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APOSTILA_DE_NOCOES_DE_LAVRA_-__FINAL_4dtN7y9

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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIENCIA E TECNOLOGIA DO RIO GRANDE DO NORTE – IFRN
DEPARTAMENTO DE RECURSOS NATURAIS – DIAREN
CURSO DE GEOLOGIA DO IFRN
DISCIPLINA: NOÇOES DE LAVRA E PROCESSAMENTO MINERAL
�
PROFESSOR: MAURO FROES MEYER
NATAL 2011
1 - INTRODUÇÃO A LAVRA DE MINÉRIOS: 
CONCEITOS GERAIS:
 MINERAL: SUBSTANCIA NATURAL, INORGÂNICA, DE COMPOSIÇÃO QUIMICA E ESTRUTURA ATOMICA DEFINIDA.
GANGA: é o mineral ou conjunto de minerais não aproveitados de um minério.
MINERAL ÚTIL: mineral de interesse presente no minério.
DEPÓSITO MINERAL: é uma acumulação mineral anômala que pode ou não ser explorada economicamente.
JAZIDA MINERAL: é um depósito mineral explorável economicamente.
MINA: é a área que envolve a jazida e as instalações necessárias para sua explotação.
ROCHA ASSOCIAÇÃO DE DOIS OU MAIS MINERAIS.
MINERAL METÁLICO :QUANDO O MINERAL E UTILIZADO COM A FINALIDADE DE SE OBTER O METAL NELE CONTIDO.
MINERAL NÃO METÁLICO OU INDUSTRIAL: QUANDO O MINERAL E UTILIZADO PARA UMA FINALIDADE DIFERENTE EM RELAÇAO AOS MINERAIS METÁLICOS.
Ex.:BAUXITA - ALUMINIO - MINERAL METÁLICO
BAUXITA REFRATÁRIOS E ABRASIVOS MINERAL INDUSTRIAL 
MINERIO: QUALQUER MATERIAL DE ONDE SE POSSA EXTRAIR ECONOMICAMENTE ELEMENTOS OU SUBSTANCIAS MINERAIS DE VALOR.
MINERAÇÃO:
É uma atividade de produção que visa a exploração econômica de recursos minerais e orgânicos da crosta terrestre passando pelas seguintes fases: 
Fases da Mineração
PESQUISA MINERAL- Fase de descoberta e caracterização de jazidas minerais e orgânicas.
 Prospecção - trabalhos técnicos de procura de substâncias minerais e orgânicas de valor comercial.Ex: Mapeamento geológico, Métodos de prospecção geofísica e geoquímica.
Avaliação - estudos de depósitos minerais e orgânicos (forma, dimensão, teor e tonelagem) com o objetivo de avaliar seus aproveitamentos econômicos.Ex: realização de escavações de subsuperfícies( trincheiras,poços e galerias ), de sondagens ( obtenção de testemunhos ), cálculos de densidade e cubagem e avaliação econômica do depósito mineral.
LAVRA - Fase de extração das substâncias minerais e orgânicas.
Planejamento de Mina - programação e sistematização dos trabalhos de extração.Ex: Escolher o método de lavra: Lavra à céu aberto ou lavra subterrânea.
Desenvolvimento - preparação da jazida para os trabalhos de extração.Ex: Infra-estrutura, decapeamento.
Explotação - extração industrial da jazida.Ex: arranque, transporte.
TRATAMENTO DE MINÉRIOS- Fase de adequação dos minérios às especificações do mercado.
Cominuição e Separação por tamanho - fragmentação e adequação granulométrica do minério e/ou liberação de minerais de interesse econômico.
Concentração - enriquecimento do minério em relação aos de interesse econômico.
Separação Sólido-líquido - remoção da água adicionada ao minério durante seu processamento, recuperação e reaproveitamento dessa água.
Operações Auxiliares - operações de suporte ao planejamento, operacionalização e controle de uma usina de tratamento de minérios.
REABILITAÇÃO AMBIENTAL – conjunto de procedimentos visando à integração das áreas afetadas ao equilíbrio ambiental.
Teor: é definido como a massa de um elemento ou substância pura, referindo a massa total. Em tratamento de minérios, teor significa sempre a quantidade das substâncias de valor comercial.
Operações Unitárias: são os blocos individuais que compõem um processamento, que vai dar origem a um produto final a partir de uma certa matéria-prima. Cada uma possui técnicas comuns e está baseada nos mesmos princípios científicos, independente da matéria-prima ou do produto. 
Todo o circuito de beneficiamento é constituído por uma seqüência que varia a combinação de suas operações para atender um objetivo definido ou uma característica específica de um minério. Assim podemos unir as operações em grupos distintos.
Operações transformativas = que alteram profundamente as espécies minerais do minério tratado, transformando-o num verdadeiro produto derivado, constituindo-se de operações térmicas ou químicas e também mecânicas.
Operações não transformativas = que não alteram as espécies minerais primitivas do mineral tratado, constituindo-se de operações físicas e mecânicas que modificam apenas a composição mineralógica ( fazendo variar as proporções das espécies presentes sem transformá-las ) ou a sua forma ou estruturas, mesmo quando se usam para isto algumas operações auxiliares de natureza térmica ou físico-química.
QUALQUER MATERIAL:
( RECURSOS NATURAIS
REJEITOS DAS USINAS DE TRATAMENTO DE MINERIOS
RESIDUOS DAS INDUSTRIAS METALURGICAS E SIDERURGICAS
TRATAMENTO/BENEFICIAMENTO DE MINERIOS:
TRATAMENTO DE MINERIOS : E UM CONJUNTO DE OPERAÇOES MECANICAS UTILIZADAS PARA OBTER PRODUTOS A PARTIR DE UM MINERIO, SEM MODIFICAR AS SUAS PROPRIEDADES QUIMICAS, OU SEJA, CONSISTE EM SEPARAR ATRAVES DE METODOS FISICOS AS SUBSTÂNCIAS MINERAIS DE MODO A TORNÁ-LAS ACEITÁVEIS À DEMANDA/NECESSIDADE DO MERCADO.
TECNOLOGIA MINERAL
SETORES ETAPAS
GEOLOGIA / PESQUISA MINERAL PROSPECÇÃO/ EXPLORAÇÃO
 MINERAÇAO OU LAVRA DESENVOLVIMENTO/ LAVRA 
TRATAMENTO DE MINERIOS PREPARAÇAO- COMINUIÇAO
 BRITAGEM/MOAGEM 
 CONTROLE GRANULOMETRICO
 METODOS GRAVIMETRICOS
 PENEIRAMENTO/CLASSIFICAÇAO
 CONCENTRAÇÂO
 ACABAMENTO DO CONCENTRADO 
 ESPESSAMENTO
 FILTRAGEM
 SECAGEM
 FLOTAÇÃO 
 DESCARTE DO REJEITO 
 
 ESTOCAGEM
METALURGIA EXTRATIVA HIDROMETALURGIA
 PIROMETALURGIA
 ELETROMETALURGIA
MANUSEIO, TRANSPORTE E COMERCIALIZAÇAO
SETOR MINERAL:
2 – PLANEJAMENTO DE MINA - INTRODUÇÃO:
O planejamento é o processo de estabelecer premissas sobre eventos que poderão influenciar a empresa, fixar objetivos realísticos e definir estratégias ou cursos de ação que levam a atingir aqueles objetivos.
Entende-se por planejamento de lavra o esquema do desenvolvimento da mina abrangendo a previsão dos meios e a determinação dos custos essenciais a esta evolução. É essencialmente dinâmico, e à medida que a mina vai sendo lavrada, novas informações são disponibilizadas, obrigando a uma constante acomodação do plano original às novas condições da mina.
O planejamento da lavra se apresenta, assim, como um roteiro das operaçõesque se desenvolverão na mina, desde sua preparação para o início da produção até o seu término, quando a mina se tornar exaurida. Deste modo, torna-se possível, com a antecedência necessária, preverem-se os meios indispensáveis para alcançar a realização do plano e, assim, determinar os recursos imprescindíveis para que os objetivos sejam satisfeitos.
Cumprindo a finalidade de roteiro das operações mineiras, o planejamento da lavra se baseia em planos diferenciados pelas finalidades e naturezas; em termos gerais, classificam-se em: longo, médio e curto prazo.
Os processos envolvidos na recuperação dos bens minerais estão divididos em fases denominadas Prospecção, pesquisa, desenvolvimento e lavra e podem ser evidenciados conforme os fatores citados por (Soderberg e Roush – 1968, Atkinson – 1983):
Características naturais e geológicas do corpo mineral, tipo do minério, distribuição espacial, topografia, hidrogeologia, características ambientais de sua localização e características metalúrgicas, etc.
Fatores econômicos: custos operacionais e de investimento, razão de produção, condições de mercado, etc.
Legais: regulamentação local, regional e nacional, política de incentivo à mineração, etc.
Fatores tecnológicos: equipamentos, ângulos de talude, altura de bancada, inclinação de rampas, etc.
A conexão destes fatores evidenciam a complexidade das operações envolvidas na recuperação mineral, e por conseqüência a importância do planejamento de tais operações.
Para melhor compreendermos buscarmos uma definição simples do que se entende por:
A lavra de uma mina geralmente é feita em diversas frentes, de modo que, realizando a blendagem dos minérios retirados das frentes, seja possível fornecer, para a usina de beneficiamento, um minério que esteja de acordo com as especificações de qualidade necessárias. Desse modo, precisa-se conhecer qual o ritmo de lavra a ser implementado em cada frente, que atende as especificações quantitativas e qualitativas da usina. Entende-se por ritmo de lavra a produção horária da frente (t/h). 
