Prévia do material em texto
COLÉGIO TIRADENTES DA PMMG AULA 09 A ANTIGUIDADE CLÁSSICA (I): GRÉCIA Objetivo Principal: Abordar a Grécia do período homérico e, posteriormente, o surgimento da pólis. Objetivo Consequente: Apresentar a pólis como ponto de referência da identidade dos gregos antigos. Quais aspectos diferenciaram os Gregos das demais civilizações do mundo antigo e qual a sua importância para a cultura Ocidental? - A valorização da razão; - A busca por explicações concretas para todos os fenômenos; - Criaram a base e a fundamentação para o desenvolvimento do pensamento científico. Observação Importante: Embora este modelo tenha reduzido sensivelmente o papel da religião na política, ele não implicou o fim da religiosidade entre os gregos antigos, que continuavam com seus deuses. Comprovação: O juramento até hoje feito por médicos é atribuído a Hipócrates (Pai da Medicina), começando a invocação dos deuses Apolo, Esculápio, Higieia e Panaceia. O mito nas civilizações antigas “O mito é uma narrativa que procura justificar a ordem do Universo, os fenômenos da natureza e as relações entre os seres humanos em bases sobrenaturais e divinas. O pensamento mítico articula-se em teogonia e cosmogonia. (...) Possui uma dimensão pedagógica, à medida que seus conteúdos são socialmente aceitos como verdadeiros, descrições que elucidam a finalidade de tudo aquilo que existe. (...) o mito não se expõe ao debate racional, pleiteando (...) a sua aceitação pelo valor sagrado da sua tradição.” TEOGONIA: Genealogia que descreve os graus de parentesco entre os deuses e a ordenação das forças divinas que sustentam o cosmos. COSMOGONIA: Pretende revelar a formação do Universo e os fenômenos que compõem a nossa realidade ou, em outras palavras, explicar porque o mundo é do modo como o observamos. Qual a importância dos mitos para os gregos? O que é mito? “[...] mito é uma narrativa (tipicamente anônima) sobre seres sobrenaturais. A importância do mito está na forma como engloba e expressa crenças e valores compartilhados por [...] um grupo cultural específico. Por conseguinte, um mito pode explicar a origem do grupo (ou do mundo em geral), o lugar daquele grupo no mundo e sua relação com outros grupos, e ilustrar ou exemplificar os valores morais venerados pelo grupo. *...+” EDGAR, Andrew; SEDGWICK, Peter. Teoria cultural de A a Z., São Paulo: Contexto, 2003 p. 214. Ramos Mais Importantes da Filosofia: Cosmologia: Indagação acerca do princípio de todas as coisas. Busca pelo conhecimento profundo do Universo e dos Fenômenos Naturais (Período Pré-Socrático da Filosofia Grega); Ontologia: Estudo do Ser ou Essência Última das coisas. De acordo com Platão e Aristóteles a ontologia é concebida como Metafísica (Além dos sentidos, aquilo que jamais se modifica); Gnosiologia: Indagações sobre a natureza do conhecimento. Dedicada ao exame das fontes, das possibilidades e das condições do conhecimento da realidade; Lógica: Busca pelas leis que orientam o pensamento na busca pelo conhecimento (Aristóteles Vídeo: Grande Civilizações – Grécia Antiga (Parte 1) (11:03) GRÉCIA ANTIGA - HÉLADE O MUNDO GREGO GRÉCIA DIVISÃO PERIÓDICA PERÍODO CARACTERÍSTICAS DURAÇÃO PRÉ-HOMÉRICO Influência Cretense; Invasões de Aqueus, jônios, eólios e dórios Séculos XX a XII