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Antropometria: Medição do Corpo Humano

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1 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
 
Antropometria é um termo que tem origem grega, segundo Velho, Loureiro, Peres e Pires 
Neto (apud Petroski, 1999), sendo que Anthropo identifica “homem” e Metry significa “medida”. 
Para esses autores, a Antropometria é uma maneira de determinar objetivamente os aspectos 
referentes ao desenvolvimento do corpo humano, assim como para determinar as relações 
existentes entre físico e performance. 
Esse método de medição sistematizada vem sendo empregado para a obtenção de dados 
quanto à forma, tamanho, proporção e na composição corporal, representando uma vasta fonte de 
informações a respeito do ser humano (COSTA, 1999). 
As áreas de aplicação das medidas obtidas através dos métodos antropométricos são muito 
vastas, desde o acompanhamento do crescimento e desenvolvimento do homem até a construção 
de mobiliário, roupas, maquinário, ambientes de trabalho, transportes (ROEBUCK, 1975). 
Na arquitetura e na ergonomia a antropometria é utilizada para adequar dimensões e os 
movimentos do corpo humano que são os determinantes da forma e tamanho dos equipamentos, 
mobiliários e espaço, ou pelo menos deveriam ser. Todos os que projetam deveriam conhecer as 
relações entre os membros de um homem normal e qual é o espaço de que necessita para se 
deslocar para trabalhar ou para descansar em várias posições. Ainda nos servimos, para dar a 
noção de dimensão, além da existência do metro, de elementos como: tantas braças de 
comprimento por outro tanto de largura; a altura de um homem, ou a largura de tantos pés 
(WALTRICK, 1996). 
A Biomecânica é uma disciplina que se ocupa de análises físicas de sistemas biológicos, o 
que inclui os movimentos do corpo humano. Para que ocorra isso é necessário que haja uma 
equipe multidisciplinar. As pesquisas voltadas para essa área utilizam-se muito das medidas 
antropométricas como um recurso para descrever e fundamentar seus estudos, além de servir 
 2 
como auxiliar para outros métodos de medição em Biomecânica, como dinamometria e 
cinemetria (AMADIO, 1996). 
Por sua importância e aplicabilidade é necessário que haja uma padronização dos 
procedimentos aplicados, que sejam realizados preferencialmente com instrumentos específicos e 
com erros de medidas conhecidas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 3 
 
