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1ª prova de SEMENTES – LUCIA: O que é semente? -É um órgão de propagação formado por um conjunto de tecidos onde se tem a fusão de gametas (células reprodutivas). -Embrião + tecido de reserva, constituído de um tegumento. -Óvulo fecundado e desenvolvido, que se transforma, formando as reservas e o embrião. Função e características: -Disseminação da cultura -Avanço na agricultura -Perpetuação da espécie -Reprodução sexual com variabilidade genética -Facilidade no transporte -Fonte de alimento -Importante para pesquisa (“ a semente é a planta em sua melhor embalagem’’) -Fácil de armazenar e manusear *Existem culturas que a reprodução sexual(por sementes) é inviável, porém todo o processo de melhoramento se dá via semente (cana, mandioca, etc). Distribuição: -América do sul: milho -Europa: Trigo -América central: Sorgo -Ásia: Arroz Problemas: -Plantas daninhas -Dormência, causando emergência em épocas inadequadas -Sementes tóxicas Exemplos: -Milho: fruto constituído por endocarpo + embrião. Dentro do grão está a semente. -Feijão: o fruto é a vagem, e a semente é o grão. Análise de sementes: -Dar segurança no momento da semeadura, mostrando a qualidade da semente a ser plantada. -Evitar irregularidades no comércio de sementes. Laboratório de analise de sementes (LAS): -Finalidade de mostrar quais são as condições da semente, visando recomendações para semeadura, comercialização, armazenamento, entre outros. Regras para analise de sementes (RAS): -Para que se possa fazer diferentes análises a fim de se comparar com outras. -Dar resultados consistentes -Mesma metodologia em todos os LAS, não necessariamente iguais, mas semelhantes. -Devem ser atualizadas a cada 5 anos para maior confiabilidade. *Para comercialização de sementes, é necessário seguir um certo padrão, visando uniformidade e qualidade. Cada instituição tem seu próprio padrão definido. ANGIOSPERMAS: -Tem-se o fruto -Fusão ou fertilização dupla -Formação do fruto -Polinização não necessariamente pelo vento. GIMINOSPERMAS: -Não tem-se o fruto -Única fertilização -Polinização somente pelo vento. -Semente desnuda. Macroesporogênese: Microesporogênese: -Ordem: Flor>Macro>Micro>Polinização>Fertilização>Frutificação>Embrião>Semente>Fruto. -O óvulo é o conjunto formado pelo saco embrionário, nucela e pelos integumentos. Tipos de óvulos segundo o formato (em cada tipo existe um método de fecundação): -Ortotropo -Anatropo -Anfítropo -Campilotropo Polinização: -É a saída do grão de pólen do estigma até a chegada na antera. -Para pesquisa, deve-se conhecer o sistema de polinização (cruzada/aberta ou autopolinização/fechada), visando cuidados como isolamento do campo de sementes por exemplo. Em cenoura, milho, o campo deve ser grande visando evitar a polinização cruzada. Entretanto existem polinizadores que podem levar o pólen até grandes distancias, independente do sistema de polinização da planta. A produção de sementes de algodão se dá somente em isolamento, pois é uma planta autógama com auto grau de alogamia. Fecundação: -Grão de polem - estigma - formação do tubo polínico - núcleo reprodutivo carregado até a micrópila - junção da micrópila com a oosfera e o pólen - formação do zigoto(singamia) - embrião. -Oosfera + grão de pólen = zigoto (processo de singamia/fusão dupla) -Grão de pólen 2n + 2 nucleos polares 2n = nucleo do endosperma 3n (fusão tripla) Embrião: -Monocotiledonea (Ex: Gramineas): Eixo embrionário com 1 cotiledone (escutelo) Coleoptilo Plúmula Radícula Coleorriza -Dicotiledonea: Eixo embrionário com 2 cotiledones Plúmula Radícula Hipocótilo Semente: -Eixo embrionário: essencial na formação de uma nova planta produtiva. -Tegumento: protege a semente, mantém as partes unidas, regula a entrada de água e oxigênio, evita microorganismos. -Reserva cotiledonar: de origem embrionária (feijão) -Reserva endospermática: de origem 3n. -Reserva perispermática: de origem nucelar (beterraba) *Em feijão, toda a reserva endospermática foi transformada em reserva embrionária, então tudo que se colhe em feijão é embrião. Na reserva endospermática, há uma sobra de carboidratos, que nutrem o embrião. É