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Gestão Social e Ambiental
100Histórico sobre o papel das organizações da sociedade civil no Brasil.
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Esta unidade apresenta a discussão histórica acerca do papel das organizações da sociedade civil no 
Brasil, especialmente as que se dedicam às questões relativas à ação social. A formação das organizações 
da sociedade civil no Brasil está situada desde a época colonial. Neste período, a Igreja Católica era uma 
das instituições mais importantes da sociedade. Até a construção do Império (século XIX), a Igreja Católica 
era a instituição mais importante, pois foi a que mais atuou no sentido de delinear a conduta das camadas 
sociais menos favorecidas. Somente no século XX que a Igreja perde sua hegemonia diante das ações 
de caridade e filantropia, pois outras instituições passaram a utilizar esse mesmo canal para responder a 
algumas demandas sociais.
Ao estudar esta unidade de aprendizagem, você poderá:
 ● Compreender o papel das organizações na sociedade civil no Brasil;
 ● Analisar a importância histórica das organizações e de sua influência na sociedade civil.
No decorrer deste material você conhecerá diferentes temas. Confira abaixo:
 ● Organizações; 
 ● Sociedade Civil; 
 ● Terceiro Setor; 
 ● Políticas Sociais.
Introdução
Objetivo
Tópicos Abordados
Gestão Social e Ambiental
101Histórico sobre o papel das organizações da sociedade civil no Brasil.
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Sociedade Civil
Historicamente, a atuação das organizações na sociedade civil no Brasil pode ser analisada desde a 
época colonial. Neste período, as instituições religiosas eram as principais responsáveis pelas demandas 
da sociedade.
Estava nas mãos dos jesuítas, por exemplo, a catequese e a construção do sentido de civilização advindos 
da cultura européia para os indígenas.
A Igreja Católica, além de responsável por parte do processo civilizatório, também exercia grande domínio 
nas resoluções do Estado e, por conseguinte, nas diretrizes que as camadas mais pobres e desfavorecidas 
(como os escravos, índios e os marginalizados) politicamente pela metrópole, deveriam seguir. 
Até os primeiros anos da década de 1810, a Igreja foi a instituição que mais atuou no sentido de delinear 
a conduta das camadas sociais menos favorecidas.
Acreditava-se que a assimilação da linguagem e da cultura portuguesa levaria àqueles povos 
a condição de sujeitos, passíveis de exercício de alguns elementos básicos para a cidadania. 
A metrópole portuguesa não reconhecia nenhum direito para os que não faziam parte do seu 
projeto de civilização. 
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Gestão Social e Ambiental
102Histórico sobre o papel das organizações da sociedade civil no Brasil.
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Durante o período imperial, de 1808 a 1889, além da Igreja Católica, o regime criou hospitais, escolas e 
outros “lugares” de assistência aos que estavam à margem da sociedade. 
O destaque, portanto, estava nas mãos do poder do Estado Imperial, uma vez que não havia espaço para 
a criação de um estilo de organização civil que pudesse absorver a questão social. 
Entretanto, foi somente no século XX que o sentido de caridade, assistência e filantropia ganharam força 
no contexto das organizações e sua atuação na sociedade civil. A Igreja Católica não era a única a atuar 
nas questões sociais, mas também as empresas privadas e o Estado. 
Inicialmente, as organizações privadas estavam baseadas no sentido da caridade e da filantropia, ou seja, 
na ação espontânea no sentido de “ajudar” os mais necessitados.
Em geral, as organizações ou pessoa física que promovem a filantropia, atribuem 
a este ato uma forma de ajudar e orientar o desenvolvimento e a mudança social, 
sem necessariamente recorrer à intervenção do Estado. 
Além disso, em alguns casos, a ação filantrópica critica ou tenta corrigir as 
políticas sociais que, de certa forma, não se destinam aos membros mais 
carentes da sociedade.
A filantropia ou voluntariado dizem respeito ao ato de amenizar o montante de necessidades 
sociais que atinge as camadas menos abastadas da sociedade. 
