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PAISAGISMO e JARDINAGEM 2

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JJaarrddiinnaaggeemm ee PPaaiissaaggiissmmoo 
Módulo II 
 
 
Parabéns por participar de um curso dos 
Cursos 24 Horas. 
Você está investindo no seu futuro! 
Esperamos que este seja o começo de 
um grande sucesso em sua carreira. 
 
Desejamos boa sorte e bom estudo! 
 
Em caso de dúvidas, contate-nos pelo 
site 
www.Cursos24Horas.com.br 
 
Atenciosamente, 
Equipe Cursos 24 Horas 
 
 
 
 
 
 
 
Sumário 
 
Unidade 3 – Plantas Ornamentais..............................................................................3 
3.1 – Árvores ............................................................................................................3 
3.2 – Arbustos......................................................................................................... 19 
3.3 – Trepadeiras..................................................................................................... 27 
3.4 – Folhagem ....................................................................................................... 30 
3.5 – Flores ............................................................................................................. 33 
3.6 – Gramas ornamentais ....................................................................................... 39 
Unidade 4 – Jardinagem e Paisagismo..................................................................... 41 
4.1 – Elementos auxiliares na composição da paisagem........................................... 42 
4.2 – Cuidados com o jardim................................................................................... 48 
4.3 – Roberto Burle Marx........................................................................................ 53 
Encerramento............................................................................................................ 57 
Bibliografia................................................................................................................ 58 
 
 
3
 
Unidade 3 – Plantas Ornamentais 
 
Olá aluno, 
 
 Nesta unidade, vamos apresentar as plantas ornamentais que poderão compor o 
seu jardim. Dividimos, para fins didáticos, essa unidade entre árvores de grande, médio 
e pequeno porte, arbustos (que são árvores menores do que aquelas de pequeno porte), 
trepadeiras, folhagens, flores e gramas. 
 
 A partir desta exposição, você conhecerá uma maior variedade de espécies 
vegetais e poderá pensar nas mais adequadas para a composição de sua área verde. 
 
Bons estudos. 
 
3.1 – Árvores 
 
Agora que você já conhece as etapas de construção do jardim, vamos passar a uma 
análise das plantas que podem ser utilizadas. Adiante, no curso, veremos como 
combinar as espécies em relação ao estilo escolhido para o jardim. 
 
Neste primeiro momento, vamos ver as árvores de grande, pequeno e médio porte 
que poderão ser utilizadas para ornamentar e embelezar o espaço. 
 
As árvores são as primeiras plantas ornamentais a serem escolhidas para compor o 
jardim. A vantagem delas para o projeto paisagístico é que o custo de manutenção é 
praticamente zero. Nos três primeiros anos, após serem plantadas, as árvores devem 
receber atenção do jardineiro com regas regulares, mas depois desse período a 
manutenção se resume à retirada de ramos secos ou doentes. 
 
Além disso, elas ajudam a diminuir o calor do espaço através da sombra que 
promovem, o que é muito vantajoso em um país de clima tropical como o Brasil, assim 
 
4
 
como reduzem a quantidade de partículas de poeira em suspensão no ar, que ficam 
presas às folhas das árvores, sendo levadas para o solo com a chuva. A seguir, vamos 
apresentar algumas espécies de árvore que poderão ser incorporadas ao seu jardim. 
 
ÁRVORES DE GRANDE PORTE 
 
Vamos ver, em primeiro lugar, quais as espécies mais comuns de árvores de 
grande porte existentes no Brasil. Junto de cada ilustração há o nome comum da espécie 
e, entre parênteses, seu nome científico. 
 
Analise as árvores e, se você tem um grande espaço para construir o jardim, faça 
uso delas, em razão dos benefícios expostos anteriormente. 
 
• Açoita-Cavalo (Luehea divaricata) 
 
Árvore nativa da Serra do Mar, existente entre os 
estados de São Paulo e Rio de Janeiro, possui 
crescimento rápido, enraizamento profundo e galhos 
flexíveis, sendo ideal para sombreamento e 
ornamentação. A folhagem é perene, o que produz 
denso sombreamento. 
 
Tem a madeira branco-amarelada, dura, utilizada 
na marcenaria fina. É uma planta resistente à geada, 
sendo adequada para locais muito frios (como a região 
Sul do Brasil). 
 
As flores são grandes, de cor branca-amarelada, sendo o verso das folhas 
esbranquiçado. 
 
 
 
 
 
5
 
• Araribá (Centrolobium robustum) 
 
 
Árvore alta com tronco reto e copa larga. Apresenta 
desenvolvimento rápido e possui flores amarelas, que 
recobrem as pontas dos ramos. Além disso possui caráter 
perene, florescendo em fevereiro. 
 
 
 
 
• Cinamomo (Melia azedarach) 
 
Espécie de árvore originária da Ásia, bem 
adaptada ao clima brasileiro. É uma árvore que 
atinge até 20 metros de altura, com copa 
arredondada e folhagem fina. Tem o 
desenvolvimento bastante rápido e o 
enraizamento superficial. As folhas caem no 
inverno. As flores são de coloração róseo-lilás, conforme vemos na figura ao lado, e 
aromáticas. 
 
• Eucalipto-Ornamental (Eucalyptus ficifolia) 
 
É uma bela espécie de eucalipto ornamental em 
razão da copa larga com folhagem verde e o particular 
efeito alaranjado das flores que ocorrem com grande 
volume. Possui o crescimento de média duração. 
 
 
 
 
 
6
 
• Eucalipto-Prateado (Eucalyptus 
cinerea) 
 
É uma espécie bastante decorativa, pois 
suas folhas em tom entre azul e prateado 
contrastam com a folhagem verde ao redor. 
 
Possui crescimento rápido, chegando à 
altura de 15 metros. É ideal para climas subtropicais e tropicais de altitude, tendo a 
floração no outono e no inverno. 
 
• Ginko (Ginkgo biloba) 
Espécie única, com origem na China, ideal 
para climas temperados. Árvore de porte 
majestoso que atinge até 40 metros de altura. As 
folhas, em formato de leque na cor verde-alface, 
tornam-se douradas no final do outono, quando 
caem das árvores. Seu cultivo é fácil, mas seu 
crescimento é lento nos primeiros anos. Existe 
no mundo há mais de 150 milhões de anos, sendo praticamente um fóssil vivo. 
 
• Guapuruvú (Schizolobium parahyba) 
Linda espécie brasileira de tronco 
liso e alto, coberto por uma copa regular 
de folhas imensas divididas de maneira 
muito fina, lembrando a folhagem das 
samambaias. Tem flores amarelas e 
crescimento muito rápido. 
 
Perde totalmente as folhas no 
inverno, quando inicia a fase de floração e, após as flores caírem, começa novamente a 
brotação das folhas. Produz sombra bem leve, o que permite que seja plantada em 
gramados ou em canteiros sem causar prejuízo a outras espécies. Embora seja frequente 
 
7
 
em quase todas as regiões do Brasil, o cultivo dela no extremo Sul do país não é 
recomendável. 
 
• Magnólia-Branca (Magnolia 
grandiflora) 
 
Árvore robusta e de porte largo, com folhas 
largas, verde-escuras. A folhagem é permanente, 
formando sombra densa. As flores são enormes e 
belas, como ilustrado na figura acima, de até 20 cm de diâmetro, que exalam perfume 
agradável durante a noite. É uma árvore resistente a geadas e, por isso, é recomendável 
que seja cultivada no Sul do Brasil. 
 
• Paineira-Rosa (Chorisia speciosa) 
Árvore de grande porte com copa 
robusta, ramos sem espinhos, tronco 
grosso na base e flores cor-de-rosa com 
grandes pétalas crespas que, quando 
nascem, ocupam toda a copa e depoisse espalham pelo chão, formando uma 
bela camada rosa. Possui crescimento 
rápido e vigoroso, podendo chegar a 20 
m de altura. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8
 
 
Pinheiro-do-Brejo (Taxodium distichum) 
 
É uma árvore que precisa de muita água 
para se desenvolver e, por isso, é ideal para ser 
cultivada em terrenos muito úmidos, como 
brejos (daí o nome “pinheiro-do-brejo”). 
 
Ela pode ter até 45 m de altura e um de 
seus grandes atrativos são as folhas, que ficam 
amareladas e avermelhadas antes de caírem no 
inverno (conforme ilustrado na figura acima). 
 
 
 
• Samaneiro (Samanea saman) 
 
O samaneiro é uma árvore magnífica, cuja 
copa que pode atingir até 30 m de diâmetro, 
proporcionando uma enorme sombra para o 
espaço (conforme vemos na figura acima). Ele 
possui um crescimento rápido, apresentando um 
porte grande, com a copa bem desenvolvida em 
cinco anos após a plantação. 
 
As flores se assemelham a esponjas, em formas de pequenos globos 
avermelhados. Os frutos são legumes achatados muito 
nutritivos e de sabor adocicado, que são comumente 
utilizados para alimentar bois, vacas, porcos e cavalos. 
 
