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ATUAÇÃO HOSPITALAR FONOAUDIOLÓGICA E DISFAGIA

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ATUAÇÃO FONOAUDIOLÓGICA HOSPITALAR
Fga.Ms. 
Susana Elena Delgado
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CONCEITO
Fonoaudiologia hospitalar é um tipo de intervenção fonoaudiológica, que atua com o paciente ainda no leito, independente de sua idade cronológica, de forma precoce, preventiva, intensiva, pré e pós cirúrgica, despotencializando a instalação de patologias fonoaudiológicas (diferenciando-se da fonoaudiologia clínica ambulatorial, que intervém no paciente com sequelas que, em sua maioria, já se encontram instaladas)." (CFFa.) 
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Atuação fonoaudiológica hospitalar
Neste contexto, cabe ao fonoaudiólogo a responsabilidade sobre a identificação e o estabelecimento do programa de intervenção para a melhoria da comunicação e da deglutição do paciente durante os diversos momentos de manifestação, evolução e tratamento da doença .
Para isso torna-se imprescindível o conhecimento teórico-prático das alterações fonoaudiológicas, de outras alterações cognitivas, do efeito das intervenções cirúrgicas, farmacológicas e radiológicas, bem como o domínio de informações relativas ao efeito da interação desses diversos fatores sobre a comunicação. 
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Atuação fonoaudiológica hospitalar
Objetivo:
 É garantir a funcionalidade da comunicação e deglutição e prevenir futuras disfunções por adaptações errôneas. Muitas vezes as compensações voluntárias e involuntárias podem surgir para minimizar as disfunções, ocasionando um comportamento de auto-aprendizagem ineficiente. (Buchholz, 1994; Ozer et al, 1994). A prevenção dos fatores de risco é contínua e segue por toda a fase de reabilitação, tendo por objetivo a manutenção do máximo grau de independência do paciente. 
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Atuação fonoaudiológica hospitalar
Locais de atuação:
 - CTI (Centro de Terapia Intensiva), UI (Unidade Intermediária); - UTI Neonatal; - Maternidades; - Pediatria; - Neuropediatria; - Neurocirurgia; - CTQ (Centro de Tratamento de Queimados); - Clínica médica; - Centros de Tratamento para HIV positivo; - Geriatria.
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Abordagem Multidisciplinar: refere-se ao trabalho e estudo de profissionais de diversas áreas do conhecimento ou especialidades, sobre um determinado tema ou uma determinada área de atuação. Não implica em integração destes profissionais para o objetivo de entendimento mais amplo do fenômeno.
 
Abordagem Interdisciplinar: refere-se ao trabalho e estudo de profissionais de diversas áreas do conhecimento ou especialidades sobre um determinado tema ou área de atuação, implicando necessariamente na integração dos mesmos para uma compreensão mais ampla do assunto.
 
