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TCC FAVENI LUZILETE (1)

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FACULDADE VENDA NOVA DO IMIGRANTE - FAVENI
LUSILETE VIEIRA GOULART
A IMPORTÂNCIA DO ENSINO RELIGIOSO PARA FORMAÇÃO DOS VALORES DO ALUNO
Governador Valadares - 2018
FACULDADE VENDA NOVA DO IMIGRANTE - FAVENI
LUSILETE VIEIRA GOULART
A IMPORTÂNCIA DO ENSINO RELIGIOSO PARA FORMAÇÃO DOS VALORES DO ALUNO
 
Monografia apresenta a banca examinadora da faculdade Venda Nova Imigrantes – FAVENI, como exigência para obtenção de um novo titulo de Pós- graduação em Ciência da Religião
16
Governador Valadares - 2018
LUSILETE VIEIRA GOULART
A IMPORTÂNCIA DO ENSINO RELIGIOSO PARA FORMAÇÃO DOS VALORES DO ALUNO
A presente monografia foi aprovada como requisito para a obtenção do título DE PÓS-GRADUAÇÃO em ciências da religião LATO SENSU NÚCLEO DE PÓS-GRADUAÇÃO E EXTENSÃO – FAVENI.
Banca Examinadora
 ORIENTADOR
______________________________________________
 Professora – ELIZABETH A. FERREIRA
Co-orientador
______________________________________________
MEMBRO
______________________________________________
Governador Valadares, setembro de 2018
RESUMO
O presente trabalho procura a partir de estudos e analise bibliográfica descrever a importância do ensino religioso para a formação cidadã do aluno, Em 1997, a promulgação da revisão do artigo 33 da LDB (22 de julho/Lei 9.745) orienta o perfil do Ensino Religioso como parte integrante da formação básica do cidadão. Dessa forma ficou assegurado o respeito à diversidade cultural religiosa do Brasil, sem qualquer espécie de proselitismo no Ensino Fundamental (1.ª à 9.ª ano). Tal orientação explicita a possibilidade das novas gerações compreenderem um dos aspectos que, mesmo diante de uma aparente negação, é responsável por fatos relevantes do cotidiano da sociedade brasileira, desde os nomes próprios que carregamos em nossas identidades, até preceitos ou tabus que desafiam as relações interpessoais.A pedagogização do Ensino Religioso, que busca superar o uso desse mesmo ensino como um interventor de concepções religiosas para a formação de novos adeptos desta ou daquela tradição, é um desafio. Nada tão difícil, porém, que o diálogo com honestidade científica não permita estabelecer. Um sinal que pretende visibilizar este percurso são os objetivos que se encontram no Parâmetro Curricular do Ensino Religioso:
Palavras chave-Ensino religioso. Formação cidadã, Ética w Valores morais.
ABSTRACT
In 1997, the promulgation of the revision of article 33 of the LDB (July 22 / Law 9,745) guides the profile of Religious Education. This article seeks to describe the importance of religious education for the citizen's formation. as an integral part of the basic training of the citizen. In this way, respect for the religious cultural diversity of Brazil was assured, without any kind of proselytism in Elementary School (1st to 9th grade). This orientation makes explicit the possibility of the new generations to understand one of the aspects that, even in the face of an apparent negation, is responsible for relevant facts of Brazilian society's daily life, from the proper names we carry in our identities, to precepts or taboos that defy relationships The pedagogization of Religious Education, which seeks to overcome the use of this same teaching as an interventor of religious conceptions for the formation of new adherents of this or that tradition, is a challenge. Nothing so difficult, however, that dialogue with scientific honesty can not establish. A sign that seeks to make this journey visible is the objectives found in the Curricular Parameter of Religious Education:
Keywords-Religious teaching. Citizen formation, Ethics, Moral values.
