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DOS JUROS LEGAIS,DA CLÁUSULA PENAL,DAS ARRAS OU SINAL-1

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DOS JUROS LEGAIS,DA CLÁUSULA PENAL,DAS ARRAS OU SINAL
DOS JUROS LEGAIS
Juros são os rendimentos do capital. São considerados frutos civis da coisa, assim como os aluguéis. 
Juro é o preço do uso do capital alheio, ele remunera o credor por ficar privado de seu capital e paga-lhe o risco em que incorre de não recebê-lo de volta (inadimplemento).
ESPÉCIES DE JUROS
Juros compensatórios: também chamados de remuneratórios ou juros-frutos, são os devidos como compensação pela utilização de capital pertencente a outrem. Devem ser previstos no contrato.
Juros moratórios: incidentes em caso de retardamento na sua restituição ou de descumprimento de obrigação. (Devem ser previstos no contrato, estipulados pelos contratantes, não podendo exceder a taxa que estiver em vigor para a mora do pagamento de impostos devidos à Fazenda Nacional. 
Ocorre a partir da constituição em mora, podem ser convencionados ou não, sem que para isso exista limite previamente estipulado na lei.
ESPÉCIES DE JUROS
Juros convencionais: ajustados pelas partes, de comum acordo.
Juros legais: previstos ou impostos pela lei.
Juros moratórios legais: mesmo que os juros legais não sejam convencionados, serão sempre devidos à taxa legal. (art. 407 CC)
ESPÉCIES DE JUROS
Juros simples: sempre calculados sobre o capital inicial.
Juros compostos: são capitalizados, calculando-se juros sobre juros, ou seja, os que forem computados passarão a integrar o capital.
DOS JUROS LEGAIS
“Art.406 quando os juros moratórios não forem convencionados, ou o forem sem taxa estipulada, ou quando provierem de determinação da lei, serão fixados segundo a taxa que estiver em vigor para a mora do pagamento de impostos devidos à fazenda Nacional.”
DOS JUROS LEGAIS
Contam-se os juros moratórios desde a citação inicial (art.405 CC) – Responsabilidade contratual
Contam-se os juros moratórios desde a data do fato (art.398 CC) – Responsabilidade extracontratual (Nas obrigações provenientes de ato ilícito, considera-se o devedor em mora, desde que o praticou.)
Ex.: se o passageiro do ônibus sofre danos em decorrência de um acidente com o coletivo, os juros moratórios são devidos a partir da citação inicial, por se tratar de responsabilidade contratual (contrato de adesão celebrado com a transportadora). Mas se a vítima é um pedestre que foi atropelado pelo ônibus, os juros são contados desde a data do fato (responsabilidade extracontratual).
Efeitos dos juros moratórios (art.407 CC)
"Art. 407. Ainda que se não alegue prejuízo, é obrigado o devedor aos juros da mora que se contaram assim às dívidas em dinheiro, como às prestações de outra natureza, uma vez que lhes esteja fixado o valor pecuniário por sentença judicial, arbitramento, ou acordo entre as partes.”
Juros não é preciso provar o fato lesivo, são incididos automaticamente. 
(no caso de perdas e danos, é preciso ser provado o prejuízo real, o que perdeu ou deixou de ganhar, nos juros não, se tem a taxa ela vai incidir no valor mesmo que não haja prejuízo.)
Em toda obrigação pecuniária ou não, recai os juros independentemente da natureza da obrigação.
(não importa a natureza da obrigação, se tiver mora, por exemplo, sempre recai juros, mesmo que não tenha requisitado nas perdas e danos e se não tiver taxa fixada, valerá a da lei.)
DA CLÁUSULA PENAL
CONSIDERAÇÕES GERAIS
“É a obrigação acessória pela qual se estipula uma pena ou multa para o caso de uma das partes deixarem culposamente de cumprir a obrigação principal ou retardar o seu cumprimento.”
Art. 408-“Incorre de pleno direito o devedor na cláusula penal, desde que, culposamente, deixe de cumprir a obrigação ou se constitua em mora.”
DA CLÁUSULA PENAL
A cláusula penal tem dupla função: a) atua como meio de coerção (intimidação), para compelir o devedor a cumprir a obrigação e, assim, não ter de pagá-la; e ainda b) como prefixação das perdas e danos (ressarcimento) devidos em razão do inadimplemento do contrato.
