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Resenha - Súmula Vinculante - Figura da Common Law - Daiane Omura

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
Pós-graduação em Direito Civil e Processual Civil
Resenha do Artigo: Súmula Vinculante: Figura do Common Law?
DAIANE AKIE OMURA
Trabalho da disciplina: O Processo nos Tribunais e a Força dos Procedentes.
Tutora: Prof. Ubirajara da Fonseca Neto
Curitiba/2019
ARTIGO: Súmula vinculante: Figura do Common law? 
(Wambier, Teresa Arruda Alvim).
Introdução ao Artigo: O Artigo faz uma analogia entre a súmula vinculante e a common law, concluindo que a súmula vinculante é a mais adequada, pois representa a aderência dos sistemas jurídicos, o que consequente gera maior segurança e previsibilidade, já que o juiz terá de seguir a interpretação sumulada, gerando uma efetividade e celeridade processual.
RESUMO:
Embora haja a possibilidade de edição de súmulas vinculantes no ordenamento jurídico brasileiro, certo, que em nada se assemelha a common law, pois na súmula vinculante a intenção é gerar uma segurança jurídica, pois está é criada após incidente de vários precedentes. Já na common law um único caso precedente já vincula.
A súmula vinculante, como recepcionada pela Emenda Constitucional, representa uma marcha no sentido de se aplicar a veracidade da prestação jurisdicional, já que a existência de uma uniformização na jurisprudência é pressuposto para que ase realize, no plano dos fatos, o principio da isonomia.
Assim, em atenção ao principio da isonomia, necessário se faz que haja uma previsibilidade inclusive dos pressupostos para que a própria jurisprudência seja respeitada e assim haja uma efetiva uma aplicação da isonomia, evitando decisões discrepantes. 
Entretanto, necessário que tais deliberações judiciais, em especial das súmulas dos Tribunais, sejam aperfeiçoadas de forma onde a legislação e a jurisprudência sejam harmônicas entre si, se tornando um sistema judicia misto.
Os objetivos ao qual propõe a súmula vinculante não é outro, senão, mormente, a uniformização da jurisprudência. Embora a súmula vinculante tenha como principal objetivo a uniformização da jurisprudência, o Constituinte Reformador buscou, a partir dele, impedir que houvesse a propagação de processos que tratassem sobre um mesmo tema, e também, oferecer, a quem esteja submetido ao Direito brasileiro, a certeza que diante de determinada lide não haverá outra exegese, se não aquela orientação já reconhecida e consolidada perante a Suprema Corte.
Tido como uma das razões para adoção da súmula vinculante no Direito brasileiro, a segurança jurídica pode ser entendida, como instrumento de certeza, que afasta a possibilidade de surpresas na resposta judicial. A edição da súmula possibilitará, pois, que a justiça seja prolatada de maneira isonômica. A população em seu todo, diante de casos semelhantes, terá para si a mesma decisão.
São numerosos os argumentos em defesa da súmula vinculante, posto que está pode gerar menor custo processual mais celeridade, atraindo ainda um viés impessoal e isonômico, evitando que uma mesma norma seja interpretada de forma distinta em situações fáticas idênticas.
Por outro lado, é importante dizer que também existe um outro lado das súmulas vinculantes. Posto, que há questionamentos acerca da liberdade do julgador e dos Tribunais para avaliar o mérito das questões que recebem e emitir decisões, ainda, alguns juristas informar que o nosso sistema não comporta a súmula vinculante já que privilegia a lei e, não a jurisprudência.
Indiscutível que a súmula vinculante ocasiona uma celeridade nos processos, entretanto, não há como esquecer que se trata de um remédio paliativo, já que estamos diante de uma sociedade que muda de forma muito repentina, assim, a revisão, alteração e cancelamento de súmulas traria mais trabalho ao judiciário, fazendo com que novamente tenhamos a morosidade processual, fazendo com que se crie o caminho inverso com o passar do tempo.
Assim, necessário que se haja um cuidado ao se editar súmulas, que estas sejam voltadas a valorizar a segurança, bem como as situações que não sofram modificações ou sejam intimamente ligadas aos costumes sociais.
Advertido da imperiosa transformação cultural no trato com “as regras”, também nosso
ordenamento jurídico deverá prosseguir para analisar os métodos que adotam o
princípio da common law de probabilidade de não se seguir, cegamente, o material
sumular, evitando-se, assim, a imobilidade do sistema jurídico, quando, na
verdade, o que se busca com as medidas judiciais é exatamente o oposto, visto que se
trata de fonte normativa equilibrada.
Ou seja, estamos diante de uma solução paliativa que se mostra eficaz, que a principio causa uma segurança jurídica, que pode dar uma sensação de isonomia, entretanto, não podemos esquecer que se trata de remédios constitucionais paliativos, sendo assim, necessário que se haja uma reestruturação do judiciário, para que permita que a tutela jurisdicional possa levar celeridade e isonomia de forma adequada em um prazo razoável.

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