a.C. HOMÉRICO Fundação de cidades-estado (pólis) Séculos XII a VIII a.C. ARCAICO Hegemonia de Atenas e Esparta. Séculos VIII a VI a. C. CLÁSSICO Séc de Péricles, Guerras greco-pérsicas e Guerra do Peloponeso Séculos VI a IV a. C. HELENÍSTICO Domínio macedônico Séculos IV a II a. C. Características Culturais-Ideológicas: * Antropocentrismo; Escravismo e Culturalismo LOCALIZAÇÃO: TRÊS IMPORTANTES REGIÕES: 1) Grécia Continental (Sul da Península Balcânica) – Montanhas - Peloponeso 2) Grécia Insular (Ilhas dos Mares Egeu e Jônio) -2.000 Ilhas- 3) Grécia Asiática (Estreita e Longa Faixa de Terra na Ásia Menor) Período Pré-Homérico = Povoamento Origem: Cretenses; Micênicos e Indo-Europeus PELASGOS (Pelágios) Arianos (Indo-Europeus) Aqueus Eólios Jônios Dórios Cidades: Expansão Marítima Armeiros de Ferro Tirinto TALASSOCRACIA Micenas Destruíram Micenas Conquistas: Mar Egeu 1ª Diáspora Grega Mar Negro (Ásia menor) Creto-Micênica Cidade-Estado Cretense Gerou os Clânicos Cnosso Destruída (Genos) Séc. XX Séc. XII CIVILIZAÇÃO CRETENSE * Creta era a maior Ilha do Mar Egeu e foi o berço de uma civilização antiga que muito influenciou a dos gregos. * Produziam cereais, criavam gado e aproveitavam os recursos que o mar oferecia. * Organizava-se em torno de palácios governados por reis que basteciam seus celeiros com os impostos que cobravam da população. Obs.: O mais rico Palácio Cretense era o de Cnossos. Os cretenses eram centrados no palácio (eixo da vida social) e na cidade. * Desenvolveram a ESCRITA LINEAR A (Ainda não decifrado) e não eram gregos. Costumavam fazer viagens e tinham contato com os Egípcios. * Creta foi abalada por uma catástrofe natural (provavelmente terremoto) e foi conquistada pelos Aqueus. CIVILIZAÇÃO MICÊNICA Em torno de 2000 a.C., tribos indo-europeias (Índia + Europa) rumaram pra o sul Cretenses + Indo-Europeus = Civilização Micênica. * Aqueus ocuparam, inicialmente a Península do Peloponeso, no sul da Grécia, onde fundaram várias cidades, entre as quais MICENAS; daí o nome dado a sua civilização. * Por meio da navegação Indo-europeus entraram em contato com os cretenses, de quem assimilaram conhecimentos que, depois, usaram para dominá-los e assumir a liderança comercial nos mares da região. * Palácios murados e construídos nos altos das colinas. O principal era o Palácio de Micenas. * Apogeu: Entre 1400 a.C. e 1230 a.C. * Desenvolveram a ESCRITA LINEAR B (ramo do grego antigo) * Fim: Guerras Internas, Perturbações Políticas e Mudanças Climáticas PENÍNSULA BALCÂNICA TRANSIÇÃO GENTÍLICA (1200 a.C. ATÉ 800 a.C.) - Desaparecimento do Sistema Burocrático; - Desaparecimento do Comércio; - Abandono da Escrita Genos: Comunidade Agropastoril (Estrutura Familiar liderada por um chefe – Pater Familias) e com economia coletiva - Comunal. Termos Básicos em Provas: Oikos = Unidade Econômica Agrária (Terras, Casas, Ferramentas, Armas e Gado); Aedos = Poetas responsáveis pela Tradição Oral (registravam e contavam a História por meio da Poesia) “Quem conta um conto, aumenta um ponto.” CIVILIZAÇÃO MICÊNICA E ORIGEM GREGA * 1200 a.C. os palácios Aqueus foram destruídos (motivo ainda desconhecido) * Na época da destruição jônios, eólios e dórios (povos aparentados com os aqueus) penetraram na região. * Aqueus, jônios, eólios e dórios