SUMÁRIO 
1 - INTRODUÇÃO ....................................................................................... 07
2 - O ENSGIOSO RELIGIOSO PARA A FORMAÇÃO DE VALORES ..... 07
2.1 --A HISTÓRIA DO ENSINO RELIGIOSO NA EDUCAÇÃO BRASILEIRA ..................................................................................................................... 07
2.2 - O ENSINO RELIGIOSO NA ESCOLA DO SÉCULO XXI .................. 08
3 - RELIGIÃO E ENSINO RELIGIOSO ..................................................... 10
3.1 - RELIGIÃO E A DEIVERSIDADE CULTURAL .................................. 10
3.2 - O ENSINO RELIGIOSO NA EDUCAÇÃO: CONCEITO LEGAL ....... 11
4 - O CARÁTER FACULTATIVO DO ENSINO RELIGIOSO ..................... 12
5 - CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................... 13
6 - REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS ....................................................... 15
1 - INTRODUÇÃO
 Pensar em educação escolar é uma tarefa complexa, visto que é um campo que se contrapõem e impõem inúmeros olhares, e possibilidades de uma mesma realidade. A disciplina de Ensino Religioso na área da educação escolar, ainda provoca diversas discussões, pois esse assunto não só envolve a educação, mas também a sociedade e valores culturais, e a individualidade de cada pessoa.
 Nossa sociedade esta caracterizada pelo pluralismo cultural e religioso, e por mudanças rápidas no meio em que vivemos. A religião, por sua vez não, está imune a processos de mudanças em seus espaços. E, com essas mudanças, o contexto escolar também mudou, e enfrenta o desafio de ser um espaço ecumênico entre as diversas religiões. Junqueira (2011, p. 47) afirma que:
Na realidade, o ensino religioso tem exigido uma discussão mais ampla sobre o pluralismo religioso, fenômeno relativamente recente na história do Brasil. Ao longo dos primeiros quatro séculos, este país se constituiu como uma sociedade unirreligiosa, tendo o catolicismo como religião oficial para a plena cidadania brasileira. Tal situação estava relacionada a contexto mais amplo, em que a religião aparecia como princípio fundamental de todas as sociedades humanas. Nesta perspectiva, a cada sociedade deveria corresponder uma única religião, que cimentava as relações sociais que unem as pessoas.
 No Brasil, o ensino religioso é legalmente aceito como disciplina escolar. A trajetória dessa disciplina iniciou-se com a colonização portuguesa, e tem sido marcada por polêmicas sobre a laicidade nas escolas. A partir desta discussão atual, surge a importância de uma formação adequada para o professor, que visa trazer à luz, a questão das práticas pedagógicas, constituindo fatores importantes, como o percurso profissional do professor e a sua confissão religiosa.
2 - O ENSGIOSO RELIGIOSO PARA A FORMAÇÃO DE VALORES 
2.1 --A HISTÓRIA DO ENSINO RELIGIOSO NA EDUCAÇÃO BRASILEIRA 
 O título aqui apresentado começar com um panorama preciso sobre períodos e fases da história do Ensino Religioso no Brasil, transcorrendo desde o período colonial até as Diretrizes e Bases da educação nacional 9.475/97, que trata do Ensino Religioso como área de conhecimento, com metodologia especifico, horários – pré-estabelecidos em sala de aula, conteúdos avaliação, o ensino religioso para formação de valores objetos de investigação e professores especializados.
2.2 - O ENSINO RELIGIOSO NA ESCOLA DO SÉCULO XXI
 O fenômeno religioso apresenta uma grande parcela de domínio na constituição do imaginário social das pessoas, onde podemos notar que sua influência é detectada também nas esferas política, econômica e social. A escola dos dias atuais necessita estar caracterizada como um lugar de diálogo com vista à diversidade dos saberes religiosos, isto é, estamos partindo da compreensão de que essa instituição social deve se tratar de um ambiente que irá proporcionar trocas de informações necessárias para a formação da personalidade dos seus alunos. Podemos dizer então, que sua finalidade se constitui em ajudá-los a ter coerência em suas concepções de mundo. 