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103Histórico sobre o papel das organizações da sociedade civil no Brasil.
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Do ponto de vista das organizações empresariais, o sentido de ação filantrópica está vinculado ao 
modelo industrial inaugurado no Brasil a partir dos anos 1930.
Com o desenvolvimento da sociedade pós-industrial, conforme salientou Tenório (2006), o filantropismo 
assumiu nova dimensão e passou a ser concebido pelas empresas na qualidade de agentes sociais no 
plano de negócios das corporações.
Assim, o conceito de filantropia evoluiu para: 
 ● Voluntariado Empresarial
 ● Responsabilidade Social Corporativa 
 ● Cidadania Corporativa
 ● Desenvolvimento Sustentável
Quanto à organização estatal, foi no Governo de Getúlio Vargas, a partir de 1930, que ocorreu maior 
intervenção no direcionamento da sociedade civil no que concernem as políticas sociais.
Neste período, Vargas promoveu a Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), cujo intuito era garantir 
à classe trabalhadora brasileira uma legislação que pudesse abarcar as questões desta classe, como o 
estabelecimento de horário para exercer suas funções, padrão salarial, regulamentação de entidades de 
representação trabalhista (como os sindicatos), entre outros. 
Vale ressaltar que a organização estatal brasileira assumiu o modelo de “Estado de Bem-
Estar Social”, o que significa dizer que cabia ao Estado a manutenção e execução de 
políticas que garantissem saúde, educação, habitação, saneamento básico, entre 
outras necessidades da população. 
As questões de ordem econômica, comércio exterior e relações de mercado deveriam 
ser de responsabilidade da camada social que detém o capital econômico e, ao Estado, 
caberia apenas regulamentar ou institucionalizar a legislação que melhor atendesse 
a estas organizações. 
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1930
No início do Século XX, os movimentos mais comuns eram ligados à área rural, pois a economia brasileira, 
até 1930, estava baseada quase toda na produção do campo. 
1950
Nos anos 1950, período conhecido como o “desenvolvimentismo”, os movimentos sociais estavam 
tanto nos espaços rurais, como nos centros urbanos. A visibilidade ocorria com manifestações em 
espaços urbanos. Os movimentos populares urbanos foram impulsionados por organizações como SABs 
(Sociedade Amigos do Bairro) e CEBs (Comunidades Eclesiais de Base).
1960 e 1970
Nos anos 1960 e 1970, apesar da repressão promovida pelo regime militar, alguns movimentos 
permaneceram, mas sem respaldo efetivo. 
Somente nos anos 1980 que na sociedade civil surgiram organizações que, de fato, exerciam a 
reivindicação das expectativas das camadas excluídas da sociedade.
Para isso, criaram-se fóruns de debates, organizações partidárias de diversas ideologias e a sistematização 
de organizações não governamentais para dar respostas à sociedade no que concerne a ineficiência do 
Estado na resolução de problemas sociais, ambientais, econômicos e políticos.
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Terceiro Setor
Em 1990, alguns movimentos (como MST – Movimento dos sem Terra) e organizações não governamentais, 
movimentos sindicais e de professores se destacaram. 
Com a Constituição de 1988, o Brasil entrou na década de 1990 sob a égide do neoliberalismo e a 
inserção do país na ordem global. Desde então, as organizações do terceiro setor assumiram novas 
características.Anteriormente, estavam enraizadas na sociedade na condição de representação das camadas excluídas 
e de críticas às políticas sociais ineficientes elaboradas pelo Estado. 
Com a globalização e o aumento de entrada de capital estrangeiro para a condução das ações sociais 
das ONGs, o lugar da crítica ao Estado cede espaço para parcerias entre terceiro setor, Estado e 
organizações privadas. 
Esta nova configuração, abriu espaço de atuação, em moldes empresariais, da chamada “gestão social”.
Além disso, a instituições de ensino superior investem cada vez mais na formação de gestores para 
a área social. 
