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Trabalho de civil (Salvo Automaticamente)

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Trabalho de civil
Proibição de prática pelo titular de atos de disposição que importe em diminuição permanente da integridade física: 
O direito a integridade física, sendo um dos direitos da personalidade são regidos por alguns princípios expressos no código civil “Art. 11. Com exceção dos casos previstos em lei, os direitos da personalidade são intransmissíveis e irrenunciáveis, não podendo o seu exercício sofrer limitação voluntária”. Portanto levando em conta o principio da irrenunciabilidade podemos constatar que O titular do direito a integridade física, não pode a ele renunciar, ficando assim proibido pelo código civil a diminuição permanente da integridade física, no qual trouxe um artigo especifico para o caso. “Art. 13, Código Civil: Salvo por exigência médica, é defeso (proibido) o ato de disposição do próprio corpo, quando importar diminuição permanente da integridade física, ou contrariar os bons costumes“.
Cabe ressaltar que a proibição de praticas com o corpo do titular fica restrita a diminuição permanente da integridade física, segundo C. Farias e N. Rosenvald “A fórmula utilizada pelo citado dispositivo legal indica que, não havendo redução permanente da integridade física, é possível a prática de diferentes atos de disposição corporal - como decorrência da autonomia privada”. (2017, p.229) E ainda importante lembrar que existe exceção, citado pelo próprio artigo 13 “salvo por exigência medica” legalizando qualquer cirurgia decorrente de uma patologia, como nos casos dos transexuais que vamos discorrer com mais calma ao longo desse trabalho. 
Todavia Esse assunto não da pra ser tratado de forma geral existe casos controversos com o art. 13 que não estão especificados em lei, mas e feito livremente “a pessoa que se submete a uma cirurgia plástica estética, retirando uma costela, para fins exclusivamente de embelezamento, também diminuiu a sua integridade física sem necessidade terapêutica”. (C. Farias e N. Rosenvald, 2017, p.230). 
A situação dos wannabes (apotemnófilos)
Os Wannabes ou também conhecidos como apotemnófilos São pessoas que não reconhece algum membro como parte do seu corpo, o membro não corresponde à verdadeira identidade física que gostariam de ter, e essa desconformidade do corpo com o psicológico traz a eles a compulsão em amputar, compunção essa que faz os wannabes se automutilarem de maneiras extremas botando em risco a suas vidas.
As pessoas que defendem do direito de amputação dos apotemnófilos associam o caso deles com a situação dos os transexuais que também tem partes do corpo indesejadas, porém diferente dos apotemnófilos no caso dos transexuais as pesquisas já comprovaram a necessidade terapêutica para adequar o estado físico com o psíquico do mesmo. Enquanto a situação dos wannabes ainda e muito desconhecida, não se sabe ao certo a causa e o tratamento adequado para esses casos.
Como já foi discorrido aqui, o direito a integridade física e um direito irrevogável, portanto como não existe mais nenhuma outra exceção a não ser por exigência media, e o repudio por algum membro não ser considerado uma patologia pelo Conselho Federal de Medicina (CMF), fica proibido à amputação dos wannabes assim regulado pelo art. 13 do código civil “Salvo por exigência médica, é defeso (proibido) o ato de disposição do próprio corpo, quando importar diminuição permanente da integridade física, ou contrariar os bons costumes”. Porem o Art. 13 e muito abrangente, mas não analisa os casos específicos como esse, e levando em consideração os riscos que os Wannabes correm se mutilando o direito não pode se omitir, ou simplesmente tratar o assunto de forma simplória, para C. Farias e N. Rosenvald deveria ser respeitado o direito de autodeterminação por não se tratar de interesse público e sim privado, “A regra geral é a liberdade de autodeterminação, embora não absoluta, Por isso, parece mais prudente analisar cada caso concreto, sem estabelecer critérios apriorísticos precipitados” (C. Farias e N. Rosenvald, 2017, p.250). 
Referencias
 Farias, Cristiano; Rosenvald, Nelson. Curso de direito civil: parte geral e LINDB. 15. Ed. Salvador: Juspoivm, 2017
BRASIL. Código civil. Organização de  Reale, Miguel. São Paulo: Atlas, 2OO2.

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