Abordagem Transdisciplinar: refere-se ao trabalho e estudo da natureza ou qualidade das relações existentes entre as diversas áreas do conhecimento ou especialidades implicadas no fenômeno. Propõe que os profissionais trabalhem integrados para não perderem a visão global do fenômeno e da pessoa em atendimento enquanto sujeito ativo e participante do processo e inserido num contexto familiar e sócio-cultural. Implica numa leitura inovadora sobre a questão que, ao invés de se preocupar apenas com as especialidades (as partes), busca resgatar a globalidade (o todo) do fenômeno, priorizando o estudo de como as diferentes dimensões se articulam gerando uma diversidade de situações. Estas situações são resgatadas em sua singularidade sem, no entanto, perder de vista sua relação com a complexidade e a globalidade do fenômeno.   
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Formas de ação:
Precoce: A intervenção fonoaudiológica inicia-se tão logo os
sinais vitais do paciente estejam restabelecidos pela equipe
médica que o assiste.
Preventiva: atuação que dificulta, evita ou minimiza as 
possíveis seqüelas de comunicação.
Intensiva: o atendimento hospitalar é realizado sem horário
determinado e o maior número de vezes diariamente.
Pré-cirúrgica: avaliação do estado geral do paciente e seus 
sintomas antes do ato cirúrgico, observando-se 
principalmente linguagem e motricidade oral.
Pós-cirúrgica: participação quando possível no ato cirúrgico,
verificando estruturas que estão sendo manipuladas pelo 
cirurgião, prováveis seqüelas e acompanhamento 
fonoaudiológico.
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Atuação fonoaudiológica hospitalar
Características do atendimento no leito
A diferença primordial do tratamento hospitalar do clínico, não se dá pelo ambiente de atuação, mas pelos procedimentos peculiares aplicados na reabilitação, além do manuseio de equipamentos e linguagem diferenciada apresentada. 
O fonoaudiólogo que atua no hospital se vê obrigado a conhecer sobre traqueostomias e cânulas, sondas de alimentação enteral, curativos, materiais estéreis, equipamentos (respiradores, oxímetros, incubadoras, aspiradores), sendo alguns detalhes diferenciais, frente ao fonoaudiólogo clínico. 
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Reabilitação fonoaudiológica no câncer
O fonoaudiólogo deve atuar já na fase pré-operatória, orientando, esclarecendo e
 conscientizando o paciente e seus familiares sobre a terapêutica a ser empregada e sobre as conseqüentes alterações de comunicação oral e alimentação. As cirurgias de cavidade da boca e orofaringe podem ocasionar prejuízos mínimos a bastante importantes, devendo os esclarecimentos serem fornecidos de acordo com a extensão exata da cirurgia e do tipo de reconstrução.
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Reabilitação fonoaudiológica no câncer
No pós-operatório recente, o paciente deve ser submetido a avaliação das suas funções orais. Atenção deve ser dada à extensão cirúrgica e ao aspecto da reconstrução, investigando a motricidade e sensibilidade das, estruturas da boca e a habilidade do paciente em deglutir espontaneamente a saliva. E importante lembrar que nesse período é comum ocorrer edema da região manipulada dificultando a sua mobilidade.
Tais informações são fundamentais para se definir as estratégias fonoterápicas e para se confirmar ou adequar os esclarecimentos fornecidos no pré-operatório ao paciente.
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Intervenção Fonoaudiológica na UTI Neonatal
OBJETIVO GERAL :
 Promover a adequação das funções de comunicação e alimentação do bebê de alto-risco visando evitar, detectar e/ou minimizar alterações do desenvolvimento destas e fazendo a mediação entre a mãe e o bebê, a família e a equipe e a equipe e o bebê.
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Atuação Fonoaudiológica na UTI Neonatal.
Encaminhamento por pedido de consultoria (equipe médica ou enfermagem).
Grupo de pais (enfermagem, nutrição,
psicologia e fonoaudiologia).
Cursos na Educação Continuada da Enfermagem.
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Atitudes profissionais facilitadoras da amamentação
Comunicação não-verbal
 Empatia: escuta diferenciada
 Linguagem simples e positiva
 Aceitação dos sentimentos negativos
 Sugerir nunca impor
 Elogiar para aumentar a confiança
 Dar as informações necessárias
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Assistência fonoaudiológica à alimentação de Bebês
Tratamento:
• Favorecer postura flexora(bebês)e alinhamento biomecânico.
• Estimulação tátil extra e intra oral
• Sucção Não-Nutritiva ( SNN)(em bebês)
• Estimulação gustativa e/ou térmica 
• Sucção Nutritiva ( SN)(em bebês)
• Adequação de utensílios 
Adequação da textura/consistência alimentar
• Facilitação da comunicação Cuidador-Bebê
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Disfagia
Disfagia
“dys” : dificuldade
“phagien” : comer
Sintoma de uma doença de base, que pode afetar qualquer parte do trato da deglutição, desde a boca até o estômago. ( Donner, 1994).
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A disfagia é um distúrbio de deglutição, com sinais e sintomas específicos, que caracteriza-se por alterações em qualquer etapa e/ou entre as etapas da dinâmica da deglutição, podendo ser congênita, ou adquirida após comprometimento neurológico, mecânico ou psicogênico, podendo trazer prejuízo aos aspectos nutricional, de hidratação, no estado pulmonar, prazer alimentar e social do indivíduo.” (Silva, 1999).
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Avaliação instrumental da deglutição
Equipe
MÉDICO RADIOLOGISTA
FONOAUDIÓLOGO
= identifiçação de anormalidades
estruturais
= identificação das alterações funcionais e manobras facilitadoras
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Videofluoroscopia da deglutição
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Tratamento ( Furkim, 1999)
O objetivo da reabilitação na disfagia é contribuir, primordialmente, para melhorar as condições nutricionais e de hidratação, minimizar ou eliminar os riscos de aspiração de alimentos, saliva e secreções para a árvore traqueobrônquica do paciente, otimizando assim o processo de alimentação.
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Tratamento ( Furkim, 1999)
Envolve 3 etapas sugeridas: 
- Melhora no controle do bolo alimentar e estágio voluntário da deglutição; 
- Estímulo do reflexo da deglutição; 
- Propiciar aumento na constrição laríngea (para proteção da via aérea). 
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MUITO OBRIGADO!!!
Contato:
sudel.ez@terra.com.br
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