O movimento é causado pela liberação rápida de grandes quantidades de energia sob a forma de ondas sísmicas.
Basicamente, sismo é a ocorrência de uma fratura subterrânea. As ondas elásticas geradas propagam-se por toda a Terra.
Tsunami - é uma série de ondas de água causada pelo deslocamento de um grande volume de um corpo de água, como um oceano ou um grande lago. Sismos, erupções vulcânicas e outras explosões submarinas (detonações de artefatos nucleares no mar), deslizamentos de terra e outros movimentos de massa, impactos, e outros distúrbios acima ou abaixo da água têm o potencial para gerar um tsunami.
Origem do Solo e Sedimentos
Solo - É produto do intemperismo sobre um material de origem, cuja transformação se desenvolve em um determinado relevo, clima,bioma e ao longo de um tempo. O solo é a camada mais superficial da crosta, é composto por sais minerais dissolvidos na água intersticial, seres vivos e rochas em decomposição.
Composição do Solo:
Existem muitas variações de terreno a terreno dos elementos de um solo, mas basicamente figuram-se quatro camadas principais:
A primeira camada é rica em húmus, detritos de origem orgânica. Essa camada é chamada de camada fértil. Ela é a melhor para o plantio, e é nessa camada que as plantas encontram alguns sais minerais e água para se desenvolver.
A outra camada é a camada dos sais minerais. Ela é dividida em três partes:
A primeira parte é a do calcário. Corresponde entre 7 e 10% dessa camada.
A segunda parte é a da argila, formada geralmente por caolinita, caulim e sedimentos de feldspato. Corresponde de 20 a 30% dessa camada.
A última parte é a da areia. Esta camada é muito permeável e existem espaços entre as partículas da areia, permitindo que entre ar e água com mais facilidade. Esta parte corresponde de 60 a 70% da camada em abertura com o Magma.
A terceira camada é a das rochas parcialmente decompostas. Depois de se decomporem totalmente, pela ação da erosão e agentes geológicos, essas rochas podem virar sedimentos.
A quarta camada é a de rochas que estão inicialmente começando a se decompor. Essas rochas podem ser chamadas de rocha matriz.
Sedimentos - Detrito rochoso resultante da erosão, da precipitação química a partir de oceanos, vales ou rios ou biológica (gerado por organismos vivos ou mortos), depositado na superfície da Terra em camadas de partículas soltas quando diminui a energia do fluido que o transporta, água, gelo ou vento. As características dos sedimentos dependem da composição da rocha erosionada (erodida), do agente de transporte, da duração do transporte e das condições físicas da bacia de sedimentação.
Tipos de sedimentos: 
Clásticos: São as acumulações de partículas geradas pela fragmentação das rochas pré-existentes na superfície, sujeitas a intemperismo. A mistura de minerais nestes sedimentos é variada, mas a presença de quartzo inalterado, que é um mineral resistente ao intemperismo, é comum nos sedimentos clásticos. Outros minerais presentes são o feldspato, os argilominerais e outros. 
Quanto à forma e granulometria, estes sedimentos são bastante variados: desde matacão a seixo, de areia a argila. A forma destas partículas é definida pelo mecanismo de fraturamento e quebra.
Sedimentos químicos e bioquímicos: O intemperismo, além de gerar partículas minerais, também gera produtos dissolvidos como íons e moléculas em solução. Estas substâncias são precipitadas a partir de reações químicas ou bioquímicas, gerando sedimentos. Os sedimentos químicos formam-se no local de deposição ou próximo a ele. Os sedimentos bioquímicos são minerais não-dissolvidos de restos de organismos ou minerais precipitados por processos biológicos. É comum a sobreposição destes dois tipos de sedimentos. Em ambientes marinhos rasos, os sedimentos bioquímicos consistem em partículas sedimentares precipitadas biologicamente, como as conchas. Por vezes, as conchas também são transportadas e depositadas em sedimentos bioclásticos. Estes sedimentos são compostos por dois minerais de carbonato de cálcio - a calcita e a aragonita. Já no fundo do oceano, as conchas são de tipos menos variados e a predominância é de calcita, embora possa haver sílica precipitada. Processos inorgânicos também levam à precipitação de sedimentos químicos: a evaporação da água do mar pode precipitar gipsita ou halita.
Principais Rochas
Gnaisse é uma rocha de origem metamórfica, resultante da deformação de sedimentos arcósicos ou de granitos. Sua composição é de diversos minerais, mais de 20% de feldspato potássico, plagioclásio, e ainda quartzo e biotita, sendo por isso considerada essencialmente quartzofeldspática.
Mármore é uma rocha metamórfica originada de calcário exposto a altas temperaturas e pressão. Por este motivo as maiores jazidas de mármore são encontradas em regiões de rocha matriz calcária e atividade vulcânica. Mineralogia principal – Calcita e dolomita.
Granito é uma rocha ígnea de grão fino, médio ou grosseiro, composta essencialmente por quartzo e feldspatos, tendo como minerais acessórios mica (presente praticamente sempre), hornblenda, zircão e outros minerais.
Arenito é uma rocha sedimentar que resulta da compactação e litificação de um material granular da dimensão das areias. O arenito é composto normalmente por quartzo, mas pode ter quantidades apreciáveis de feldspatos, micas e/ou impurezas. É a presença e tipo de impurezas que determina a coloração dos arenitos; por exemplo, grandes quantidades de óxidos de ferro, fazem esta rocha vermelha.
Rochas sedimentares - Arenito, Calcário, Conglomerado, Diamictito, Dolomita, Folhelho, Siltito, Travertino, Tilito, Varvito
Rochas metamórficas - Mármore, Ardósia, Quartzito, Gnaisse, Pedra-sabão, Micaxisto, Xisto, Xisto Verde, Xistos Azuis, Filito, Itabirito
Rochas ígneas - Granito, Basalto, Granodiorito, Sienito, Gabro, Diorito, Riólito, Andesito, Obsidiana
Ciclo das Rochas

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