deram origem aos antigos gregos. Obs.: Com a destruição dos Palácios Aqueus, teve origem o Período Homérico (1200 a 800 a.C.) – Período narrado nas obras “A Ilíada” e “Odisseia” de Homero ( Poemas e Canções Podem ter sido escritos por um ou mais poetas) Período Homérico = Gentílico / Gené Fonte Primária: Ilíada - Guerra de Tróia e Odisséia – Regresso de Ulisses a Ítaca (Homero) Possível Reunião e tradução pessoal das Poesias dos Aedos Regime Patriarcal/Militar (Pater) com Primogenitura = Genos eram uma grande família (Pais, Primos, Avós, etc...) e seus dependentes. Casamentos apenas dentro do clã (consanguíneos solidários) Bens de Produção (terras, sementes, instrumentos) Coletivos Produção de subsistência e distribuída igualmente entre a Comuna Sociedade Igualitária Economicamente e TradicionalmenteHierarquizada por Proximidade Patriarcal (Mesma Origem) Leis Orais (Culto aos antepassados - Antigos Patres) “DIREITO CONSUETUDINÁRIO” Passadas nas refeições diárias pelo Pater Séc. XII Séc.VIII Genos – Sociedade Comunal / Familiar * Patriarca (Pater / Basileu) – Mais Velho * Aristocracia Territorial / Familiar * Escravos de Pilhagem Obs.: Sempre que o rei ia tomar uma decisão importante, consultava uma assembleia de guerreiros com igual poder de decisão. É desta assembleia que surge a cidade-estado ou pólis Pólis = Cidade Independente: Governo, Moeda e Deuses Próprios DESINTEGRAÇÃO GENTÍLICA: SÍNDROME DE THOMAS MALTHUS: “Falta de terras Férteis e Técnicas de Produção” Divisão das Terras do Pater (Origem – Ática): Eupátridas (Bem-Nascidos) Georgoi (Agricultores/Artesãos) Thetas (Sem Terra / Marginais) A PROPRIEDADE PRIVADA E O PODER: Aristocracia de Base Fundiária (Monopólio do Poder por Tradição/Herança) Fratrias Tribo O PROCESSO DE DESINTEGRAÇÃO (A Síndrome): 1) Uso do Ferro na fabricação de pás, enxadas e demais instrumentos agrícolas; 2) Consequente aumento da produção de alimentos; 3) População passou a crescer em ritmo acelerado; 4) Tiveram início os conflitos por terra entre os membros dos Gené. 5) Os pequenas proprietários passaram a se submeter (Escravos por Dívidas) aos Latifundiários. 6) Falta de Terras levou ao deslocamento e fundação de novas cidades (Colônias independentes e com alguns laços com a Cidade-Mãe) às margens do Mar Mediterrâneo – Segunda Diáspora Grega POLEIS/POLIS (CIDADES-ESTADO) - Independentes Reunião de Tribos feita a partir de decisões tomadas na Assembleia de Guerreiros Início: 160 Poleis O PODER NAS POLEIS 1º) Basileus (Rei) Poder Limitado Pelos Bem-Nascidos Revolta de Basileus 2º) Arcontes (Magistrados) * Indicados pelo Conselho de Aristocratas * Renovados Anualmente Período Arcaico = Formação do Mundo Grego (Expansão) Formação das Cidades-Estado (Renascimento da Vida Urbana) Cidades-Estados: representavam um forma de assegurar a independência política das cidades gregas entre si (Politicamente Autônomas). Segunda Diáspora Grega Causas: * Desintegração dos Genos * Crescimento da População * Busca de Oportunidades nos meios urbanos * Desenvolvimento da Navegação por necessidade Hegemonia: ATENAS E ESPARTA Séc. VI Séc. VII ESPARTA (Lacedemônia) Localização: Planície da Lacônia (Península do Peloponeso) Fundadores: Dórios (Século IX a.C.) ATENAS Localização: Ática (Leste da Península do