O samaneiro tem uma baixa resistência ao frio, 
uma vez que suas folhas caem quando expostas a 
geadas. Por isso, seu cultivo na região Sul do Brasil é desaconselhado. 
 
9
 
 
• Seringueira-de-Jardim (Fícus elastica) 
 
É uma árvore de grande porte que, na década de 1960, 
foi adaptada para a decoração de jardins e vasos com grande 
sucesso, sendo encontrada em todas as regiões do Brasil. 
 
A Seringueira-de-Jardim é uma árvore robusta e de 
rápido desenvolvimento, com a copa volumosa em formato de 
globo, tendo as folhas na cor verde escuro. 
 
As raízes são muito vigorosas e, no caso da árvore ser 
plantada diretamente no solo, é desaconselhável que isso seja 
feito na proximidade de construções, ruas pavimentadas ou 
redes de esgoto, pois podem causar estragos a essas estruturas. 
 
• Sucupira (Bowdichia virgiloides) 
 
A sucupira é nativa da Amazônia, 
mas também é encontrada em Minas 
Gerais e São Paulo. Atinge até 15 m de 
altura em regiões quentes e úmidas. 
Possui a copa larga e muito ramificada. 
Na época da primavera, as folhas 
caem e florescem lindas flores lilases, 
que exalam odor agradável. 
 
 
 
 
 
 
 
 
10
 
• Tipuana (Tipuana tipu) 
 
A tipuana é encontrada em todas as 
partes do Brasil, sendo uma árvore mais 
adaptada a climas temperados. Tem uma 
grande copa, que proporciona uma sombra 
mediana. A árvore floresce entre maio e julho, 
com flores amarelas e alaranjadas. 
 
 
ÁRVORES DE MÉDIO PORTE 
 
• Árvore-dos-Viajantes (Ravenala madagascarensis) 
 
A árvore-dos-viajantes é uma espécie de 
bananeira gigante, ideal para climas quentes e 
úmidos, que pode atingir até 30 m de altura, sendo 
que as folhas podem ter até 10 m de comprimento. 
Possui flores grandes e brancas. É uma espécie que 
só pode ser cultivada em clima tropical, sendo 
frágil a geadas. 
 
• Braúna (Melanoxilon brauna) 
 
É uma árvore comum nas regiões litorâneas do 
Brasil, com flores amarelas e em cachos. Possui 
tronco reto e liso. 
 
Na fase inicial do crescimento, desenvolve-se 
rapidamente, mas depois, com o passar do tempo, 
desenvolve-se de forma mais lenta. 
 
 
 
11
 
• Cajepute (Melaleuca leucandendron) 
 
O cajepute é uma bela árvore de efeito 
ornamental por possuir porte elegante e 
silhueta estreita e esbelta. Quando jovem, a 
árvore possui ramos retos e folhas prateadas 
e estreitas. Com o passar do tempo, o tronco 
cresce coberto com uma casca dividida por 
escamas e com lâminas leves, sendo que os 
troncos passam a ficar em forma de arcos. 
As flores parecem escovas cilíndricas, com a cor variando entre branco e creme. É 
uma espécie ideal para solos úmidos e pode ser cultivada até mesmo em áreas de 
pântano. 
 
• Canafístula (Cassia excelsa) 
 
É uma árvore ornamental 
considerada muito bonita, devido aos seus 
cachos com flores amarelas, que podem ter 
até meio metro de comprimento. 
A canafístula pode atingir até seis 
metros de altura, sendo uma espécie que 
suporta geadas leves e regiões altas. Seu 
florescimento se dá entre novembro e março. 
 
• Cássia-Rosa (Cassia javanica) 
 
Essa espécie pode atingir até 10 m de altura e é ideal para 
climas subtropicais, como ocorre na região sudeste do Brasil. 
A copa pode atingir até 5 m de diâmetro, com as flores 
grandes e rosadas, o que dá um belo efeito ornamental. 
A floração ocorre entre outubro e janeiro. 
 
 
12
 
• Chorão (Salix babylonica) 
 
É uma linda árvore com belo efeito 
ornamental devido aos seus ramos 
compridos, que fazem uma espécie de 
dança quando expostos ao vento. 
Essa espécie tem seu 
desenvolvimento favorecido quando é 
cultivada próxima a rios ou lagos. Seu 
crescimento é lento. 
 
• Cipreste-Português (Cupressus lusitanica) 
 
Espécie que pode atingir até 15 m de altura, com copa 
em formato de pirâmide, o que a torna ideal para compor 
uma cerca-viva. 
Tem o desenvolvimento bem rápido e geralmente não 
sofre com a ação de pragas ou doenças comuns às plantas. 
 
 
 
 
• Flamboyant (Delonix regia) 
É uma árvore de beleza única, 
com a copa grande, baixa altura e que 
pode atingir 10 m de diâmetro, 
produzindo sombra densa. Possui flores 
vermelhas, alaranjadas ou amarelas. 
 
Essa espécie possui raízes 
profundas e fortes e seu cultivo é 
desaconselhável em áreas próximas a 
 
13
 
edificações ou canos de esgoto. A florescência ocorre entre os meses de outubro e 
janeiro. 
 
• Ipê-Amarelo (Tabebuia chrysotricha) 
 
O ipê-amarelo é considerado 
uma árvore símbolo do Brasil com 
suas flores amarelas e com as folhas 
bem verdes. Essa espécie está 
presente em todo território brasileiro. 
 
A florada se dá no inverno, 
quando a árvore perde as folhas e a 
copa se recobre com as flores – 
conforme ilustrado acima. Quanto mais frio e seco for o clima, maior será a intensidade 
da florada. 
 
• Ipê-Branco (Tabebuia odontodiscus) 
 
É uma espécie que precisa de clima tropical 
para se desenvolver bem, não recomendada para 
regiões frias onde ocorrem geadas. 
 
As flores são brancas com tubo levemente 
rosado. A florada ocorre entre agosto e setembro. 
 
• Ipê-Rosado (Tabebuia avellanedae) 
 
Árvore de porte elegante, com copa 
arredondada, que pode atingir até três metros de 
diâmetro. Possui um caráter ornamental indiscutível. 
 
 
14
 
• Ipê-Roxo (Tabebuia impetiginosa) 
 
Essa espécie se assemelha ao ipê-rosa, 
mas possui porte maior, alcançando até 10 m 
de altura e seis metros de diâmetro. As flores 
possuem cor roxa clara, sendo a florescência 
entre maio e junho. 
 
Na década de 1970 houve grande 
procura pelas cascas dos ipês roxos, pois 
muitos acreditavam que existiria uma 
propriedade curativa. O que pode ser comprovado é que a casca exerce poder analgésico 
e curativo para algumas doenças de pele. 
 
• Magnólia-Amarela (Michelia champaca) 
 
É uma bela árvore de efeito ornamental, 
com copa em forma de pirâmide, que pode atingir 
até quatro metros de diâmetro e altura de até oito 
metros. Possui crescimento rápido. 
 
As flores exalam um perfume muito 
agradável e são encontradas na cor amarela e laranja. Essa espécie causa grande 
quantidade de sujeira pela constante queda de flores e frutos. 
 
• Pau-Brasil (Caesalpinia echinata) 
 
Espécie símbolo do Brasil, é nativa de 
áreas de mata atlântica e encostas litorâneas, 
ficando protegida de ventos fortes que 
prejudicam o seu desenvolvimento. Possui 
crescimento lento e pode atingiraté 10 m de 
 
15
 
altura, com a copa de até quatro metros de diâmetro. Sua florescência ocorre entre 
setembro e outubro. 
 
• Quaresmeira-Rosa (Tibouchina granulosa) e Quaresmeira-Roxa 
(Tibouchina granulosa) 
 
 
 
As quaresmeiras são espécies com bela copa arredondada e com muitos ramos. As 
flores são grandes, roxas ou rosas. A floração ocorre entre dezembro e julho, sendo que 
a floração é maior entre março e abril (época da quaresma). 
 
ÁRVORES DE PEQUENO PORTE 
 
Agora vamos conhecer as árvores de pequeno porte, ideais para jardins de 
pequena ou média extensão. 
 
• Aleluia (Cassia multijuga) 
 
Árvore de pequeno porte, cujas folhas 
caem durante o inverno. Sua florada amarela 
cresce em ramos que se curvam, apresentando 
notável caráter ornamental. Seus ramos são 
frágeis e se quebram com ventos muito fortes. 
 
 
 
16
 
• Alfeneiro-do-Japão (Lugustrum japonicum) 
 
Espécie com belas flores brancas, cuja 
copa tem formato arredondado. Os frutos 
são pequeninos e pretos e atraem pássaros 
para onde a árvore é cultivada. 
 
As raízes são superficiais e, por esse 
motivo, seu cultivo em áreas próximas a 
edificações ou redes de esgoto não é 
recomendada. 
 
• Cabo-Verde (Cassia spectabilis) 
 
Árvore com belo efeito ornamental, com 
florescimento ainda enquanto jovem. Possui 
flores em ramos com formato triangular, com cor 
amarelo-ouro e em grande quantidade. A floração 
se dá entre novembro e janeiro. 
 