 
2 HISTÓRICO 
 
 
 O termo antropometria é de origem grega, sendo que ANTHROPO quer dizer “Homem” e 
METRY significa “medida” (ROEBUCK, 1975). 
Embora a Antropometria tenha sua sistematização feita modernamente, desde o princípio 
das civilizações o uso da ciência das medidas vem sendo utilizado, sendo muito antiga a 
curiosidade do homem em medir o seu corpo, utilizando-se como unidade de medida parte do 
próprio corpo (ROCHA, 1998). 
Também desde os primórdios da humanidade se procurou associar a idéia de tamanho 
com a habilidade funcional dos indivíduos e relacionar com medidas de proporção entre as partes 
(ROEBUCK, 1975). 
Os antigos egípcios já sabiam da existência de proporções entre a parte e o todo do corpo, 
sendo que as medidas eram feitas tomando-se como base o comprimento do dedo médio do 
sacerdote. Essa unidade de medida surgiu entre os séculos XXXV e XXII a.C., sendo que para os 
egípcios a estatura ideal deveria corresponder a dezenove vezes essa medida e para os gregos era 
oito vezes a altura da cabeça. Também na Índia o uso do corpo como padrão de medida era 
utilizado. Num tratado encontrado na antiga civilização da Índia, denominado Slipi Sastri, o qual 
analisava o perfil morfológico do corpo humano, este era dividido em 480 partes. Uma das 
aplicações das medidas eram para saber o tipo ideal de um atleta para vencer uma olimpíada, 
dado este encontrado no livro de Philostratos “Peri Gymnastikis” (PETROSKI, 1999; ROCHA, 
1998). 
A origem dos estudos antropométricos data do século VII a V a.C., na Europa, com os 
atenienses e os espartanos, os quais exerceram a hegemonia política grega. Para esses povos os 
exercícios físicos objetivavam a preparação militar, a disciplina cívica e o endurecimento do 
corpo, a energia física e espiritual. Para os atenienses a educação corporal tinha lugar de 
 4 
destaque, adquirindo padrões de eficiência educacional, fisiológica, terapêutica, estética e moral 
(Velho et al. apud PETROSKI, 1999). 
Mesmo na Bíblia são feitas referências quanto às diferenças de tamanho, como a 
existência de “gigantes”, e a comparação dos tipos corporais, como entre Esaú e Jacó 
(ROEBUCK, 1975). 
 Foi Vitruvius, arquiteto e teorista romano, que por volta do ano 15 d.C., publicou uma 
obra composta por dez livros sobre Arquitetura onde, no Livro III, defendeu o corpo humano 
como modelo de medida, número e simetria para obras da construção civil, mencionando as 
“proporções recíprocas” do corpo em si, surgindo as primeiras raízes para o estudo da 
Proporcionalidade (PETROSKI, 1999). 
 Marco Polo, navegador italiano, entre 1273 e 1295 em suas diversas viagens pelo mundo 
fez várias observações, constatando que havia diversas raças, povos e culturas existentes, bem 
como diferenças de tamanho e estrutura corporal que eram significativas, podendo ser 
consideradas precursoras da Antropologia Física. Essa é uma ciência que se relaciona 
intimamente com a Biometria e, claro, com a Antropometria. Acredita-se que foi através da 
Antropologia Física que se fez a primeira comparação entre características de grupos humanos 
(PETROSKI, 1999; ROEBUCK, 1975). 
 Após a primeira década do movimento renascentista ressurgiu o interesse pelas 
proporções humanas e a harmonia corporal, voltando a idéia grega, que foi abandonada devido ao 
domínio do Império Romano. Foi nesta época que Leonardo Da Vinci, baseado nos estudos de 
Vitruvius, elaborou um desenho onde detalhava músculos e articulações, bem como as 
proporções do corpo humano. Miguelangelo, por desconhecer os nomes, distinguiu os músculos 
através de sinais convencionais (PETROSKI, 1999). 
 A Antropometria Científica se deu quando Albrecht Durer (1471-1528) publicou “Four 
Books of Human Proportions”. Em 1628, praticamente um século depois, Gerard Thibault 
analisou dimensões de um esgrimista detalhadamente, utilizando a cabeça como índice para 
determinar proporcionalidade (De Rose apud PETROSKI, 1999). Andreas Vesalius, em 1543, 
escreveu “De Humani Corporis Fábrica”, intensificando a busca da relação entre a estrutura 
humana e sua função e em 1645 Alphonso Borelli publicou “De Motu Animalium”, onde 
 5 
explicou o trabalho muscular em termos físicos e demonstrou a mecânica da ação dos músculos e 
ossos (PETROSKI, 1999). 
 Acredita-se que em 1659 o termo Antropometria foi utilizado pela primeira vez em seu 
sentido contemporâneo, na tese de graduação do alemão Sigismund Elsholtz, que se inspirou nas 
leituras de Pitágoras e Platão e na filosofia médica da época para a realização de sua tese (Maia & 
Janeira apud PETROSKI, 1999). 
 Linné (1707-1778), Buffon (1707-1788) e White (1728-1813) fundaram a ciência que 
veio a chamar-se de Antropometria Racial Comparativa, mostrando a existência de diferenças 
proporcionais entre as várias raças. Na Inglaterra, em 1760, com a Revolução Industrial, 
ocorreram mudanças radicais, onde o corpo passou a ser visto como fonte de produção 
(PETROSKI, 1999; ROEBUCK, 1975). 
 Quem relatou pela primeira vez a avaliação dos dados antropométricos completos foi 
Blumenbach (1752-1840), em seu tratado “On the Natural Differences in Mankind”. Em 1838, 
Humphrey realizou medidas detalhadas do úmero, rádio, fêmur e tíbia em esqueletos de 25 
homens brancos e 25 homens negros. Broca (1824-1880) fundou a Escola de Antropologia em 
Paris (ROEBUCK, 1975). 
Lambert Adolfhe Jaques Quetelet (1796-1874), que é considerado o pai da antropometria 
científica por ter aplicado em 1841 métodos estatísticos nos estudos dos sereshumanos, adotando 
a análise científica, mostrou a aplicabilidade da Teoria da Curva Normal de Gauss para estudar 
fenômenos biológicos, tornando possível então a distribuição das medidas em forma de sino, e 
assim, estudar-se as medidas antropométricas. Em 1871, a partir de seus achados, ele criou o que 
conhecemos hoje por IMC (Índice de Massa Corporal) (PETROSKI, 1999; ROEBUCK, 1975). 
Zeissing, em 1854, realizou a primeira investigação envolvendo mensuração física com 
estudantes belgas. Em 1860, Cronwell estudou o crescimento de escolares de ambos sexos, com 
idades entre 8 e 18 anos, em Manchester, que descobriu e citou as diferenças pôndero-estaturais 
entre estes e em 1861, nos EUA foi realizado o primeiro estudo antropométrico aplicado à 
Educação Física por Edward Hitchcock na Universidade de Amherst, Massachussets, onde 
realizou medições de estudantes envolvendo peso, estatura, perímetros, força de braços, e 
desenvolveu tabelas que mostravam resultados médios destas variáveis. Outro médico, o Doutor 
 6 
Sargent, mediu valores antropométricos e a capacidade pulmonar de estudantes, em Havard, 
publicando um “manual” de medidas físicas de atletas e também normas representando medidas 
físicas de colegiais masculinos e femininos (Mathews apud PETROSKI, 1999). 
Aproximadamente nesse mesmo período em que a ênfase estava nos estudos voltados para 
as medidas estáticas, começou a desenvolver-se um interesse pelo movimento. Nicolas Oresme 
discutiu os conceitos sobre a representação gráfica do movimento e por volta de 1880 Marey, em 
Paris, e Muybridge, na Califórnia, começaram a usar métodos fotográficos para a avaliação do 
movimento e em 1881 F.W. Taylor introduziu a variável tempo nos estudos (ROEBUCK, 1975). 
Pesquisadores alemães, no final de 1800 e começo de 1900, realizaram muitos estudos 
sobre a ação muscular e o movimento humano. Estudos sobre o homem e do que sobrou do 
homem primitivo foram realizados e difundidos nesta mesma época, onde a antropologia teve um 
papel muito importante, pois eram comparadas as medidas de fósseis e as dimensões do homem 
atual e as diferenças entre norte-americanos descendentes de origens diversas (ROEBUCK, 
1975). 
Em 1882 Bertillon criou um sistema de 11 pontos de medida no corpo, de fácil tomada, 
para estabelecer a identidade individual de criminosos, surgindo assim a Antropometria Forense 
(ROEBUCK, 1975). 
Também no final do século XIX surgiram várias escolas biotipológicas, as quais foram 
possíveis precursoras dos fundamentos da Somatotipia de hoje. Uma delas, a escola italiana, que 
tem por fundador De Giovanni, estabeleceu que o processo evolutivo vem com a hereditariedade, 
porém influenciável pelo meio externo. O indivíduo foi caracterizado, por Jacinto Viola em 1905, 
em quatro grupos: normolíneo, brevilíneo, longilíneo e misto (PETROSKI, 1999). 
 Outra delas foi a escola francesa, fundada em Lyon. Claude Sigaud, um de seus 
representantes, baseou-se em estudos da análise da superfície corporal e classificou em 4 tipos os 
sistemas que constituem o ser humano: sistema respiratório, sistema digestivo, sistema muscular 
e sistema cerebral. Thooris, seguindo os princípios de Sigaud, classificou indivíduos em 
superfície redonda ou chata, uniforme ou ondulada, bosselada ou cúbica, forma comprida e forma 
larga. Oliver chegou a quatro tipos: mediolíneo, longilíneo, transversal (brevilíneo) superior ou 
muscular. Essa classificação foi feita a partir das medidas biométricas, que foram avaliadas em 
 7 
conjunto, e que constituem o morfograma: altura total, altura tronco-cefálica, peso, diâmetro 
bioacromial e diâmetro bi-leocristal (PETROSKI, 1999). 
 Brugsh, da escola alemã, em 1918, estabeleceu índices referentes à estatura, relacionando 
o tórax com a estatura, dando origem a três tipos físicos: normal, tórax estreito e tórax largo e 
pelo valor absoluto da estatura, classificou o tipo corporal em médios, altos e baixos. Kretschmer 
classificou indivíduos em astênicos (leves), atléticos e pícnicos (pesados), usualmente utilizando 
o método de observação empírica (PETROSKI, 1999). 
 Pela necessidade de classificar a forma dos indivíduos em escalas que pudessem ser 
expressa em simples valores numéricos, Sheldon e Stevens, da escola americana, em 1940, 
classificaram os indivíduos em três componentes: endomorfia: mais vísceras digestivas (gordos 
abdominais); mesomorfia: mais esqueleto, músculo e tecido conjuntivo para atletas e homens 
fortes e ligeiros; ectomorfia: fragilidade linear (tórax e abdome plano, extremidades fracas) 
(PETROSKI, 1999). 
 Estas duas últimas escolas citadas já tinham em 1918 e 1940 estudos e caracterizações 
para o somatotipo humano, surgindo neste meio tempo, em 1921, os primeiros estudos 
mencionando aspectos da composição corporal que fracionavam o peso humano, separando-o em 
peso de gordura corporal, peso ósseo, peso muscular e peso residual (PETROSKI, 1999). 
 Foi pelo ano de 1930 que se desenvolveu um “compasso” especial, similar a uma pinça, 
que permitiu medir a gordura em locais específicos do corpo com relativa exatidão e em 1939 
Benke criou uma nova divisão categórica para o peso corporal: gordura e massa magra (Velho et 
al. apud PETROSKI, 1999). 
 Um dos métodos hoje utilizados para o estudo da composição corporal originou-se com o 
matemático Arquimedes, quando este descobriu que cada substância possui densidade específica 
e que, na água, o valor do empuxo equivale ao peso desta substância. Sendo a densidade a razão 
da massa por unidade de volume, ao se conhecer a massa e o volume corporal torna-se simples 
calcular sua densidade. Partindo-se então da observação deste princípio estruturou-se o método 
da “pesagem hidrostática” para medição da densidade corporal, porém não se tem a data exata de 
sua criação (PETROSKI, 1999; McARDLE KATCH & KATCH, 1984). 
 8 
 A partir dos estudos de Sheldon, em 1940, com o método Fotoscópico, surgiram o método 
de Hooton – que não limitou a soma dos componentes propostos por Sheldon e aumentou a faixa 
de valores para nove e doze; o método de Cureton – utilizava a palpação da massa muscular e 
dinamometria em jovens e atletas; o método de Parnell – carta de derivação M-4; e o método de 
Heath-Carter – medidas de estatura, peso, dobras cutâneas, diâmetros e perímetros, que tem sido 
utilizado até os dias atuais (De Rose et al. apud PETROSKI, 1999). 
 Foi por ocorrência da Guerra Civil Americana e da 1a. e 2a. Guerras Mundiais grandes 
estudos antropológicos desenvolveram-se nos Estados Unidos, sendo seus interesses voltados 
para a relação das dimensões corporais para ocupação (ROEBUCK, 1975). 
 Em 1912 os Gilbreths começaram a desenvolver estudos sobre o movimento aplicados ao 
ambiente de trabalho, com o intuito de aumentar a eficiência do trabalho na indústria. Legros e 
Weston em 1926 fizeram estudos sobre as dimensões corporais de trabalhadores para aplicar na 
adequação do assento e da bancada para alternar a postura sentada e em pé. Em 1940, Lay e 
Fischer realizaram estudos mais detalhados sobre ângulos e conforto na posição sentada e 
Hooton, em 1945, sobre o desenho de assentos para veículos (ROEBUCK, 1975). 
 Esses estudos sobre o movimento e as dimensões corporais começaram a ser realizados 
direcionados para produtos comerciais, área médica, uso militar, entre outros, sendo muitas vezes 
necessário o auxílio de profissionais de outras disciplinas como psicologia, antropologia, 
fisiologia e medicina com a engenharia, surgindo assim Engenharia Humana nos Estados Unidos 
ou Ergonomia, como era chamada na maioria dos países. Porém foi por ocasião da 2a. Guerra 
Mundial que os problemas de interação homem-máquina e meio ambiente tomaram maiores 
proporções, tornando-se realmente necessário à interação das ciências da saúde com a engenharia 
(ROEBUCK, 1975). 
 No decorrer da história foram várias as tentativasde padronização internacional de medidas 
antropométricas, sendo a 1a. delas no Congresso Internacional de Antropologistas em Mônaco, 
em abril de 1906, onde 38 dimensões cranianas e 19 medidas da cabeça e face foram 
padronizadas por antropologistas do mundo todo; e a 2a. foi no Congresso Internacional de 
Genebra, em 1912, priorizando-se as medidas do esqueleto humano. (ROEBUCK, 1975).Em 
meio a esses fatos surgiu o termo Cineantropometria e a primeira publicação que utilizou este 
 9 
termo foi de Roch Meynard, no Canadá, porém só em 1972 que este termo passou a ser 
largamente utilizado (PETROSKI, 1999). 
 Em 1979 Drinkwatar propôs uma nova divisão para a caracterização do peso corporal: 
músculos, ossos, gordura e outros resíduos, utilizando a correlação dos valores antropométricos 
destas quatro áreas com os do modelo que estima o peso corporal, de Ross e Wilson 
(PETROSKI, 1999). 
 O avanço científico que houve na área da Antropometria deve-se muito a contribuição de 
médicos e anatomistas, que possibilitaram a visualização e nomeação de pontos anatômicos e 
outras estruturas do corpo humano. No início da década de 80 já haviam sido desenvolvidos 
métodos bastante modernos para mensuração e avaliação da composição corporal: o ultra-som, os 
Raios-X, a Tomografia Computadorizada, densitometria e a impedância bioelétrica (PETROSKI, 
1999; McARDLE, KATCH & KATCH, 1992). 
 No Brasil a partir de 1930 adicionou-se ao ensino da Educação Física o ensino da 
Biometria aplicada que analisava os índices antropométricos, determinava o biótipo através do 
método de Viola e dava noções de bioestatística aplicada (PETROSKI, 1999). 
 Em 1971 teve início uma mudança pelo LABOFISE (Laboratório de Esforço Físico), ao 
introduzir conceitos da composição corporal, difundindo a determinação do percentual de 
gordura estimado pela medida de dobras cutâneas e o calculo do peso ósseo, através do diâmetro 
ósseo (De Rose et al. apud PETROSKI, 1999). 
 Em 1974, foram introduzidas as técnicas de Heath-Carter, que foi rapidamente assimilada 
e implantada em todo o país (PETROSKI, 1999). 
 Através de estudiosos brasileiros os métodos de fracionamento do peso corporal e técnicas 
especiais de análise do somatotipo começaram a ficar conhecidas. Em 1978, Gomes e Araújo 
publicaram o artigo “Metodologia do somatotipo antropométrico de Heath-Carter”. Através desta 
publicação tornou conhecida a padronização de dez medidas antropométricas utilizadas na época 
(Petroski apud PETROSKI, 1999). 
 Mais tarde duas publicações divulgaram expressamente a Cineantropometria em nosso 
país: França e Vívolo, em 1984, ampliaram o número de dobras cutâneas possível, estabelecendo 
 10 
uma padronização utilizada até hoje. Foram descritas outras descrições de pontos anatômicos 
cineantropométricos como o índice-Z e a proporcionalidade (Phantom) (PETROSKI, 1999). 
 Na década de 70 e, por 15 anos praticamente, utilizou-se unicamente a equação de 
Faulkner, de 1968, também conhecida como “equação modificada” de Yuhasz”, de 1962. Guedes 
em 1986, demonstrou preocupação com o uso de equações não analisadas devidamente: Guedes 
verificou a validade da equação de Faulkner para a avaliação de brasileiros adultos, concluindo 
que essa equação é inadequada para estimar o percentual de gordura da população brasileira 
(PETROSKI, 1999). 
 Outro importante acontecimento na área de estudo da Cineantropometria foi a produção 
do adipômetro CESCORF, aqui mesmo no Brasil, que foi validado e evidenciado sua 
fidedignidade (PETROSKI, 1999). 
 Em 1995, Petroski desenvolveu equações generalizadas para estimar a densidade corporal 
de homens e mulheres brasileiros, partindo da mensuração e análise das medidas antropométricas 
de 304 homens e 213 mulheres de Santa Catarina e Rio Grande do Sul (PETROSKI, 1999). 
 Pires Neto realizou estudos para estimativa da densidade corporal em soldados e cabos do 
exército brasileiro. Carvalho e Pires Neto (1998) realizaram estudos com universitários, 
utilizando a impedância bioelétrica (PETROSKI, 1999). 
 Dentro da biomecânica a antropometria vem auxiliando no desenvolvimento de modernas 
técnicas de quantificação do movimento humano e na definição dos modelos, principalmente nos 
estudos biomecânicos da musculatura esquelética. Quanto aos modelos, estes vem evoluindo cada 
vez mais, tornando-se mais precisos (MELO & SANTOS, 2000). 
 