 Ao olharmos para o contextohistórico da sociedade brasileira podemos enxergar que a religião deteve um monopólio de credibilidade em todo o meio social, incluindo o escolar, configurado na razão de que os discursos em sala de aula no ensino religioso serviam para confirmar a realidade de um único mundo religioso, que seria o do cristianismo. A instituição escolar deve ter como seu maior compromisso levar os estudantes a práticas de democratização cultural e social, onde, nesse contexto, entende se que “o ensino religioso deve estar no currículo escolar para auxiliar cada ser humano a se encontrar consigo, com o outro, e com o transcendente, a partir das experiências que cada um traz para o diálogo construtor de novas realidades”(FUCHS, 2005, p.25).
 A pluralidade religiosa presente no território nacional precisa ser compreendida tanto pelos professores quanto pelos alunos, como uma riqueza para o país, configurado no fato de que na disciplina de ensino religioso precisa instaurar uma interpenetração entre as religiões. A escola, por se caracterizar como espaço socializador do conhecimento, deve ter inserida em seu contexto o ensino sobre a religião, pois entendemos que o conhecimento religioso é também um conhecimento humano, e que o mesmo deve estar acessível a todos aqueles que buscam uma maior expansão de seus horizontes para reflexão histórica das produções humanas. 
 No espaço da sala de aula, iremos caminhar no sentido do conhecer para compreender as diferentes religiões, com vista ao estabelecimento de relações positivas, A escola atual precisa ter a função de promover reformas direcionadas a favorecer o processo de aculturação mútua e pluralista entre educadores e educandos. Temos a visão de que, no mundo atual, o diálogo inter-religioso se constitui como um elemento fundamental para inserimos no contexto de uma sociedade pluralista a noção de tolerância, detectado o fato de que sua inexistência trará para a nação a opressão e o autoritarismo religioso:
A liberdade se torna a condição para a tolerância, esta surge quando nos importam as diferenças existentes entre as pessoas e nós a aceitamos como um enriquecimento, ou seja, se trata da constatação positiva do valor da diferença como única forma de garantir a consciência plural, na forma de condutas de flexibilidade e autocontrole (SERRANO, 2002, p.50).
 O ensino religioso vai contribuir para que os alunos adquiram um olhar mais amplo sobre a realidade, onde o objetivo é fazer com que se concretize uma ressignificação de suas ações a respeito do fenômeno religioso, pois temos em consideração que a maior riqueza da humanidade é a diversidade posta em comunhão. O espaço escolar deve ser um ambiente em que venhamos desenvolver no pensamento dos alunos a idéia de combate à discriminação - seja racial, seja étnica, e incluindo também a religiosa - pois temos a compreensão de que manifestações de fundamentalismo religioso se caracterizam como danosas à sociedade do século XXI. 
 O ensino religioso trará uma enorme contribuição para o entendimento da religiosidade humana. É necessário trazer para educação um espírito de reverência às crenças alheias. Partimos da hipótese que é na dinâmica educativa que surgirá nos alunos um desejo em aprender sobre a totalidade da vida e do mundo que o cerca, já que encontrarão de forma explícita nesta matriz curricular assuntos que tratarão das variadas formas de conhecimentos culturais advindas das várias religiões existentes no mundo.
3 - RELIGIÃO E ENSINO RELIGIOSO 
3.1 - RELIGIÃO E A DEIVERSIDADE CULTURAL
 O ensaio “Religião, diversidade e valores culturais: conceitos teóricos e a educação para a cidadania”, publicado pela Revista Estudos da Religião, analisa a definição de religião. A maioria das pessoas tem a idéia de que religião é “a crença em Deus, espíritos, seres sobrenaturais, ou na vida após a morte e ainda, como o nome das grandes religiões mundiais, o Cristianismo, Hinduísmo, Budismo ou Islamismo” (SILVA, 2004, 3). Originário do latim religio, a religião indicava um conjunto de regras, observâncias, advertências e interdições, sem fazer referência a divindades, rituais, mitos ou quaisquer outros tipos de manifestação que, contemporaneamente, são entendidas como religiosas. No Ocidente, esse processo construiu histórica e culturalmente o conceito de religião no sentido de tradição cristã (SILVA, 2004, 3).