 
 
 
• Candelabro (Erytrina speciosa) 
 
Essa espécie pode atingir até quatro 
metros de altura, com a copa em forma de 
pirâmide, o que pode ser facilmente adaptado 
com a poda. 
 
As flores parecem candelabros 
vermelho-sangue com ramos, o que confere à 
 
17
 
árvore grande característica ornamental. A floração se dá em julho. 
 
• Escovinha (Callistemon speciosus) 
 
 É uma espécie exótica e com grande feito 
ornamental, originária da Austrália. Sua aparência 
natural é de arbusto, mas pode ser transformada 
em uma árvore de pequeno porte por meio das 
podas. Possui ramos longos e flexíveis. 
 
 
• Flamboyant-Anão (Caesalpinia pulcherrima) 
 
Espécie com copa leve e de 
formato arredondado, que pode 
chegar a três metros de comprimento. 
As flores são vermelhas, com bordas 
amarelas, e antes de cair se tornam 
completamente vermelhas. Não 
suporta climas frios com geadas. 
 
 
• Hibisco (Hibiscus rosa-sinensis spp) 
 
Esta espécie pode ser utilizada como arbusto ou como pequena árvore, o que pode 
mudar de acordo com a poda. Existem 
vários tipos de hibisco, cujas flores vão 
do branco ao vermelho. 
 
O hibisco floresce durante o ano 
inteiro, exceto em alguns dias do 
inverno, mas ele possui mais flores no 
 
18
 
verão, durante a época mais quente e chuvosa. Não suporta regiões com geadas. 
 
• Ipê-Mirim (Stenolobium stans) 
 
Árvore com copa arredondada, cujas folhas 
caem durante os meses mais frios do inverno. 
Diferente dos outros tipos de ipê, essa espécie 
floresce sem que as folhas caiam. As flores têm 
formato de sino na cor amarela. 
 
 
 
 
• Pacová (Strelitzia augusta) 
 
Quando jovem, o pacová se parece muito 
com uma bananeira. À medida que o tronco se 
desenvolve, os ramos formam um grande leque. 
As flores são muito exóticas, o que confere a essa 
árvore grande caráter ornamental. Muito sensível 
ao frio intenso e às geadas. 
 
• Poinsetia (Euphorbia pulcherrima) 
 
Árvore de pequeno porte com 
crescimento rápido, rústica e bem resistente. 
As flores constituem-se de um tufo com 
folhas, que podem ser vermelho-escarlates ou 
brancas, sendo as flores bem pequenas. Pode 
ser plantada em regiões de clima temperado, 
onde não existem geadas. 
 
 
 
19
 
• Quebra-Foice (Calliandra brevipes) 
 
Árvore muito delicada, com copa densa e 
folhas finíssimas. As flores se constituem de 
filamentos redondos, brancas perto do caule e 
rosadas nas pontas, parecendo com as flores do 
samaneiro. A floração ocorre em setembro. 
 
 
3.2 – Arbustos 
 
Agora vamos conhecer alguns tipos de arbustos mais utilizados na composição de 
jardins. Eles podem ser de dois tipos: para ornamentação foliar, quando você desejar 
decorar o jardim com arbustos não floríferos, ou aqueles que contêm flores. 
 
ARBUSTOS PARA ORNAMENTAÇÃO FOLIAR 
 
Acalifa (Acalypha spp) 
 
Esse arbusto possui grande caráter 
ornamental devido ao seu colorido muito 
atraente e variável. Dentre as muitas espécies 
dessa variedade, encontram-se folhas em 
diferentes formatos e de diversos tons de 
cores, como verdes com margens rosadas, 
creme com manchas verdes, castanho-
avermelhados, com tons bronzeados, 
castanho-escuro, entre outros. 
 
Embora essa espécie prefira climas mais quentes, adapta-se com relativa 
facilidade até mesmo em regiões de clima temperado, desde que esteja sempre exposta 
ao sol. A folhagem não deve receber muitas podas. 
 
20
 
• Ácer (Acer spp) 
 
Esse arbusto possui folhagem delicada, 
que se tinge de cor púrpura no outono, antes 
que ela caia. Dentre as variedades mais 
adaptáveis ao clima brasileiro, podemos 
apontar Acer japonicum aureo (com folhas 
em leque douradas), Acer negundo (com 
folhas verdes), Acer palmatum 
atropurpureum (com folhas vermelhas) e o 
Acer palmatum dissectum (folhas verdes). 
 
Essa espécie se adapta melhor em 
regiões onde as quatro estações são bem 
demarcadas, ou seja, lugares com o clima 
temperado. 
 
• Bambu-Japonês (Phyllostachys aurea) 
 
Essa espécie é uma das mais 
belas para ser utilizada como 
ornamentação. Seu crescimento é 
lento, possui caules finos e flexíveis, 
armados por raminhos delicados com 
folhagem de cor amarelo-dourado. O 
bambu-japonês prefere terras 
medianamente úmidas e permeáveis, 
sendo que se desenvolve melhor em 
regiões de clima temperado. A exposição dessa espécie às geadas é fatal. 
 
 
 
 
 
21
 
• Buchinho (Buxus microphylla japonica) 
 
O buchinho é muito encontrado 
nos jardins brasileiros, sendo 
amplamente utilizado na 
ornamentação, em particular entre as 
décadas de 1920 e 1950, como um 
divisor das vias de acesso do jardim e 
como limitante do gramado. Para esse 
fim, eles podem receber poda em 
formatos geométricos com linhas retas. 
 
Os buchinhos isolados podem ser podados por jardineiros habilidosos, que são 
capazes de fazer desenhos interessantes com esses arbustos, conforme vemos acima, o 
que pode enriquecer muito a composição da paisagem. 
 
Essa espécie tem preferência pelo clima temperado, e não sofre grandes danos se 
exposta à geada. 
 
ARBUSTOS PARA ORNAMENTAÇÃO FLORÍFERA 
 
• Abutilon (Abutilon megapotamicum) 
 
Espécie de grande valor ornamental 
devido às flores que pendem dos galhos, 
que pode ser encontrada em diversas 
variedades: com flores cor-de-laranja, em 
formato de sino, ou com flores amarelas, 
rosadas, brancas ou vermelhas. 
 
A preferência do abutilon é pelos 
 
22
 
climas tropical ou subtropical, sendo sensível a temperaturas muito baixas. Pode ser 
utilizado para cobrir cercas e caramanchões, o que dependerá da habilidade do 
jardineiro em podar a planta para tal fim. 
 
• Azaleia (Rhododendron Simsii) 
 
Espécie de origem asiática que 
tem disseminação intensa por quase 
todas as regiões brasileiras de clima 
temperado e subtropical. Isso a tornou 
planta corriqueira na maioria dos 
jardins, o que não tira seu grande 
caráter ornamental pela beleza de sua 
florada. Em 1987 a flor foi adotada 
como símbolo da cidade de São Paulo, 
em função do espetáculo que proporciona na primavera para os habitantes desta cidade. 
 
Dependendo da variedade,a azaleia pode atingir dois metros de altura, com copa 
arredondada e três metros de diâmetro. As flores podem ser brancas, rosas, roxas, cor de 
salmão, carmim, vermelhas, lilases ou amarelas. 
 
Para se desenvolver, essa espécie precisa de terra fértil, com muito húmus, e 
ácida. Ela não deve receber podas, pois essas eliminam inúmeros de seus botais florais 
que se formam nas pontas dos ramos durante o outono. A floração se dá entre agosto e 
novembro. 
 
• Brinco-de-Princesa (Fuchsia spp.) 
 
O brinco-de-princesa é uma espécie 
nativa da região da Serra do Mar, que fica no 
litoral sudeste do Brasil. Ela não se adapta bem 
a climas muito quentes, pois nesses ambientes 
 
23
 
sofre constantes ataques de pragas e doenças. 
 
Esta espécie é um arbusto com flores que pendem em belos ramos, o que lhe 
confere grande valor ornamental. As flores são de diversas cores, podendo ser 
encontradas nas variedades vermelha com o suporte roxo, branco com suporte violeta, e 
em outras combinações. 
 
O brinco-de-princesa deve ser posicionado em sombra, protegido do vento e em 
terra com bastante húmus e umidade constante. 
 
• Camélia (Camellia japonica) 
 
A camélia foi introduzida no Brasil juntamente 
com a chegada da Família Real, no século XVIII e, 
desde então, tem sido uma espécie muito apreciada 
para composição de jardins e paisagens no país. A 
espécie se adaptou bem ao clima das regiões 
temperadas, onde é cultivada mais intensamente nas 
espécies branca e rosa. Mas existem outras variedades 
de camélias, com flores dobradas de pétalas lisas ou 
crespas, e em vários tons de vermelho e rosa, que são 
mais cultivadas na América do Norte e Europa. 
 