 
 11 
 
 
3 CARACTERIZAÇÃO DO MÉTODO 
 
 
 A antropometria, técnica sistematizada utilizada para medir as dimensões corporais do 
homem. É uma metodologia originalmente desenvolvida por antropologistas físicos, no entanto, 
hoje vem sendo utilizada e aprimorada por profissionais ligados a várias outras áreas (GUEDES 
& GUEDES, 1997). 
 Medidas antropométricas são aplicáveis para grandes amostras e podem proporcionar 
estimativas nacionais e dados para a análise de mudanças seculares (Roche apud COSTA, 1999), 
este método incluí medidas de peso, estatura, perímetros corporais, diâmetros ósseos e espessura 
de dobras cutâneas (COSTA, 1999). 
 Na Biomecânica, a antropometria preocupa-se com a determinação das características e 
propriedades do aparelho locomotor, bem como as dimensões e formas geométricas do corpo e 
dos segmentos corporais, distribuição da massa, braços de alavancas, posições articulares, entre 
outros, permitindo a confecção de um modelo antropométrico contendo os parâmetros 
necessários para a construção e representação biomecânica da estrutura que se pretende analisar 
(AMADIO, 1996). 
 
 
 
 12 
 
 
4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
 
 
4.1 ANTROPOMETRIA TRADICIONAL 
 
 Antropometria tradicional é o conjunto de medidas que inclui: massa corporal, estatura, 
perímetros, diâmetros ósseos, dobras cutâneas (GUEDES in AMADIO, 2000). Essas medidas 
fundamentam-se nos princípios de anatomia e da dissecação de cadáveres (COSTA, 1999). 
 
 
4.2 IMPEDÂNCIA BIOELÉTRICA (BIOIMPEDÂNCIA) 
 
 Esta técnica produz informações quanto à impedância que o corpo humano oferece a 
condução de uma corrente elétrica (GUEDES in AMADIO, 2000). 
 Chama-se de impedância a oposição oferecida por um circuito elétrico a uma corrente 
alternada. A bioimpedância baseia-se nos diferentes níveis de condutibilidade elétrica dos tecidos 
biológicos expostos a várias freqüências de correntes (GUEDES in AMADIO, 2000). 
 Segue a Lei de Ohm que diz “a resistência de uma substância é proporcional à variação da 
voltagem a ela aplicada”. 
 
 Nos tecidos onde há o predomínio da massa gorda há uma menor relação com a 
capacidade de condução da corrente elétrica, e nos tecidos onde há o predomínio do componente 
líquido (massa magra), há uma estreita relação com a capacidade de condução de corrente elétrica 
(COSTA, 1999; GUEDES in AMADIO, 2000). 
 
 
 13 
4.3 ABSORTOMETRIA RADIOLÓGICA DE DUPLA ENERGIA (DEXA) 
 
 É uma técnica utilizada na análise da composição corporal. Baseia-se no pressuposto de 
que o grau de absorção de radiações de cada tecido orgânico depende do comprimento da onda 
utilizada e do número atômico dos elementos interpostos. Portanto, ao se estabelecer o nível de 
absorção diferencial de fótons emitidos a duas diferentes energias, à medida que esses 
ultrapassam o corpo, após tratamento matemático das informações, pode-se distinguir o conteúdo 
de mineral ósseo dos demais tecidos (GUEDES in AMADIO, 2000). 
 
 
4.4 DENSITOMETRIA 
 
 Esta técnica baseia-se no pressuposto de que a densidade de todo o corpo é estabelecida 
pelas densidades de vários componentes corporais e pela proporção que cada um desses 
componentes contribui para o estabelecimento da massa corporal total (GUEDES in AMADIO, 
2000). 
 Os valores de densidade corporal são determinados pela relação entre o peso corporal e o 
seu volume: 
 
 O peso corporal é facilmente aferido através de balanças, sendo,portanto, na 
determinação da densidade corporal as medidas de volume a principal preocupação. Essas 
medidas de volume corporal podem ser verificadas através da pesagem hidrostática e a 
pletismografia, que são as duas técnicas mais utilizadas (GUEDES in AMADIO, 2000). 
 
4.4.1 Pesagem hidrostática 
 Nessa técnica o avaliado é submerso em um tanque com água, e o volume corporal é 
computado com base na diferença entre o peso corporal medido no ambiente e totalmente 
submerso em água (GUEDES in AMADIO, 2000). 
 14 
 Baseia-se no Princípio de Arquimedes, “todo corpo mergulhado em um fluido (líquido ou 
gás) sofre, por parte do fluido, uma força vertical para cima, cuja intensidade é igual ao peso do 
fluido deslocado pelo corpo” (RAMALHO et al., 1993) 
 
 
A intensidade do empuxo é igual à do peso dessa massa deslocada: 
 
 
 
 
Para corpos totalmente imersos, o volume de fluido deslocado é igual ao próprio volume 
do corpo (RAMALHO et al., 1993) 
 
4.4.2 Pletismografia 
 Essa técnica utiliza-se do deslocamento de ar, em vez da perda de peso na água, para 
medir o volume corporal. O avaliado é introduzido em uma câmara fechada e isolado do meio 
exterior em condições isotérmicas, com pressão e volume de ar em seu interior já conhecidos 
(GUEDES in AMADIO, 2000). 
Baseia-se na aplicação da lei do deslocamento de ar de Boyle: “sob temperatura constante, 
a pressão de um gás é inversamente proporcional ao seu volume”. 
 