 A existência do homem ao longo de sua história é marcada por dois universos diferentes: o sagrado e o profano. “No processo histórico, ao longo da formação da civilização, recebemos uma herança simbólico-religiosa a partir de duas vertentes: hebreus e cristãos; gregos e romanos” (ALVES, 2007, 40). A simbologia destas vertentes trouxe visões do mundo totalmente distintas. Refletir acerca do sagrado é interesse das ciências humanas, filosofia e religião, pois possibilita resguardar (ALVES, 2007, 40).
 Mas o sagrado, ao longo do tempo, foi sendo exilado. Para contrapor aos “cidadãos que criaram os símbolos à nova classe interessava atividades como produzir, comercializar, racionalizar o trabalho, viajar para descobrir novos mercados, obter lucros, criar riquezas” que promoveu a quebra do universo religioso, que na verdade era encantado (ALVES, 2007, 45). Existem três modelos de Ensino Religioso: catequético, teológico e ciências da religião. 
 A característica do modelo cat equético é seu objetivo de catequizar o aluno, uma forma de expandir a religião. No modelo teológico, o objetivo é a formação religiosa do cidadão, uma catequese disfarçada. No modelo das ciências da religião, o objetivo é educar o cidadão, com o risco de cair na neutralidade científica (PASSOS, 2006).
3.2 - O ENSINO RELIGIOSO NA EDUCAÇÃO: CONCEITO LEGAL
 O ensino religioso percorreu um vasto itinerário com referência as Leis que o contemplam como parte importante da educação para a formação de sujeitos autônomos e críticos. Na educação Brasileira a implantação da lei de número 9394, de 20 de dezembro de 1996, em especial seu parágrafo 33, modificado pela lei 9475, de 22 de julho de 1997 torna-se um marco na identidade do Ensino Religioso e sua pratica docente. Estabelecida pelas diretrizes de bases da educação nacional, onde segundo a Constituição:
Art. 33. O ensino religioso, de matrícula facultativa, é parte integrante da formação básica do cidadão e constitui disciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino fundamental, assegurado o respeito à diversidade cultural religiosa do Brasil, vedadas quaisquer formas de proselitismo. (Redação dada pela Lei nº 9.475, de 22.7.1997).
 § 1º Os sistemas de ensino regulamentarão os procedimentos para a definição dos conteúdos do ensino religioso e estabelecerão as normas para a habilitação e admissão dos professores. (Incluído pela Lei nº 9.475, de 22.7.1997). 
§ 2º Os sistemas de ensino ouvirão entidade civil, constituída pelas diferentes denominações religiosas, para a definição dos conteúdos do ensino religioso. (Incluído pela Lei nº 9.475, de 22.7.1997).
 A Lei consiste na relevância do Ensino Religioso como parte integrante da formação completa do homem como cidadão. Assim, estabelece esta modalidade de ensino como uma disciplina, com horários normais, mais de matrícula facultativa, defendendo o não uso do proselitismo ou “catequização” que venha orientar a conversão dos educandos a determinada religião, tendo por finalidade promover à diversidade cultural religiosa constituinte no Brasil. A disciplina de ensino religioso fará parte obrigatória do ensino fundamental, cabendo à instituição estabelecer, o conteúdo a ser ofertado a as normas de admissão dos professores. Sendo, relevante a opinião da entidade civil constituídas por denominações religiosas. 