	Uma mina convencional possui equipamentos como caminhões, carregadeiras e escavadeiras que viabilizam a lavra nas diversas frentes. Mesmo mantendo uma frota com um número fixo de equipamentos, a quantidade disponível em condições de operar pode variar ao longo do tempo. Isso pode acontecer por motivo de quebra desses equipamentos, manutenção preventiva, atrasos operacionais, etc. Sendo assim, o cumprimento do ritmo de lavra com objetivo de atender as especificações da usina depende, entre outros fatores, da disponibilidade dos equipamentos na mina. 
Blendagem de Minérios 
O problema da blendagem de minérios, consiste na determinação de quanto minério proveniente de cada frente deve ser misturado de modo a satisfazer as exigências do cliente. Como cada frente de lavra possui características de qualidade diferentes, tais como o teor de determinado elemento químico ou a percentagem de minério em determinada granulometria, torna-se necessário determinar a proporção do ritmo de lavra de cada frente que gere uma alimentação que atenda as metas de qualidade e produção preestabelecidas. 
Alocação de Equipamentos de Carga 
Para viabilizar a lavra em diferentes frentes, uma mina conta com uma frota de equipamentos de carga, os quais devem ser alocados de acordo com suas disponibilidades de operação e produtividade. Essas questões definem que o ritmo de lavra de cada frente depende do equipamento de carga a ela alocada. 
 Alocação de Caminhões 
O sistema de alocação de caminhões é geralmente adotado por minerações de pequeno e médio porte, devido à simplificação das operações e ao alto custo de se implantar um sistema de despacho eletrônico de caminhões. Nesse sistema, cada caminhão é alocado a uma única rota, ou seja, permanece se deslocando entre dois pontos fixos, um de carga e outro de descarga. Os caminhões devem ser alocados a um ponto de carga que possua um equipamento de carga compatível. Essa compatibilidade está relacionada, principalmente, com o número de passes necessários para encher a caçamba do caminhão. Poucos passes podem danificar a estrutura do caminhão, enquanto muitos passes acarretam um maior tempo de carga.
PLANEJAMENTO ÓTIMO: CÉU ABERTO E SUBTERRÂNEO
CÉU ABERTO
Consiste na construção de um modelo de depósito, incluindo as informações topográficas, geológicas e geotécnicas. Na fase seguinte, segue-se o estágio conceitual, no qual os prováveis requisitos da mistura de minério serão avaliados, assim como o tipo do sistema de transporte utilizado para manuseio do material. Geralmente diversos sistemas alternativos serão analisados, tais como: localização, dimensões do processo de planejamento, informações relacionadas com o custo unitário de todas as fases da operação mineira, que devem ser obtidas nesse estágio, como também as estimativas do valor de mercado do bem mineral que está sendo produzido.
O estágio seguinte é o das realizações do plano de mina e consiste de um processo interativo. Inicialmente deve ser feita a otimização dos limites econômicos do pit com base na maximização dos lucros. Geralmente, é realizado, utilizando o modelo do depósito desenvolvido durante o estágio de exploração. Assim, tanto a seqüência de lavra para os sistemas alternativos de transportes como as taxas de produção serão obtidas. Os requisitos de equipamentos para cada opção devem ser avaliados para permitir a análise do fluxo de caixa do processo global. A execução do plano de mina será tanto melhor quanto mais precisas forem as estimativas dos componentes do fluxo de caixa, sendo, portanto, uma decisão puramente econômica sua realização. 
SUBTERRÂNEO
Em termos econômicos a mineração subterrânea é muito diferente da mineração a céu aberto, uma vez que exige investimentos iniciais mais significativos, não apenas em máquinas e equipamentos, mas, também, em levantamentos prévios à implantação do layout da mina. Dias (1993) define o layout, como sendo à disposição de homens, máquinas e materiais que permite integrar o fluxo de materiais e a operação dos equipamentos de movimentação para que a produção se processe dentro do padrão máximo de economia e rendimento.
Assim, o projeto de um arranjo físico deve considerar inicialmente o que se pretende conseguir com o mesmo. Neste caso, há necessidade inicialmente de compreender muito bem os objetivos estratégicos da produção e a participação do fluxo de materiais no processo.Com relação aos custos de produção eles são muito variáveis dependendo de inúmeras situações, favoráveis ou desfavoráveis, em subsolo ou a céu aberto. Eles são influenciados principalmente pela dureza do material extraído, escala de produção e necessidade de preparação da lavra para remoção do minério.
Se a atração da mineração a céu aberto consiste no grande volume produzido e compatibilidade com custos mínimos, a da mineração subterrânea, reside na variedade e versatilidade dos métodos de encontrar condições que permitam a lavra de um depósito mineral que seria antieconômico a céu aberto.
Na verdade, a mineração subterrânea não pode competir com a mineração a céu aberto, visto que, esta produz a maior parte da produção mineral. Mas, existem determinados bens minerais que dependem em grande parte da mineração subterrânea, como é o caso de: chumbo, zinco, potássio, cobre, ouro, molibdênio, etc.
BUSCA DO PLANEJAMENTO ÓTIMO: FUNÇÕES
Figura 1 - Funções do planejamento de mina
	Uma vez que foi estabelecido que as funções do planejamento de mina estão relacionados com o tempo, fica mais fácil dividir as funções do planejamento de forma mais lógica. Um esquema das funções do planejamento de mina a céu aberto ilustrado na Fig. 1, indica como os estágios do planejamento estão relacionados. Entretanto, os níveis do plano não são independentemente, ainda que o planejamento de longo prazo seja feito antes dos demais.PLANO DE LAVRA:
O plano de lavra é o documento básico para a atribuição, desenvolvimento e exploração de um depósito ou uma massa mineral. No primeiro caso integra o processo que fundamenta a celebração do contrato de exploração entre o Estado e o explorador, para o aproveitamento de um recurso do domínio público, enquanto que no segundo, integra o processo de licenciamento do exercício da atividade de aproveitamento de um recurso do domínio privado. Segundo Schaap (1983) um plano de lavra deveria determinar as soluções para os três subproblemas: determinar o limite econômico da cava, achar a taxa ótima para processar o minério e definir a seqüência ótima de remoção dos blocos.
Considerando que o plano de lavra deve ser adaptado à jazida e deve representar o modo como esta vai ser desmontada e valorizada, sua elaboração deverá subordinar-se a uma estrutura de apresentação dependente da natureza da substância útil e do método de extração. Após ser definido o limite da cava final é preciso decidir a seqüência de extração tanto do estéril, massa mineral ou do minério se o material for metálico. 
Este processo conduz muitas vezes a um grande número de soluções, onde normalmente são utilizados algoritmos computacionais baseados em critérios matemáticos para chegar a uma solução ótima. Freqüentemente, o planejamento da mina envolve o desenho da cava em diferentes fases no tempo, por exemplo, ano a ano até ao esgotamento da reserva. Os principais problemas que afetam o lucro na mineração são classificados em três grupos:
Modificação do mercado mineral
Alteração no ambiente sócio-econômico
Mudanças nas condições geológicas da jazida
Para Noronha e Gripp (2000), o projeto de cava final de uma mina a céu aberto é um elemento importante para alcançar a realização com sucesso do empreendimento no cenário atual, altamente competitivo. Para a maximização do aproveitamento de recursos minerais levando em consideração as características geológicas, tecnológicas, econômicas e ambientais é necessário o conhecimento e a aplicação de algoritmos de otimização e critérios de seleção para definição do projeto.
3- ESTRATÉGIA DE PLANEJAMENTO
3.1 PLANEJAMENTO DE LONGO PRAZO ( ESTRATÉGICO ):
O principal objetivo do plano de mina é estabelecer o limite final da cava, durante a vida econômica do depósito. É elaborado para fornecer base para o planejamento em longo prazo, locação lógica das instalações superficiais, pilhas de estoque, pontos de despejo, etc. É um plano de ação que inclui um conjunto de iniciativas, objetivos e previsões de resultados, organizados em ordem de prioridade, que guiará o produção ao longo dos anos.
O planejamento de longo prazo consiste na concepção e análise de cenários futuros para um empreendimento, seguindo do estabelecimento de caminhos e objetivos, culminando com a definição de ações que possibilitem alcançar tais objetivos e metas para o empreendimento. O planejamento de longo prazo é realizado para um período variando entre 5 a 20 anos. É uma parte integrante do plano de mina, esse projeto é, normalmente, revisado anualmente, devendo conter obrigatoriamente: a taxa de produção e o teor de corte e devem ser avaliados para cada período de tempo.O planejamento estratégico está associado a uma linha de atuação de forma a atingir objetivos de longo prazo. Ele define qual o negócio da empresa, onde ela está hoje e onde quer chegar. Para isso, ela fixa macro-objetivos que necessitam ser detalhados e compatibilizados com as possibilidades a cada ponto de sua execução.
Nos planejamentos estratégicos, táticos e operacionais, a diferença principal que existe entre os três é o fator tempo. O estratégico ocupa-se das grandes questões e requer visão de futuro, pois cuida do que se deseja que aconteça nos próximos anos. O tático interpreta as decisões estratégicas e traça plano concreto a serem aplicados nos próximos meses, ou um ano, no máximo. O operacional desdobra a tática em ações do dia-a-dia. O planejamento estratégico não é uma profecia do futuro, mas sim o delineamento das tarefas necessárias, para se moldar um futuro dentro de uma linha de ação bem definida, conforme ilustra a Fig. 2.