DA CLÁUSULA PENAL
Dies interpellat pro homine 
Vencido o termo estipulado contratualmente para o adimplemento da obrigação, sem que o devedor a cumpra, este incorrerá de pleno iure na cláusula penal dies interpellat pro homine. Se não houver prazo convencionado, necessário se tornará a interpelação para constituir o obrigado em mora
DA CLÁUSULA PENAL
Acessóriedade da cláusula penal
A cláusula penal é contrato acessório, estipulado, em regra, conjuntamente com a obrigação principal, embora nada obste que seja convencionado em apartado, em ato posterior, antes, porém, do inadimplemento da obrigação principal.
DA CLÁUSULA PENAL
Pena convencional compensatória
Ter-se-á a pena convencional compensatória se estipulada para a hipótese de total inadimplemento da obrigação e para garantir a execução de alguma cláusula especial do título obrigacional.
* Pena convencional moratória.
Será moratória a pena convencional se convencionada para o caso de simples mora. 
DA CLÁUSULA PENAL
Efeitos da cláusula penal compensatória na hipótese de total descumprimento da obrigação
“Quando se estipular a cláusula penal para o caso de total inadimplemento da obrigação, esta converter-se-á em alternativa a benefício do credor”. 
A expressão “a benefício do credor” significa que a escolha de uma das alternativas compete ao credor e não ao devedor. Não pode este dizer que prefere pagar o valor da cláusula penal a cumprir a prestação. Quem escolhe a solução é aquele, que pode optar por esta última, se o desejar. 
DA CLÁUSULA PENAL
Consequências da pena convencional compensatória para garantia da cláusula especial 
“Quando se estipular a cláusula penal para o caso de mora, ou em segurança especial de outra cláusula determinada, terá o credor o arbítrio de exigir a satisfação da pena cominada, juntamente com o desempenho da obrigação principal”.
DA CLÁUSULA PENAL
Efeito da pena convencional moratória
Quando moratória, terá o credor o arbítrio de exigir a satisfação da pena cominada, juntamente com o desempenho da obrigação principal
Limite máximo do valor da cominação
O limite legal da cláusula penal, mesmo sendo compensatória, é o valor da obrigação principal, que não pode ser excedido pelo estipulado naquela. Segundo o artigo:
Art.412”O valor da cominação imposta na cláusula penal não pode exceder o da obrigação principal.”
Imputabilidade relativa a cláusula penal
a prestação incluída na cláusula penal não se soma à indenização estabelecida na lei. O credor não pode exigir, ao mesmo tempo, como assevera ANTUNES VARELA, le principal et la peine, mas pode pode optar livremente por uma ou por outra.
DA CLÁUSULA PENAL
Efeito da obrigação indivisível
Sendo indivisível a obrigação, todos os devedores, caindo em falta um deles, incorrerão na pena; mas esta só se poderá demandar integralmente do culpado, respondendo cada um dos outros somente pela sua quota”.
Obrigação divisível com pena convencional
Em caso de obrigação divisível só incorre na cláusula penal aquele devedor que a infringiu, e de maneira proporcional a sua parte na obrigação
Exigibilidade “pleno iure” da cláusula penal
A pena convencional, i. é, cláusula penal, poderá ser exigida sem que o credor precise alegar(e provar) prejuízo. Pleno iure. Funções da Cláusula Penal: a) atuar como meio de coerção sobre o devedor para compeli-lo a cumprir a obrigação e não ter de pagar a multa convencional; b)prefixar perdas e danos capazes de cobrir todos os danos que emergirão do inadimplemento da obrigação ou de seu retardo, de modo que não terá o credor que provar o dano, mas apenas o inadimplemento da obrigação(devedor e credor, ao estipularem a cláusula penal, deliberaram valor que seria justo para o caso de inadimplemento, logo não há o que o credor dizer que o valor é insuficiente e nem o devedor de dizer que ele é exorbitante, avaliaram como sendo o valor justo para este tipo de situação).
Prejuízo excedente ao valor da cláusula penal
 em suma - cobrando a multa contratual não se pode pleitear perdas e danos; não precisa o credor, no entanto,
provar o prejuízo, que se presume pela instituição de uma multa para o caso de ele sobrevier; só poderá cobrar perdas e danos aquele que abrir mão da multa contratual e provar o prejuízo e inadimplemento da obrigação. Possibilidade do pedido de indenização suplementar. Só poderá o credor exigir indenização suplementar se assim houver sido convencionado no contrato(em não sendo convencionado não poderá, ainda que o prejuízo seja maior, exceda o valor da cláusula penal). 
DAS ARRAS OU SINAL
Considerações gerais
Arras confirmatórias
Adiantamento do preço
Prévia determinação das perdas e danos
Arras confirmatórias e indenização suplementar
Arras penitenciais e exclusão da indenização suplementar

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