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Associação entre circunferência abdominal e fatores de risco para o desenvolvimento da Síndrome Metabólica Daniele Decanine, Débora Zanutto Velasques, Jorge Aparecido Barros, Bianca Sampaio Araújo, Rafael Luis Carvalho e Vivian Silva Ribeiro Universidade Católica Dom Bosco. Saúde – Módulo Corpo Humano. OBJETIVOS: A fim de contribuir com estudos sobre a ocorrência de doenças metabólicas e cardiovasculares e sensibilizar os sistemas de saúde, objetivamos estimar a associação entre as medidas da circunferência abdominal (CA) e os fatores de risco para a síndrome metabólica, como a presença de fatores hereditários para o desenvolvimento de hipertensão arterial e diabetes e nível de atividade física de homens e mulheres. MÉTODOS: Foi realizado estudo seccional em Campo Grande/MS, com 636 homens e 887 mulheres de idade entre 18 e 74 anos, em abril de 2009, por acadêmicos dos cursos da área da saúde – módulo Corpo Humano. A coleta de dados foi realizada com aferição da CA na altura da cicatriz umbilical, sobre a pele, no momento expiratório utilizando fita métrica comum. Atribuindo-se as medidas recomendadas pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (normal: ≤80cm; alto: >84cm para mulher e normal: ≤90cm; alto: >94cm para homem). A presença de fatores hereditários familiar para hipertensão e diabetes e para avaliação do nível de atividade física pessoal foi verificada através da aplicação de questionário. As análises estatísticas foram feitas com o Graphpad prism (5.02). RESULTADOS: Conforme os dados não mostrados, a medida de CA apresenta uma correlação positiva com a idade, tanto em homens (p<0,0001) quanto em mulheres (p<0,0001), sinalizando para um risco aumentado ao desenvolvimento da síndrome metabólica nos indivíduos com o aumento da idade. Na tabela 1, observamos que as mulheres possuem maior número de familiares com histórico de diabetes (p=0,034) e hipertensão (p=0,0004) do que os homens, e que, os homens apresentam níveis de atividade física aumentada (p<0,0001) do que as mulheres. Por outro lado, nos homens, conforme aumenta a idade diminui os níveis de atividade física (p<0,0001) (figura 1). Tabela 1 – Prevalência de fatores de risco para a síndrome metabólica entre homens e mulheres. * p valor =0,034 para a comparação entre homens e mulheres *** p=0,0004 e p valor <0,0001 Figura 1 – Correlação entre idade e níveis de atividade física em homens e mulheres. CONCLUSÃO: A vigilância do sobrepeso e da obesidade é fundamental para diminuir a adiposidade abdominal, bem como, a prática de atividades físicas, abandono do tabagismo e modificações nos hábitos alimentares são tipos de interferências nos estilos de vida diária que podem reduzir a adiposidade corporal e a CA podendo diminuir a incidência de doenças cardiovasculares e metabólicas como hipertensão e diabetes. REFERÊNCIAS: Hasselmann, M. H. et al. Associação entre circunferência abdominal e hipertensão arterial em mulheres: Estudo Pró- Saúde. Caderno de Saúde Pública, Rio de Janeiro, 24(5):1187-1191, mai, 2008. Suplicy, H. de L. Obesidade Visceral, Resistência à Insulina e Hipertensão Arterial. Rev Brás Hipertens. 2:136-41, 2000. Ribeiro, F.F. et al. Gordura Visceral e Síndrome Metabólica: Mais Que Uma Simples Associação. Arq Bras Endocrinol Metab. vol 50 nº2. Abril, 2006. Homem Mulher (%) (%) CA normal 63,68 66,97 CA alta 36,32 33,03 Atividade física >12 41,20*** 31,49 Atividade física <12 58,80 68,51 Histórico Hipertensão 55,68 69,10* Histórico Diabetes 38,52 51,16*** Homens 20 40 60 80 0 5 10 15 20 p<0,0001 r=-0,17 *** Idade Ní ve l d e At iv id ad e Fí si ca Mulheres 20 40 60 80 0 5 10 15 20 p=0,44 r=-0,026 Idade Ní ve l d e At iv id ad e Fí si caA B
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