Figura 2 - Planejamento estratégico de mina
 Na realidade, o plano de longo prazo é, freqüentemente, modificado ao longo do tempo para refletir o efeito das mudanças econômicas, aumento das informações e, principalmente, pelo desenvolvimento de novas tecnologias, e deve ser executado de forma a assegurar o retorno do investimento. Selecionada a opção mais satisfatória do plano de mina, é construído um plano com o objetivo de traçar as diretrizes de longo prazo. Nos esboços do desenho são projetados os planos anuais, sentidos da lavra, produção anual, e estimativas de custos.
O plano de longo prazo é decisivo na conversão de informações geológicas em estimativas econômicas. Essa fase do plano apenas mostra o que deve ser lavrado, mas não indica como e quando isto deve ser feito, essa decisão deve ser tomada através das técnicas de sequenciamento. O sequenciamento de mina é uma técnica relativamente nova, trabalha em uma base de dados (topográficos, geológicos, econômicos, mineralógicos, etc.) com o objetivo de maximizar lucro. Possuindo, também, um significado físico, permitindo a locação do contorno da cava final segundo as situações econômicas prevalecentes para as condições físicas e geométricas.
 3.2 - PLANEJAMENTO DE MÉDIO PRAZO ( TÁTICO ): 
Basicamente consiste no detalhamento do plano anual de lavra, prevendo-se a qualidade do minério. Determina-se, também, a relação estério/minério, a abertura de novos acessos, a drenagem de água pluviais e outros fatores que venham a interferir na lavra. O plano anual é desdobrado em planos trimestrais visando manter a qualidade do produto e a preparação da mina para futuros trabalhos de extração de minério. O planejamento tático ( médio prazo ) interpreta as decisões estratégica e traça planos correntes a serem aplicados nos próximos meses, ou ano no máximo.
3.3 - PLANEJAMENTO DE CURTO PRAZO ( OPERACIONAL ):
O planejamento operacional é parte do planejamento estratégico e detalha cada um dos macro-objetivos em planos para alcançar essas metas. Geralmente tem horizonte de curto prazo e é muito sensível às variações de cenários do ambiente. 
 Costuma orientar o dia a dia da empresa, mas sempre vinculado ao planejamento estratégico. A variação do período para a realizar o plano de curto prazo pode ser semanal, mensal ou, no máximo, anual. Esse plano envolve a tarefa da melhor concretização dos serviços num curto espaço de tempo, pelo fato de que as etapas envolvidas neste processo têm limites físicos de capacidade. O planejamento de curto prazo se preocupa, principalmente, com as restrições operacionais. As variações que ocorrem na eficiência do sistema que resultam das mudanças nas condições do terreno ou nas práticas de lavra e são extremamente importantes. Pelo fato de que o desempenho de alguns equipamentos é determinado pelas condições do material, acesso, tempo de carregamento e transporte, resistências de rolamento e de rampa, etc.
A finalidade principal plano de curto prazo é definir os passos intermediários para atender aos objetivos em longo prazo. E também, procura ajustar a operação de forma a atender aos requisitos estabelecidos, ou sejam: contorno da cava, teor, relação estéril/ minério, antecipando informações básicas sobre os lucros necessários para previsões de produções futuras e necessidade de novos equipamentos. A preparação do plano de curto prazo consiste em obter um conjunto de seções horizontais do depósito, estabelecendo uma série de cortes propostos para a mina. A locação e extensão dos cortes refletem a análise do planejador para vários fatores operacionais envolvidos.
Outra estratégia trata da relação com o limite final da cava para maximizar o benefício, tem sido amplamente utilizada pela indústria mineral, a princípio com algumas modificações, como a determinação de um benefíciomínimo para cada volume de material extraído. Entretanto, a estratégia de lavrar um teor uniforme pode ser adotada para se obter uma melhor recuperação no processamento mineral, aumentar a eficiência, além das considerações dos impostos e a provisão de exaustão. Um planejamento adequado deve, também, refletir a estratégia operacional de outras minas.
 Uma técnica operacional freqüentemente empregada nos períodos finais de lavra é aumentar o talude de lavra, melhorando a relação estéril/minério, uma prática viável para a liberação das frentes de lavra já que o período de tempo é curto, logicamente é preciso analisar a estabilidade de escavação. O planejamento de curto prazo envolve as táticas e estratégias para se obter um objetivo específico em um período de tempo limitado, ou seja, fazer o melhor da situação em curto prazo com um meio ambiente fixo. É um refinamento do plano de longo prazo, o qual considera os objetivos econômicos e empresariais mais imediatos, incluindo mais detalhes e uma maior preocupação quanto às restrições operacionais.
OBJETIVOS DO PLANEJAMENTO
 Os objetivos básicos de um planejamento mineiro foram enunciados por Mathielson (1982) em um artigo sobre seqüenciamento de mina a céu aberto, anotando os pontos que seguem:
( Lavrar o minério de tal forma a montar o custo de sua produção o menor possível;
( Manter a operação sempre viável, de acordo com o planejado, aplicando corretamente os equipamentos dimensionados, as vias de acesso para as diversas fontes etc;
( Proceder sempre o descapeamento necessário, de tal maneira a não prejudicar a qualidade do minério produzido e distribuir bem a alocação dos equipamentos no correr do tempo;
( Realizar a abertura da mina a o arranque de produção de forma segura e serena, sem sobressaltos, tomando todos os cuidados para com o treinamento da mão-de-obra, atividades pioneiras, uso adequado dos equipamentos, infraestrutura e suporte logístico, minimizando os riscos de atraso e não atrasando a geração de receitas para a empresa;
( Otimizar a estabilidade dos taludes, com base em estudos geotécnicos de tal forma a evitar problemas com deslizamento de paredes que podem causar sérios transtornos à produção, inclusive com riscos de morte aos trabalhadores;
( Verificar cuidadosamente e continuadamente os plano s de produção incluindo a escala e teores de corte pois a conjuntura tecnológica- econômica não permanece constante;
( Usar sempre a melhor estratégia de seleção e aplicação de equipamentos, estudando todos os cenários factíveis verificando previamente a sensibilidade “que acontece se” antes de se tomar a decisão final.
Ainda segundo Couzens (op. cit.) os cinco “mandamentos” de um bom planejamento a longo prazo são os seguintes:
1°) Deve-se ter os objetivos muito bem definidos, notadamente em se tratando de estimativas de teores, interpretações geológicas e projeções econômicas. O planejador deve estar sempre aberto a mudanças.
2°) As comunicações são muito importantes. Caso os planos não estejam claros, aqueles que vão tomar decisões com base nos mesmos tomarão, de fato, decisões erradas. Caso o plano não seja bem atendido pelos profissionais que vão executá-los, com certeza, executá-los-ão com erros.
3°) Deve-se lembrar que o planejamento mineiro preconiza a remoção seqüencial de volumes. Esse seqüenciamento deve ser muito bem entendido, levando-se em conta todas as conseqüências.
4°) Planos lidam com o fator tempo. Assim, os volumes devem ser movidos em tempo hábil para que se atinja as metas propugnadas. O comprometimento com o tempo irá determinar parâmetros de eficiência e custos.
5°) O planejador deve lutar para que o plano por ele elaborado não seja simplesmente o plano dele, mas sim o “plano da empresa”. Assim, o plano torna-se um objetivo a ser cumprido e não um mero conjunto de idéias.
RELAÇÃO ESTÉRIL / MINÉRIO ( ASPECTOS ECONÔMICOS ):
O parâmetro e/m é amplamente usado no ramo da mineração e representa o montante de material desprovido de valor econômico (estéril) que deverá ser removido, para liberar uma unidade de minério. A relação total é definida como R= (volume de estéril removido a uma profundidade d)/ (volume de minério recoberto a uma profundidade d). 
A relação não tem unidade e mais comumente calculada como a relação ton/ton. Note que para um certo tipo de minério, ou pela forma de contratação ou remoção de estéril, essa relação pode ser expressa em metros cúbicos/ton. Esse é um método simples de análise para obter os limites da cava ótima utilizando o relação e/m. Primeiramente o ângulo da cava é determinado geotecnicamente tendo-se consideração a relação e/m . Essa relação determina o rendimento dos blocos de lavra , podendo estarem combinados ou não, o estéril e minério, obtendo o rendimento de um bloco de minério. Os fatores para a determinação dos custos, podem incluir custos como profundidade da cava e variações das operações de decapeamento do estéril. Tendo sido determinado a cava final ótima e a relação e/m total , o planejamento de mina pode ser executado . Apresenta-se abaixo três formas econômicas básicas aplicando a relação e/m. 
ESTÁGIOS DO PLANEJAMENTO DE MINA
Costuma-se dividir o planejamento de mina em três estágios chamados de Estudo Conceitual, Estudos preliminares e Estudos de Viabilidade.
Estudo Conceitual
È o primeiro estágio onde se apresentam as proposições de investimento, a partir das idéias iniciais. Utiliza-se nesta fase dados históricos de outras áreas e projetos semelhantes, criando situações comparativas. Nesta fase aceita-se erros da ordem de 30%, em termos de estimação de custos e de investimento.
Estudo Preliminar
Os estudos preliminares apresentam um nível intermediário de detalhamento, cujos resultados não são, ainda, adequados para uma decisão de investimento. Seu principal objetivo é determinar se o projeto conceitual justifica uma análise mais detalhada através e um estudo de viabilidade. Esse estudo deve ser visto como o intermediário entre um estudo conceitual de baixo custo e um estudo de viabilidade de alto custo.
