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Introdução À Psicologia Cognitiva Psicologia Cognitiva: “É o estudo de como as pessoas percebem as informações, aprendem-nas, lembram-se delas e pensam nelas” (STERNBERG & STERNBERG, 2016, p. 3). Estuda as várias formas de como as pessoas percebem, por que se lembram de alguns fatos e esquecem de outros e por que aprendem uma língua. Estudar a história da psicologia cognitiva passa pelo entendimento da dialética. Dialética é um processo de desenvolvimento no qual as ideias evoluem com o tempo pela troca de ideias. É a extensão de uma discussão por um período maior de tempo. O processo dialético tem: A) Proposição de uma tese: enunciado de uma opinião sobre um assunto qualquer. Com o passar do tempo, algumas pessoas percebem falhas na tese.... B) Surgimento de uma antítese: enunciado que contrapõe a tese. C) Integração dos pontos de vista pela síntese, que integra os pontos de vista mais confiáveis da tese e da antítese. Ex: comportamento humano: gens/ ambiente. As origens mais antigas do cognitivismo são baseadas na: 1. Fisiologia: estudo científico das funções vitais mantenedoras da matéria viva, através de métodos empíricos (baseados na observação). 2. Filosofia: procura compreender a natureza geral de muitos aspectos do mundo, principalmente através da introspecção. Recordando.... Platão (428-348 a.C.), filósofo grego, acreditava que o conhecimento se dava por meio da análise lógica. Não era preciso fazer experimentos para adquirir novos conhecimentos. Era racionalista: a razão seria a fonte de conhecimento ou justificativa. Aristóteles (384-322 a. C.), naturalista, biólogo e filósofo, acreditava que o conhecimento era adquirido por meio da evidência empírica. Era empirista: a experiência e a observação como fonte de conhecimento. René Descartes (1596-1650) também era racionalista. Considerava que o método introspectivo e reflexivo era superior ao método empírico para encontrar a verdade. “Penso, logo existo”: a única prova da existência era o fato de pensar e questionar. John Locke (1632-1704) era empirista. Acreditava que os homens nascem sem nenhum conhecimento, e precisavam buscar conhecimento na observação empírica. Não existiam ideias inatas. “Tábula rasa”: a vida e a experiência registram o conhecimento. Para os racionalistas o único caminho para a verdade era a reflexão contemplativa. Para os empiristas, o caminho para a verdade era a observação meticulosa. Immanuel Kant (1724- 1804), filósofo, sintetizou as ideias de Descartes e Locke dizendo que racionalismo e empirismo têm o seu lugar e podem ser considerados para se encontrar a verdade. Métodos para obter conhecimento Como o conhecimento era adquirido Racionalismo Por meio do pensamento reflexivo e da análise lógica. Empirismo Por meio da observação. Síntese Por meio da observação, do pensamento e da análise lógica. Wilhelm Wundt (1832-1920), em 1879, trouxe à Psicologia o status de ciência, ao fundar o primeiro laboratório de psicologia em Leipzig na Alemanha. Visto como fundador do estruturalismo: eventos mentais possuíam estruturas que podiam ser analisadas em elementos ou partes e que esses processos mentais básicos podiam ser observados e recordados. Usou o método da Introspecção: observação consciente dos processos do pensamento de uma pessoa; busca dos componentes elementares de um objeto ou processo. Através da Introspecção podia-se analisar as próprias percepções. Esse método permitiu saber-se que: Nem sempre as pessoas conseguem dizer exatamente o que têm na mente ou se expressar adequadamente. O que dizem pode não ser exato. O fato das pessoas prestarem atenção nos pensamentos ou falarem em voz alta enquanto realizam uma tarefa, pode alterar o processo em pensamento. Edward Titchener (1867-1927) foi um seguidor de Wundt e levou o estruturalismo para os EUA. Wundt trouxe algumas contribuições importantes para a Psicologia Cognitiva, como por exemplo: o reconhecimento da atenção como importante componente da cognição, localização dos eventos mentais na memória semântica, e a formação, pela experiência, desses eventos mentais como conceitos. Numa crítica ao racionalismo, surge o funcionalismo, que sugeria que os psicólogos se concentrassem mais nos processos do pensamento em vez de se concentrar no conteúdo dele. Funcionalismo: buscava compreender o que as pessoas fazem e por que fazem. O entendimento da mente humana e do comportamento seria baseado nos estudos dos processos de como e porque a mente humana funciona. Uma vez que os funcionalistas acreditavam que se podia usar qualquer método para responder às perguntas dos pesquisadores, foram naturalmente conduzidos ao pragmatismo. Os pragmáticos acreditavam que o conhecimento era válido pela utilidade: ‘o que se pode fazer com isso?’. EX: a importância da psicologia para a aprendizagem e memória se dava pelo fato de melhorar o desempenho escolar e de permitir lembrar de coisas importantes. Um líder em guiar o funcionalismo em direção ao pragmatismo e também considerado precursor da Psicologia Cognitiva foi William James (1890), um teórico cujas contribuições à atenção, à percepção e à memória continuam atuais após um século. Por exemplo, ele distinguiu memória primária (presente psicológico) e memória secundária (passado psicológico), sendo esses conceitos retomados setenta anos depois como memória de curto e longo prazo (Eysenck & Keane, 1994). Embora estivessem interessados em saber como ocorre o aprendizado, os funcionalistas não conseguiram especificar como a aprendizagem acontece. Essa tarefa foi realizada pelos associacionistas. O associacionismo examinava como os elementos da mente, os eventos e as ideias, por exemplo, podem ser associados para resultar em uma forma de aprendizado. As associações podem resultar de: A) contiguidade: associação de situações que tendem a ocorrer ao mesmo tempo; B) similaridade: associação de situações com características ou propriedades semelhantes ou C) contraste: associação de situações que mostram polaridades: quente/frio, claro/escuro.... Nos anos 1800, Hermann Ebbinghaus (1850-1909), foi o primeiro pesquisador a aplicar o associacionismo de maneira sistemática, estudando os próprios processos mentais. Ele fez uma lista de palavras sem sentido e anotou quanto tempo levava para memorizar as listas. Contou os erros e registrou os tempos de resposta. Descobriu que a repetição frequente permitia fixar as associações mentais de maneira mais consistente na memória. Entendeu que a repetição auxilia no aprendizado. Outro associacionista foi Edward Lee Thorndike (1874-1949), que entendeu que a satisfação é a chave para formar associações. Chamou esta ideia de lei do efeito: com o tempo, um estímulo tende a produzir determinada resposta se um organismo for compensado por aquela resposta. Se uma criança receber uma recompensa por resolver um problema de matemática, ele estabelece uma associação entre resposta correta e recompensa. Foram essas ideias que precederam o desenvolvimento do behaviorismo. Abordagem para estudar a mente Métodos utilizados O que é estudado Estruturalismo Introspecção Conteúdo/estrutura da mente Funcionalismo Diversos: depende da pergunta feita Processos de como a mente trabalha Pragmatismo Diversos Pesquisa que pode ser aplicada ao mundo real Síntese: Associacionismo Experimentos:Ebbinghausfoi o próprio participante.Thorndikeutilizou gatos e humanos A forma como o aprendizado acontece pela associação de objetos.
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