Para que ela se desenvolva, é necessário que seja acomodada em terra ácida e 
cheia de húmus, bem drenada e com teor de umidade regular. A planta deve ser exposta 
ao sol. A floração ocorre durante o inverno. 
 
 
 
 
 
 
 
 
24
 
• Hortência (Hydrangea macrophylla) 
 
Essa espécie de flor adapta-se 
melhor aos climas temperados da 
região Sul e Sudeste do Brasil, sendo 
muito apreciada na formação de 
maciços floridos, em particular em 
cidades como Gramado (RS), Campos 
do Jordão (SP) e Petrópolis (RJ). As 
flores têm coloração variável em 
função do pH do solo, existindo 
variedades azuis e vermelhas em 
vários tons. Os solos mais ácidos favorecem o aparecimento de tons azuis. Se você 
deseja obter flores vermelhas, por exemplo, deve tornar a terra mais alcalina, o que pode 
ser feito pela incorporação de pó calcário na proporção de 400 g a cada metro quadrado 
de terra. A floração se dá entre o verão e o outono. 
 
• Primavera (Bougainvillea spp.) 
 
Essa espécie forma arbustos com 
ramos descendentes muito longos e 
flexíveis, que podem ultrapassar 10 metros 
de comprimento. As flores são muito 
pequenas e o grande atrativo da primavera 
reside nas brácteas que envolvem as flores, 
que possuem cores variáveis entre o 
púrpuro e o branco, de acordo com a variedade da planta. 
 
O plantio da primavera deve ser feito unicamente em climas tropicais ou 
subtropicais, suportando apenas ocasionalmente climas temperados – somente nas 
localidades mais quentes a planta chega ao auge de sua florada. No desenvolvimento 
desse arbusto, o tipo de solo exerce influência decisiva e determina a intensidade da sua 
floração, que é mais intensa em solos férteis e bem drenados. A adubação complementar 
 
25
 
pode ser feita para melhores resultados serem alcançados, empregando-se fósforo 
saliente no solo. 
 
Para formar e manter o porte de arbusto, a planta deve ser podada criteriosamente 
até que se obtenha um tronco mais grosso com as ramagens na copa. Para isso é preciso 
que se eliminem gradualmente as brotações superficiais. 
 
• Roseira (Rosa hybrida) 
Arbusto originário da antiga Pérsia, onde ainda 
existem alguns exemplares da planta. Foi na França e na 
Alemanha, através da seleção de algumas espécies devido 
à combinação genética, que as roseiras se tornaram mais 
resistentes ao frio e mais vigorosas. Isso acabou tornando 
a planta pouco resistente aos climas tropicais e 
subtropicais como encontramos no Brasil. 
 
Atualmente, devido às técnicas de combinação genética, existem muitas espécies 
que se adaptam a climas temperados e subtropicais e, por isso, se for comprar uma 
muda de rosa, faça-o de um canteiro bem conceituado para não ter decepções. 
 
A melhor época do ano para o plantio é nos meses mais frescos, sendo que a cova 
destinada ao plantio da roseira deve ter medidas de 50 x 50 x 50 cm, sendo preenchida 
com terra bem adubada para que suas raízes, naturalmente profundas, possam se 
desenvolver sem dificuldades. A planta precisa de total exposição ao sol para crescer 
com beleza e vigor. 
 
26
 
• Véu-de-Noiva (Spiraea spp.) 
 
Também 
conhecido como 
“buquê-de-noiva”, 
este é sem dúvida 
um dos arbustos 
mais floríferos da 
primavera. 
Bastante 
ramificado, com 
copa arredondada e 
galhos finos, possui 
folhas que caem durante o inverno, com reflexos levemente azulados. As flores são 
pequeninas e de grande valor ornamental, pois crescem de em forma de ramos que 
produzem um efeito semelhante a uma cascata. 
 
O véu-de-noiva é uma espécie adequada para as regiões de clima temperado, não 
se adaptando às regiões muito quentes. Para se desenvolver, essa espécie necessita de 
solo bem drenado, com umidade constante. A poda deve ser feita após a florada. 
 
 
27
 
3.3 – Trepadeiras 
 
Dando continuidade ao 
nosso estudo sobre as espécies 
ornamentais, veremos agora 
algumas variedades de trepadeiras 
que podem compor a paisagem de 
seu jardim. Elas podem ser 
cultivadas próximas aos muros ou 
sobre a cobertura de madeira ou 
ferro de uma via de acesso ao 
jardim, como vemos no Jardim Botânico do Rio de Janeiro. 
 
Vamos conhecer as espécies mais utilizadas na jardinagem brasileira. 
 
• Amor-Agarradinho (Antigonon leptopus) 
 
As flores possuem várias 
tonalidades, variando entre as cores 
rosa e branca. A florada se dá no 
início do outono e no início do 
inverno com grande densidade de 
flores. É uma espécie resistente à 
seca e às geadas. 
 
Após a florada, essa trepadeira 
deve receber poda drástica para que brote com mais vigor na estação seguinte com a 
chegada das chuvas de verão. No início do seu cultivo, precisa ser presa com amarrilhos 
até que surjam gavinhas nas extremidades dos ramos. Em média, abrange uma área de 
até quatro metros de extensão. 
 
 
28
 
• Cissus (Cissus spp.) 
 
Essa espécie de 
trepadeira é de ótimo 
aproveitamento ornamental, 
possuindo grande variedade 
entre os tipos de folhas, 
sendo útil para cobrir 
muros, cercas ou 
caramanchões, pois ela se 
fixa com facilidade por 
meio de gavinhas, cujo 
crescimento é rápido e vigoroso. 
 
É uma espécie adequada para os climas quentes de regiões tropicais e 
subtropicais, mas algumas variedades são bem adaptadas ao clima temperado sem 
inverno muito rigoroso. O cissus suporta bem a poda, até mesmo as severas, e ela deve 
ser aplicada quando a ocupação do espaço precisar ser restrita. A planta pode abranger 
uma área de até 15 m de extensão. 
 
• Coração-de-Estudante (Thunbergia grandiflora) 
 
É um cipó rigoroso, útil para cobertura de 
caramanchões, muros ou pérgulas. Sua floração é 
muito bela, com flores em cachos roxos em grande 
quantidade, com início no outono e duração até o 
inverno. 
 
O coração-de-estudante prefere os climas 
mais quentes, típicos das regiões tropicais e 
subtropicais, mas apresenta-se bem adaptado a 
regiões temperadas, suportando até mesmo leves geadas. Deve receber poda constante. 
Pode ocupar uma área de até oito metrosde extensão. 
 
29
 
• Flor-de-Cera (Hoya carnosa spp.) 
 
Essa espécie, de crescimento lento, é de 
grande valor ornamental, uma vez que possui 
flores delicadas e sobrepostas, bem pequenas, que 
parecem ser feitas de cera (daí deriva seu nome). 
A flor-de-cera prefere os locais com 
sombra, desenvolvendo-se bem até mesmo em 
interiores e em vasos. Pode abranger uma área de 
até dois metros de extensão. 
 
 
 
 
 
• Hera (Hedera helix) 
 
É uma das trepadeiras mais largamente 
utilizadas na composição de paisagens, pois se 
fixa muito bem nos suportes em que é aplicada, 
podendo ser utilizada para caramanchões, muros 
(como ilustrado ao lado) e pérgulas, como em 
outros casos. 
 
A hera tem preferência pelo clima 
temperado e subtropical, resistindo bem às geadas 
e aos períodos de seca. É preferível cultivá-la em 
local sombreado, mas se adapta bem à exposição ao sol, desde que o local seja 
suficientemente úmido. Essa espécie pode atingir uma extensão de até 20 m. 
 
 
30
 
• Lágrima-de-Cristo (Clerodendron thomsonae) 
 
 
 
A lágrima-de-cristo é uma das trepadeiras mais apreciadas para compor a 
paisagem de um jardim, pois possui flores, que se formam na extremidade dos ramos, 
de cor branca, de onde surge uma coroa vermelha com antenas compridas. 
 
É uma espécie adequada ao clima tropical e subtropical, embora se desenvolva 
bem em clima temperado, desde que não seja exposta a geadas ou invernos rigorosos. 
Essa espécie tem a abrangência média de 4 m. 
 
3.4 – Folhagem 
 
Agora que você já conhece os diversos tipos de árvores, arbustos e trepadeiras que 
podem compor seu jardim, é o momento de pensarmos os tipos de folhagem que podem 
ser utilizadas na composição da paisagem. Vamos conhecer as folhagens mais 
comumente encontradas nos jardins brasileiros e apresentar suas características. 
 
 
31
 
• Avenca (Adiantum spp.) 
 
A avenca possui uma folhagem delicada e 
graciosa, sendo muito utilizada na composição de 
paisagens clássicas. Para se desenvolver, ela precisa de 
local com sombra e abrigada de ventos fortes, e estar 
plantada em solo úmido. 
 
 
 
 
 
• Comigo-Ninguém-Pode (Dieffenbachia spp.) 
 