O resultado de tal investimento é a consolidação de uma área de conhecimento destinado a gestores 
que, além de compreender a importância na construção de um discurso que crie uma conexão 
entre sociedade civil e organizações públicas e privadas, também aprende a aplicar determinados 
conceitos típicos da administração para a gestão de organizações não-governamentais. 
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Avaliação a Distância
Responda Certo ou Errado.
1 - Quais são as semelhanças entre os conceitos de ecodesenvolvimento e desenvolvimento 
sustentável?
Ambos assimilam a idéia de preservação ambiental para as gerações futuras como um princípio 
ético e profundamente necessário. A idéia é, portanto, a criação de sociedade sustentável.
2 - Quais são as prerrogativas do relatório produzido pela ONU, intitulado “nosso futuro comum”, em 
1983?
Em 1983, a ONU produziu um relatório, intitulado “Nosso Futuro Comum”, cuja finalidade era propor 
estratégias a longo prazo para construir um desenvolvimento sustentável, a partir do ano de 2000.
Respostas - 1 - A. 2 - A
A - Certo
A - Certo
B - Errado
B - Errado
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3 - Quais são as prerrogativas do relatório produzido pela ONU, intitulado “nosso futuro comum”, 
em 1983?
Nessa proposta, a intenção era impedir a criação de espaços de cooperação entre os países 
desenvolvidos e os que estão em outra fase (menos avançada) de desenvolvimento, para que a 
preocupação com o meio ambiente não assumisse lugar de destaque nas agendas dessas nações.
Quais são as prerrogativas do relatório produzido pela ONU, intitulado “nosso futuro comum”, 
em 1983?
A principal ênfase desse documento estava nas conseqüências da pobreza sobre o meio ambiente e, 
portanto, pensar as resoluções para a degradação ambiental perpassava, também, pela conscientização 
de que os problemas sociais (especialmente os do Terceiro Mundo) deveriam receber a devida atenção 
dos Estados e dos órgãos internacionais.
Respostas - 3 - B. 4 - A
A - Certo
A - Certo
B - Errado
B - Errado
5 - Por que as discussões sobre o papel social das organizações tornaram-se fundamentais a partir 
dos anos 1980?
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Atividade Obrigatória
A partir da leitura desta unidade e do artigo “Cuidar do Lixo, Cuidar do Planeta”, disponível na página http://
diplo.org.br/imprima2710 , faça uma análise crítica sobre o tema “sustentabilidade”. 
Síntese
Em síntese, a sustentabilidade, na condição de elemento de discussão fundamental na atualidade, apresenta 
certa dificuldade em sua conceituação. Desde os anos 1960, as discussões acerca do desenvolvimento 
econômico e o impacto social e ambiental provocado por ele, é tema de vários trabalhos acadêmicos e 
preocupação dos órgãos mundiais, conforme apontando nesta unidade. É importante destacar que, na 
perspectiva empresarial, a sustentabilidade e as questões ecológicas assumiram posição de destaque. Por 
um lado, o Estado, ao criar uma legislação para que as empresas assumam suas devidas responsabilidades 
(sociais e ambientais), incorporam a necessidade de atuação intensa das organizações no processo de 
construção de uma sociedade sustentável, ou seja, de preservação ecológica para as gerações futuras. 
 ● Dias, Reinaldo. Gestão ambiental: responsabilidade social e sustentabilidade. 1ª Ed. São Paulo: 
Ed. Atlas. 2009.
 ● Layrargues, Philippe Pomier. Do ecodesenvolvimento ao desenvolvimento sustentável: evolução de 
um conceito? In: Proposta, 25 (71): 5-10. 1997.
 ● Tachizawa, Takeshi; Andrade, Rui Otávio Bernardes de. Gestão Socioambiental Estratégica: 
estratégias na nova era da sustentabilidade. Rio de Janeiro: Campus. 2008. 
Bibliografia Recomendada

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