Peloponeso) Fundadores: Aqueus, Eólios e Jônios (Atenienses se consideram Jônios) ESPARTA LICURGO (GRANDE RETRA) – Lendário Legislador Forma de Governo: Diarquia Assistência do Conselho de Anciãos (Gerúsia) Aprovação da Assembleia de Cidadãos (Ápela) ESPARTA Terras da Messênia e seus Escravos Terras Cívica (Central) – Sob o Controle do Estado Reforma Agrária Espartana (8.000 Cidadãos Espartanos) Divisão de escravos: 48.000 divididos em 6 por lote mais os que ficaram sob o controle do Estado Obs.: Tanto os Lotes Quanto os Escravos eram propriedade estatal emprestados para os Dórios Vitaliciamente. Escravidão Garantia o Preparo Militar ESPARTA: Periferia e Propriedade Privada Aqueus – Periferia (sem resistência) do século XII Podia Vendê-la ou Transferi-la Atividades Econômicas: Agricultura, Criação de Carneiros e Porcos, Artesanato e Mineração de Ferro Trocas Comerciais: Mercado Interno ESPARTA: SOCIEDADE ESTAMENTAL BEM ESTRATIFICADA Sociedade de Privilégios ESPARTÍATAS / ESPARTANOS Descendiam dos Dórios (Direitos Políticos / Cidadãos / Cargos / Militares / Poder Religioso) PERIECOS Descendentes dos Povos Conquistados (Livres / Não Cidadãos / Terras Menos Férteis / Pagavam Impostos / Comércio e Artesanato / Pequenas Propriedades) HILOTAS (Escravos / Sem Benefícios de Lei / Existência Indigna / Propriedade do Estado / Trabalho Forçado) Se revoltavam com frequência PODER PÓS CONQUISTA DE MESSÊNIA * Diarquia Poder Militar e Sacerdotal * Gerúsia 30 Gerontes CIDADÃOS com mais de 60 anos (entre os quais os dois reis) Escolhidos por Aclamação da Ápela ( Propunham leis e decidiam se a cidade deveria ou não participar de uma guerra) * Ápela Assembleia de CIDADÃOS (Espartanos cm mais de 30 anos) Caráter meramente Consultivo Votava sem discutir propostas da Gerúsia * Éforos (Eforato) Poder Executivo Cinco Magistrados escolhidos pelos gerontes Mandato Anual para colocar e prática as decisões da Gerúsia Função: Fiscalizar os Reis; Cuidar da Educação e Fiscalizar a vida pública EDUCAÇÃO ESPARTANA (Manutenção de Poder e Status Quo contra o espírito crítico) 1º) Laconismo: Fala e Escrita Concisa e Breve + Xenofobia 2º) Recém-Nascidos Selecionados 3º) Até os Sete anos eram educados pela mãe e posteriormente pelo Estado 4º) Para Ambos os Sexos: Exercícios Cívicos, Práticas de Exercícios Físicos e Adestramento Militar 5º) Aos 17 Anos = Prova de Fogo = Matar hilotas Motivo: Controle Demográfico e Equilíbrio Social 6º) Dos 18 aos 30 viviam em casernas 7º) Aos 30 se casavam e começavam a participar da assembleia ATENAS Destaques: Proteção Natural e Excelente Porto (Planície) Obs.: Desde cedo voltaram-se para a pesca, navegação e comércio marítimo. Defesa: Acrópole (100 metros para observação) Política: Basileus Drácon e Sólon Clístenes Monarquia Oligarquia “Democracia” ACRÓPOLE GREGA Acrópole: A posição tem tanto valor simbólico, elevar e enobrecer os valores humanos, como estratégico, pois dali podia ser melhor defendida. A acrópole grega original de Atenas ficou famosa pela construção do Partenon (Partenão) , suntuoso templo em honra à deusa Atena, ricamente construído em mármores raros e ornado com esculturas de Fídias por ordem de Péricles e com recursos originalmente destinados a patrocinar a guerra contra os Persas. PATERNON DE ATENAS PERIODIZAÇÃO POLÍTICA ATENIENSE 1) Primeiramente havia um rei com poderes limitados pela aristocracia (Eupátridas = “Bem-Nascidos”); 2) Insatisfeitos com a situação de exclusão, artesãos, comerciantes e soldados passaram a exigir participação na vida política da cidade e os camponeses queriam o fim da escravidão por dívidas; 3) Para contornar a situação, em 594 a.C. o legislador Sólon efetuou reformas. 