Estudo de Viabilidade
A prospecção e a avaliação de um depósito mineral culminam com a preparação de um estudo detalhado de viabilidade de lavra. Tal estudo considera os aspectos econômicos, legais, tecnológicos, geológicos, ambientais e sócio-politicos. O objetivo do estudo de Viabilidade é recomendar ou não o projeto da mina. Até o estágio de avaliação muito dinheiro foi gasto porém isso por si só não recomenda a lavra, sendo necessário que a lavra em si venha a dar lucro. Um estudo de viabilidade é um relatório escrito que contém os seguintes itens:
Introdução, resumo, definições
Locação, clima, topografia, história local, propriedade e condições de transporte
Aspectos ambientais: condições atuais, padrões, medidas de proteção, recuperação de áreas, estudos especiais.
Aspectos geológicos: origem, estrutura.
Reservas minerais; procedimentos de avaliação, cálculo de tonelagem e teor.
Planejamento da Lavra, desenvolvimento.
Beneficiamento, processos
Instalações de superfícies e 
Operações auxiliares: energia, suprimento de água, acessos, área de disposição de estéril, barragem de rejeitos
Quadro de pessoal
Comercialização: oferta, demanda de preço, contratos de fornecimento
Custo direto, indireto e total de desenvolvimento, lavra, beneficiamento e transporte
Avaliação do depósito mineral, classificação
Projeção do lucro: determinação da margem de lucro, por faixas de teores e preços.
As principais funções deste relatório são:
Prover através de uma estrutura compreensível os fatos detalhados e comprovados concernentes ao projeto mineral;
Apresentar um esquema apropriado de lavra contendo desenhos, figuras ou fotos e lista de equipamentos, com detalhamento de previsão de custos e resultados
Indicar aos proprietários do projeto a lucratividade considerando os equipamentos que operam dentro das especificações.A figura abaixo ( segundo Hustrolid) representa a habilidade de influência nos custos de cada fase do empreendimento de mineração:
INFORMAÇÕES TÉCNICAS PARA UM PLANEJAMENTO PRELIMINAR:
Supondo-se a reserva encontra-se delimitada por sondagens, o planejamento da mina será estabelecido em relação ao corpo mineralizado, fazendo-se necessária ainda, as seguintes informações abaixo relacionadas:
A ) informações geológicas e mineralógicas.
B ) informações estruturais ( física e química )
C ) informações econômicas
Conhecimento a respeito dos tipos de rochas similares é sempre proveitoso. No desenvolvimento da primeira mina em um novo distrito, há maior probabilidade de se cometer erros nos custos, do que nas seguintes.
 
QUESTÕES RELEVANTES AO PLANEJAMENTO DE MINA
DIMENSIONAMENTO DA PRODUÇÃO DA MINA
Existe uma quantidade considerável de literatura disponível com respeito a taxa de produtividade, onde vários aspectos devem ser levados em consideração.
 CONDIÇÕES DE MERCADO E PREÇO
Em função da variação de preços que atingem o mercado de bens minerais, dentre os métodos utilizados, o de câmaras e pilares é considerado como sendo o que apresenta uma maior flexibilidade, haja visto a possibilidade de se trabalhar em várias frentes em um mesmo stopes podem ser trabalhados na parte mais rica, mais esta prática não deve ser considerada como regra geral, pois, poderá causar efeitos drásticos, tornando na maioria das vezes irrecuperável grande parte da reserva, caso não haja reversão no mercado. Caso ocorra, a produção pode ser facilmente elevada, considerando que stopes antigos que se encontram paralisados com minério de baixo teor entrarão imediatamente em produção.
TEOR E RESERVA EM TONELADAS QUE INFLUENCIAM NA DIMENSÃO DA MINA
Não há mágica ou fórmula estatística que possa ser aplicada para os parâmetros de teores do minério. Mais a tonelagem disponível da mina que determina a taxa ideal de mineração, propondo a vida útil ou a maior quantidade de minério que será recuperado, tais determinações são consideradas um problema complexo. Primeiro a vida útil e a taxa da produção programada devem produzir a taxa interna de retorno desejada para os investimentos. Assim sendo, a reserva mineral deve pelo menos satisfazer essas condições.
INFLUÊNCIA DO TEMPO NA PRODUÇÃO DA MINA
Para qualquer reserva de minério, o desenvolvimento requerido diz respeito ao volume de produção. Por exemplo, uma grande escala de produção necessitará de um grande shaft ou de um shaft duplo, dependendo de maior tempo para o desenvolvimento e consequentemente de maiores investimentos, antes do fluxo de caixa atingir valores positivos.
POLITICA GOVERNAMENTAL E TAXAS QUE AFETAM A PRODUÇÃO DA MINA.
 Atitudes governamentais, políticas e taxas que afetam todo um sistema de extração mineral, considerando e relacionando o método de extração e a capacidade de produção da mina.
DUREZA, TENACIDADE E ABRASIVIDADE DO MATERIAL A SER MINERADO.
Estas propriedades darão informações a respeito do método de lavra que será adotado. Quando o maciço é auto suportado, os método que normalmente se adotam são os de alargamento aberto, podendo em alguns casos ser utilizados alargamento cheios; as citadas aplicações dependem da resistência do maciço. Quando o maciço rochoso não é auto sustentável são adotados métodos de abatimento.
FUNÇÕES DO PLANEJAMENTO DE MINA
 Uma vez que foi estabelecido que as funções do planejamento de mina estão relacionados com o tempo, fica mais fácil definir as funções do planejamento de forma mais lógica. Cada nível ou tipo de planejamento envolve diferentes quantidades de planejamento detalhado ( por exemplo o planejamento de longo prazo não é realizado para cada minuto da operação ). 
ESTIMATIVAS DA RESERVA
Evidentemente a mina é planejada em função do que foi definido como depósito. O planejamento de mina deve confiar plenamente na função de estimativa da reserva mineral. Um progresso substancial foi obtido nos últimos 20 anos para que essa estimativa fosse computadorizada; apenas esse assunto seria suficiente para um único curso. Por isso é que apenas poucos detalhes pertinentes à operação serão descritos já que eles estão intimamente relacionados com certos procedimentos de planejamento.
PLANO DE MINA
Este aspecto do planejamento deve ser estudado em detalhe, já que todas as demais funções do planejamento estão relacionadas com o plano inicial. Uma boa compreensão desse estágio ( envolvendo um método computadorizado ) dará o conhecimento necessário para o planejamento dos outros estágios.
PLANEJAMENTO DA PRODUÇÃO
O despacho envolve a tomada de decisão dentro do progresso e em tempo real. Os objetivos são específicos para cada decisão e, são tomados com base na aplicação de uma regra geral de operação ou uma função objetiva.
AVALIAÇÃO ECONÔMICA
A capacidade planejada e o teor devem ser convertidos em fluxo de caixa. Não deve-se perder de vista o fato de que o objetivo fundamental da mineração é o lucro. Os planejamentos comumente não fazem previsão quanto ao preço dos produtos, embora tenham muito a fazer do lado dos custos. O rendimento recuperável deve ser determinado no plano de mina.As técnicas de avaliação utilizando o fluxo de caixa são largamente empregadas na tomada de decisão na mineração. 
PROGRAMAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DA PRODUÇÃO
A ocupação principal dos engenheiros de minas nas minas operacionais envolve, de várias formas, a programação e a distribuição da produção da mina. Os engenheiros que trabalham nas funções de suporte, por exemplo: ventilação, mecânica das rochas, etc.. devem Ter conhecimento do planejamento de curto prazo e, também, participarem no desenvolvimento do planejamento de curto prazo. Os engenheiros de produção executam necessariamente as funções de planejamento, monitoramento e elaboração dos relatórios. 
PROCEDIMENTOS BÁSICOS NO PLANEJAMENTO DE MINA
Desmatamento
As áreas destinadas à lavra devem ser desmatadas conforme as necessidades de desenvolvimento da lavra, abertura de acessos e disposição de estéril. Deve preceder a todas estas ações, porém de forma racionalizada e em consonância com o orgão ambiental responsável . 
Sistema de Acessos
O planejamento do sistema de acessos está vinculado às necessidades de desenvolvimento de frentes de lavra, de remoção dos estéreis, conciliando a otimização com a racionalidade. O desenvolvimento da lavra e o acesso às pilhas de estéril depende do sistema de acesso à mina. A malha viária deve ser de tal forma dimensionada a atender as necessidades, procurando não se abrir rampas sem necessidades para evitar aumento de poeira, ruídos, consumo de águas para irrigação e processos erosivos.
Sistema de Drenagem
Através dos planos de longo prazo são definidos o plano de drenagem das minas, como objetivo de racionalizar a seqüência de lavra sem prejudicar a sua operação. Cabe ao sistema de drenagem prover de condições favoráveis à retenção de finos dentro da mina, buscando evitar assoreamento de barragens e possíveis transtornos à comunidade. Na fase do planejamento e ao longo da lavra deve-se manter o controle do nível de drenagem das bancadas para que se favoreça ao aspecto operacional e econômico, reduzindo os processos erosivos causados pelas águas de chuva e conseqüente carreamento de finos para áreas externas à lavra.
Planejamento de Diques de Contenção de Finos
De posse do planejamento da lavra a longo prazo, deve-se levantar através da localização e do traçado da cava, do sistema de drenagem os pontos que deverão ser dotados de sistema de contenção de finos.