importante saber a origem da reserva, para se saber a composição química da semente. Teste de tetrazólio: -Colore as partes vivas da semente (tudo que for embrião inclusive eixo embrionário e reserva cotiledonar). *No milho, se a parte do endosperma for danificada e o eixo embrionário se manter integro, a semente germina normalmente. No feijão o risco de não germinar é maior pois toda a reserva é de origem embrionária e não pode sofrer danos. Linhagem: -Seleção de uma planta em 1 linha. Cultivar: -É todo material cultivado, podendo ser melhorado ou não. -Comerciais Variedade: -Variações/diferenças dentro de uma mesma espécie. Apomixia: -Processo de formação da semente sem fecundação, por meio de tecido nucelar. -Não sofre fertilização! -Como não fertiliza o embrião surge a partir da nucela (embrião nucelar). Poliembrionia: -Formação da semente a partir do desenvolvimento das aitípodas, também sem fecundação. -Tem-se a fertilização, porém 1 delas é fertilizada somente, e se formam outros embriões não fertilizados a partir das antípodas. Amostragem -Feita a partir de um lote, para determinar a qualidade da semente. Problemas da amostra: -Uma pequena qtide representando uma grande qtide. (400sementes de amostra para um lote de 400 milhões). -Qquer erro na amostragem pode comprometer os resultados. *Lote: Qtide definida, uniforme e identificada de sementes. Amostragem: -Simples: coleta-se pequenas qtides em vários locais. -Composta: Junção de todas as amostras simples, que então é homogenizada, e dividida até chegar no tamanho médio da amostra, então sai da unidade de beneficiamento de sementes (UBS) e vai para o laboratório. *A amostra média é pesada, homogenizada e dividida no laboratório, tornando-se a amostra de trabalho que será manuseada no laboratório. O peso da amostra média varia com a espécie, por exemplo, em milho, a amostra média é de 1kg (3.000 sementes) em alface, a amostra média é de 30g (25.000 sementes). Lote: -Deve ser uniforme, porém esta característica é de difícil obtenção, pois as sementes mais pesadas tendem a ir para o fundo do silo, ou saco, assim como as mais leves para o topo. -Tamanho do lote: 20 toneladas para grandes culturas de sementes maiores/iguais a do trigo. 10 toneladas para grandes culturas de sementes menores que a do trigo. 5 toneladas para hortaliças de sementes maiores/iguais que a do quiabo. 1 tonelada para hortaliças de sementes menores que a do quiabo. 10 toneladas para forrageiras (legu/gram) de sementes maiores/iguais a do sorgo. 5 toneladas para forrageiras (legu/gram) de sementes menores que a do sorgo. Realização da amostragem: -Deve ser feita no recebimento para fins de desconto de impurezas, umidade, etc. -Também pode ser feita durante o beneficiamento. -Pode ser feito por amostradores manuais ou pneumáticos automatizados. -O resultado define o caminho que o lote percorrerá na UBS. Intensidade da amostra: -Quanto maior o lote, menor é o numero de amostras simples/saco. -A amostra é embalada em recipiente ou saco estéril, sem contaminação, separando as amostras simples. -Quando a amostra chega ao laboratório, é feita a divisão da mesma em 2, usando um divisor de solo, divisor dinamarquês, divisor cônico (tipo Boerner) ou um divisor centrífugo (tipo Gamet) que além de divisor é homogenizador. Na falta de equipamento pode-se fazer a divisão manual. -1kg – 500g – 250g – 120g – 60g. Análises (são 3): -Germinação, purezae nocivas. Características que afetam a qualidade das sementes: -Pureza varietal: -Genética -Evitar que haja cruzamentos e mistura varietal oriundos de semeadura e colheita mal feitos. -Pureza física: -Devem ser livres de outras espécies, matérias inertes e espécies nocivas. -Grandes culturas devem ter 98% de PF. -Germinação: -Condições da semente gerar uma plântula no campo -Vigor: -Quanto a semente resiste às adversidades no campo. -Valor cultural: - (%pureza física x germinação) /100 -Teor de umidade: -Cuidado com o TU desde a colheita até a semeadura -Não armazenar com umidade alta (perde o poder germinativo). -Microorganismos e insetos: -Afetam diretamente a qualidade das sementes. -Uniformidade: -Polêmica, pois não é possível afirmar que