 
 
4.5 HIDROMETRIA 
Baseia-se na suposição de que a quantidade de água se apresenta de forma razoavelmente 
constante na massa isenta de gordura, com negligenciável instabilidade associada à gordura 
estocada no tecido adiposo (GUEDES in AMADIO, 2000). 
 Para a determinação da quantidade total de água corporal tem sido utilizada a 
administração de água destilada, acompanhada de substâncias marcadora que se difundem e se 
mf= massa do fluido 
df = densidade do fluido 
Vf = volume do fluido 
E = empuxo 
mf= massa do fluido 
g = gravidade 
df = densidade do fluido 
Vf = volume do fluido 
 15 
misturam com a água do corpo. Os cálculos quanto à quantidade de água corporal total são 
baseados na relação: 
C1V1 = C2V2 
onde C1V1 representam a quantidade do isótopo administrado, C2 a concentração do isótopo no 
fluido biológico e V2 o valor estimado da água corporal (Schoeller apud GUEDES in AMADIO, 
2000). 
 
 
4.6 ESPECTROMETRIA DE RAIOS GAMA 
Baseia-se na emissão de raios gama, que são radiações bastante penetrantes e conforme 
sua energia é capaz de atravessar grandes espessuras 
(www.cnen.gov.br/cnen_99/news/radiacoes.pdf). Dependendo da substância ou tecido pelo qual 
essa radiação passa, sua intensidade vai diminuindo. Esse decréscimo na intensidade pode ser 
medido e usado para determinar a densidade de uma substância (NIGG & HERZOG, 1995). 
 
 
4.7 RESSONÂNCIA MAGNÉTICA 
Baseia-se na mudança da orientação do momento magnético do núcleo de H+ de um 
tecido específico, que é gerado quando este é colocado em um campo magnético e estimulado 
com uma onda de rádio. O decréscimo do sinal é medido por uma bobina receptora. Esse sinal 
recebido é processado e uma imagem é gerada. A imagem mostra a secção do objeto que está 
sendo explorado (NIGG & HERZOG, 1995). 
 
4.8 TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA 
Consiste em tomadas de raios-X tridimensionais de uma pequena secção do objeto de 
interesse. As medidas são tomadas em pequenos intervalos ao longo do segmento, gerando uma 
série de secções do segmento (NIGG & HERZOG, 1995). 
Para que se obtenha essas tomadas ligam-se os tubos de Raios-X a um filme radiográfico 
por um braço rígido que gira em torno de um determinado ponto, situado num plano paralelo à 
 16 
película, imprimindo nesta as imagens das secções dos segmentos ou órgãos de interesse 
(www.cnen.gov.br/cnen_99/news/radiacoes.pdf). 
 
4.9 ACELERAÇÃO DE SEGMENTOS 
 
Este método determina o momento de inércia do antebraço. Baseia-se na terceira lei de 
Newton ou lei da Inércia, que diz que “inércia é a propriedade comum a todos os corpos 
materiais, mediante a qual eles tendem a manter o seu estado de movimento ou de repouso”. A 
aceleração angular do membro pode ser medida e o momento de inércia determinado pela 
equação (NIGG & HERZOG, 1995): 
 I = F.d 
 α 
 
 
 
 
4.10 MAPEAMENTO DO PERFIL DO VOLUME 
Baseia-se no pressuposto de que uma secção horizontal através do corpo tenha formas 
elípticas, sendo um mapa de contorno feito da plotagem da área de corte de uma dada secção 
através do corpo, sobre um gráfico ordenado e plotada a distância dos pés até a área sob a curva 
(NIGG & HERZOG, 1995). 
 
 
4.11 INVESTIGAÇÕES ANALÍTICAS INDIRETAS (MÉTODOS TEÓRICOS) 
 
Tem por base procedimentos analíticos para o cálculo de características e propriedades 
inerciais da massa corporal. Aplicando-se as leis da mecânica construíram-se modelos 
matemáticos do corpo humano, que se baseiam em corpos rígidos. 
Para um melhor entendimento, definiremos o que é centróide, centro de massa, centro de 
gravidade, momento de inércia e corpos rígidos. 
I = momento de inércia 
F = força aplicada 
d = distância entre o ponto de aplicação 
da força e o ponto de apoio 
α = aceleração angular do membro 
 17 
- Centróide 
É o centro geométrico de uma área (BEER & JOHNSTON, 1980). É calculado pela 
expressão (NIGG & HERZOG, 1995): n . 
 r = Σ ri ∆i 
 i = 1_____ 
 n 
 Σ 
 
∆i 
 i = 1 
 
- Centro de massa 
O centro de massa de um objeto é o centróide de toda massa dos elementos. É calculado 
por (NIGG & HERZOG, 1995): rCM = ∫ rdm . 
 ∫ dm 
 
- Centro de gravidade 
O centro de gravidade de um objeto é o centróide de todas as forças gravitacionais. É 
calculado por (NIGG & HERZOG, 1995): rCG = ∫ rdG . 
 ∫ dG 
- Momento de inércia 
O momento de inércia, I, de uma massa, m, é a soma dos momentos axiais de todos seus 
elementos. É calculado por (NIGG & HERZOG, 1995): I = ∫ r2 dm . 
 
- Corpos rígidos 
São sólidos de densidade uniforme e forma geométrica simples, com seus eixos 
articulares fixos substituídos por móveis, para que simulassem posições e movimentos humanos 
(NIGG & HERZOG, 1995). 
4.11.1 Hanavan (1964) Este modelo (ANEXO A) é constituído por 15 sólidos 
geométricos simples. Foram feitas 25 medidas antropométricas em 66 sujeitos e estas usadas sob 
medida para cada sólido. Muitas suposições foram a base de desenvolvimento deste modelo: 
− O corpo humano pode ser representado por um conjunto de corpos rígidos de formas 
geométricas simples e densidade uniforme; 
− As equações de regressão usadas para o peso dos segmentos são representativas do 
espectro dos pesos dos corpos de interesse; 
 18 
− Os membros movem-se sobre pontos fixos quando o corpo muda de posição e são 
conectados por articulações em dobradiças de massa mínimas. 
O centro de gravidade, massa e momento de inércia de cada segmento são derivados da 
geometria de cada sólido. Para calcular o peso dos segmentos utilizaram-se as equações de 
regressão de Barter. Se o peso total do corpo calculado não era igual a medida do peso do corpo, 
a diferença era distribuída proporcionalmente nos segmentos. 
Este modelo foi testado usando-se os dados fornecidos por Santschi et al., (1963). A 
localização do centrode gravidade e os princípios dos momentos de inércia foram calculados 
para oito posições dos corpos e comparados aos dados das medidas de Santschi et al., (1963). 
O modelo matemático prevê o centro de gravidade do corpo total a menos de 1,8cm, e os 
momentos de inércia dentro de 10% dos valores medidos, que podem ser afetados com erros 
(NIGG & HERZOG, 1995). 
 
4.11.2 Hatze (1980) Este modelo (ANEXO B) foi desenvolvido com 17 segmentos, 
oferecendo as seguintes melhorias sobre os modelos passados/antigos: 
− Inclui os ombros como entidades separadas; 
− Diferencia os sujeitos em feminino e masculino; 
− Considera as flutuações da forma atual de cada segmento individual; 
− Descreve as variações da densidade ao longo da secção e ao longo do eixo 
longitudinal do segmento; 
− Ajusta a densidade de certos segmentos de acordo com o valor de um indicador de 
gordura subcutânea especial; 
− Não assume que os segmentos são simétricos; 
− Descreve as mudanças morfológicas do corpo como a obesidade e a gravidez; 
− É valido para crianças; 
− Modela os pulmões com uma baixa densidade. 
Para representar o sujeito como modelo são necessárias 242 medidas antropométricas 
separadas. A grande simplificação sugerida neste modelo é a suposição de que os segmentos são 
rígidos. 
 19 
O modelo foi testado com 4 sujeitos. A precisão de erro para a massa corporal total 
implicada foi de 0,26% e o máximo de erro de 0,52%. Isso indica uma acurácia estimada da 
massa corporal. Os valores para o momento de inércia de um lado ao outro do plano transverso 
do sujeito no grupo teste foi comparado àqueles de estrutura similar aos cadáveres do estudo de 
Dempster (1955). 
Comparações diretas feitas contra várias medidas diretas das propriedades inerciais dos 
segmentos dos sujeitos indicaram que o total em conformidade do modelo com os dados era de 
mais ou menos 3% com o máximo erro de ± 5% (NIGG & HERZOG, 1995). 
 