Espécie nativa do Brasil, da região 
amazônica, onde há muito calor e umidade, 
de onde concluímos que, para se 
desenvolver, a planta necessita destes 
fatores onde for cultivada. Ela suporta bem 
o clima temperado, mas morre se for 
exposta a geadas ou inverno intenso. 
 
É importante ressaltar que, ainda que essa espécie seja de grande valor 
ornamental, ela possui uma seiva tóxica que pode causar até mesmo a morte de pessoas 
ou animais domésticos quando ingerida ou mastigada. Por isso, se pretender cultivar a 
comigo-ninguém-pode em seu jardim ou residência, é bom que o faça ensinando as 
crianças que devem se manter afastados da planta. O cultivo dessa espécie não é 
recomendado para casas com animais de estimação. 
 
 
32
 
• Espada-de-São-Jorge (Sansevieria spp.) 
 
É uma planta rústica, que resiste bem a 
climas frios e a geadas. Ela se reproduz com 
rapidez, ocupando uma grande área em 
pouco tempo, e, talvez por este motivo, não 
tenha sido muito utilizada nos últimos anos 
nos trabalhos de paisagismo. 
 
Existem algumas espécies com 
crescimento mais demorado e que podem ser 
utilizadas na ornamentação de espaços 
restritos, como a S. trifasciata “Hahnii 
Variegata”, com as folhas de lamina amarelo creme, e a S. trifasciata “Golden 
Hahnii”, planta anã, com folhas amarelo-douradas e faixa central de riscas verdes. 
 
• Samambaia (Polypodium spp.) 
 
A samambaia possui muitas variedades, e 
é largamente utilizada nas residências 
brasileiras, tanto em vasos quanto plantada 
diretamente no solo. Elas precisam ser 
cultivadas em locais com sombra, terra úmida e 
fértil, sempre abrigada de ventos, que podem 
destruir sua folhagem. 
 
 
33
 
• Tinhorão (Caladium spp.) 
 
Planta nativa da região amazônica, é 
uma das espécies mais bonitas para ser 
utilizada como ornamentação de jardins. Nas 
regiões de clima temperado, no sul do Brasil, 
o tinhorão tem sido cultivado com sucesso 
durante o verão, mas a planta deve ser 
retirada da terra em abril e guardada em local 
quente e seco, protegida do frio do inverno, 
sendo replantada em setembro, quando ela 
irá se reproduzir. 
 
A espécie tem preferência por uma exposição leve ao sol, requerendo regas 
constantes, pois necessita de muita umidade para se desenvolver. 
 
3.5 – Flores 
 
As flores são um dos elementos mais apreciados na composição de paisagens 
pelos proprietários. Elas possuem indiscutível caráter ornamental, pois enriquecem os 
jardins com sua beleza. 
 
Durante o curso, conhecemos algumas espécies de árvores, arbustos e trepadeiras 
que produzem flores. Agora veremos alguns tipos de variedades que nascem 
diretamente no solo, podendo ser cultivadas nele ou em vasos apropriados. 
 
Lembramos que, se for plantar as flores em vasos, é importante que você pense no 
tamanho potencial das raízes da flor e no seu porte, o que, dependendo da espécie, pode 
pedir um vaso de maior tamanho. 
 
Para facilitar o estudo, vamos apresentar as flores divididas em duas categorias: a 
primeira é composta por espécies anuais, ou seja, que estão em floração o ano todo, e a 
 
34
 
segunda categoria é a de espécies perenes, ou seja, que florescem em determinado 
período do ano. 
 
ESPÉCIES ANUAIS PARA FORRAÇÃO FLORÍFERA 
 
• Amor-Perfeito (Viola tricolor) 
 
Essa flor precisa de sombra leve, floresce na 
primavera e no verão, pode chegar a até 15 cm e se 
desenvolve melhor em clima tropical. A semeadura 
deve ser feita entre setembro e março. 
 
 
 
 
• Begônia-Anã (Begonia semperflorens) 
 
A begônia-anã necessita de sombra 
leve, pode ter as flores brancas, vermelhas 
ou rosas, sendo que chega a 20 cm de 
altura. Ela floresce o ano inteiro, preferindo 
o clima subtropical ou tropical moderado. A 
semeadura deve ser feita entre setembro e 
março. 
 
• Boca-de-Leão (Antirrhinum majus) 
 
Para se desenvolver, a boca-de-leão precisa ser 
colocada em local exposto ao sol, sendo que floresce o ano 
inteiro nas cores brancas, amarela, rosa e vermelha. Ela 
possui preferência pelo clima subtropical e seus ramos 
 
35
 
podem chegar a 60 cm de altura. A semeadura deve ser feita entre setembro e dezembro. 
 
• Cravo (Dianthus caryophyllus) 
 
O cravo é uma das mais belas flores 
ornamentais para a decoração de jardins. Para 
que ele se desenvolva, precisa ser cultivado em 
local exposto ao sol, sendo que floresce o ano 
inteiro, com cores que variam entre o 
vermelho, rosa e branco. A flor tem 
preferência pelo clima subtropical, a altura de 
seus ramos pode chegar a 60 cm e a melhor época para semeadura é entre março e maio. 
 
• Crista-de-Galo (Celosia cristata) 
 
A crista-de-galo é uma flor que pode chegar a altura 
de 50 cm, sendo necessário que seja exposta ao sol para se 
desenvolver completamente. Suas flores, que abrem no 
verão e no outono, podem ser das cores amarela, vermelha 
ou roxa. A flor tem preferência pelo clima subtropical e 
tropical moderado, sendo que a semeadura deve ser feita 
entre setembro e novembro. 
 
 
• Margarida (Chrysanthemum maximum) 
 
A margarida, uma das flores mais 
populares cultivada nos jardins brasileiros, 
precisa ser cultivada exposta ao sol. Possui flores 
brancas na primavera e no verão. Seus ramos 
podem atingir a altura de 50 cm e ela tem 
preferência pelo clima subtropical e tropical 
 
36
 
moderado, sendo que o melhor período para semeadura é entre março e abril. 
 
• Maria-Sem-Vergonha (Impatiens spp.)A Maria-Sem-Vergonha, outra flor 
muito popular cultivada no Brasil, deve ser 
abrigada à meia sombra. Possui flores nas 
cores branca, vermelha, rosa e roxa, que 
florescem o ano inteiro. A semeadura deve 
ser feita entre agosto e abril, e seus ramos 
podem chegar a 50 cm de altura. 
 
Onze Horas (Portulaca grandiflora) 
 
Essa flor deve ser cultivada exposta ao sol, 
seus ramos podem chegar a 5 cm de altura, 
sendo que ela possui flores nas cores branca, 
roxa, vermelha, rosa e amarelo, que florescem o 
ano inteiro. Tem preferência pelos climas 
subtropical e tropical moderado, e sua 
semeadura pode ser feita o ano inteiro. 
 
 
 
• Petúnia (Petunia hybrida) 
 
Por ser uma flor muito delicada, a petúnia deve ser 
cultivada em sombra leve, podendo chegar a 35 cm de 
altura. A floração se dá no inverno e na primavera, 
variando entre as cores rosa, branca, roxa e vermelha. A 
semeadura deve ser feita entre junho e agosto e a espécie 
tem preferência pelos climas subtropical e tropical 
 
37
 
moderado. 
• Sempre-Viva (Helichrysum bracteatum) 
 
A sempre-viva, espécie de rara beleza, deve 
ser cultivada exposta ao sol, e se desenvolve 
plenamente no clima subtropical. Seus ramos podem 
chegar a 60 cm de altura e as flores variam entre as 
cores amarelo, branco, laranja, vermelho e roxo, 
com floração no verão e no outono, sendo que a 
semeadura deve ser feita entre setembro e março. 
 
ESPÉCIES PERENES 
 
• Açucena (Amaryllis spp) 
 
Para se desenvolver, a açucena precisa 
ser exposta ao sol e cultivada em clima 
subtropical. Pode chegar a 50 cm de altura, 
possui a flor nas cores branca, vermelha e rosa, 
e floresce na primavera. 
 
 
 
• Copo-de-Leite (Zantedeschia spp) 
 
Tem preferência pelo clima subtropical e pelo 
cultivo em sombra leve. A flor pode chegar a 40 cm de 
altura, nas cores branca, rosa e amarela. Floresce durante 
a primavera e o verão. 
 
 
 
38
 
• Gerânio (Pelargonium zonale) 
 
O gerânio tem preferência pelo clima 
subtropical e tropical moderado, sendo que floresce 
durante o ano inteiro se for cultivada plenamente 
exposta ao sol. A flor pode chegar a 30 cm de altura, 
variando entre as cores vermelha, branca, rosa, 
laranja e roxa. 
 
 
 
• Verbena (Verbena hybrida) 
 
A verbena floresce durante o verão, 
possuindo flores na cor roxa. Tem preferência 
pelo cultivo em pleno sol em clima subtropical 
ou tropical moderado. Seus ramos podem 
chegar a 10 cm de altura. 
 