o tamanho da semente influi no poder germinativo. No entanto qto mais uniforme melhor comercialização. -Peso volumétrico: -Mais pesado = Melhor qualidade. Composição química das sementes: -Importante no processo de germinação, pois dá idéia do vigor da semente. -Em função da composição química da semente, pode-se estimar o tempo de armazenamento. -Importância na alimentação humana e animal. -Reservas da semente: -Amilaceas: amido (milho/arroz) -Oleaginosas: lipídeos (girassol) -Proteicas: proteína (feijão) *Todas as sementes possuem diferentes qtides dos 3 componentes. *Diferença entre as espécies estão também nas estruturas de armazenamento como coltiledones, endosperma e hipocótilo e também na composição química e de reserva. *Sementes com grde qtide de proteína e amido são chamadas de ALEUROAMILÁCEAS, como o feijão. *Sementes com grde qtide de proteína e lipídeos são chamadas de ALEURO-OLEAGINOSAS, como a soja. -Carboidratos de reserva: -Amido: carboidrato solúvel em grande qtide. -Açúcares: carboidrato solúvel em baixa qtide. *Qdo o açúcar é encontrado em grde qtide, o amido existe em baixa qtide. -Celulose: insolúvel, parte do tegumento, dura e impermeável. A maior parte das sementes possui pouca celulose. Forma tecidos de proteção. -Hemicelulose: insolúvel, responsável pela baixa velocidade de germinação, Tecido duro, função de proteção -Lípídeos de reserva: reserva no processo de inrrigencia da semente. -Proteínas de reserva: importantes no processo de germinação. As enzimas são responsáveis por desencadear todos os processos metabólicos da planta. -Outros componentes: -Macronutrientes: N, P, K, S, Mg, Ca. *O fósforo (P) é essencial para o processo de germinação na forma de FITINA, que desencadeia a quebra de moléculas grandes. -Micronutrientes: Fé, Bo, Mn, Zn. -Alcaloides: componentes nitrogenados (sojina-soja e ricina-mamona). -Pigmentos: diferentes tipos EXETO a clorofila. -Vitaminas -Fitormonios: importante na germinação e no processo de dormência. *Importancia da reserva no processo de armazenamento *Sementes mais oleaginosas tendem a se rancificarem mais facilmente, isso ocorre devido a instabilidade da estrutura química da gordura. O amido é mais estável que a gordura resistindo melhor ao armazenamento. Porém se as sementes forem armazenadas em lugar sem controle, tem-se o problema de insetos que preferem o amido. *A diferença na composição das sementes estão nas estruturas de armazenamento como coltiledones, endosperma e hipocótilo e também na composição química e de reserva. A diferença na composição também ocorre dentro de uma única semente, por exemplo milho: - Mais proteína no embrião -Mais amido no endosperma -Mais óleo no embrião *O óleo de milho e de amendoim é retirado do embrião, por isso ele é mais caro que o de soja, o qual possui grde qtide de óleo espalhado por toda semente. Germinação: -Inicia-se com o entumecimento da semente, que desencadeia processos metabólicos que irão degradar as reservas fazendo com que o embrião seja liberado. *Semente QUIESCENTE: semente qdo armazenada tem seu metabolismo reduzido, por falta de alguma condição favorável. Fases da germinação: -Fase I: fase curta (1-2 horas), aumento rápido da umidade, 25 a 35% para cotiledonares, 30 a 40% para endospermáticas, elevação na atividade metabólica, ativação enzimática, desdobramento de nutrientes. -Fase II: fase mais longa (10-20 horas), não há aumento da umidade, não precisa de água, nem todas as espécies passam por essa fase, tudo que foi desdobrado na fase I passa para as regiões de crescimento. -Fase III: novamente o aumento de umidade, 50 a 60% para cotiledonares e 35 a 45% para endospermaticas. Observa-se a radícula e outras partes em crescimento. *As 3 fases ocorrem simultaneamente. *É necessário temperatura, umidade e oxigênio (que gera energia pela respiração). *Os carboidratos são desdobrados em particulas menores no ciclo de Krebs, para serem utilizados pelo embrião. Germinação EPÍGEA: -O embrião sai protegido pelos cotilédones. -Normalmente ocorre em dicotiledôneas. (cebola é monocot. e tem germinação epígea). -Feijão Germinação HIPÓGEA: -O cotiledone permanece no solo -A plúmula protege