Planejamento de Pilha de Estéril
É da responsabilidade do planejamento de longo prazo dentro das diretrizes estratégicas dos planos de lavra, elaborar os projetos detalhados das pilhas de disposição de estéril, bem como o sequenciamento. A partir dos dados e premissas básicas dolongo prazo, levanta-se os quantitativos referentes ao projeto final de lavra e do seqüencial. Estima-se então os volumes e tipos de estéril a serem empilhados, como também se determina empolamento de cada material, para ajuste da configuração projetada da pilha. 
Figura 3 – Estágios de um Projeto de Mineração
3 - MÉTODOS DE LAVRA:
A mineração pode ser classificada em três grupos principais: as minerações ditas empresariais ou industriais, de grande porte, como rochas industriais; as minerações ditas de uso social, de menor porte, como as pedreiras, os portos de areia e as lavras de argila e, por fim, os garimpos atividades extrativistas, informais, manuais ou mecanizadas e, freqüentemente, clandestinas. Áreas típicas de mineração são minas a céu aberto, minas subterrâneas, disposição de estéril e disposição de rejeitos e, tendo sua relevância ditada pelo porte dos empreendimentos de mineração, ou por aspectos de custos, de segurança ou ambientais.
Os empreendimentos de mineração em geral são de maturação lenta, podendo ocorrer vários anos entre a descoberta da ocorrência até o início da operação. E a própria operação, geralmente, pode se desenvolver por dezenas de anos. As várias etapas dos empreendimentos são as seguintes:
* projeto: compreende os estudos e projetos de engenharia com especificações construtivas, destinados à execução das obras;
* implantação: é a etapa de instalação do empreendimento, englobando também o desenvolvimento da mina ou sua preparação para a lavra propriamente dita.
* operação: diz respeito às atividades de lavra e concentração do minério e extração do estéril;
* desativação: esta etapa representa o encerramento do empreendimento, preparando a área para outra finalidade, pois a atividade mineral deve ser entendida como uso temporário da terra, após o qual a área afetada deve ser recuperada e devolvida para outro uso. 
* instalações de beneficiamento geralmente abrigam equipamentos de grande porte de cominuição e concentração, como britadores, moinhos, peneiras, ciclones, bombas e motores, células de flotação, espirais, jigues, filtros, espessadores, etc. 
* instalações de apoio: são as construções de apoio ao projeto que compreendem a portaria, os escritórios o almoxarifado, as oficinas, os alojamentos, as áreas de estocagem de insumos, etc.
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Figura 4 - Empreendimentos da Mineração.
Importância da mineração:
O progresso material, técnico e cultural da civilização esteve sempre ligado à exploração/explotação dos recursos minerais;
Modernamente, a indústria extrativa mineral é cara e complexa;
A indústria extrativa de minerais, é capaz de transformar o minério em riquezas, que por sua vez gera desenvolvimento;
A mineração está presente em todos os campos da atividade humana.
Definições e conceitos básicos:
Mineração: Ramo da Engenharia como sendo a ciência e a arte de conduzir as operações extrativas principais, tendo em vista:
Obter o melhor rendimento do trabalhador em ton/homem/dia;
Obter o melhor rendimento do equipamento mecanizado visando o menor investimento;
Obter o menor custo por unidade produzida;
Obter a maior salubridade e segurança dos mineiros;
Evitar a lavra predatória e ambiciosa preservando as reservas futuras e o meio ambiente.
Métodos de exploração: forma geométrica empregada para a exploração de uma determinada jazida, ou seja, é o conjunto de processos utilizados e de soluções adotadas para a remoção da substância mineral útil contida numa fração da jazida.
Princípios e regras fundamentais da exploração mineira
Segurança
Economia
Bom aproveitamento da jazida
Proteção ambiental
 explotação da mina
Acessos ( vias de acessos )
A céu aberto: trincheiras, rampas, planos inclinados;
Subterrânea: túneis, poço vertical, poço inclinado.
Preparação da superfície da mina para o arranque
Unidades de exploração
Acesso fácil;
Transporte fácil;
Arranque de forma independente;
Fácil extração do minério;
Ventilação independente.
Exigência principais para a exploração de uma jazida
Segurança do trabalho;
Custo mínimo na exploração do mineral e obtenção do produto final;
Elevado rendimento do trabalho;
Perdas e diluição mínima do mineral;
Cumprimento do plano de extração;
Criação de condições favoráveis para o trabalho;
Mecanização efetiva dos trabalhos mineiros e criação de possibilidades para uma ampla automação dos processos de produção.
Fatores que influenciam na escolha do método de lavra:
Características geográficas das jazidas:
Localização da jazida;
Topografia
Profundidade;
Clima;
Vegetação;
Características geológicas e físicas das jazidas:
Forma da jazida ou corpo mineral
Potência
Teor mineral
Profundidade
Dimensão da jazida
Natureza mineralógica dos componentes do minério
Enriquecimento e disseminação da mineralização na jazida mineral
Característica mecânicas
Condições econômicas.
Eleição do método de lavra:
Fatores de seleção
Profundidade, forma e dimensões da jazida mineral;
Localização;
Propriedades físicas;
Distribuição de teores;
Fatores econômicos;
Regulamentação ( meio ambiente ).
Critérios de seleção
Rendimento e produtividade;
Segurança do pessoal e produtividade;
Recuperação ( extração );
Porcentagem de reservas ( cubagem );
Reserva in situ
Objetivos do Método de Lavra:
O objetivo da exploração de uma jazida é a extração sistemática de minérios e/ou substâncias minerais, de tal forma que sua comercialização proporcione para a empresa de mineração o retorno econômico esperado (utilidade). A boa aplicação do método de exploração é importante, sendo considerado bom método todo aquele que é seguro, tenha um bom rendimento econômico, aproveite bem a jazida e proteja o meio ambiente. 
CICLO BÁSICO DA MINERAÇÃO:
Os ciclos básicos de mineração a céu aberto e mineração subterrânea são praticamente os mesmos e compõem-se das seguintes operações:
Estabelecimento dos acessos (desenvolvimento),
Extração em um ciclo perfuração => detonação => carregamento,
Transporte do material desmontado.
Esquematicamente esse ciclo pode ser descrito como:
 ACESSO
 PERFURAÇÃO
 SERVIÇOS								 DETONAÇÃO
AUXILIARES
 CARREGAMENTO
- fornecimento energia
- bombeamento de água
- transporte de pessoal e materiais
- manutenção
- sistemas de controle (topografia, supervisão, etc)
 TRANSPORTE
 PROCESSAMENTO
 PILHA ESTOCAGEM
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Figura 5 - Ciclo da Mineração a Céu Aberto.
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Figura 6 - Ciclo da Mineração Subterrânea.
A opção de seleção do método de lavra normalmente está entre dois extremos:
Alta produção / baixo teor / baixo custo / alta diluição / baixa eficiência
Baixa produção / alto teor / alto custo / pequena diluição / alta eficiência (min. seletiva).
10 - seleção dos Métodos de Lavra:
Lavra a céu aberto: 
Lavra subterrânea: 
A lavra a céu aberto compreende todos os serviços de aproveitamento do material útil da jazida executada na superfície ou em aberturas amplas, não recobertas por rochas. É o contrário da lavra subterrânea, efetuada no interior dos terrenos. A lavra a céu aberto pode envolver casos de aproveitamento de material subterrâneo, através da remoção do terreno sobrejacente ou de simples execução de aberturas limitadas, onde o material interessante é extraído sem direto acesso humano às suas jazidas. Como exemplos deste último caso: lavra do petróleo, de gases combustíveis, sais solúveis, materiais de baixo ponto de fusão ou possíveis de serem mantidosem suspensão.
A Céu Aberto:
Em Flanco
Em Cava
Subterrâneo:
Métodos Auto-suportados
Métodos Suportados Artificialmente
Métodos por Abatimentos
Lavra a céu aberto:
Definição geral: a lavra diz-se céu aberto quando o minério é extraído da superfície da terra, ou próximo dela. A lavra céu aberto representa 75% da extração de bens minerais úteis lavrados anualmente.
Vantagens e desvantagens comparativas:
Vantagens:
Aproveitamento da jazida de baixo teor;
Elevada escala de produção e de produtividade;
A não utilização de suporte em teto de mina;
Emprego de equipamento de grande porte;
Menores custos de extração;
Menor prazo de construção;
Ausência de problemas de ventilação;
Melhor controle de esgotamento.
Desvantagens:
Custos operacionais diretos mais elevados (exige maior; remoção e movimentação de rochas estérieis );
Imobilização de grandes áreas superficiais;
Restrições de localização;
Certas dependências das condições climáticas;
Limita a lavra a profundidades moderadas;
Restrições e preservação do meio ambiente.
Aplicabilidade:
Jazidas aflorantes;
Camadas horizontais ou pouco inclinadas;
Maciços ( lavráveis por bancos );
Jazidas profundas lavráveis por furo de sonda.
Diferencial das jazidas a céu aberto: características geométricas:
Jazidas horizontais;
Jazidas de mergulho suave;
Jazidas inclinadas;
Jazidas verticais;
Corpos minerais tipo stoks;
Sinclinais e anticlinais;
Acima da cota de superfície.
 Os fatores de controle que determinam a escolha do método de mineração entre operação à céu aberto ou métodos subterrâneos são o custo de mineração, recuperação de minério e diluição.