 
 
• Violeta (Viola odorata) 
 
A violeta, flor também muito popular no 
Brasil, pode ser cultivada em vasos ou 
diretamente no solo, preferindo a exposição à 
meia sombra em clima tropical moderado ou 
subtropical. A planta pode atingir uma altura de 
10 cm, sendo que floresce no inverno e na 
primavera. 
 
Um detalhe importante é que essa flor não 
 
39
 
tolera umidade, portanto, deve ser regada com muita pouca água, duas vezes por semana 
no verão e uma vez por semana no inverno. Outro cuidado a ser tomado com a violeta é 
que suas folhas não podem ser molhadas, seja pela rega ou pela chuva, pois isso sufoca 
a planta, o que pode ocasionar sua morte precoce. 
 
3.6 – Gramas ornamentais 
 
Agora que você já conhece as flores, as árvores e os arbustos que podem compor 
seu jardim, vamos passar para o último elemento a ser adicionado à paisagem: a grama. 
Ao contrário do que muitos pensam, existem diversos tipos de grama. Aqui, vamos ver 
as quatro variedades mais utilizadas na ornamentação brasileira, assim como veremos 
sua aplicação em um jardim muito conhecido na cidade do Rio de Janeiro. 
 
• Grama Batatais (Paspalum notarum) 
 
A grama batatais é utilizada na formação 
de gramados que precisam ser resistentes ao 
pisoteio intenso. Essa espécie é vigorosa, sendo 
ideal para a formação rápida de gramados 
densos e baixos, resistente à seca e à geada. Essa 
espécie precisa receber poda mensal, assim 
como adubação mineral a cada seis meses e adubação orgânica anualmente. 
 
• Grama Inglesa (Stenotaphrum secundatum) 
 
Atualmente é pouco utilizada nos jardins brasileiros, mas 
já foi muito aplicada na composição de paisagens rústicas, pois 
é bem resistente a secas e geadas, sendo bem adaptável a 
diferentes localizações. A desvantagem dessa espécie é que 
cresce excessivamente, invadindo outras peças do jardim, não 
tolera pisoteio intenso e necessita de poda constante para se 
manter bonita e vigorosa. 
 
40
 
• Grama Preta (Ophiopogon japonicus) 
 
Também conhecida como “pelo de 
urso”, essa espécie não pertence à mesma 
família das outras gramas, o que pode ser 
facilmente verificado pelo seu aspecto. Suas 
folhas, finas e estreitas, crescem em pequenos 
tufos que podem atingir 20 cm de altura, de 
coloração verde escuro. Isso permite que essa espécie componha uma paisagem com 
maior contraste entre os elementos devido a sua grande capacidade de adaptação à 
sombra. Precisa de adubação constante e não tolera pisoteio intenso. 
 
• Grama Seda (Cynodon dactylon) 
 
A grama seda é considerada uma das 
espécies mais resistentes de grama, sendo 
utilizada em campos de futebol e de golfe, 
assim como em parques (conforme ilustra a 
figura ao lado, no Jardim Botânico do Rio de 
Janeiro). 
 
Ela é uma espécie muito adaptável, que cobre bem qualquer tipo de solo, inclusive 
os de baixa fertilidade e terrenos pedregosos. A grama seda forma gramados densos e 
deve ser podada mensalmente para que a agressividade de sua vegetação seja 
controlada. 
 
 
41
 
Unidade 4 – Jardinagem e Paisagismo 
 
Olá aluno, 
 
 Na última unidade do curso de jardinagem e paisagismo mostraremos quais são 
os elementos auxiliares na composição de paisagens, que são de grande importância 
para elevar o valor estético e ornamental do seu jardim. 
 
 Em seguida você verá alguns conselhos para manter as plantas do jardim de 
forma saudável no inverno e os cuidados que deve ter caso animais domésticos ou 
crianças tenham acesso à área verde. 
 
 Por fim, falaremos do maior paisagista brasileiro, Roberto Burle Marx, 
referência no nosso país e no mundo quando o assunto é paisagismo e jardinagem. 
 
Bom curso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
42
 
4.1 – Elementos auxiliares na composição da paisagem 
 
Para construir um jardim, não basta colocar plantas. Por si só, elas são grande 
parte da paisagem, mas um jardim composto apenas por folhas, árvores e flores será 
menos completo do que aquele que fizer uso dos elementos auxiliares. Eles podem ser 
pedras, dormentes, troncos, raízes, vasos, holofotes, arandelas, cascatas, lago, 
caramanchão, gazebos, pergolados e móveis de jardim. 
 
PEDRAS 
 
As pedras são consideradas os elementos auxiliares mais importantes na 
composição de contrastes na paisagem dos jardins. Como as pedras são elementos 
naturais, a harmonização delas com as espécies vegetais é perfeita, o que resulta em 
arranjos muito agradáveis e atraentes (o que depende, em grande parte, do bom senso do 
paisagista). 
 
No Japão as pedras são utilizadas há muitos séculos como elementos decorativos 
principais, tanto nos jardins exteriores como nos interiores das residências, templos e 
palácios. 
 
Isso teria origem nos princípios filosóficos e religiosos – no budismo e no 
xintoísmo, por exemplo – que determinam quais os conceitos adotados por cada escola 
paisagística japonesa. Em Kioto, no Japão, existem jardins feitos predominantemente 
com pedras, como o Rock Garden of Ryoanji, conforme ilustrado abaixo. 
 
 
43
 
 
 
As pedras, bem como os demais elementos, são sempre colocadas em posições 
previamente estudadas para que fiquem harmonizadas nacomposição da paisagem. O 
formato de cada pedra deve ser escolhido em relação direta com o ambiente em que ela 
será colocada, em particular as médias e grandes, para que o resultado da composição 
seja visualmente agradável. Lembramos que as pedras pequenas também precisam ser 
cuidadosamente selecionadas, para que possam servir adequadamente às finalidades 
propostas, sem provocar desarmonia com os outros componentes da paisagem. 
 
DORMENTES, TRONCOS E RAIZES 
 
Os dormentes de estradas de ferro, por exemplo, são ótimos elementos para a 
composição de jardins ornamentais e podem ser aproveitados de diversas maneiras, 
como para a formação de escadas (conforme ilustrado abaixo), para revestir paredes 
impermeáveis, assim como servem de 
fundo a diversas espécies de plantas, 
como as avencas e heras, por exemplo. 
Eles devem ser previamente 
tratados com substâncias químicas para 
a preservação da madeira, a fim de 
impedir sua contínua deterioração e 
prevenir o ataque de cupins. 
 
44
 
Os troncos utilizados para composição ornamental não devem ser aqueles 
arrancados da natureza para este fim, mas sim aqueles que podem ser aproveitados de 
árvores que já caíram, ou os resíduos de alguma área do jardim. 
 
Quanto mais tortuosos e irregulares forem os troncos, melhor será a utilização 
deles na ornamentação, mas os compostos por linhas retas também poderão ser 
utilizados, o que dependerá do senso estético e experiência do paisagista. Eles precisam 
do mesmo tratamento dispensado aos dormentes para garantir a sua conservação. 
 
As raízes são um dos elementos ornamentais auxiliares mais difíceis de serem 
encontrados, mas proporcionam ótimos arranjos ornamentais para o jardim. As 
melhores raízes são aquelas encontradas na beira de rios. 
 
VASOS, HOLOFOTES E ARANDELAS 
 
Os vasos possuem indiscutível caráter ornamental para os jardins e são largamente 
utilizados na composição paisagística. Eles devem ser colocados em áreas ao redor da 
composição principal e devem obrigatoriamente harmonizar-se com o estilo do jardim. 
 
É desejável que todos os vasos sejam do mesmo material e sejam compostos pelos 
mesmos estilos de forma e cor. Com isso obtêm-se uma concentração visual mais 
homogênea, aumentando a atração pelos pontos mais agradáveis do jardim. 
 
Os holofotes, por sua vez, são responsáveis pela iluminação dos grandes e médios 
jardins, possibilitando o aproveitamento noturno com a manutenção da beleza visual do 
ambiente. Para isso, os holofotes que compõem o jardim devem ser de foco dirigível e 
blindado, para evitar a penetração da água da chuva ou da rega. 
 
Os pontos de iluminação devem ser decididos no projeto do jardim, o que 
possibilita que a rede de fiação elétrica seja implantada antes da obra de jardinagem 
que, se for feita após a plantação, prejudicará as espécies vegetais. Além de determinar 
os pontos de iluminação, o projetista indicará a potência das lâmpadas e o 
 
45
 
distanciamento entre os holofotes e as plantas, a fim de evitar que as folhas sejam 
queimadas pelo calor da iluminação. 
 
É importante que o paisagista conheça também as luzes mais indicadas para cada 
tipo de jardim, pois alguns tipos de iluminação são prejudiciais às plantas, como as 
lâmpadas de mercúrio, que interferem na vida noturna das espécies vegetais, deixando-
as mais fracas e vulneráveis ao ataque de pragas e doenças. Além disso, algumas luzes 
atraem insetos, como as luzes brancas, o que trará mariposas e, consequentemente, 
lagartas para o seu jardim, estragando as plantas. 
 