o hipocótilo, e o coleóptilo sai do solo. -Ocorre geralmente em gramíneas. -Milho, soja, trigo, ervilha. Fatores que afetam a germinação: -Internos (depende da planta mãe, das condições do ambiente em que a semente foi formada, da colheita, armazenamento e beneficiamento): Funcionalidade e atividade da semente (a semente deve estar viva). Longevidade da semente. Condição de germinação Viabilidade do embrião. Vigor para emergência. *Na formação da semente, a umidade deve ser alta para que haja a absorção dos nutrientes. *No ponto de maturação, a umidade deve cair porque se não ela pode germinar na própria planta. *Antes de germinar a semente tem alta taxa respiratória e alto consumo de reservas. -Externos (depende do ambiente): Umidade. * O embrião tem grande necessidade de umidade. As reservas utilizam-na para translocar nutrientes. O tegumento precisa de umidade para romper. *Existem espécies com baixa força de absorção de água, como a soja. Há tb diferenças na qtide mínima de absorção de água para que haja a germinação. Quanto maior a área de contato com a umidade, maior a velocidade de germinação. Temperatura. *Geralmente qto maior a T°, mais rápido ocorre a germinação. T° mais baixas reduzem a velocidade de germinação. T° mto altas prejudicam a semente. *T° cardeais: mínima-abaixo dela não há germinação. máxima-acima dela não há germinação. ótima-maior velocidade de germinação. letal-geralmente alta, pois degrada as proteínas. *Baixa não é letal pois geralmente a umidade tb é baixa. No caso de umidade alta e temperatura baixa, ocorre o rompimento dos tecidos e morte da semente. Oxigênio. *Sem oxigênio não há germinação. *Em arroz irrigado a semente possui oxigênio para desdobrar os nutrientes, depois a planta começa a retirar ‘’O’’ da água. *O oxigênio é necessário em baixa qtide (5-10%). Dormência: -Momento em que a semente está sem atividade de germinação (endógeno), mas há outras atividades e mesmo dando condições favoráveis para germinar, o processo não ocorre. -Quiescência (metabolismo reduzido por falta de alguma condição favorável (exógeno), geralmente água/umidade). *Semente dormente, depende de fatores endógenos, semente quiescente, depende de fatores exógenos. -A dormência pode ser: Estacional: *Depende das estações do ano e precisa passar por algum fator (frio/calor) para germinar. Oportunista: *A germinação ocorre em qualquer época do ano, necessitando somente, de condições favoráveis (semente quiescente). -A dormencia é um mecanismo de sobrevivência da semente, que ao longo do tempo acaba perdendo e se tornando quiescente. Com isso ela consegue sobreviver por muitos anos. Dentro de uma mesma planta existem: -Sementes quiescentes: após a maturaçãoconsegue germinar em condições favoráveis. -Sementes dormentes em diferentes estádios. Ex: de cada 100, 10 emergem imediatamente, 20 6 meses depois, 40 1 ano depois... *Cada local onde a semente é produzida na planta dá condições diferentes de germinação. Assim a planta consegue sobreviver e se conservar sem a ajuda de ninguém. *A dormência ocorre principalmente em clima temperado. CICLO ESTACIONAL DE CLIMA TEMPERADO: *A semente pode germinar no inverno, no entanto isso não é bom para a planta (frio e seco). O ideal é que a semente fique em dormencia no inverno e germine na primavera(climas temperados). Em regiões tropicais as sementes tem mecanismos que impedem a entrada de água e necessitam de algum fator para quebrar a dormencia como atrito por exemplo. IMPORTÂNCIA DA DORMÊNCIA: -Na agricultura deve ser evitada (uniformidade). -No melhoramento busca-se reduzir a dormencia. -Interessante para culturas colhidas em épocas de umidade elevada, evitando a germinação na planta -Importante no armazenamento e na colheita (com dormência) -Distribuiçaõ ao longo do tempo (emergência distribuída), longevidade, e perpetuação (vagem: cada semente com um tempo de dormência). *Adubos verdes e gramíneas forrageiras geralmente são armazenadas durante 1 ano para que a dormência seja quebrada por causa da respiração que degrada algumas substancias. TIPOS DE DORMÊNCIA: -Primaria ou natural: já foi programada geneticamente para existir. Em espécies temperadas, perde-se