						 - remoção de estéril da cobertura
Operação à céu aberto => custo de mineração - remoção de estéril dos taludes do pit
						 - custo de extração de minério
A razão entre os m3 de estéril/ m3 de minério é o fator de controle no custo comparativo de mineração à céu aberto x mineração subterrânea.
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Figura 7 – Aplicabilidade dos jazidas a céu aberto.
Lavra Subterrânea:
A lavra subterrânea é aquela executada no seio dos terrenos. São todos os serviços de aproveitamento do material útil da jazida, executados na sub-superfície. É aplicável a corpos sob espessas camadas de capeamento, cuja remoção seja antieconômica pelo método de lavra a céu aberto, ou em casos impostos (legislação mineira, jazidas sobre cidades ou espessas lâminas de água, etc.). Os princípios fundamentais da exploração mineira são: segurança, economia; bom aproveitamento da jazida e proteção do meio ambiente.
A segurança (safety first) é o mais importante princípio fundamental da exploração a respeitar. É importante que os trabalhadores desenvolvam seus trabalhos em condições adequadas (deverão sentir-se seguros) para que a exploração da jazida possa decorrer com normalidade e eficiência (otimização dos trabalhos).
A economia é também um princípio fundamental já que uma jazida só será explorável se a sua exploração for rentável. Merecem atenção de destaque todos os fatores susceptíveis de se traduzirem em abaixamento de preços de custo do minério extraído (Ex. boa organização e otimização do trabalho e a procura de melhores soluções técnicas).
O bom aproveitamento da jazida é importante pois os recursos minerais são recursos naturais não renováveis, sendo por conseguinte esgotáveis, significa que a riqueza mineral, salvo raras exceções, não se regenera. 
A indústria mineira se caracteriza pelo esgotamento progressivo do seu objeto, tornando-se por isso indispensável o bom aproveitamento das jazidas (extração racional) através de boas técnicas mineiras.
A proteção ambiental é cada vez mais essencial em qualquer projeto de exploração, na medida em que é necessário preservar o meio que nos rodeia para as gerações futuras. Por conseguinte qualquer plano de lavra deverá adotar medidas e sistemas de proteção do ambiente, bem como um plano de recuperação ambiental e paisagística.
Exigências principais para a exploração de uma jazida. Na exploração de uma jazida recomenda-se observar as seguintes exigências:
1. Segurança do trabalho
2. Custo mínimo na exploração do mineral e obtenção do produto final
3. Elevado rendimento do trabalho
4. Perdas e diluição mínimas do mineral
5. Cumprimento do plano de extração
6. Criação de condições favoráveis para o trabalho
7. Mecanização efetiva dos trabalhos mineiros e criação de possibilidades para uma ampla automação dos processos de produção
A segurança do trabalho prevê três coisas:
a) Segurança para os trabalhadores com respeito aos traumatismos.
b) Criação de condições de salubridade, que permitam prevenir as enfermidades profissionais
c) Segurança da própria mina em relação a incêndios, inundações, explosões de gás e pó, etc.
Vias de acessos em serviços subterrâneos:
Toda mina subterrânea tem pelo menos dois acessos até a superfície; 
 Túnel ( tunnel )
	São galerias horizontais cuja abertura das entradas está na superfície.
Poço ( shaft )
É uma abertura vertical que dá acesso aos diferentes horizontes de uma jazida.
Mergulho de 50 a 700.
São abertos na lapa ( parte de baixo da jazida ).
O material é transportado através de vagonetes, caminhões, correias etc.
Nível ( level )
É o horizonte em que se processa os trabalhos.
Internível
	É o bloco rochoso situado entre dois níveis.
Subnível
São galerias situadas nos interníveis.
Cabeceira
	É a galeria sensivelmente horizontal que acompanha a direção da jazida.
Travessa
	É uma galeria sensivelmente horizontal que faz um acentuado ângulo com a direção da jazida.
Subida ou chaminé ( raise)
São aberturas feitas sempre de baixo para cima.
Descida 
São aberturas feitas de cima para baixo.
Realce ou alargamento
São galerias de grandes dimensões, devido ao desmonte do minério e da rocha encaixante.
Uma mineração subterrânea exige a construção de uma série de galerias e escavações próximas e semelhantes em geometria, geologia e sistema de execução. A natureza temporária da maior parte das escavações executadas (podem ser abandonadas logo após a lavra do minério) associada a presença relativa de constrangimentos econômicos, determinam a adoção dos fatores de segurança inferiores aos de obras civis. 
Além de galerias e travessas sub-horizontais, escavam-se poços (shafts) verticais para transporte de pessoal, minério/estéril e equipamentos, bem como, poços inclinados tais como chutes descendentes, passagens ou ainda chaminés para minério e/ou estéril, escavam-se também raises ascendentes e winzes descendentes para interligação de níveis diferentes, rampas e planos inclinados para tráfego de equipamentos (sob trilhos ou não, muitos dos quais chegando até a superfície do terreno). 
Adicionalmente, para a lavra do minério, escavam-se aberturas com desenvolvimento em volume do tipo alargamentos ou realces ou ainda câmaras com utilidades diversas. 
 A seleção do método de escavação e lavra depende das características do corpo de minério (tamanho, forma, atitude, profundidade), bem como das características geomecânicas do minério e encaixantes, da hidrogeologia e, ainda, de fatores econômicos e ambientais. 
Figura 19 – Representação típica dos Elementos de uma Mina Subterrânea.
Uma mineração subterrânea exige a construção de uma série de galerias e escavações próximas e semelhantes em geometria, geologia e sistema de execução. A natureza temporária da maior parte das escavações executadas (podem ser abandonadas logo após a lavra do minério) associada a presença relativa de constrangimentos econômicos, determinam a adoção dos fatores de segurança inferiores aos de obras civis. 
Além de galerias e travessas sub-horizontais, escavam-se poços (shafts) verticais para transporte de pessoal, minério/estéril e equipamentos, bem como, poços inclinados tais como chutes descendentes,passagens ou ainda chaminés para minério e/ou estéril, escavam-se também raises ascendentes e winzes descendentes para interligação de níveis diferentes, rampas e planos inclinados para tráfego de equipamentos (sob trilhos ou não, muitos dos quais chegando até a superfície do terreno). 
Adicionalmente, para a lavra do minério, escavam-se aberturas com desenvolvimento em volume do tipo alargamentos ou realces ou ainda câmaras com utilidades diversas. A seleção do método de escavação e lavra depende das características do corpo de minério (tamanho, forma, atitude, profundidade), bem como das características geomecânicas do minério e encaixantes, da hidrogeologia e, ainda, de fatores econômicos e ambientais. 
Variáveis de desenvolvimento:
Sistema de iluminação
Descrição do sistema de iluminação dos pontos de iluminação fixa. 
Sistema de ventilação
Descrição do tipo de ventilação, seu circuito, encaminhamento do ar para as galerias e divisores. As escavações subterrâneas são adicionalmente definidas pelo binômio produção (ou avanço) versus estabilização que, por sua vez, é dependente das características geotécnicas do maciço, as quais podem, ainda, variar em profundidade, tornando-se assim função de estudos de mecânica dos solos e das rochas.
 A lavra subterrânea de jazidas minerais de razoável potência, extensão e profundidade, demanda a divisão da jazida em unidades independentes para o desmonte e manuseio do material extraído. 
Tipos de lavra a Céu Aberto:
Métodos de Desmonte por bancadas:
Nas explorações a céu aberto a dimensão dos bancos deve garantir a execução das manobras com segurança, obedecendo às seguintes condições: 
A altura dos bancos não deve ultrapassar 15 m, mas na configuração final, antes de se iniciarem os trabalhos de recuperação paisagística, esta não deve ultrapassar os 10 m; 
Na base de cada banco deve existir um patamar, com, pelo menos, 2 m de largura, para permitir, com segurança, a execução dos trabalhos e a circulação dos trabalhadores, não podendo na configuração final esta largura ser inferior a 3 m, tendo em vista os trabalhos de recuperação; 
Os trabalhos de arranque num banco só devem ser retomados depois de retirados os escombros provenientes do arranque anterior, de forma a deixar limpos os pisos que os servem; 
Relação entre o porte da máquina de carregamento e a altura da frente não inferior a 1. 
Sendo a exploração a céu aberto feita, na sua grande maioria, por bancadas, é necessário a existência, de acordo com a lei em vigor, de um plano de trabalhos contendo os seguintes elementos: 
altura das frentes de desmonte (bancos); 
largura das bases dos bancos; 
diagramas de fogo, caso existam; 
situação das máquinas de desmonte em relação à frente e as condições da sua deslocação; 
condições de circulação das máquinas de carregamento, perfuração e transporte; 
condições de circulação dos trabalhadores; 
configuração da escavação durante os trabalhos e no final dos mesmos, devendo-se ter em conta a estabilidade das frentes e taludes; 
e local de deposição de eventuais escombros e terras de cobertura, área e forma a ocupar por estes. 
Os métodos de desmonte a céu aberto podem ser: 
Flanco de encosta;
Cava ;(abaixo da superfície). 
Figura 8 - Típico Desmonte em Flanco de Encosta
Figura 9 - Típico Desmonte em Cava
Elementos da lavra em bancadas:
A. Bancos ou bancadas
Berma: superior e inferior
Topo
Praça
Face ou talude do banco
Ângulo de talude do banco
B. Trincheira: galeria aberta com seção trapezoidal com grande comprimento.
Trincheira principal: trincheira inclinada que serve para o decapeamento e que permite o transporte comunicando a superfície com as bancadas de trabalho. 