Um efeito muito bonito é obtido quando alguns holofotes são posicionados em 
meio a um grupo de plantas, iluminando-as de dentro para fora, criando ilhas de 
luminosidade difusa em meio ao ambiente escuro no plano geral. 
 
Essas lâmpadas produzirão melhor efeito quando escolhidas na cor predominante 
de cada grupo, como, por exemplo, num grupo de acalifas, obtém-se o melhor resultado 
com as lâmpadas de coloração vermelha; já entre plantas de folhagem verde, indica-se 
lâmpadas igualmente verdes, conforme ilustra a composição abaixo. 
 
As arandelas são todo e qualquer aparelho 
de iluminação que é apoiado em uma parede. 
Elas também são componentes auxiliares na 
iluminação das composições, sendo mais 
indicadas para áreas menores e estilos clássicos 
de jardim. As arandelas deverão ser escolhidas 
criteriosamente de acordo com a harmonização e 
com o estilo do jardim. 
 
CASCATAS E LAGOS 
 
A água é sempre um dos elementos auxiliares mais importantes no paisagismo, 
assim, as diversas formas de sua presença são altamente desejáveis no jardim, 
destacando-se as cascatas e os lagos. 
 
46
 
Uma cascata pode ser construída com um projeto de um arquiteto se for de 
grandes proporções, mas se não existir essa necessidade na sua composição, um bom 
paisagista saberá orientar um bom jardineiro para a construção, usando diversos 
recursos baratos, como, por exemplo, movimentar água por meio de pequenos engenhos 
motocontínuos (ao invés de motobombas, mais caras). 
 
Os lagos também são elementos importantes na paisagem, desde que ornem 
esteticamente com o estilo de jardim escolhido. O formato ou tamanho de um lago no 
jardim estará sempre ligado às proporções da área do terreno. Se for construir um lago 
em jardins de pequenas ou médias proporções, isso pode ser feito de modo simplificado 
e de custo bastante reduzido, conforme mostra a figura abaixo. 
 
 
Paisagismo, Jardinagem e Plantas Ornamentais, pág. 199 
 
CARAMANCHÃO, GAZEBO, PERGOLADO E MÓVEIS DE JARDIM 
 
O caramanchão é uma estrutura de madeira que cobre uma determinada área, 
geralmente coberto por vegetação ou por alguma trepadeira. Em geral é preferível 
colocá-lo como uma dependência à parte no jardim do que uma mera decoração do 
mesmo. 
 
 
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Sempre que for possível a projeção de um caramanchão em jardins espaçosos, sua 
construção resultará em um ambiente agradável para os que habitam ou frequentam a 
propriedade. 
 
Ele pode ser construído com material de alvenaria, mas o mais recomendável é 
que isso seja feito com madeira roliça ou bambu, que devem ser tratados com produtos 
químicos, assim como as toras e os dormentes, com o objetivo de prevenir sua 
deterioração. A preferência por madeira se dá porque, sendo um elemento natural, acaba 
se harmonizando melhor com a paisagem do que o material de alvenaria. 
 
De acordo com Barbosa, a presença do caramanchão no jardim é muito 
gratificante porque proporciona às pessoas, abrigadas do sol, o contato direto com as 
plantas, podendo o espaço também ser aproveitado para diversos fins sociais, como 
churrasco em família ou reunião com amigos. 
 
O gazebo e o pergolado exercem as mesmas funções na paisagem. Apenas 
diferem do caramanchão em relação ao modo como são construídos. O gazebo se 
assemelha a um coreto, parecendo com um quiosque pequeno. O pergolado pode ser 
feito de madeira, ferro ou concreto, mas sua estrutura superior é vazada e não possui 
plantas. Veja abaixo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Gazebo Caramanchão 
 
 
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Pérgola 
 
Em relação aos móveis que irão compor o jardim, é importante que sejam 
previamente posicionados, pois isso trará uma sensação maior de satisfação e bem estar 
às pessoas que frequentarem o espaço, sem a impressão de que eles foram lá colocados 
de forma improvisada. Assim sendo, posiciona-se os móveis de maneira para que 
permaneçam abrigados da ação direta do sol e dos ventos fortes. 
 
Outro fator a ser observado é a qualidade dos móveis, pois, ao considerar que eles 
ficarão ao ar livre, concluímos que têm que ser resistentes. Se quiser colocar móveis de 
madeira no jardim,eles devem ser protegidos por camadas de pintura com tinta 
adequada para exteriores, que são encontradas em lojas especializadas. Móveis 
construídos com madeiras frágeis, com o pinho, ou com as juntas coladas, devem ser 
evitados, pois se deterioram com facilidade. 
 
4.2 – Cuidados com o jardim 
 
Vamos mostrar aqui, resumidamente, os passos que devem ser seguidos para a 
manutenção eficiente das espécies vegetais do jardim. 
 
Em primeiro lugar vem a preocupação com a rega das plantas, que é um dos 
serviços mais importantes da manutenção da vida vegetal, senão o mais importante 
deles. Nos dias quentes, a rega pode ser feita até duas vezes por dia (lembrando que o 
melhor período é o começo da manhã e o final da tarde) e uma vez por dia nos dias mais 
frescos. 
 
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Quando uma planta sofre transplante de local, ela deve ser regada com mais 
frequência para que possa aderir ao solo. É importante ressaltar que, quando chove, o 
jardim não deve, em hipótese nenhuma, ser regado, pois isso encharca a terra e sufoca 
as plantas. 
 
Outro cuidado na manutenção do jardim é proteger as mudas e plantas jovens da 
ação dos ventos fortes, colocando hastes de madeira junto às espécies vegetais como um 
suporte para sustentá-las, estruturas que também são conhecidas como tutores. Essas 
hastes deverão ser enterradas junto às plantas, que devem ser amarradas à haste para que 
fiquem firmes (veja a figura a seguir). 
 
Essas hastes devem ser de madeira resistente 
e terão maior durabilidade se a parte que fica 
enterrada for previamente pintada com piche. 
 
A colocação dessas hastes deve ser feita por 
ocasião da colocação da planta na terra. A natureza 
das plantas é que indica a necessidade ou não do 
tutoramento (colocação das hastes). No caso de 
trepadeiras, quando elas não são plantadas em 
local definitivo, exigem tutores, caso contrário, 
teremos que lhes assegurar condições fáceis para o 
seu desenvolvimento, com pérgulas e 
caramanchões. 
 
Quando as plantas crescem acabam dispensando os suportes, então, esses são 
removidos e guardados para serem utilizados em outra oportunidade. 
 
Outro cuidado fundamental para manutenção da vida vegetal no jardim é a poda, 
que veremos detalhadamente no próximo tópico. 
 
 
 
 
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Poda das plantas 
 
Podemos apontar os momentos em que a planta deve ser podada em cinco 
momentos: no transplante, na formação de cercas-vivas, na eliminação de partes 
doentes, para aumentar a quantidade de flores e para aumentar a densidade da copa. 
 
A planta que é podada durante o transplante precisa dessa intervenção para reduzir 
a quantidade de folhas e diminuir a transpiração, o que facilita a sua boa adaptação ao 
novo local onde será colocada. 
 
Para formar cercas-vivas, a poda é necessária desde o início da plantação das 
espécies ornamentais, pois isso confere forma e densidade foliar para as espécies que 
compõem a cerca-viva. Ao perceber que existem ramos desalinhados com o formato 
desejado da cerva-viva, pode-os. 
 
A poda de partes doentes consiste na eliminação dos locais atingidos por pragas e 
doenças. Você já viu no curso como identificar esses males, portanto, faça um 
monitoramento constante das plantas do seu jardim. Pode as partes infectadas logo no 
início, o que garantirá a saúde de todas as espécies vegetais do jardim. 
 
A poda com finalidade de aumentar a floração, em algumas espécies, deve ser 
feita no inverno, como nas hortênsias, por exemplo, o que estimula a floração na 
primavera seguinte. 
 
É importante salientar que a poda deve ser executada por um jardineiro 
qualificado e experiente, que faça uso de bons materiais de jardinagem. Erros de poda 
podem comprometer a saúde das plantas e até mesmo matá-las. 
 
Cuidados com as plantas no inverno 
 
Sabemos que no Brasil existem regiões com inverno rigoroso e até mesmo com 
geadas, o que requer um cuidado especial com as plantas durante o inverno. 
 
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Considerando que, durante o ciclo de vida, as plantas entram em dormência 
durante o inverno, este é o melhor momento para transporte e para podas, pois as raízes 
sofrem menos com essas ações do que em outros períodos do ano. 
 
No inverno deve ser feita a poda de limpeza, que visa a eliminação de ramos secos 
e quebrados, assim como a poda estética, a fim de dar um melhor aspecto à árvore ou ao 
arbusto, para que a espécie fique mais arejada e mais luz entre através dos espaços 
abertos, alcançando toda a planta. 
 
É importante que se faça sempre uso de materiais afiados para evitar que fungos e 
outras bactérias entrem na planta. Após a poda, você pode passar um material selante 
nos instrumentos de jardinagem para a higienização destes. 
 