a dormência depois de algum fator (frio ou calor). -Secundária: Ocorre por algum motivo exógeno. Ex: o sorgo entra em dormência depois de uma secagem drástica (48°C). O homem dá algum fator para a semente entrar em dormencia num período de interesse. MECANISMOS DE DORMÊNCIA: 1) Amem (1968): considera 2 mecanismos: Albuminosas: em função dos hormônios reguladores (promotores e inibidores da germinação) de crescimento. Hexalbuminosas (sementes sem endosperma): em função da impermeabilidade do tegumento. *A permeabilidade da semente se dá pela presença ou ausência de substancias como lignina, suberina, tanino, cutina e pectina. A testa é o tegumento externo das leguminosas que não permite a entrada de água na semente. ***O controle de entrada de água é o mecanismo de dormência mais conhecido. *A dormência pode ser quebrada por inúmeros processos como: -Escarificação. -Degradação por microorganismos. -Passagem pelo trato digestivo dos animais. -Variação das temperaturas noturnas e diurnas por vários dias. -Lavagem em água corrente. -Escarificação acida com H2SO4 -Pré-esfriamento (5-10°C embebidas de 3 a 7 dias) -Estratificação (2-7°C na areia mais geladeira) -Congelamento -Exposição à luz (8 horas a cada 24 horas) -Excisão do embrião. -Entre outros. *Ruins de se trabalhar em larga escala (somente a escarificação mecânica – tambor). No deserto existem plantas com capítulo, assim, as mais externas do capítulo caem no solo e germinam. As mais internas tem dormência maior e ficam presas na planta e vão sendo liberadas com as chuvas que ocorrem. Tb existem inibidores de germinação que são ``lavados`` na presença de água. 2) Desenvolvimeto do eixo embrionário: Existem sementes que se encontram no PMF, e se desligam da mãe ou caem no chão, mas ainda não tem o eixo embrionário definido necessitando de um tempo para desenvolve-lo e assim esse tempo é considerado como dormência. Muitos autores não consideram isso como um tipo de dormência e sim como uma não formação da semente. Deve-se dar condições favoráveis para conseqüente germinação. -Particularidades: Anona crassiflora: necessita ficar 220 dias em substrato úmido para germinar. Pinus silvestris: produzidas no norte da Escandinava demoram para germinar produzidas ao sul da Escandinava, germinam imediatamente Nicandria physoloides (Jóia de capote): 2n = 18 crs - dormente. 2n = 20 crs - não dormente. 3) Equilíbrio entre substancias promotoras e inibidoras de crescimento: -Mecanismo muito estudado. -Varias exigências mínimas (chamadas de subsistemas e que são exógenos) para que ocorra a germinação. -Luz, O2/CO2, T°, Etileno, Umidade, Substancias receptoras de elétrons. a) Luz: -Subsistema mais estudado. -Lehmen colocou Lythrum salicarsa para germinar em condições favoráveis (30°C + umidade), e com um flash de luz, 50% começou a germinar. -Maravilha de jardim, é inibida pela luz. -Evenai: Fotoblasticas positivas necessitam de luz para germinarem. Fotoblasticas negativas são inibidas pela luz. Indiferentes, que germinam nos dois casos. -Bortwich: verificaram que a luz vermelha pode se transformar em vermelho distante. Vermelho (680nm): Germinação Vermelho distante (720nm): Dormência *Em alternância de V e VD, se o ultima cor for V, ocorre a germinação. Então o que interessa é o ultimo flash. *Essa conversão de radiação é o fitocromo que realiza (molécula bipolar de alto peso molecular que absorve luz dando inicio a germinação). Quando ele recebe 680, transforma para 720 e germina. Quanto ele recebe 720, transforma pra 680 e germina. *A luz vermelha distante penetra até grandes profundidades no solo (40cm) enquanto a vermelha, penetra somente 5cm. Então além da falta de O2 há a incidência de luz VD em grandes profundidades. b)Substancias promotoras e inibidoras da germinação. -Giberelina: Promotora -ABA: Inibidora -Citocinina: Inibe a ação dos inibidores *Então sempre que houver citocinina ou giberelina (sozinha ou com citocinina) em condições favoráveis, haverá germinação. Sempre que houver ABA, e não houver citocinina, não haverá germinação. c) Temperatura: -O sensor para temperatura da semente é diferente do sensor para luz(que necessita somente de um