Trincheira de corte: trincheira horizontal empregada para a criação de frente inicial de trabalho nas bancadas.
Decapeamento da jazida: escavação de trincheiras principais que possiblitam o tráfego desde a superfície da jazida ou desde uma parte lavrada da jazida a outra em exploração.
C. Limite entre a lavra a céu aberto e a lavra subterrânea
D. Contornos finais - pit final
E. Contornos perspectivos
F. Contorno intermediário
G. Contorno superior
H. Contorno inferior
I. Fundo da mina
Borda da mina
Ângulo de talude da borda da mina
Profundidade da mina
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Figura 10 - Elementos típicos da lavra de bancadas
 Métodos de extração de Rocha Ornamental:
Nas explorações de rocha ornamental programa-se o desmonte de blocos primários, blocos esses que são definidos consoante as características do maciço, as produções requeridas, mão de obra e equipamentos disponíveis. Entende-se por tempo de desmonte de um bloco primário o tempo necessário à exploração até à retirada completa do estéril e do minério gerado pelo mesmo. A exploração de um bloco primário faz-se em 6 operações fundamentais, as quais se dividem por sua vez em operações secundárias. As operações fundamentais após a limpeza da rocha, são:
Perfuração; 
Corte; 
Tombamento; 
Esquadrejamento; 
Extração; 
Acabamento. 
A definição de cada uma das operações deve constar no plano de lavra e tem por objetivo o aproveitamento máximo de blocos de dimensão comercial. O desmonte inicia-se com a operação de perfuração (Figura 10), sendo os furos realizados com o objetivo de definir materialmente a área do bloco primário e a largura das fatias, isto é a dimensão do bloco a desmontar.
Figura 11 - Etapas de perfuração e corte de rocha ornamental.
Após a execução dos referidos furos é introduzido o fio helicoidal diamantado, ou jato hidráulico com vista à realização do corte de levante (corte de fundo). Em seguida, para individualização do bloco primário, são realizados os cortes laterais. Uma vez terminada a individualização do bloco primário, procede-se ao corte do bloco em fatias que definem o bloco maior transportável, com a operação de esquartejamento. Após as fatias se encontrarem plenamente individualizadas, são tombadas sendo os blocos transportados por grua ou através de outro equipamento de transporte e levados para fora por rampa.
 O tombamento de uma fatia é realizado com o auxílio de uma almofada ou macaco hidráulico, que originam o desequilíbrio da fatia até esta cair numa "cama" previamente realizada . A cama tem uma dupla função: amortecer o impacto da queda da fatia derrubada, minimizando a quantidade de fraturas induzidas pelo choque, e ajudar posteriormente a operação de esquadrejamento, permitindo a passagem do fio adiamantado, sem que seja necessário proceder a nova furação. A cama é normalmente construída com terra, fragmentos de rochas e pneus velhos.
Figura 12 - Etapas de tombamento da fatia de rocha ornamental.
O desmonte termina com a limpeza da frente retirando-se o estéril para o deposito com o recurso à pá carregadora, e elevando o minério para o parque de blocos por grua ou caminhões. Pelo fato de os blocos apresentarem dimensões e formas muito variadas, torna-se necessário efetuar uma operação de acabamento. Esta operação, realizada pela monolâmina, tem por objetivo a correção total dos blocos transportados, com vista a posterior comercialização ou a serragem.
 Métodos de Desmonte por bancadas de Rocha Industrial:
A indústria de rocha industrial realiza o desmonte do minério com arranque por explosivos no caso de massa mineral consistente, ou por arranque direto ou hidráulico em massas incoerentes. Por conseguinte as operações fundamentais de uma exploração de rocha industrial são totalmente diferentes das operações realizadas numa exploração de rocha ornamental. 
Para Maciços de Minerais Coerentes (resistentes) as explorações são realizadas na frente de desmonte por explosivos com o intuito de proceder ao arranque do minério. A realização deste desmonte obedece a determinados critérios e fatores que determinam a concepção e eficiência da mesma.
Figura 13 - Operações fundamentais de uma exploração de rochaindustrial.
Na etapa de estabelecimento do plano de fogo deve-se ter em atenção a fatores importantes como: 
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Figura 14 – Elementos de um plano de fogo.
Métodos de Lavra por Desmonte Hidráulico:
A exploração de massas minerais incoerentes pode ser feita por desmonte direto ou desmonte hidráulico.O desmonte direto pode ser manual ou mecânico e consiste em atacar diretamente a frente de desmonte de modo a individualizar o minério. Por conseguinte a sua utilização está limitada a massas minerais que sejam facilmente desagregadas. São várias as explorações de massa mineral por desmonte direto mecânico, sendo a exploração de argila, areia e outros materiais de construção as mais comuns nas explorações de argila, areia, cascalho ou quaisquer outras massas de fraca coesão. 
O desmonte hidráulico consiste em utilizar a força hidráulica (essencialmente água) nas frentes de desmonte para a desagregação do minério.De todos os sistemas de exploração existentes, o hidráulico é o único que permite combinar o desmonte de um material, o seu transporte para uma estação de tratamento e sua recuperação nessa mesma estação, assim como o posterior escoamento dos resíduos com a energia obtida por um fluxo de água. Aplica-se fundamentalmente onde os materiais são desagregados por ação de água à pressão, como as aluviões de ouro, cassiterita, diamantes, ilmenita, rútilo, zirconio; formações argilosas, arenosas e outras. Os equipamentos hidráulicos são equipamentos de desmonte, constituídos por uma lança ou canhão direcional, de largo diâmetro, que projeta um jacto de água sobre o maciço rochoso, que permite desagregar e arrastar os materiais, cujo estado de consolidação é apropriado para tal finalidade.
Figura 15 - Desmonte Hidráulico
A utilização destes equipamentos tem as seguintes vantagens: 
Desmonte contínuo do material a explorar; 
Infra-estrutura mineira reduzida; 
Equipamentos mais econômicos; 
Menores necessidades de pessoal e com menor especialização; 
Baixo custo de operação. 
Os inconvenientes principais são: 
Condições específicas do material a desmontar; 
Grandes necessidades de água e pressão de água; 
Necessidade de grandes áreas para retenção de resíduos; 
Escassas probabilidades de seletividade; 
Aplicabilidade do sistema quando o processo de tratamento posterior é feito em via úmida; 
Condições topográficas adequadas para a circulação dos materiais desmontados; 
Disposições restritivas sobre contaminação e impacto ambiental. 
De acordo com as características mecânicas do maciço rochoso existem dois esquemas de exploração básicos: 
Desmonte direto do material que se encontra na frente de trabalho; 
Desmonte do material, após uma previa desagregação; 
O princípio geral de trabalho quando é possível desmontar o maciço diretamente, corresponde ao seguinte esquema operativo: 
Projeção do jato sobre o pé do talude de modo a criar uma sobrescavação do mesmo até que se origine a queda do talude; 
O material desmontado é submetido à ação do jacto de modo a promover a sua desagregação e escoamento ao longo do canal de transporte; 
Uma vez limpa a frente, o equipamento é aproximado da nova frente de trabalho, repetindo-se o ciclo. 
As distintas possibilidades de posicionamento do equipamento dão origem as três esquemas de exploração, segundo as direções relativas do jato projetado e da polpa escoada.
Método de lavra por Tiras: 
A lavra por lançamento é um método de exploração de superfície usado essencialmente para carvão, que se assemelha ao método de lavra em cava porém difere em um único aspecto. O material de cobertura não é disposto para o depósito de estéril por meio de transporte por caminhões ou equipamentos que se deslocam por estradas e acessos e sim por lançamento direto seja por explosivos seja por equipamento de escavação (dragline). 
Dessa forma o manuseio de material consiste na escavação e transporte (por lançamento) geralmente combinados em uma única operação unitária e executada por um único equipamento. Por isso a diferenciação em um método único e o que faz do método uma técnica de alta produtividade e menor custo unitário dentre os métodos de ampla aplicação em lavra a céu aberto. Porém não é somente o fato de concentrar escavação e transporte em uma única operação que torna o método atrativo, o fato de permitir depositar o material estéril em áreas previamente mineradas significa que a taxa de exposição e pré- cobertura em avanço é a mínima possível. 
Dessa maneira a operação de lavra propriamente dita, fica concentrada em uma área bastante restrita. Além disso, a deposição de material estéril na sua posição de destino final permite que seja feita a recomposição do terreno imediatamente após a lavra. Assim a produtividade da operação de lavra é determinada pelo equipamento de escavação de cobertura, pelo fato da utilização dos maiores equipamentos o número de frentes de lavra é extremamente limitada conferindo pouca flexibilidade para variações nos planos de lavra, bem como toda a produção é executada por um único equipamento, fragilizando a produção em casos de paradas, quebras e atrasos devido ao equipamento. 
Diferentemente do método em cava, o mesmo equipamento não pode ser utilizado para remoção de material estéril e lavra de minério. Como o processo de disposição por lançamento requer equipamentos específicos para a atividade que se propõem ao passo que a lavra propriamente dita do minério é executada por equipamentos convencionais de escavação e transporte usados na lavra em cava. 