4) Em 508 a.C. Clístenes promoveu uma série de reformas populares que asseguravam a soberania do povo: a) Criação da Assembleia do Povo (Eclésia) b) Criação do Conselho de Quinhentos (Boulé) DIVISÃO SOCIAL DE ATENAS (Poder Oligárquico) CIDADÃOS (Eupátridas): Nascidos em Atenas; Controlavam a política; Eram Grandes proprietários de terra; Não Trabalhavam; Direitos Políticos GEORGÓIS (Geomores):Pequenos proprietários de terras, podiam tornar-se escravos por dívidas (caso tivessem empenhado o próprio corpo) ou rendeiros (quando penhoravam a terra). THETAS: Marginalizados e desempregados da cidade. METECOS (Estrangeiros): Sem Direitos Políticos; eram proibidos de se casar com cidadãos; estrangeiros; Eram homens livres; pagavam taxas para a Pólis; Alguns chegavam a conquistar riquezas com artesanato e comércio. ESCRAVOS: Faziam todo tipo de função e podiam ser das seguintes origens: nascimento; dívida ou guerra (pilhagem) SUB-CLASSES: AREÓPAGO: Conselho de Aristocratas ARCONTE POLEMARCO: Encarregado do Comando do Exército ARCONTE EPÔNIMO: Encarregado de Assuntos Internos ARCONTE TESMOTETAS: Seis Arcontes que cuidavam da Legislação DEMIURGOS: Artesãos PARTIDO POPULAR EM ATENAS CONTRA A OLIGARQUIA (Início de uma crise em Atenas) Reivindicações: * Leis Escritas * Fim da Escravidão por Dívidas * CidadaniaPolítica CRISE DO REGIME ARISTOCRÁTICO “Depois da colonização grega do século VIII a.C., a riqueza fundiária não mais representou a única riqueza possível. Ninguém mais podia subestimar a riqueza mobiliária. Ora, com maior frequência, esta não chegou às mãos dos nobres, afastados pelos velhos preconceitos das atividades comerciais e industriais. A classe dirigente teve de contar com as reivindicações dos novos-ricos encorajados pelos seus êxitos materiais e que também desejavam participar dos negócios da cidade.” AYMARD, André; AUBOYER, Jeannine. O Oriente e a Grécia Antiga. (Adaptado) ENTENDENDO O GOVERNO GREGO Primeiro Momento: Governo controlado pelos Eupátridas (Monarquia Liderada por um Basileu) Conflitos: Basileus X Comerciantes/Artesãos/Camponeses Segundo Momento: Oligarquia Obs.: Continuidade do Conflito TENTATIVA DE SOLUÇÃO PARA OS CONFLITOS OS LEGISLADORES Primeiro: DRÁCON (621 a.C.) * Primeiro Conjunto de Leis * Transferiu para o Estado a Administração da Justiça * Manteve o Poder da Elite Agrária Segundo: SÓLON (594 a.C.) * Fim da Escravidão por dívidas e Devolução de Terras * Reforma Monetária * Criação do Sistema de Pesos e Medidas * Divisão Social por Critérios Censitários OBS.: Não houve grandes modificações na sociedade DEMOCRACIA ESCRAVISTA ATENIENSE Principais Órgãos da Democracia Ateniense: Eclésia e Boulé ECLÉSIA (Assembleia do Povo): Votava leis; esclhia os mgistrados; decidia em que gastar o dinheiro público etc. Dela faziam parte todos os cidadãos de Atenas (Homens com mais de 18 anos e filhos de pais atenienses); BOULÉ (Conselho