Para prevenir que as folhas sejam queimadas pela ação das geadas, proteja-as com 
uma tela de cobertura e, na manhã seguinte à geada, molhe o jardim, o que irá derreter o 
gelo. Depois disso, descubra as plantas. 
 
Em seguida regue as plantas, pois se isso for feito no final da tarde elas passarão a 
noite molhadas, o que favorece o acúmulo de gelo. Durante o inverno regue no máximo 
duas vezes por semana, pois a necessidade de água diminui nesse período. A rega 
excessiva favorece o aparecimento de fungos nas plantas. 
 
 
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Dicas para ter um jardim seguro 
 
Por fim, colocamos uma leitura complementar para que você veja os cuidados que 
deve tomar no planejamento e na manutenção em relação a crianças e animais que 
eventualmente irão acessá-lo. 
 
Leitura Complementar 
 
Jardim Seguro 
 
Ao planejarmos um jardim, não devemos nos esquecer que ele deve ser, 
além de bonito, seguro para as pessoas que nele convivem, principalmente 
para crianças, animais domésticos e pessoas idosas ou portadoras de 
necessidades especiais. 
O ideal é que seja feita uma consulta com um profissional qualificado. 
Mas como isso nem sempre é possível, convém pesquisarmos quais são as 
plantas que não devem ser usadas, pois muitas delas podem causar graves 
intoxicações quando ingeridas ou reações alérgicas se tocadas. 
As plantas tóxicas mais comuns em nossos jardins são as azaleas 
(Rododendron), comigo-ninguém-pode (Dieffenbachia amoena), copo-de-leite 
(Zantedeschia aethiopica), alamandas (Allamanda cathartica), crótons, 
giestas, mamona, praticamente todas as plantas do gênero Euphorbia (coroa-
de-cristo e bico-de-papagaio), e muitos cactos, por causa do látex leitoso que 
expelem ao serem cortadas, sendo este um bom indicativo de toxicidade. 
Os cães, principalmente quando filhotes, são muito curiosos a qualquer 
novidade colocada no jardim, e podem mastigar e engolir partes destas 
plantas. Em caso de intoxicação convém guardar a planta ingerida e procurar 
imediatamente orientação médica. Outra dica para quem tem cães é evitar 
misturar torta de mamona e farinha de osso para fazer adubação. A farinha de 
ossos atrai os cães e como a torta de mamona é tóxica, isso pode provocar 
intoxicação nos cães. 
No caso das crianças o melhor é orientá-las sobre o perigo que as plantas 
 
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podem causar, e desestimulá-las de provar folhas ou frutos desconhecidos. 
Outro problema também relativo às plantas são aquelas que possuem 
folhas pontiagudas, como algumas espécies de bromélias, agaves e cactos. 
Estas devem ser evitadas pelo risco de uma criança ou adulto com 
necessidades especiais, vir a cair sobre elas provocando cortes e arranhões na 
pele ou olhos. 
Devemos observar também o tipo de piso utilizado em calçadas e outras 
áreas de circulação no jardim. Lajotas devem ser antiderrapantes, 
principalmente nas áreas molhadas como bordas de piscinas. Os dormentes, 
muito utilizados nos jardins, apesar de bonitos podem se tornar escorregadios 
em dias de chuva, devendo, portanto, ser evitados.Um fator importante que não deve ser esquecido é quanto a disposição 
das plantas junto ao portão de entrada da residência. Infelizmente, devido à 
violência nas grandes e também nas pequenas cidades, devemos evitar 
arbustos e árvores grandes na entrada, onde alguém possa ficar escondido e 
surpreender o morador na chegada a sua residência. 
Observando esses quesitos, podemos planejar áreas verdes mais seguras, 
tornando nossos momentos de lazer mais tranquilos e agradáveis. 
Fonte: Ana Batezati, Dicas de Jardinagem e Paisagismo. http://dicas-jardinagem-
paisagismo.spaceblog.com.br/ 
 
4.3 – Roberto Burle Marx 
 
Roberto Burle Marx foi um dos maiores, se não o maior, paisagista brasileiro, 
tendo sido premiado internacionalmente por sua obra. Também produziu outros tipos de 
arte, como o desenho, a pintura, a escultura e a criação de outras obras. 
 
Nasceu em São Paulo, em 4 de agosto de 1909, mas passou a morar na cidade do 
Rio de Janeiro em 1913. Estudou pintura na Alemanha, tendo contato neste país com as 
espécies nativas do Brasil conservadas no Jardim Botânico de Berlim. 
 
 
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Em função de seus múltiplos talentos, as obras paisagísticas de Burle Marx eram 
frequentemente comparadas a pinturas abstratas, usando elementos retilíneos, ou em 
curvas, sempre com a presença de espécies nativas da flora brasileira, sendo muito 
habilidoso na criação de contrastes entre as diferentes peças da paisagem. Roberto Burle 
Marx se definia como um artista de jardins. 
 
Ele inovou na utilização de plantas nativas brasileiras em suas obras, valorizando 
as bromélias, por exemplo. 
 
Atualmente, podemos encontrar a obra de Burle Marx espalhada pelo mundo, 
como em Longwood Gardens, na Filadélfia (EUA), ou na Universidade da Califórnia 
(EUA). 
 
Mas foi no Brasil que sua obra obteve grande destaque. Burle Marx trabalhou em 
muitas paisagens conhecidas por muitos de nós, como no Aterro do Flamengo e no 
Jardim do Edifício Gustavo Capanema, no Rio de Janeiro; o Centro Cívico de Curitiba 
(PR) e diversos projetos paisagísticos para Pampulha, em Belo Horizonte (MG). A 
seguir, mostramos alguns exemplos da obra monumental desse grande paisagista 
brasileiro. 
 
 
Aterro do Flamengo – RJ 
 
 
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Jardim do Edifício Gustavo Capanema – RJ 
 
 
Centro Cívico de Curitiba, Av. Cândido de Abreu – PR 
 
 
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Jardim da Igreja da Pampulha, Belo Horizonte – MG 
 
 
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Encerramento 
 
Prezado aluno, 
 
 Chegamos ao final do curso de Jardinagem e Paisagismo. Neste curso você 
aprendeu os conceitos básicos sobre essas duas práticas, que têm a função principal de 
nos trazer um maior contato com a natureza, o que melhora significantemente a 
qualidade de vida de todas as pessoas, em particular aquelas que moram nos grandes 
centros urbanos. 
 
 Você aprendeu como construir um jardim, quais são as plantas mais cultivadas 
no Brasil e quais são apropriadas a cada tipo de clima presente em nosso país. Também 
passou a conhecer como se desenvolveu a jardinagem e o paisagismo no continente 
americano e quais foram as influências mais importantes. 
 
 Com essas informações você está habilitado a compor seu próprio jardim, além 
de ser capaz de apreciar as paisagens verdes que compõem a sua cidade. 
 
 Desejamos-lhe sucesso e boa sorte. 
 
 
 
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Bibliografia 
 
Livros: 
 
 
- Barbosa, Antonio Carlos da Silva. Paisagismo, Jardinagem & Plantas Ornamentais. 
Iglu Editora Ltda, São Paulo, 1989. 
- Santos, M. Coutinho dos. Manual de Jardinagem e Paisagismo. Freira Bastos, Rio 
de Janeiro, 1978. 
 
 
 
- Dreykorn, Monika. O melhor da sabedoria popular. Reader´s Digest, Rio de Janeiro, 
2010. 
 
 
Sites: 
 
- Aldeia das Flores. O que é Jardinagem. 
<http://www.aldeiadasfloresguaratuba.com.br/site/index.php?option=com_content&vie
w=article&id=3:o-que-e-jardinagem&catid=9:jardins&Itemid=14> acesso em 22 de 
junho de 2011. 
 
 
- Ana Batezati. Dicas de Paisagismo e Jardinagem. Como cuidar das plantas no 
inverno e dicas para ter um jardim seguro. < http://dicas-jardinagem-
paisagismo.spaceblog.com.br/2/> acesso em 22 de junho de 2011. 
 
 
- Muticitro. Cuidados a serem tomados com as plantas no inverno. < 
http://www.multicitros.com.br/dicas-e-cuidados/4/cuidados-a-serem-tomados-com-as-
plantas-no-inverno> acesso em 25 de julho de 2011. 
 
 
- Paisagismo Brasil. Análise do solo. 
<http://www.paisagismobrasil.com.br/index.php?system=news&news_id=885&action=
read> acesso em 27 de junho de 2011. 
 
 
59
 
 
- Miriam Stumpf. Projetando as árvores no jardim. < 
http://www.fazfacil.com.br/jardim/paisagismo_arvores.html> acesso em 30 de junho de 
2011. 
 
 
- Arquitetura e Interiores. “Gazebo, Pergolado e Caramanchão” < 
http://vcsenatore.blogspot.com/2011/06/gazebopergolado-caramanchao.html> acesso 
em 5 de julho de 2011.

Outros materiais