4.11.3 Método Fotogramétrico - Jensen (1981) Neste modelo (ANEXO C) o corpo 
pode ser modelado usando zonas elípticas (Jensen 1976, 1978, 1986, 1989). O corpo inteiro é 
seccionado no plano transverso em zonas de 2cm, sendo representado em 16 segmentos: cabeça, 
pescoço, tronco superior, tronco inferior, braço, antebraço, mão, coxa, perna e pé. As divisões 
dos segmentos seguem basicamente os procedimentos descritos por Dempster (1995), mas com 
secções modificadas para entrar em formação no plano transverso. Cada zona é representada por 
uma elipse, que é construída pelo maior e menor eixo dos dois planos contíguos, portanto, uma 
média da área de secção da zona. O centróide e o volume de cada zona pode ser calculado 
diretamente da geometria de uma placa elíptica. O volume dos segmentos e do corpo todo é 
simplesmente a soma do volume das zonas. A massa dos segmentos e do corpo todo é a soma da 
massa de cada zona, que é determinada pela média da densidade da zona multiplicada pelo 
volume da zona. Duas suposições foram feitas: 
− As zonas centróides estão sobre o elo de conexão distal e proximal do centróide 
articular; 
− As orientações de referência dos eixos dos segmentos são paralelas aos eixos do 
corpo. 
Desde que as elipses sejam simétricas, os eixos dos segmentos e do corpo tornam-se eixos 
principais. O momento de inércia da massa pode ser calculado pelo momento de inércia de uma 
placa elíptica e o momento de inércia da massa do corpo pode ser determinado usando o teorema 
do eixo paralelo para somar os momentos de inércia de todos os segmentos. 
 20 
Para aplicar o método, o sujeito deve deitar em prono sobre blocos de maneira que todos 
os segmentos estejam posicionados paralelamente ao eixo do corpo. As linhas de coordenadas 
horizontais e verticais são marcadas nas superfícies adjacentes ao sujeito e são fotografadas ao 
longo deste, e posteriormente são digitalizadas e segmentadas. Todo o corpo bem como os 
parâmetros inerciais dos segmentos são calculados por esses registros digitalizados. A média da 
densidade dos segmentos são tomadas de fontes publicadas. 
A massa do corpo calculada usando este método está geralmente a menos de 2% da 
medida da massa corporal, que indica um alto grau de acurácia do modelo para esta quantidade. 
De acordo com Jensen, a aplicação do método é rápida, requer cerca de 10 minutos por 
sujeito para marcar os pontos de referência sobre o corpo e fotografar o indivíduo. A 
digitalização requer cerca de 2 horas (NIGG & HERZOG, 1995). 
 
 
 
 
4.11.4 Yeadon (1989) 
 Este modelo foi descrito com 11 segmentos, usando 40 sólidos separados. Foram tomadas 
95 medidas antropométricas em um indivíduo e usadas para definir a forma do modelo. No 
desenvolvimento deste modelo Yeadon assumiu que: 
− Os segmentos são corpos rígidos; 
− Não há movimento no pescoço, pulsos, tornozelos; 
− Os sólidos que formam um segmento coincidem os eixos longitudinais; 
− Os valores de densidade são uniformes ao longo de cada sólido. 
As massas dos segmentos, localização dos centróides e os princípios dos momentos de 
inércia sobre os centróides são calculados baseados na geometria do sólido. 
O modelo previu a massa total do corpo de 3 sujeitos dentro de 2,3%. Se a correção do ar 
contido nos pulmões é feita, o erro da massa total do corpo é reduzido para aproximadamente 1% 
(NIGG & HERZOG, 1995). 
 
 21 
 
 
 
4.12 EQUAÇÕES DE REGRESSÃO 
 
 Podem fornecer um rápido e fácil meio para determinar os parâmetros inerciais para um 
indivíduo usando apenas algumas medidas antropométricas. São desenvolvidas de um grupo de 
medidas de base em cadáveres ou pessoas vivas, e são usadas para extrapolar várias propriedades 
internas para indivíduos fora do grupo de base. Estes valores devem, contudo, somente ser usados 
como primeiras aproximações até eles poderem ser mais completamente avaliados em amostras 
maiores das medidas atuais.(NIGG & HERZOG, 1995). 
 
4.12.1 Barter (1957) 
 Na tentativa de superar as limitações impostas pelo tamanho pequeno da amostra dos 
estudos de Braune e Fischer (1889) e Dempster (1955) e combinando os resultados dos estudos 
disponíveis, ele pegou as massas dos segmentos selecionados, aplicou uma análise de regressão 
estatística neles e derivou equações de regressão que podem ser usadas para determinar a 
variação das massas dos segmentos como uma função de massa total do corpo. O erro padrão 
nessas equações variou do mínimo de 0,3kg para ambos pés, até o máximo de 2,9kg para a 
cabeça, pescoço e tronco (NIGG & HERZOG, 1995). 
 
4.12.2 Clauser et al. (1969) 
 Estas equações de regressão foram desenvolvidas para determinar a massa e a localização 
do centro de gravidade de um segmento de várias medidas antropométricas. O erro padrão para a 
massa do segmento variou do mínimo de 0,002kg para a mão, até o máximo de 0,93kg para a 
cabeça e tronco. O erro padrão para a localização do centro de gravidade variou do mínimo de 
0,16cm para o antebraço, até o máximo de 1,5cm para a perna inteira (NIGG & HERZOG, 1995). 
Yokoi et al. (1985) 
 22 
 Para determinação das propriedades inerciais foi aplicado o método da fotogrametria de 
Jensen (1976) em 184 sujeitos, sendo 93 garotos e 91 garotas, variando entre 5 e 15 anos de 
idade. Para classificar e calcular as propriedades de inércia dos segmentos (massa dos segmentos, 
centro de gravidade e raio de giração em torno do centro de gravidade) foi utilizado o índice de 
Kaups ao longo da idade, gênero e tipo corporal (esguio/magro, normal e sobrepeso / obeso) em 
16 grupos. 
O índice de Kaups é definido por: 
 
 Os autores não comentaram sobre a acurácia deste método, sabe-se apenas que a 
classificação acima deve fornecer estimativas mais precisas para as propriedades de inércia dos 
segmentos em crianças do que se usada em adultos (NIGG & HERZOG, 1995). 
 
4.12.3 Acklaud et al.(1988) 
 Para determinar as propriedades de inércia usou-se o método fotogramétrico. Um estudo 
foi feito durante 5 anos com 13 adolescentes do sexo masculinos. Equações de predição foram 
desenvolvidas a partir dos resultados do método fotogramétrico, permitindo a determinação das 
propriedades inerciais dos segmentos (massa, localização do centro de gravidade e momento de 
inércia) provenientes de medidas antropométricas. A comparação direta entre o predito e os 
valores de medida atual não foram feitas. Contudo, as localizações do centro de gravidade da 
coxa e da perna foram comparadas a vários dados publicados. (coxas – 43,6% do “fim próximo” 
do segmento; perna – 41,8%) (NIGG & HERZOG, 1995). 
 
4.12.4 Hinrichs (1985) 
 Um conjunto de equações de regressão foi desenvolvido para os parâmetros inerciais 
baseados nos dados apresentados por Chandler et al. (1975). As equações predizem os momentos 
de inércia sobre os eixos transverso e longitudinal passando através do centro de massa, usando 
várias medidas antropométricas. Estas equações estão baseadas num tamanho de amostra muito 
pequeno (seis cadáveres) e, portanto, devem ser tratados com cautela (NIGG & HERZOG, 1995). 
k = índice de Kaups 
BW = peso do corpo em kg 
H = altura em cm 
 23 
 
4.12.5 Yeadon e Morlock (1989) 
 Baseando-se nos dados de Chandler, equações de regressão foram desenvolvidas para 
determinar os momentos de inércia dos segmentos, usando equações de regressão linear e não-
linear. As equações desenvolvidas usando os dados do membro direito do cadáver foram testadas 
nos dados do membro esquerdo. As medidas antropométricas foram tomadas em garotos de 10 
anos de idade e colocadas no modelo matemático de Yeadon, e usadas para determinar as 
propriedades de inércia dos segmentos. As equações de regressão predisseram para as 
propriedades do braço esquerdo com um erro padrão de 21% e 13% para as aproximações linear 
e não-linear, respectivamente. O erro padrão para as propriedades inerciais modeladas para os 
garotos de 10 anos de idade foram 28,6% e 20% para as aproximações linear e não-linear, 
respectivamente. O erro para a aproximação não-linear pode ser considerado razoável se 
considerado o grau que um garoto de 10 anos de idade difere de uma amostra de um grupo de 6 
cadáveres adultos (NIGG & HERZOG, 1995). 
 
 
4.12.6 Zatziorsky e Sluijanov (1985) 
 Este modelo (ANEXO D) foi feito da combinação de medidas antropométricas com a 
técnica de espectrometria de raios gama para o desenvolvimento de uma série de equações de 
regressão para massa, centro de gravidade e principais momentos de inércia para vários 
segmentos corporais. As equações estão baseadas nos dados de 100 sujeitos e produzem um erro 
padrão de geralmente menos que 10% (NIGG & HERZOG, 1995). 
 24 
 
 
5 PROCEDIMENTOS E CUIDADOS 
 
 
 Como já visto, a padronização dos termos e procedimentos antropométricos é 
fundamental para que haja uma perfeita compreensão na interpretação dos dados e posterior 
análise. Seguindo-se uma metodologia definida internacionalmente o estudo tornar-se-á de maior 
valia aos resultados adquiridos (PETROSKI, 1999). 
 Alguns procedimentos e cuidados devem ser seguidos para que estas medidas sejam 
fidedignas e possam futuramente ser utilizadas por outros pesquisadores e estudiosos no uso da 
mesma metodologia. 
 