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Figura 16 – Sequência de extração do método de lavra por Tiras
Aplicações do Método de Lavra por Tiras:
Pela característica dos depósitos onde são aplicados esse tipo de método (corpos planos, tabulares e extensos em área) e o padrão repetitivo, planos de lavra não necessitam ser tão elaborados quanto os planos de lavra em cava. Contudo em terrenos mais acidentados ou em situações de mergulho acentuado da camada mineralizada, o conhecimento do comportamento da relação estéril minério (REM) e a definição dos limites econômicos de lavra são fundamentais. Dessa forma a seleção do equipamento de remoção de estéril é uma decisão primordial, ficando a escolha dentre os seguintes equipamentos e provavelmente nessa ordem de preferência: 
• Dragline 
• Cable Shovel (escavadeira frontal a cabo) 
• Bucket whell 
Condicionantes:
Camadas pouco profundas, sub-horizontais e com grande extensão e volume
Resistência do minério: qualquer;
Resistência da rocha: qualquer;
Forma do depósito: tabular, em camadas;
Mergulho: qualquer, de preferência horizontal;
Tamanho: grande extensão lateral;
Teor: pode ser baixo;
Uniformidade do minério: uniforme ou quase;
Profundidade do depósito: raso;
Exigências ambientais.
Dimensões típicas
- Altura da bancada: 30-60m;
- Largura de cada tira: 23 a 46m;
- Ângulo de talude: 60º - 75º ;
- Ângulo das pilhas: 30º - 45º 
Ciclo de operações unitárias:
- Perfuração: trado, rotativa, percussão;
- Detonação;
- Escavação: draglines, escavadeiras, buckets-wheel, carregadeiras, tratores, scrapers, monitores hidráulicos;
- Transporte: caminhões, correias, scrapers, trilhos.
Operações auxiliares:
- Estabilidade de taludes;
- Acessos para caminhões;
- Manutenção: mecânica e elétrica;
- Drenagem e bombeamento;
- Recuperação ambiental;
- Controle de poeira, saúde e segurança
Vantagens e Desvantagens do método:
A principal vantagem é o uso de um único equipamento para efetuar a descobertura e o mínimo de remanuseio de material e o baixo custo unitário de lavra devido a que o capeamento é depositado direto paraas areas lavradas. Outra vantagem é um ângulo de talude maior considerando que o corte fica exposto por pouco tempo.Como desvantagem é que o alcance da lança da draga deve ser grande para executar a operação e não permite trabalhar varias operações simultâneas.
Métodos Especiais
A) Lavra de pláceres
B) Lavra de petróleo e gases combustíveis
C) Lavra de sais solúveis e suspensóides
D) Lavra de enxofre
E) Lavra submarina
F) Lavra “in situ”
A - LAVRA DE PLÁCERES
Os métodos de lavra de pláceres estão geralmente associado ao beneficiamento do material “in loco”, pois envolvendo o manuseio de grandes volumes, com baixo valor unitário, não possibilitaria, e economicamente, longos transportes e tratamentos elaborados. A recuperação baixa (sualmente inferir a 50%) é compensada pela quantidade produzida, graças aos grandes volumes de material tratado. A seleção do método de lavra é afetada pelo volume do plácer, teores, distribuição dos valores, profundidades, granulação do material, disponibilidade de água, localização, clima, disponibilidade de capital, etc. Os métodos são classificados em:
1) manuais
2) hidráulicas
3) mecânicas
Métodos manuais:
Se limitam a territórios inexplorados, em depósitos pequenos, porém ricos e pouco potentes.Existem dois métodos principais, o de paleação do material até aos sluices concentradores e o desmonte hidráulico.No primeiro método a água necessária é acumulada numa pequena represa e conduzida através de canais ou canos à área de lavra. Os sluices se mostram numa trincheira aberta na rocha de base, no ponto mais baixo do plácer; se escava uma faixa de 3,6 m e 4,5 m de largura ao longo do eixo do aluvião e os sluices vão sendo estendidos à medida que a escavação progride água acima. O material a ser tratado é jogado com pás no canal e são desintegrados pela água e arrastados sobre os rifles ou ranhuras do sluice. Os blocos grandes são removidos a mão e empilhados ao lado. 
Para realizar o desmonte hidráulico, se faz a água correr sobre a superfície e se parte de uma trincheira aberta na rocha de fundo, que se vai estendendo água acima, até alcançar os limites do plácer. Ao chegar a este ponto se dirige a corrente de água contra o bordo superior do banco e se arranca assim uma faixa de seis metros de largura, que se avança no sentido da corrente. A água conduzida ao longo de frente de desmonte por valetas ou calhas de madeira. A trincheira aberta na rocha de fundo conduz as água e o material desmontado até aos sluices. Os sluices são limpos de tempos em tempos e o material recolhido é concentrado em batéias.
 
Figura 17 – Sequência de Extração de lavra por Pláceres.
Métodos mecânicos
Os métodos mecânicos podem ser executados por desmonte por raspadores de cabos, escavadeirras de arrasto, dragas de alcatruzes, dragas de conchas ou dragas de sucção. As dragas nas suas diversas modalidades apresentam primazia na lavra de pláceres. Na sua concepção mais ampla, uma draga é uma máquina escavadeira, lavradora-concentradora e transportadora dos rejeitos. Acionada eletricamente, ela trabalha flutuando e escavando sob a água ou em bancos de moderada altura sobre o nível da água. Vai descartando os rejeitos atrás, à medida que vai escavando à frente o qual elimina os tradicionais transportes de minério da mina (run-of-mine) e estéril para os bota-foras, da lavra convencional. Com isso tem se conseguido lavrar pláceres de baixíssima concentração (0,05g/m3 de ouro, por exemplo).
 
Figura 22 - Elevação de uma drag para aluviais auríferos.
Figura 18 – Utilização de dragas na extração de lavra por Pláceres.
Lavra Subterrânea:
A lavra subterrânea é aquela executada no seio dos terrenos. São todos os serviços de aproveitamento do material útil da jazida, executados na sub-superfície. É aplicável a corpos sob espessas camadas de capeamento, cuja remoção seja antieconômica pelo método de lavra a céu aberto, ou em casos impostos (legislação mineira, jazidas sobre cidades ou espessas lâminas de água, etc.). Os princípios fundamentais da exploração mineira são: segurança, economia; bom aproveitamento da jazida e proteção do meio ambiente.
A segurança (safety first) é o mais importante princípio fundamental da exploração a respeitar. É importante que os trabalhadores desenvolvam seus trabalhos em condições adequadas (deverão sentir-se seguros) para que a exploração da jazida possa decorrer com normalidade e eficiência (otimização dos trabalhos).
A economia é também um princípio fundamental já que uma jazida só será explorável se a sua exploração for rentável. Merecem atenção de destaque todos os fatores susceptíveis de se traduzirem em abaixamento de preços de custo do minério extraído (Ex. boa organização e otimização do trabalho e a procura de melhores soluções técnicas).
O bom aproveitamento da jazida é importante pois os recursos minerais são recursos naturais não renováveis, sendo por conseguinte esgotáveis, significa que a riqueza mineral, salvo raras exceções, não se regenera. 
A indústria mineira se caracteriza pelo esgotamento progressivo do seu objeto, tornando-se por isso indispensável o bom aproveitamento das jazidas (extração racional) através de boas técnicas mineiras.
A proteção ambiental é cada vez mais essencial em qualquer projeto de exploração, na medida em que é necessário preservar o meio que nos rodeia para as gerações futuras. Por conseguinte qualquer plano de lavra deverá adotar medidas e sistemas de proteção do ambiente, bem como um plano de recuperação ambiental e paisagística.
Exigências principais para a exploração de uma jazida. Na exploração de uma jazida recomenda-se observar as seguintes exigências:
1. Segurança do trabalho
2. Custo mínimo na exploração do mineral e obtenção do produto final
3. Elevado rendimento do trabalho
4. Perdas e diluição mínimas do mineral
5. Cumprimento do plano de extração
6. Criação de condições favoráveis para o trabalho
7. Mecanização efetiva dos trabalhos mineiros e criação de possibilidades para uma ampla automação dos processos de produção
A segurança do trabalho prevê três coisas:
a) Segurança para os trabalhadores com respeito aos traumatismos.
b) Criação de condições de salubridade, que permitam prevenir as enfermidades profissionais
c) Segurança da própria mina em relação a incêndios, inundações, explosões de gás e pó, etc.
Vias de acessos em serviços subterrâneos:
Toda mina subterrânea tem pelo menos dois acessos até a superfície; 
 Túnel ( tunnel )
	São galerias horizontais cuja abertura das entradas está na superfície.
Poço ( shaft )
É uma abertura vertical que dá acesso aos diferentes horizontes de uma jazida.
Mergulho de 50 a 700.
São abertos na lapa ( parte de baixo da jazida ).
O material é transportado através de vagonetes, caminhões, correias etc.
Nível ( level )
É o horizonte em que se processa os trabalhos.
Internível
	É o bloco rochoso situado entre dois níveis.
Subnível
São galerias situadas nos interníveis.
Cabeceira
	É a galeria sensivelmente horizontal que acompanha a direção da jazida.
Travessa
	É uma galeria sensivelmente horizontal que faz um acentuado ângulo com a direção da jazida.
Subida ou chaminé ( raise)
São aberturas feitas sempre de baixo para cima.
Descida 
São aberturas feitas de cima para baixo.
Realce ou alargamento
São galerias de grandes dimensões, devido ao desmonte do minério e da rocha encaixante.
Uma mineração subterrânea exige a construção de uma série de galerias e escavações próximas e semelhantes em geometria, geologia e sistema de execução. A natureza temporária da maior parte das escavações executadas (podem ser abandonadas logo após a lavra do minério) associada a presença relativa de constrangimentos econômicos, determinam a adoção dos fatores de segurança inferiores aos de obras civis. 
Além de

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