flash). Necessitando de tempos maiores de exposições como invernos inteiros por exemplo. -Quebra de dormência do alface: geladeira + luz. (24°C é melhor que 29°C) d) Oxigênio: -Quanto menor a entrada de O2, maior o tempo de dormência. e)Umidade: -Camada impermeável à água. -Elimina os inibidores de germinação (lixívia). -Entrando umidade a semente germina. f) Etileno: -``Sinal´´ que informa para a semente quando há umidade suficiente para germinação. -Existem substancias estimulantes e inibidoras do etileno. g) Substancias receptoras de elétrons: -Utiliza-se do KNO3 para quebrar a dormência. -Atua na mudança da recepção de elétrons. -Fazem com que a citocinina entre em ação, inibindo o ABA, para a giberelina agir. DETERIORAÇÃO E VIGOR DE SEMENTES: -Deterioração: Processo inexorável (acontece, não tem jeito), irreversível mínima na maturação (e aumentando gradativamente), variável entre as espécies (algumas sobrevivem por um longo período de tempo e outras não), entre lotes e entre sementes do mesmo lote. -Existem diferentes formas de deterioração. -Qto mais deteriorada a semente, tem-se plantas anormais e perda na germinação. Tipos: -Sementes ortodoxas: armazenadas em locais secos com T° reduzida, consegue-se ter um tempo de vida maior. -Sementes recalcitantes: maiores problemas no armazenamento. Ex: seringueira qdo colocada em ambiente frio morria. Tinha que ser conservada em T° e umidade alta. Transformações degenerativas: a)Fisiológicas: -Reduz a germinação -Tem-se atraso na germinação -Aumenta a sensibilidade a condições do ambiente -Reduz o crescimento -Reduz a tolerância ao armazenamento -Plantas anormais -Danos aos crs -Desuniformidade no stand b) Bioquímicos (respiração): -Alteração nas reservas -Acidez em oleaginosas (rancificação) = liberação de acidos graxos. -Degradação de proteínas -Aumento de aa livres -Alterações no tegumento (cor/textura/etc) – Armazenamento a vácuo evita isso. -Alteração nas taxas de sítese -Danos aos crs (cuidados em sementes armazenadas em banco de germoplasma).Datações de sementes: -Feitas através de herbários, investigações arqueológicas, sedmentologia e teste de carbono 14. -Espécie de tremoço encontrada na toca de um urso no canadá com 10.000anos. Ela germinou e originou plantas com metade dos crs das espécies atuais. Teorias: -De causas individuais ou conjuntas -Esgotamento das reservas alimetares, sementes se reserva morriam, porém sementes com reserva tb morriam... -Coagulação do protoplasma: T° elevadas levam a coagulação de proteínas. -Vazamento de substancias: danos ao tegumento. -Inativação de enzimas: todo processo de germinação depende de enzimaa. -Aparecimento de ácidos graxos: rancificação de sementes. -Ataque por fungos: relacionadas tb com outras teorias. -Acumulo de substancias tóxicas. Como medir a deterioração? -Teste de envelhecimento rápido: 40-43°C em ambiente com 100% de UR. -Visa predizer como está o processo de degeneração da semente visando obter respostas para o armazenamento. *Tem que se secar pra armazenar, pois se houver UR, vai haver respiração e conseqüente deterioração. Vigor: -Característica determinada pelo genótipo e modificada pelo ambiente, que governa a capacidade de uma semente de originar rapidamente uma plântula no solo e tolerar significativas variações do ambiente. A influencia do vigor pode persistir em toda a vida da planta e afetar a produção. -Totalmente o oposto à deterioração. -Informa ao agricultor sobre a germinação das sementes fora das condições ótimas. Conceitos: -Vigor genético: pertence à genética da semente, diferença entre cultivares. -Vigor fisiológico: depende da genética e do ambiental. Fatores que afetam o vigor: -Genetica -Vigor dos pais -Na produção: Condições climáticas Alta umidade no enchimento de grãos Perda de umidade na maturação fisiológica -No armazenamento: Umidade do ar e das sementes baixa. Temperaturas baixas -Danos mecânicos na colheita, secagem e beneficiamento. -Microorganismos e insetos (fazer tratamento químico) -Densidade de sementes (peso do hectolitro) -Tamanho (maior, mais reserva, mais vigor) -Idade (mais velha, menos vigor)
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