 
5.1 ANTROPOMETRIA TRADICIONAL 
 
5.1.1 Massa corporal 
É a forma de mensurar a massa orgânica e inorgânica que compõe o corpo humano. Tem 
como finalidade medir o processo de crescimento e indicar o estado nutricional, sendo necessário 
associá-la a outras variáveis como idade, sexo e estatura (PETROSKI, 1999). 
 Procedimentos: o avaliado deve subir na plataforma, colocando um pé de cada vez e 
posicionando-se no centro da mesma. Realiza-se apenas uma medida (PETROSKI, 1999). 
Cuidados: mínimo de roupa, verificação da calibração da balança a cada dez pesadas, 
verificar o nível do solo onde ficará a balança (PETROSKI, 1999). 
 
5.1.2 Altura 
São medidas lineares realizadas no sentido vertical (PETROSKI, 1999). 
Procedimentos: todas as alturas são realizadas do lado direito, deve-se realizar duas 
medidas e uma terceira se houver diferença (PETROSKI, 1999). 
 25 
 Cuidados: registrar a ordem em que a medida foi realizada e preferencialmente no mesmo 
horário e período do dia, certificar se a posição do avaliado está correta, exigir mudança na 
posição entre uma medida e outra (PETROSKI, 1999). 
 
5.1.3 Comprimentos 
Os comprimentos correspondem às distâncias entre dois pontos antropométricos medidos 
longitudinalmente (PETROSKI, 1999). 
 Procedimentos: todas as alturas são realizadas do lado direito, deve-se realizar duas 
medidas e uma terceira se houver diferença (PETROSKI, 1999). 
 Cuidados: certificar se o ponto anatômico está correto e se a posição do avaliado está 
correta. 
 
5.1.4 Dobras cut6aneas 
É uma forma indireta de mensuração da adiposidade corporal (PETROSKI, 1999). 
 Procedimentos: separar o tecido adiposo e subcutâneo do tecido muscular usando-se os 
dedos polegar e indicador da mão esquerda, quando o avaliador for destro; fazer a pegada da 
dobra cutânea à 1cm acima do ponto anatômico, ajustar as extremidades do equipamento cerca de 
um centímetro do ponto anatômico obedecendo ao sentido da fibra, realizar duas medidas e se 
houver diferença dos resultados realizar uma terceira (PETROSKI, 1999; ROCHA, 1998). 
 Cuidados: medir sempre no hemicorpo direito, o avaliado deve estar com a musculatura 
relaxada, aguardar dois segundos para fazer a leitura, não soltar a prega enquanto não executar a 
leitura, não realizar a medida logo após uma atividade física (PETROSKI, 1999). 
 
5.1.5 Perímetros 
É a medida que corresponde às circunferências dos seguimentos corporais (PETROSKI, 
1999).. 
 Procedimentos: localizar o ponto de referência a ser medido, o plano da fita deve estar 
adjacente à pele com suas bordas perpendiculares ao eixo do seguimento medido, realizar a 
leitura com aproximação de milímetros, realizar duas mensurações e quando houver diferenças 
 26 
dos valores obtidos realizar uma terceira e calcular a média aritmética das mesmas (PETROSKI, 
1999; ROCHA, 1998). 
 Cuidados: marcar corretamente o ponto de medida com lápis dermográfico, medir sempre 
sobre a pele nua, usar fita flexível que não seja elástica, não deixar o dedo entre a fita e a pele, 
não dar pressão excessiva e nem deixar a fita frouxa, não medir após atividade física, mensurar 
sempre que possível na presença de outro avaliador ou em frente a um espelho para verificar a 
colocação da fita métrica, realizar a leitura da medida olhando sempre de frente e à altura do 
valor numérico da fita (PETROSKI, 1999; ROCHA, 1998). 
 
5.1.6 Diâmetros ósseos 
É a distância entre as proeminências ósseas definidas através de pontos anatômicos, 
medida em centímetros (PETROSKI, 1999). 
 Procedimentos: deve-se identificar primeiramente as extremidades ósseas pela ponta dos 
dedos indicadores e em seguida marcar com um lápis dermográfico; a medida deve ser realizada 
no mínimo três vezes, sendo que a segunda e a terceira medida devem ser obtidas 
seqüencialmente e não consecutivamente; as medidas devem ser realizadas no sentido horizontal 
colocando-se as hastes do aparelho perpendicularmente ao diâmetro medido (PETROSKI, 1999). 
 Cuidados: exercer uma suave pressão nas hastes do aparelho evitando que esse fique 
frouxo (PETROSKI, 1999). 
 
 
5.2 IMPEDÂNCIA BIOELÉTRICA 
 
É a medida feita pela oposição oferecida por um circuito elétrico a uma corrente alternada 
(GUEDES in AMADIO, 2000). 
Procedimentos: colocar os eletrodos emissores distalmente no dorso da mão e do pé, no 
plano do 3º metacarpo e 3º metatarso; colocar os eletrodos receptores proximalmente na mão e no 
pé, 1º no pulso e 2º tornozelo; colocaçãono lado esquerdo, na posição de decúbito dorsal 
(GUEDES in AMADIO, 2000). 
 27 
 Cuidados: não usar diurético nos últimos sete dias, jejum de pelo menos 4 horas, não 
ingerir bebida alcoólica nas ultimas 48 horas, abster-se de atividade física nas últimas 24 horas, 
urinar pelo menos 30 minutos antes da medida, manter-se em repouso por 5-10 minutos em 
decúbito dorsal antes da medida (GUEDES in AMADIO, 2000). 
 
 
5.3 DEXA 
 
É a densitometria realizada com emissão de Raios-X de dupla energia (GUEDES in 
AMADIO, 2000). 
 Procedimentos: o indivíduo deve estar deitado em decúbito dorsal para que através 
de uma série de varreduras transversais a partir da cabeça até os pés se obtenha o rastreamento 
(GUEDES in AMADIO, 2000). 
. Cuidados: não é preciso nenhum preparo ou requisitos especiais para a execução 
do exame, porém não deve ser realizado com freqüência devido a radiação que é emitida 
(GUEDES in AMADIO, 2000). 
 
 
5.4 PESAGEM HIDROSTÁTICA 
 
Também conhecida como densitometria. É a determinação do volume pela diferença entre 
peso corporal dentro e fora d’água (GUEDES in AMADIO, 2000). 
Procedimentos: pesar o indivíduo fora d’água, submergir totalmente o indivíduo na água, 
realizar uma expiração máxima, realizar de 8 a 12 pesagens submersas (GUEDES in AMADIO, 
2000). 
Cuidados: esta medida só pode ser realizada em indivíduos com razoável adaptação ao 
meio aquático (GUEDES in AMADIO, 2000). 
 
 
 28 
5.5 PLETISMOGRAFIA 
 
É a técnica que utiliza deslocamento do ar para medir o volume corporal (GUEDES in 
AMADIO, 2000; COSTA, 1999). 
Procedimentos: introduz-se o avaliado na câmera fechada e isolada do meio exterior, com 
pressão e volume de ar conhecidos, em condições isotérmicas e após determina-se nova pressão 
interna com o indivíduo dentro da câmara (GUEDES in AMADIO, 2000; COSTA, 1999). 
 Cuidados: não é preciso nenhum preparo ou requisitos especiais para a execução da 
medida (COSTA, 1999). 
 
 
5.6 HIDROMETRIA 
 
É a medição que se baseia na suposição de que a quantidade de água apresenta-se de 
forma razoavelmente constante na massa isenta de gordura possibilitando a determinação da 
massa magra (GUEDES in AMADIO, 2000; GUEDES & GUEDES, 1997). 
 Procedimentos: administra-se via oral ou intravenosa uma substância marcadora, 
aguarda-se de 3 a 4 horas (para o completo equilíbrio do isótopo entre os compartimentos do 
organismo), recolhe-se amostra de urina ou sangue para a análise da absorção da substância pelo 
organismo (GUEDES in AMADIO, 2000). 
 Cuidados: utilização em crianças e adolescentes, pela superestimação da massa 
magra e subestimação da massa gorda (GUEDES in AMADIO, 2000). 
 
 
5.7 ESPECTROMETRIA DE RAIOS GAMA 
 
É a medição que se baseia na suposição de que a quantidade de potássio apresenta-se de 
forma razoavelmente constante na massa isenta de gordura possibilitando a determinação da 
massa magra (GUEDES & GUEDES, 1997). 
 29 
 Procedimentos: o sujeito é posicionado no aparelho e então é feita a varredura do corpo 
pela emissão de raios gama (GUEDES & GUEDES, 1997). 
 Cuidados: não é preciso nenhum preparo ou requisitos especiais para a execução da 
medida, porém não deve ser realizado com freqüência devido a radiação que é emitida(GUEDES 
& GUEDES, 1997; www.cnen.gov.br/cnen_99/news/radiacoes.pdf ). 
 