de Quinhentos): Formada por 500 cidadãos escolhidos por sorteio anualmente. Tanto ricos quanto pobres poderiam ser eleitos. Tinha a função de preparar os projetos para serem votados pela Eclésia. Obs.: Os projetos eram colocados em prática pelos ESTRATEGOS (10 cidadãos eleitos por um ano) Ideólogo: Clístenes (510 a.C. a 507 a.C.) Política Limitada (Genealógica) – 10% da Sociedade: * Apenas Atenienses de Nascimento * Sexo Masculino * Maiores de idade Exclusão de 90% da população (Escravos, Mulheres e Estrangeiros) * Clístenes criou o OSTRACISMO (Expulsão da cidade por 10 anos) Exercícios em Classe (FEI-SP) Atenas foi considerada o berço do regime democrático no mundo antigo. Sobre o regime democrático ateniense, é correto afirmar que: a) era baseado na eleição de representantes para Assembleias Legislativas, que se reuniam uma vez por ano na Ágora e deliberavam sobre os mais variados assuntos. b) apenas homens livres eram considerados cidadãos e participavam diretamente das decisões tomadas na cidade-Estado. c) estrangeiros e mulheres maiores de 21 anos podiam participar livremente das decisões tomadas nas assembleias da cidade- Estado. d) era erroneamente chamado de democrático pois negava a existência de representantes eleitos pelo povo. e) a inexistência de escravos em Atenas levava a uma participação quase total da população da cidade-Estado na política. PERÍODO CLÁSSICO “APOGEU E GUERRAS” Conflito Externo: GUERRAS MÉDICAS (Guerras Imperialistas – Guerras Greco-Pérsicas) Gregos X Persas * Liga de Delos (Confederação Marítima) * Vitória de Atenas (rompimento do equilíbrio) Século V a.C. = Péricles “Século de Ouro de Atenas” “Grandes Obras” “Apogeu da Democracia” “Século de Péricles” Hegemonia Ateniense SÉCULO DE PÉRICLES (Séc. V) * Aperfeiçoamento da Democracia: -Criação do Tribunal pra julgar toda espécie de causas; - Nos tribunais o próprio júri fazia o papel de juiz; - Júri era composto por 6 mil cidadãos; Para que mas pessoas pudessem participar da Eclésia, Péricles instituiu uma remuneração, permitindo que os mais pobres deixassem suas ocupações por um tempo para participar da política; Promoveu a reconstrução da parte alta de Atenas, destruída pelos Persas. Exercícios em Classe: (FUVEST-SP) Usamos a riqueza mais como uma oportunidade para agir que como um motivo de vanglória; entre nós não há vergonha na pobreza, mas a maior vergonha é não fazer o possível para evitá-la [...] Olhamos o homem alheio às atividades públicas não como alguém que cuida apenas de seus próprios interesses, mas como um inútil [...] Decidimos as questões públicas por nós mesmos, ou pelo menos nos esforçamos por compreendê-las claramente, na crença de que não é o debate que é o empecilho à ação, e sim, o fato de não se estar esclarecido pelo debate antes de chegar a hora da ação. Esta passagem de um discurso de Péricles, reproduzido por Tucídides, expressa: a) os valores ético-políticos que caracterizaram a democracia ateniense no período clássico. b) os valores ético-militares que caracterizaram a vida política espartana em toda a sua história. c) a admiração pela frugalidade e pela pobreza que caracterizou Atenas durante a fase democrática. d) o desprezo que a aristocracia espartana devotou ao luxo e à riqueza ao longo de toda a sua