 A Constituição apenas reconhece a importância do ensino religioso para a formação básica comum no período de maturação da criança e do adolescente que coincide com o ensino fundamental e permiteuma colaboração entre as partes, desde que estabelecida em vista do interesse público e respeitando – pela matrícula facultativa – opções religiosas diferenciadas ou mesmo a dispensa de tal ensino na escola. Por ensino religioso se entende o espaço que a escola pública abre para que estudantes, facultativamente, se iniciem ou se aperfeiçoem numa determinada religião. Desse ponto de vista, somente as igrejas, individualmente ou associadas, poderão credenciar seus representantes para ocupar o espaço como resposta à demanda dos alunos de uma determinada escola. Foi a interpretação que a nova LDB adotou no já citado art. 33 (MEC, 1999).
4 - O CARÁTER FACULTATIVO DO ENSINO RELIGIOSO
 A Constituição Federal é clara ao determinar que o Ensino Religioso seja de caráter facultativo, ou seja, nenhum estudante brasileiro é obrigado a frequentar as aulas de Ensino Religioso. A separação da Igreja e do Estado está na base de todas as legislações aprovadas desde a Primeira República, com o primeiro decreto de Marechal Deodoro da Fonseca sobre o tema, e o caráter facultativo do Ensino Religioso já vigora desde o primeiro governo de Vargas. Desde então, em nenhum momento da história posterior o Ensino Religioso foi considerado obrigatório por qualquer dispositivo legal já promulgado nesse país. Nem mesmo durante o período da Ditadura Militar, conhecido pelo conservadorismo e autoritarismo, o componente deixou de ser opcional. Por consequência, encontra-se disposto na Lei de Diretrizes e Bases, nas Constituições Estaduais de todos as unidades da federação e nas suas respectivas bases normativas.
 Na grade curricular do Ensino Fundamental e Médio, até a vigência deste modelo de ensino, o Ensino Religioso é o único componente opcional (JUNQUEIRA, CORRÊA e HOLANDA, 2007). Em tese, no ato da matrícula, os pais ou responsáveis devem ser informados do caráter facultativo do Ensino Religioso, e caso optarem pela não frequência, a Escola deve oferecer uma complementação de carga horária, seja em outra disciplina ou como uma atividade pedagógica alternativa. Esse é o procedimento padrão obedecendo a legislação e as recomendações dos órgãos normativos. Porém, na prática, não é isso que ocorre numa boa parte das escolas públicas brasileiras, que acabam ofertando o Ensino Religioso como componente obrigatório. Ou seja, no ato da matricula o caráter optativo é omitido e não é oferecida a oportunidade de completar carga horária nas condições já citadas.
 Não queremos com isso penalizar aqui as Escolas, que vivem em meio à um fogo cruzado de falta de verbas, deficiência nos quadros de professores, problemas com estrutura, contribuições burocráticas, de modo que já possuem dificuldade de organizar e garantir a grande curricular obrigatória frente à tantos obstáculos. O modo como a legislação desejou que o Ensino Religioso fosse aplicado é que constitui o cerne do problema: ele exige uma estrutura organizativa que a maioria das escolas brasileiras não possuem. Como bem definiu Cavaliere (2007), esse componente causa um “mal estar” nas escolas. Então, para não ver o aluno não-optante ocioso durante o período do Ensino Religioso, as escolas indisfarçadamente o tornaram obrigatório, ou numa minoria dos casos, como exposto nos dados da Prova Brasil (MEC, 2015), excluem definitivamente a disciplina da grade.
5 - CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 A educação de valores é uma necessidade da atual sociedade que ao longo dos anos vem perdendo seus referenciais de valor, seus costumes e conceitos morais. 
 Perdeu-se o respeito pelo bem estar do outro, hoje o que mais preocupa o homem é ele mesmo alcançar seus objetivos, alcançar prazer em suas realizações sem se importar muito com a contribuição que suas ações possam ter para àqueles que convivem com ele e para a sociedade como um todo. Preocupa-se apenas com o que lhe traz retorno imediato, com o que atende as suas carências mais indispensáveis.
 O que mais importa é o que tem e não o que é.
Para os professores, a família, e para a sociedade em geral a educação dos valores para a formação moral do homem como ser capaz de desempenhar suas funções sociais e demonstrar cooperação e interesse pela melhoria da sociedade, é uma tarefa que não pode ser feita de qualquer jeito. Deve ser encarada com responsabilidade e muita atenção, para ouvir os alunos a respeito do que pensam e observar o comportamento das crianças diante de situações que confrontem seus valores. 