 
5.8 RESSONÂNCIA MAGNÉTICA 
 
É uma técnica não invasiva e não radioativa que utiliza a ação do campo magnético para a 
obtenção de imagens das estruturas do corpo humano (NIGG & HERZOG, 1995). 
 Procedimentos: o sujeito é posicionado no aparelho e então é feita a varredura do corpo 
pela emissão de uma determinada freqüência de onda de radio no campo magnético (NIGG & 
HERZOG, 1995). 
Cuidados: sujeitos que utilizam marcapasso, próteses metálicas, ou qualquer outro 
material que crie um campo magnético e interfira na avaliação 
(www.cnen.gov.br/cnen_99/news/radiacoes.pdf). 
 
 
5.9. TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA 
 
É um método que utiliza a emissão de Raios-X de forma tridimensional para a obtenção 
de imagens dos segmentos e estruturas corporais 
(www.cnen.gov.br/cnen_99/news/radiacoes.pdf). 
 Procedimentos: o sujeito é posicionado no aparelho e então é feita a varredura do corpo 
pela emissão de Raios-X (www.cnen.gov.br/cnen_99/news/radiacoes.pdf). 
 Cuidados: o avaliado deverá permanecer imóvel durante o período o exame que dura 
aproximadamente 5 minutos e não deve ser realizado com freqüência devido a radiação que é 
emitida (www.cnen.gov.br/cnen_99/news/radiacoes.pdf). 
 30 
5.10 ACELERAÇÃO DE SEGMENTOS 
 
Método criado para a determinação do momento de inércia do antebraço (NIGG & 
HERZOG, 1995). 
 Procedimentos: o segmento é repentinamente largado de um ponto fixo e sua aceleração 
angular e o momento da força muscular são calculados a partir de um acelerômetro acoplado á 
extremidade distal do segmento analisado, obtendo-se o momento de inércia do segmento (NIGG 
& HERZOG, 1995). 
 
 31 
 
 
6 APLICAÇÕES 
 
 
 A antropometria é o método para mensuração das dimensões do corpo humano. 
Diferentes aplicações para essas medidas refletem os diversos interesses dos pesquisadores 
(ROEBUCK et al., 1975). 
 Dentre as aplicações, podemos destacar o uso das medidas antropométricas na arquitetura, 
na ergonomia, na clínica, nos esportes, na indústria e na biomecânica. 
 Na arquitetura a antropometria possui um importante papel fornecendo dados sobre as 
características físicas dos usuários para os quais são formulados projetos de edificações, 
mobiliários e espaços para recreação e lazer (ROEBUCK et al., 1975). 
A relação existente entre a ergonomia e a antropometria é muito estreita, pois é através 
das medidas antropométricas que se torna possível a adequação de materiais e ambientes aos seus 
usuários, considerando o bem-estar e o conforto destes e conseqüentemente levando à otimização 
das funções por estes executadas (ROEBUCK et al., 1975). 
Na indústria os dados antropométricos da média da população são de grande valia, pois 
com base nestes dados torna-se possível uma produção em grande escala de determinado produto, 
tornando o custo mais acessível e ao mesmo tempo com boa ergonomia. Na produção sob-
medida, como é o caso de carros de competição, aeronaves, roupas personalizadas, entre outros, 
maior é a necessidade dessas medidas específicas (ROEBUCK et al., 1975). Ainda podemos 
destacar o papel dos modelos antropométricos na utilização de testes de resistência ao impacto, 
onde seria impossível a realização destes com seres humanos vivos (MELO & SANTOS, 2000). 
Também na aplicação clínica e esportiva a antropometria se faz importante, pois através 
dela é possível realizar-se o acompanhamento do desenvolvimento e crescimento do homem 
(GUEDES & GUEDES, 1997). Dependendo do enfoque, pode auxiliar no diagnóstico de certas 
patologias ou determinar a composição corporal do indivíduo, assim como o biotipo mais 
 32 
adequado para prática de competição esportiva específica e os materiais utilizados por atletas 
para melhorar sua performance (ESTON & REILLY, 1996). 
Na biomecânica, além de ser um método de mensuração independente para realização de 
estudos, também é um método auxiliar, servindo como base de fundamentação para outros 
métodos de mensuração (AMADIO, 1996). 
 Estudos sobre a marcha, como os realizados por ALVES & GONÇALVES (2001), que 
analisaram a marcha em crianças obesas e para determinação da obesidade utilizaram medidas 
como estatura, massa, dobras cutâneas e índice de massa corporal, LOBO DA COSTA et al. 
(2001), que analisaram os padrões dos momentos articulares no andar e no correr infantis, onde 
medidas antropométricas como estatura, massa, comprimento dos membros inferiores e 
diâmetros de joelho, pelve e tornozelo para estimativa dos eixos articulares, e o estudosobre as 
características dinâmicas do caminhar em função do calçado feito por MACHADO (1994), que 
utilizam as medidas antropométricas como método auxiliar para o desenvolvimento do estudo; e 
como o trabalho desenvolvido por MANFIO (1995), em que as características antropométricas 
associada aos parâmetros biomecânicos do pé servem como padrão para a fabricação de calçados, 
nos referem alguns exemplos da importância e aplicabilidade da antropometria nos estudos 
biomecânicos. 
As técnicas antropométricas mais importantes na biomecânica, atualmente, são os 
modelos teóricos e as equações de regressão, porém, as medidas tradicionais como massa 
corporal e perímetros são ainda muito usadas, pois sem elas não seria possível a aplicação dos 
modelos matemáticos ou das equações de regressão. 
 