história. e) os valores ético-políticos de todas as cidades gregas, independentemente de sua forma de governo. Conflitos Internos: GUERRA DO PELOPONESO (431 a.C. a 404 a.C.) Esparta (L. Peloponeso) X Atenas (L. Delos) * Liga do Peloponeso (Confederação do Peloponeso) * Vitória Espartana (Morte de Péricles - Peste) * Paz de Nícias (421 a.C.) – Nascimento da Diplomacia: Atenas e Esparta comprometiam-se a restituir as suas conquistas. A paz deveria durar cinquenta anos, mas foi quebrada em 414 a.C.. Segunda Fase: Conflito de Nícia * Vitória Espartana (404 a.C.) Hegemonia Espartana GUERRA TEBANA Tebas X Esparta * Liga Tebana (Confederação Tebana) * Vitória Tebana (Generais Pelópidas e Epaminondas) Hegemonia Tebana (338 a.C.) OBS.: Enfraquecimento Grego e Invasão de Filipe II (Macedônia) – 358 a.C. IMPÉRIO HELENÍSTICO (Invasão Macedônica) Filipe II (O Benevolente) – Espírito Independente Respeito à Autonomia e às Instituições “Faleceu em 336 a.C.” Alexandre Magno (O Grande) – Filho de Felipe II e seguidor de Aristóteles (Preceptor) 334 a.C. a 324 a.C. = Conquista da Grécia, do Egito e da Pérsia (Da Grécia até a Índia) “Faleceu em 323 a.C.” – Sem Herdeiros Helenismo = “Fundiu Cultura Oriental com a Grega (Ocidental)” Divisão do Império Macedônico após Alexandre - Antígono (Macedônia e Síria) - Seleuco (Pérsia, Mesopotâmia e Síria) - Ptolomeu (Egito, Palestina e Fenícia) Obras Importantes do Período Macedônico (Helenístico) – III a.C. Até II a.C. 1) Euclides escreveu “Elementos da Geometria” em Alexandria (cidade egípcia fundada quando Alexandre se tornou Faraó – recompensa pela libertação do julgo persa) e nos deixou a matemática dos gregos. 2) Alexandre, em suas conquistas, levou cientistas para estudar a vida vegetal e animal, cartografando o terreno a partir de mapas temáticos. 3) Incentivo à miscigenação através do casamento entre Ocidentais e Orientais. Cultura Helenística HELENISMO: “Todo o conhecimento filosófico e cultural produzido e difundido no mundo mediterrâneo e oriental durante o período helenístico.” Característica Principal: Miscigenação Cultural (Intercâmbio entre Culturas) Cidades Helênicas – Arquitetura Própria: Escolas, Templos, Teatros e Ginásios Língua: Grego (Tornou-se lingua oficial do mundo mediterrâneo) Comércio Internacional e Expansão da Economia Monetária: Possibilitados por melhores instalações portuárias e por técnicas de navegação. Legado: O rompimento de determinadas barreiras filosóficas e culturais entre os povos (Gregos + Egípicios + Oriente Médio). Observação: Para Alexandre tudo que não fosse grego era “bárbaro” e deveria, portanto, passar por um processo de “civilização” (helenização). Vídeo: Grande Civilizações – Grécia Antiga(Parte 2) (11:04) DETALHES MUITO PEDIDOS EM PROVA: Mundo Grego Antigo: - Havia uma valorização da independência econômica e do ócio, imperante não só em Atenas, mas em todo o mundo grego antigo. - Cada cidade, por constituir um verdadeiro pequeno Estado, possuía um regime político que lhe era próprio e instituições que variavam consideravelmente de uma localidade para outra. - Atenas foi, sobretudo na época clássica, a mais destacada das cidades. Seu modelo democrático baseava-se no princípio da isonomia, isto é, de igualdade de direitos extensiva ao conjunto de seus cidadãos