 A aceitação e o reconhecimento por parte dos educandos da importância de aprender os valores e de desenvolver a capacidade cognitiva e consciente de exercê-los e administrá-los, deve ser o maior objetivo daqueles que se propõem a ensinar e trabalhar para formação moral do homem que tem início ainda na infância.
 Se, se pretende ter uma sociedade melhor e mais justa, faz-se necessário que todos se comprometam, conta-se com a participação da família, uma vez que ela é o primeiro ambiente social com que a criança tem contato, conta-se com os professores desejando que eles sejam cada vez mais conscientes do seu papel como educadores e formadores de opinião, sempre buscando formas diferenciadas e sedutoras para despertar nos alunos o prazer de estarem aprendendo estes valores e para a necessidade de mudança dos belos discursos que nada fazem para mudar a sociedade que ai esta e se comprometam a participar das mudanças de que hoje carece a sociedade, contamos ainda com a escola e com os profissionais que ajudam na sua gestão e no atendimento aos pais, no sentido de favorecerem um ambiente aberto e de fácil acesso para os pais, para a comunidade e para os alunos, que podem estar contribuindo com sugestões, ou buscando ajuda.
 A atenção disponibilizada a todos àqueles que precisam de um cuidado maior para se desenvolverem, seja no sentido cognitivo, seja em caráter afetivo ou por escassez de valores necessários ao indivíduo.
Fazem-se necessário entender que os valores devem ser ensinados as crianças, aos jovens e aos adolescentes com atitude que sirvam de modelo para que eles aprendam. Como já foi dito, não há muito proveito quando se ensina um valor que não se prática, que não se utiliza no cotidiano. Os alunos necessitam aprender com coisas simples, mas que tenham um significado real para eles, e é isso que falta na sociedade hoje, um modelo a ser seguido. 
 O referencial dos jovens e das crianças se perdeu em meio ao ativismo, a agitação e a concorrência desleal entre as pessoas. Tem-se que mostrar as crianças que respeitamos as leis de trânsito quando saímos de carro com elas e pararmos gentil e pacientemente na faixa de pedestre, quando no ônibus ceder o lugar para o mais velho, quando no exercício da profissão ter-se compromisso e dedicação, quando dentro de casa respeitar o cônjuge, a empregada doméstica, o carteiro, quando na fila do banco não tentar tirar vantagem e respeitar o lugar do outro sem passar a frente, estas e várias outras atitudes são simples, mas exemplificam claramente valores como, respeito, cooperação, atenção, amor e muitos outros valores que nós utilizamos no decorrer da vida diária sob o olhar atento daqueles que estão em fase de aprendizagem precisando de exemplos para seguir e assim de forma autônoma formar seus próprios juízos de valor solidamente. Por isso, a educação de valores é tão importante e fundamental para a transformação da sociedade e para a formação moral do homem.
6 - REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
_________BRASIL. Art. 33 da Lei de Diretrizes e Bases - Lei 9394/96. Disponível em . Acesso em 05/05/2017.
 _________BRASIL. Ministério da Educação Conselho Nacional de Educação. Disponível em . Publicado no Diário Oficial da União de 18/05/1999. Acesso em 05/05/2017. 
ALVES, R. O que é religião. 8. ed. São Paulo: Loyola, 2007.
JUNQUEIRA, Sérgio Rogério Azevedo; WAGNER, Raul (Org). O ensino religioso no Brasil. 2. ed. ver. e ampl. Curitiba: Champagnat, 2011.
PASSOS, J. D. Como a religiãose organiza: tipos e processos. São Paulo: Paulinas, 2006.
SERRANO, J. Sacerdos Magnus. In: SERRANO, J. et al. Festas jubilares e sacerdotais (1914-1926). [s.n.t.].

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