 33 
 
 
7 ESTUDOS E TENDÊNCIAS 
 
 
 Analisando os Anais do V, VI, VII, VIII e IX Congressos Brasileiros de Biomecânica 
nota-se que a antropometria está presente em muitos dos estudos de forma indireta, sendo 
utilizada na caracterização da amostra através de medidas de estatura e massa corporal ou como 
auxiliar para outros métodos, como a cinemetria e a dinamometria. Como método principal 
também é utilizado, principalmente no desenvolvimento de novos modelos e associado a outros 
métodos de medição. 
 No V Congresso Brasileiro de Biomecânica, os estudos que mais se evidenciaram foram 
os que utilizavam modelos antropométricos ou que tinham como objetivo desenvolver modelos 
matemáticos. 
 CUNHA et al. (1993) investigaram quantitativamente a flutuação que aparece no padrão 
de corridas de um jovem, usando um modelo matemático para dispor das variáveis cinemáticas 
do movimento de rotação e translação. 
 BRENZIKOFER & MERCADANTE (1993) contribuíram com um estudo sobre os 
conceitos de mecânica aplicados à biomecânica na construção de modelos antropométricos. 
 DUARTE & AMADIO (1993) também realizaram um estudo sobre o formalismo Lagrangeano e 
ARAÚJO E AMADIO (1993) revisaram os princípios de construção do corpo humano pelos 
princípios de Pauwels. 
 LOBO DA COSTA et al. (1993) realizaram um estudo onde os pontos e eixos anatômicos 
para medidas antropométricas eram localizados a partir de fotogramas. MANFIO et al. (1993) 
validaram o método de medição indireta das variáveis antropométricas através dos métodos de 
medição direta com micrômetro digital e metroscópio horizontal analógico. 
 No VI Congresso Brasileiro de Biomecânica os trabalhos que envolviam a antropometria 
voltavam-se ao desenvolvimento de técnicas de medidas antropométricas e o uso da 
 34 
antropometria para caracterização da amostra, principalmente em se tratando de membros 
inferiores. 
 HERNANDEZ et al. (1995) estudaram a correlação das propriedades biomecânicas dos 
ligamentos dos joelhos com suas características antropométricas através da tração axial pura em 
25 pares de joelhos de cadáveres em uma máquina de ensaios mecânicos. 
 FRANCHIN & LIMA (1995) realizaram um estudo sobre as alterações posturais em 
atletas de handebol do sexo feminino através da avaliação postural, medidas antropométricas e 
aplicação de questionário, um voltado para o grupo de atletas e outro para o grupo de não-atletas. 
 SACCO et al. (1995) contribuíram com um estudo sobre as características e propriedades 
da massa corporal humana para o estudo de modelos antropométricos através da determinação da 
densidade corporal in vivo utilizando-se um tanque de imersão com água e simultaneamente o 
uso de uma célula de carga, o peso corporal. 
 MOTA (1995) melhorou o método de medição indireta para a obtenção de variáveis 
antropométricas do pé humano desenvolvido por Manfio et al. (1993) através da implementação 
de técnicas baseadas no processamento digital de imagens e o uso de um sistema de projeção das 
extremidades salientes do pé, sendo o sistema anterior composto por cinco batentes 
independentes para cada um dos artelhos e um único para o calcanhar. 
 KRUEL et al. (1995) construíram um protótipo para a medição de peso de indivíduos 
imersos em diferentes profundidades de água, na posição em pé. Este protótipo foi composto por 
uma caixa que fica dentro de uma piscina, um elevador que é imerso na caixa, um sistema de 
elevação que desloca o elevador no sentido vertical e o sistema de aquisição de dados, que é 
composto por uma célula de carga, uma placa analógica digital, um computador e um software 
que faz a leitura da placa A/D e converte este sinal em kgf. 
 KUREL et al. (1995) realizaram um estudo para determinar a redução do peso 
hidrostático em diferentes profundidades de água, onde, de acordo com o protocolo do LAPEX, 
determinou-se o peso corporal, estatura, dobras cutâneas, diâmetros ósseos e perímetros da 
amostra, composta por 54 indivíduos de ambos sexos, e utilizando-se o programa computacional 
PREDICA 14 calculou-se o percentual de gordura, peso gordo, massa corporal magra, massa 
óssea e peso muscular dos indivíduos, dados estes que foram usados na seleção da amostra. 
 35 
 Neste estudo, CORRÊA et al. (1995) tiveram como objetivo comparar os resultados de 
energia mecânica obtidos para os diferentes segmentos corporais, total externo, total interno e 
energia potencial, utilizando-se os valores de massa e os parâmetros inerciais provenientes de 
dois métodos de medição antropométrica diferentes: o proposto por Dempster e o de Zatziorsky. 
 No VII Congresso Brasileiro de Biomecânica os estudos relacionados à antropometria 
enfocavam o uso dos modelos antropométricos associados à cinemetria e o uso de métodos 
diagnósticos, como a absorciometria de Raios-X. 
 GLITSCH (1997) utilizou neste estudo um modelo em três dimensões para determinar as 
cargas internas dos membros inferiores. Em outro estudo o mesmo autor trabalha com o modelo 
de Zatziorsky, utilizando a dinâmica inversa e a videografia em três dimensões. 
 BALIKIAN et al. (1997) verificaram se há um acréscimo no rendimento do atleta de 
natação em que há predomínio da massa magra com o uso da roupa de neoprene molhada, através 
da determinação do índice de massa gorda dos sujeitos. 
 CORRÊA et al. (1997) estudaram as variações na energia mecânica do andar na esteira 
rolante e no piso fixo através da cinemetria e utilizando-se o modelo de Dempster conforme 
descrito por Winter. 
 SACCO et al. (1997) estudaram as variáveis dinâmicas da marcha em um grupo nativo do 
litoral paulista. O protocolo inicial constou da aplicação de um questionário, tomada das medidas 
antropométricas: estatura e larguras referentes à superfície plantar, através da impressão plantar 
por um pedígrafo e o mapeamento dinâmico da distribuição de pressão plantar em duas situações 
distintas em piso acimentado e em areia e os sinais dinâmicos foram adquiridos pelo sistema F-
Scan. 
 BARROS et al. (1997) utilizando-se da absorciometria de Raios-X localizaram o centro 
de massa e comprimentos de vários segmentos corporais, estabelecendo uma relação de 
proporcionalidade entre as massas do tronco, braços e pernas. Os autores citados, através do 
mesmo método relacionaram a massa magra e a massa óssea estimada por este método em atletas 
de alto nível de diferentes modalidades esportivas e com longo tempo de treinamento. 
 36 
 RODRIGUEZ et al. (1997) realizaram um estudo do índice do arco longitudinal e através 
da impressão plantar determinaram as medidas de comprimento e largura dos pés de crianças de 
diferentes populações. 
SACCO et al. (1997) realizaram um estudo onde foram descritas características 
antropométricas dos pés em condição estática, como perímetros, larguras, e índice do arco 
plantar, e de parâmetros dinâmicos relacionados à distribuição de pressão plantar e à força de 
reação do solo, pelo sistema F-Scan, durante a marcha de crianças obesas. 
No VIII Congresso Brasileiro de Biomecânica a ênfase dos estudo queenvolvem 
antropometria está voltada 
VECCHIA et al. (1999) realizaram um estudo piloto com um indivíduo do sexo 
masculino para a determinação das cargas internas no segmento inferior. O estudo foi realizado 
com o sujeito caminhando descalço sobre a passarela de 10 m com piso emborrachado. Para 
implementação da rotina de cálculo das forças e momentos intersegmentares foi utilizado o 
modelo de Dempster segundo Winter. 
 MORREIRA et al. (1999) desenvolveram um sistema de banco de dados para o método 
de medição indireta das variáveis antropométricas validado por Manfio et al. (1993). As variáveis 
antropométricas utilizadas no sistema são as propostas por Manfio (1995), e a descrição das 
mesmas podem ser encontradas em sua dissertação. 
 KRAESKI et al. (1999) realizaram um estudo em que o objetivo era quantificar os erros 
na obtenção das coordenadas espaciais na reconstrução tridimensional. Os procedimentos 
adotados foram a localização dos pontos anatômicos e determinação dos eixos articulares, 
realização das medidas antropométricas, aquisição das imagens, digitalização destas e a 
determinação dos erros na obtenção das coordenadas especiais. 
 MANFIO et al. (1999) determinaram os ângulos de flexão do eixo médio do pé em 129 
indivíduos de ambos os sexos e sem deformidades patológicas visíveis. Para a análise utilizaram 
o contorno e 11 medidas antropométricas de ambos pés, sendo estas obtidas através do método de 
medição direta e o contorno do pé a partir das imagens adquiridas em estudos realizados 
anteriormente, para obtenção de medidas antropométricas. 
 37 
 NASSER & AVILA (1999) verificaram a distribuição de força, na região de apoio 
anterior do pé em alturas de 1 a 12 centímetros, com variações de 0, 10, 15 e 20 graus no suporte 
de apoio do calcâneo. Para isso se utilizaram medidas antropométricas do pé, por medição direta, 
e a medida de força foi realizada em uma plataforma de força. 
 RODRIGUEZ et al. (1999) realizaram um estudo das alterações funcionais e 
antropométricas nos pés de uma população nativa. Utilizaram medidas antropométricas diretas 
como estatura, comprimentos, alturas e perímetros do pé e o índice do arco plantar foi 
determinado pelo método indireto da impressão plantar, e para determinação da sensibilidade 
cutânea plantar foi utilizado um estesiômetro. 
No IX Congresso Brasileiro de Biomecânica a ênfase dos estudos que envolvem 
antropometria está voltada para a utilização de modelos antropométricos e métodos como a 
pesagem hidrostática. 
SCARRONE et al. (2001) utilizaram o tanque de imersão idealizado por Kruel et al. 
(1995) na determinação dos parâmetros inerciais de massa, centro de massa e momento de inércia 
baseados na pesagem hidrostática. 
ANDRADE et al. (2001) utilizaram a videogrametria para a obtenção dos comprimentos 
anatômicos dos segmentos compatível com o modelo anatômico de Zatziorski. A partir da 
determinação das distâncias projetadas sobre o eixo de referência e dos pontos anatômicos 
selecionados, o método permite, aproximando-se a forma de cada segmento a um cilindro, o 
cálculo comprimento biomecânico, massa e momento de inércia de cada segmento. 
SOUSA et al. (2001) utilizaram neste estudo o método de dinâmica inversa, assumindo 
um modelo bidimensional, composto por três segmentos rígidos representando a coxa, a perna e o 
pé, para determinar a força, momento articular e potência mecânica em saltos elementares do 
ballet clássico. 
LOBO DA COSTA et al. (2001) avaliaram os padrões de momentos articulares no andar 
e no correr de crianças utilizando um modelo analítico-dedutivo para estimar parâmetros de 
sobrecarga representados pelos momentos articulares resultantes nos planos sagital e frontal. A 
determinação deste parâmetro foi feita a partir de dados da cinemática em conjunto com um 
 38 
modelo físico-matemático do aparelho locomotor e medidas das sobrecargas externas, 
representadas pelas forças de reação do solo. 
SOARES et al. (2001) através da dinâmica inversa, utilizando um modelo bidimensional 
composto por três segmentos rígidos representando a coxa, a perna e o pé exploraram a influência 
dos métodos de obtenção dos parâmetros inerciais no cálculo das cargas internas nas articulações 
do quadril, joelho e tornozelo. 
KRUEL & TARTARUGA (2001) determinaram o percentual de redução do peso 
hidrostático em pessoas do sexo feminino de diferentes idades através do método de imersão 
vertical proposto por Kruel (1995). O sistema de aquisição de dados foi composto por um 
elevador de imersão desenvolvido por Kruel (1995). 
PINTO et al. (2001) relacionaram as estimativas de área de secção transversa muscular 
dos pontos médios do braço e da coxa com a força dinâmica máxima através dos testes de 1-RM 
de flexão do cotovelo e extensão do joelho, respectivamente. As áreas de secção transversa de 
coxa e braço foram obtidas pelas equações propostas por Gurney (1973) que se baseiam nas 
medidas de dobras cutâneas e perímetros. 
 
 
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